Capítulo 6

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Christopher von Uckermann

A manhã de domingo foi de uma ressaca sem fim, flashes daquela noite bombardearam minha cabeça e no mesmo segundo peguei meu celular.

- Merda! - Eu realmente tinha feito aquilo.

Minha cabeça ferveu, eu era um idiota. A primeira coisa que veio em mente foi Poncho, eu precisava conversar com alguém, minha vida tinha virado uma bola de neve e eu precisava resolver.

Chris: Preciso conversar, pode me ver? Acho que fiz cagada, de novo.

Antes que Alfonso respondesse fui tomar um banho. A água caindo em meu corpo acalmou um pouco do que eu estava sentindo, mas ao mesmo tempo me trouxe algumas lembranças nebulosas, dentre elas, minha ex namorada e a conversa com Dulce pelo telefone.

Assim que sai do chuveiro, coloquei um jeans e uma camiseta preta, antes de colocar um sapato, Poncho havia respondido.

Poncho: Claro, na sua casa? Anahí não quer te ver nem pintado de ouro.

Chris: Não, aqui não, escolhe um lugar.

Enquanto Alfonso escolhia um lugar, terminei de me arrumar e a decisão foi seu escritório.

Desci para a garagem e dirigi de volta à cidade, aquele lugar me trazia um turbilhão de lembranças, minhas mãos tremiam, eu nunca tinha falado disso com ninguém.

Cheguei no escritório e Alfonso estava no portão me esperando.

- E aí, garanhão.  - Poncho disse me cumprimentando.  - O paraíso entrou em guerra? - Disse abrindo a porta.

- Muito engraçado você, meu querido amigo, mas o inferno entrou em guerra. - Respirei fundo. - No caso, minha vida. - Poncho riu.

- Sente-se. - Apontou pro sofá.  - Conte-me tudo e não esconda-me nada. - Sorriu.

- Tá engraçado hoje... - Maneei a cabeça e ele revirou os olhos. - Enfim, como sempre, eu fiz merda, mas tem algumas coisas que preciso contar a alguém. - Esfreguei o rosto.

- Manda a bomba meu querido. - Poncho se ajeitou no sofá.

- Larissa.

- Ah, Christopher, pelo amor de Deus, sua ex? - A indignação de Poncho era quase cômica.

- Essa. - Concordei. - Ela não terminou comigo por conta da política. - Fiz uma pausa enquanto a confusão se instaurava em Alfonso. - Larissa estava grávida. - Soltei.

- Oi? - Poncho estava chocado.

- É... Só que ela não me contou. - Cocei minha cabeça. - Ela fez um aborto antes que eu pudesse sonhar  com a chegada dessa criança. Só me contou depois de tudo feito e de ter terminado comigo...

- Por isso você surtou naquela época? Enfiou o pinto em qualquer par de pernas? - Assenti. - Agora tudo faz mais sentido.

- Ela tirou a coisa que era mais importante para mim, a única coisa que eu mais desejei nesse mundo. - Respirei fundo mais uma vez e olhei para o teto. - Eu sei que é injustificável e foram situações diferentes, mas quando soube do meu bebê e de Dulce, tudo aquilo...

- Voltou de alguma forma. - Concordei. - Você não saber e quando descobrir já não ter mais um bebê. - Poncho tinha uma feição pensativa.

- Eu sei que não foi certo o que eu fiz, mas quando eu vi, já tinha feito e tinha encontrado Beli. - Comecei a piscar consecutivamente de nervoso. - Aí entramos em mais um assunto.

- Mais um? - Assenti. - Ok, manda!

- Depois que eu sumi, tive uma noite das antigas e eu estava quase tendo um apagão de drogas no dia em que saí no instagram.  - Poncho franziu a testa. - Belinda me ajudou, me levou ao hotel e Dulce ligou. Eu não lembrava de muita coisa, mas hoje me veio um flash de uma frase, mas isso é o próximo assunto...

- Cara, vai devagar. - Alfonso fez sinal com as mãos.

- Ok, enfim. Depois que desliguei o telefone com Dulce, Belinda me ajudou, me colocou na cama e tudo mais, no dia seguinte, acordei com ela sem roupa do meu lado e minha cabeça travou mais ainda. - Ri pelo nariz. - A questão é, depois do sexo matinal, nós conversamos muito. - Fiz um pausa e Alfonso parecia que queria me engolir. - Fizemos um acordo. Sexo quando necessário, aparecermos juntos por aí, assumir um relacionamento bom e estável. - Dei de ombros.

- Claro, a carreira dela estava declinando, ia ser perfeito. - Concordei com a cabeça. - Vocês são esquisitos.

- Acontece, tudo calculado, até ontem. - Cocei meu pescoço. - Encontrar Dulce com o tal advogado não foi algo... legal, eu transei com Belinda e bem, sempre acontece a mesma coisa comigo. - Eu voltei a piscar desesperadamente. - Eu falei que amava a Dulce e isso meio que me fez ligar para ela...

- Ah, não! - Poncho gargalhava. - Você tá brincando comigo, não tá?

- Não. - Franzi o lábio. - Dulce não atendeu e eu mandei algumas mensagens, digamos, ofensivas. - Mordi a bochecha. - E não sei nem como pedir desculpas. - Sorri sem vontade.

- Melhor fingir que não aconteceu, eu acho. - Poncho brincou com o tom de dúvida.

- Talvez... Poncho, tem mais coisa. - Ri pelo nariz.

- Não foi o suficiente? Larissa, - Fez careta. - Belinda, Dulce... Mais quem agora? - Alfonso falou fazendo gestos.

- Tem duas coisas, elas são tão sérias quanto a primeira. - Mordi o canto do lábio. - Quando eu voltei para São Paulo, eu não fui direto para o Guarujá começar todos os meus roles.

- E você foi para? - Pela minha cara de aflito Poncho soube na hora. - Você não... - Assenti. - Você foi atrás de Víctor?

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N/A: helloooooooooo!

E essa narração do nosso Chris? Confesso que queria pegar ele no colo...

O que acham que aconteceu entreChris e o Victor?

Agora a história começou!

Façam suas apostas, escolham o seu lado!

Comentem, votem e eu volto!

beijinhosssssss :*

Nada Convencional: A Última Torre.Where stories live. Discover now