Seu psicológico estava se despedaçando.

- Ah tudo bem então, vem, acho que Julie está na garagem.

Você seguiu Carlos segurando o estômago, você não planejava ficar péssima assim. Você estava bem quando saiu de casa. Talvez seja só o pensamento de rever a pessoa que lhe rejeitou desde a adoção.

Assim que chegaram em frente a garagem, Carlos gritou.

- Hey, Jules! Tem alguém aqui pra você, hermana.

- Sn! - ela correu em sua direção. - Eu fiquei preocupada, você não atendeu nenhuma das minhas ligações. - você soltou o estômago e a abraçou de volta.

- Estou bem, Ju. Talvez um pouco dolorida.

Ela te olhou e pareceu pensar um pouco.

- Vem, entra!

Você negou rapidamente.

- Não dá, realmente. Tenho que fazer uma coisa agora.

- Oh não, por favor!

Sem querer segurar mais, você soltou. Quase num sussurro.

- Vou ver a mamãe hoje.

Julie ficou quieta por um tempo.

- Oh. - ela olhou pra baixo. - Você.. Você acha que está pronta pra isso?

- Eu tenho que tentar, não tenho? - você deu um sorriso tímido.

Ele deu de ombros.

- Se você diz... Mas por favor, entre, tem alguém que quero que você conheça.

- Jules..

- Eu prometo que não vai demorar, apenas conhecê-lo. Vem. - ela estendeu a mão.

Você se rendeu e se agarrou à ela.

Ao entrar na garagem, você se deparou com os dois meninos morenos sentados no sofá.

- Sn! - Reggie gritou e correu em sua direção. - Quanto tempo! Eu senti sua falta mas Julie disse pra não te importunar e eu nem sei o que isso significa. - ele sorriu.

- Foram apenas dois dias, Reg. - Luke apareceu atrás dele. - Ei, Sn se sentindo melhor? - ele estendeu o pulso fazendo soquinho com você.

Você riu, ainda tímida.

- Eu também senti sua falta, Reg e sim Luke, eu estou me sentindo melhor.

Você tinha que admitir, você estava surpresa com a empolgação dos meninos e o jeito que eles estavam agora. Eles podiam tocar em pessoas vivas ou você estava delirando. Decidindo se arriscar você falou.

- Você quer me abraçar, Reg?

Ele estava tão empolgado. Os olhos dele brilharam.

- E-eu ainda não sei se eu consigo tocar.. Eu-

- Eu posso te ajudar com isso.

Ele sorriu.

- Você faria isso por mim?

- Mas é claro. É pra isso que servem os amigos.

Você se aproximou dele e deu um sorriso tímido assim como ele, você lentamente passou os dedos por seus braços revestidos pela jaqueta preta de couro até sentir a firmeza e o puxou contra seu peito. Ele demorou um pouco até passar os braços por sua cintura mas quando o fez, estava com medo de te soltar.

Você não se importou se iria se atrasar para ver sua mãe, Reggie precisa sentir alguma coisa e você quis fazer algo por ele. Apenas deus vontade, ele era um garoto tão bom.

- Eu não acredito que estamos fazendo isso. - ele parecia prestes a chorar.

- Viva la vida, hermano. - você disse quando começou a se afastar.

Alguém pigarreou.

Vocês se afastaram e Julie lhe deu um sorriso, ela também tinha os olhos brilhando. Luke levantou os dois polegares pra cima e deu um sorriso em sua direção sussurrando 'mandou bem.'

Assim que você olhou pra frente, você viu a mesma pessoa que havia lhe deixado completamente confusa e que você estava tentando ignorar, não olhando seus post-its e não recebendo suas flores. Alex te olhava com cautela, apesar de você ter visto sua mandíbula endurecer brevemente quando você deu um passo pra trás, ao lado do baixista.

O loiro sussurrou.

- Oi Sn.

Você se sentiu exposta. Parecia que todos sabiam da sua dor.

- Oi Alex.

Vocês ficaram em silêncio por alguns minutos, até que um garoto da mesma altura de Luke, com os cabelos compridos até mais abaixo do ombro com um skate na mão falou.

- Eu sou o Willie.

________que comece o fogo no parquinho, quem amou???

iɱɑgiɳɛร ɗiѵɛʀรѳรWhere stories live. Discover now