Não que isso me incomode, nunca. 

   Escutei a porta ser aberta. Estava em uma sala abandonada do primeiro andar. Era pra acontecer uma reforma aqui durante o ano retrasado, se tornaria uma sala de descanso, mas desistiram dessa ideia. Portanto, agora é só um monte de entulho e mesas com cadeiras estragadas. Um ótimo lugar pra fumar e foder. 

  -O que você quer? 

  A voz grossa do meu professor invadiu meus pensamentos. Continuei encostada na janela, observando os poucos alunos irem embora. Cada um pro seu inferno pessoal. Cada um pro seu mundo horrível e único. De fato, ninguém consegue imaginar o que acontece com você por dentro. 

  -Não vou receber nem um beijinho de saudades meu amor? -Bati com a ponta do dedo no cigarro, jogando suas cinzas usadas pelo lado de fora. Traguei mais uma vez, puxando a fumaça tóxica pros meus pulmões. 

  -Me perdoe se não quero passar nenhum minuto á mais ao seu lado. Você é um tipo de atrai problemas e eu estou cansado dos seus joguinhos! -Isso sim, atraiu minha atenção. Finalmente decidi olhar em seus olhos. Ele estava furioso, queimando em fúria. Deixando bem claro por todo seu corpo como queria me ver morta. Mal sabe ele, que esse é meu desejo também. Seria um favor se ele me matasse enforcada ou com uma cadeirada na cabeça. Eu o agradeceria lá do inferno.

  Ri com escárnio. Soltei a fumaça e inalei novamente até uma boa parte do meu cigarro evaporar. A lua estava linda do lado de fora, luas cheias sempre são as melhores. É quando os lobos saem á caça e as bruxas dançam sem roupa em volta de uma fogueira. Ainda não sei de qual grupo faço parte, talvez eu seja uma bruxa vadia. Ou uma loba vadia. De todas as formas, sou uma vadia. E eu encaro isso como elogio, fiquem sabendo. 

 -Você não vai querer estragar minha brincadeira Kim. Seja um bom garoto e venha aqui. - O chamei com o dedo, o encarando fixamente. Taehyung suspirou irritado, passando as mãos pelos cabelos bem alinhados com gel. Depois de parecer lutar contra si mesmo, ele se aproximou relutante. Dando uma última olhada pra porta atrás de si, verificando se ninguém nós vigiava a espreita. 

   Quando ele ficou perto o bastante, com apenas alguns quarenta centímetros de distância, ofereci meu cigarro marcado de batom. Eu sei que ele não fumava, ele não gosta do cheiro forte. Porém, imagino quão excitante ele vai ficar tragando o meu cigarro. Para minha surpresa, ele não o recusou. O prendeu entre o indicador e o dedo do meio e puxou fundo. Porra! Ele não desviou o olhar do meu. Me aproximei quebrando qualquer distância entre nos dois, meus seios sensíveis pela falta de sutiã roçaram no seu peitoral e o observei tremer levemente. 

 Meu olhar se fundiu com o dele, e eu me senti tonta. Levemente cansada e exausta. Como se, aquele simples olhar, estivesse sugando o restante de minha alma podre. Tenho pena dele, por desejar algo tão ruim e abominável. Taehyung manteve-se parado, sem me tocar. Enrosquei meus braços ao redor do seu pescoço e selei sua bochecha demoradamente, em provocação. Seu perfume estava fraco, por ser fim do dia. O inalei com força antes de beijar o canto da sua boca macia. Finalmente, sua mão se moveu até minha cintura, tentando me afastar. No entanto, aquilo o entregou. Ele tinha força o suficiente para me empurra para longe se não me quisesse, mas em vez disso, ele apenas me tocou e me moveu um centímetro. Tenho certeza que sua mente está lutando contra seus pensamentos. Ele me quer, mas me quer longe. 

  Puxei o cigarro de sua mão e o coloquei em meus lábios. Uma vontade estranha me consumiu e eu quis atender aos meus desejos. Desci minha mão relutante e toquei sua bochecha, exatamente como Hyunjin havia me feito minutos atrás. Me demorei naquilo, naquele toque novo e inocente. Taehyung piscava lentamente e não tirava seus olhos de mim. Estava surpreso, assim como acreditem, eu também estava. Fiz uma linha imaginária com o indicador por toda sua face, me demorando em seus lábios, ponta do nariz e sobrancelhas. Queria guardar cada detalhe dele em minha mente vazia. Taehyung era lindo. Uma obra de arte desenhada com muito carinho e demora. 

  Arranquei o cigarro de meus lábios o prendendo em meus dedos e o beijei. O beijei como nunca ousei beijar antes. Com verozidade, desejo, pressa e impulso. Minha mão que estava em seu pescoço subiu até seus cabelos castanhos e os agarrou, puxando seu rosto e seu corpo para mais perto. Sentia meu peito arder, doer e latejar. Minha perna parecia bamba e meu corpo estava prestes a explodir. Eu o queria tanto, o desejava tanto que não conseguia me controlar. Mês passado eu planejava sua morte, mas agora? Agora eu desejo ter longos dias ao seu lado pra foder. Apenas isso. Uma foda. Sem sentimentos. Afinal, eu não posso sentir nada. 

