Capítulo 9

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Muito provavelmente eu reescreva esse capítulo. É a primeira vez que escrevi uma cena de voo e não to muito orgulhosa dela, não...

Mas enfim, espero que gostem apesar disso..

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Poucas horas mais tarde, Dumbão já estava selado com uma sela que o próprio Hawton havia feito para si. Zariah estava na frente, segurando as rédeas firmemente, e Rowan estava atrás. Elas passavam pela boca de Dumbão, para que ela pudesse direcionar sua cabeça para onde precisasse. Hawton dissera que talvez não fossem necessárias, pois o elefante já sabia ir para a árvore sem nenhuma guia. Porém, de acordo com ele, "era sempre bom se prevenir".

Rowan ficou preocupado com aquele metal na boca dele, pois não via o pequeno elefante como um cavalo de carga, porém, as rédeas não pareciam incomodar o animal eufórico, então ele aceitou.

— Tudo pronto? — indagou ela, sentindo as mãos do irmão apertarem sua cintura com mais força que o necessário. — Está me machucando, Rowan.

Ele olhou para baixo. As nuvens pareciam estar bem mais perto deles do que o próprio chão.

— Anh... Za? — ela o sentiu engolir em seco.

— O quê?

— Eu... eu acho que tenho medo de altura.

Ela olhou para ele com uma expressão de repreendimento.

— Você descobriu logo agora?! Você não reclamou disso quando estávamos no ombro de Feijão.

— Mas lá era diferente! Se caíssemos, ele poderia nos pegar. Voarmos em um elefante é completamente diferente.

— Fala sério, Rowan. Eu não troquei o cabelo mágico por ele pra você dar no pé agora.

— Eu não estou dando no pé! — ele afrouxou um pouco a pressão e limpou a garganta. — Vamos logo.

Ela inspirou o ar frio do fim da tarde.

— Segure-se.

Então ela deu uma batidinha na barriga de Dumbão, que correu até a borda da plataforma e saltou.

Por alguns segundos, os irmãos se sentiram como quando estavam caindo com Feijão, entre as cachoeiras e pensaram que iam se estatelar no chão de terra. Então Dumbão abriu as orelhas e eles pararam de cair tão rápido.

Com dificuldade, o elefante conseguiu bater as grandes orelhas e eles começaram a ganhar altitude. Rowan sentiu o ar açoitando seu rosto, arrebatando a respiração. Cada batida das orelhas era forçada, o que fazia o estômago do garoto se apertar. Tendões esticavam-se e destacavam-se enquanto o elefante lutava contra a gravidade.

Dumbão subiu e subiu, as montanhas começaram a ficar menores conforme mais nuvens flutuavam em volta deles.

Usando as correntes de ar quente, ele deu um pouco de descanso para as orelhas e começou a planar. Por pior que Hawton parecia tratar o pequeno elefante, os irmãos tinham que admitir que ele o treinara bem.

Eles passaram entre as duas montanhas altas e Zariah ficou satisfeita ao notar que as rédeas realmente quase não eram necessárias.

Dumbão barriu quando as montanhas foram diminuindo de tamanho para dar espaço a um rio junto a uma planície coberta pelo mato. Zariah conferiu se o elefante precisava descansar e notou que sim. Sua respiração estava extremamente ofegante e ele lutava pra manter as orelhas estáveis mesmo planando.

Então ela impeliu sua cabeça para baixo, mostrando onde Dumbão podia descer. Ela gostou particularmente de um lugar bem verde perto do rio.

Rowan gritou quando o elefante mergulhou para aquela direção, a velocidade aumentando consideravelmente. Então os detalhes do solo foram aparecendo: o lugar verde se tornou um morro verde, uma pequena montanha verde e então, quando estavam apenas a uns metros do solo, Zariah notou o que realmente era: um castelo. Um castelo tomado por espinhos!

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