aleх мercer³

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Atordoada.

Era assim que você se encontrava.

Desde o momento em que decidiu revelar seus sentimentos, você tinha decidido permanecer em Burnaby. Mas, você não contava que o garoto cujo você achava que estava supostamente afim, era gay.

Você não criticou. Você nunca seria capaz disso, até porque sua mãe era lésbica. Mas por ser algo que te envolvia, era difícil. Você nunca pensou que seria difícil.

No momento em que Alex tinha lhe dito que pensava ser gay, você só conseguiu o quão estúpida você foi em se apaixonar por um fantasma antes de dar um sorriso encorajador pro mesmo e sair de lá as pressas dizendo que havia esquecido de tirar algumas tulipas do sol.

Era mentira.

Você queria chorar. Você queria expor pra fora tudo o que você não conseguiu com ele. Assim que você entrou em seu apartamento, você entrou no quarto e se jogou na cama, soluçando.

E foi ali que você pensou e soltou tudo. A morte da sua madrinha, o rejeitamento de quando você nasceu, a maior parte da sua vida sozinha, o amor não recíproco... Por um fantasma..

Você se sentiu inútil. Você não era nada de grande valor. Era apenas uma garota que se enchia de piercings e dançava na maior parte do tempo pra esquecer de tudo o que já havia passado.

Após dois dias encobrindo seus sentimentos com doces, lágrimas e tulipas roxas você decidiu sair de seu apartamento. Julie havia lhe ligado vinte e três vezes e você não atendeu nenhuma vez, apenas mandou uma mensagem escrita 'Não precisa se preocupar comigo, peguei um resfriado e não estava afim de assustar ninguém com minha aparência', ela parecia ter acreditado pois mandou 'Tudo bem, melhoras! Estamos esperando, você faz falta aqui.' Quando ela mencionou a falta, você se perguntou se ele também sentia mas logo tirou esse pensamento da mente. Ele não te procurou, não sentia sua falta.

Ao levantar da cama você foi direto ao banheiro pra uma ducha demorada. Você lavou seus cabelos com um shampoo e condicionador de morango com chocolate. Apesar de não gostar de morango, o cheiro era incrível. Após os cabelos, você pegou o sabonete líquido de textura rosa brilhante com cheiro de pirulito e passou pelo corpo, por algum motivo você estava sensível a toques. Talvez porque você quisesse que fosse o toque de outra pessoa.

Depois do relaxante banho de sereia que você fez, você se enrolou numa toalha branca e foi em direção ao closet decidindo qual roupa usar iria usar para essa... Ocasião.

Você iria visitar sua mãe.

Assim que você bateu os olhos na coleção de vestidos florais, você pegou um azul bebê com o mesmo dacote do rosa e um tênis brancos com pequenos detalhes em prata. Abriu o armário das joias e pegou as tornozeleiras, braceletes, colares e anéis para combinar. Pra finalizar, coloco uma tiara discreta também prata que foi um presente de seu tio, Ray.

Você estava linda. Digna de uma princesa.

Ao deixar tudo arrumado em sua casa, partiu para a casa de Julie. Você nem bateu na porta, apenas entrou e se encostou na porta e fechou os olhos. Parecendo que estava meio aérea.

- Sn?

Você abriu os olhos.

- Hey, Carlito. - você suspirou.

- Está tudo bem? - ele se aproximou. - Você diferente.

- Estou bem, Carlos. Foi só um enjoou, obrigada por perguntar. - você sorriu. Diferente dos outros dias você não estava animada só tentou melhorar a aparência.

iɱɑgiɳɛร ɗiѵɛʀรѳรOnde as histórias ganham vida. Descobre agora