   Taehyung pareceu finalmente se tocar do que estava acontecendo e reagiu da mesma forma que eu. Agarrou minha cintura com um dos braços e segurou os cabelos de minha nuca entre os dedos, os puxando para onde ele desejava. Sua língua brincava com a minha, me atiçando, me fazendo ferver. Seus dentes mordiscaram meus lábios e sua boca amassava a minha. Eu podia sentir cada parte do corpo dele, inclusive a recente ereção contra a minha barriga. Por conta da altura, eu precisava me esticar para poder tocá-lo. Ele percebeu isso e me levantou em seu colo, me levando até uma das mesas, me sentando nela e se empurrado contra mim simulando uma estocada. 

 Eu gemi, baixo e de surpresa. Não sabia o quanto ele estava duro. Seus dedos seguraram minhas coxas com força, muita força, tentando descontar seu desejo em minha pele fria. Eu quero que fique marcada, quero que amanhã, eu tenha cada lembrança dessa noite. 

   Minha calcinha já estava encharcada. E ele percebeu isso quando adentrou embaixo da minha saia, empurrou a peça molhada pro lado e começou uma masturbação lenta e provocativa. Sua boca infelizmente deixou a minha, apenas para aproveitar outras partes do meu corpo. Meu pescoço se tornou seu alvo. O maltratando com sugadas e mordidas fortes, Seus dentes estavam se cravando em minha pele, e eu entendi o que ele estava fazendo. Queria se vingar pela noite anterior. Fazer comigo as mesmas coisas que fiz com ele. Esperto e tentador, mas eu tenho outros planos. 

  O afastei de mim com um empurro forte. Ele me olhou confuso, os cabelos agora embaraçados e rebeldes, a boca vermelha do meu batom e inchada, o rosto uma mistura de vermelhidão intensa. As pupilas dilatadas, e o olhar fixo em meu corpo. Seu dedo se demorou em mim, tocando meu ponto de prazer, me desafiando a mandá-lo embora. Eu não faria isso, séria idiota. 

  -Ajoelha, e me chupa. 

  Minha voz saiu rouca, mas firme, ditadora e exigente. Era uma ordem, não um convite. Ele não tinha como me desobedecer. E nem o fez. Taehyung sorriu ladino, um puta sorriso safado e se ajoelhou entre minhas pernas. Eu poderia simplesmente gozar com só essa visão. A luz da lua iluminava seu belo rosto e me permitia ver suas expressões claramente. Ele queria aquilo, mais do que eu. 

  Minhas pernas foram postas em seus ombros, minha calcinha já estava no chão e ele começou a subir sua boca molhada por minha coxa, se demorando, sentindo o gosto da minha pele e se deliciando com a sensação. Quando ele chegou finalmente lá, eu mordi o torço da mão. Sua língua não perdeu tempo e me lambeu toda, cada parte, até se enfiar em minha boceta. Gemi, alto, e abafado. Tombei o corpo para trás, me apoiando nos cotovelos e apertei os olhos. Geralmente eu não fico tão descontrolada assim, não deixo que um homem me veja tão frágil e totalmente exposta pra ele, mas meu corpo queimava, e eu não estava em sã consciência. 

  Taehyung me chupou até eu gozar duas vezes seguidas, me limpando com preguiça. Minhas pernas tremiam ao redor de sua cabeça e eu me perguntei se conseguiria andar normalmente. Se com a língua ele fez esse estrago, eu mal posso esperar pra sentir aquele pauzão. Acho que vai ser interessante se eu arranjar uma cadeira de rodas. 

  Sua boca subiu até a minha mais uma vez, me fazendo sentir meu próprio gosto. O beijo salgado foi rápido, mas bruto. Tentei encontrar o fecho de sua calça, mas ele riu em mim. Afastando minhas mãos. Ele não queria que eu o tocasse? Porquê? 

   Ergui uma sobrancelha quando ele se afastou, me deixando perdida. Já estava pronta pra uma foda, eu queria mais prazer, ele estava se recusando? 

  -Nem pense nisso seu desgraçado! 

  Meu professor colocou as mãos no bolso, e começou a se afastar lentamente, sem tirar os olhos de mim. Sua ereção ainda estava lá, mas pelo visto, sua vontade de me irritar era maior que se satisfazer. Ele me deu um tchauzinho com a mão esquerda antes de sair pela porta, me deixando sozinha e o xingando. 

  Aquele filho da puta !

   Ri descendo da mesa e me apoiando nela. Eu me sentia mole, e cansada. 

  Isso foi bom, muito bom. 



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