•Chapter 61•

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O dia estava passando rápido, mas ainda faltava quinze minutos para a empresa fechar. Desci para tomar um café com Mylene enquanto Adrien ainda organizava alguns papéis em sua sala.

- Mari, Ivan e eu estávamos pensando nessa dias em adotar uma criança.

- Sério? Nossa, Mylene, que maravilha! - sorri animada. - Você também é estéril? Desculpe minha indelicadeza.

- Não, não sou - ela sorriu, ruborizada. - Mas eu sempre quis adotar, sabe? Nossa! Ver a felicidade no olhar vazio e perdido de uma criança ou adolescente não tem preço. É simplesmente incrível! E eu confesso que tenho medo de dar a luz.

- É, não vou mentir 'pra você. Dói muito. É como se todos os seus ossos estivessem se quebrando ao mesmo tempo - franzi o cenho.

- Argh! - ela fez uma careta, assustada. - Mas demora muito?

- Isso vai de mulher 'pra mulher. Minha mãe disse que minha irmã caçula, Tikki, nasceu só quatro horas depois das primeiras contrações.

- Senhor! - gritou engasgada. - Coitada de sua mãe!

- É, pois é. Depois disso, ela fechou a fábrica - ri descontraída.

- Quantos irmãos você tem?

- Comigo são quatro. Eu sou gêmea.

Mylene piscou algumas vezes, embasbacada.

- Mas na Ásia não é permitido ter apenas um filho por casal?

- Realmente - mordi o lábio inferior. - Mas meus pais não se preocuparam com isso. Eu e Marin nascemos aqui em Paris e Tikki na Espanha em uma viagem que meus pais estavam fazendo. Bridgette foi a única que nasceu mesmo na China.

Mylene assentiu e eu decidi mudar de assunto.

- Mas adotar é uma coisa muito linda - sorri, suando frio. Acho que acabei assustando ela um pouco.

Ela assentiu devagar e atendeu o celular que vibrava como louco dentro da bolsa dela.

- É o Ivan - explicou, olhando a mensagem. - Ele está me esperando para irmos para Ibiza.

- Que chique! - sorri animada por ela.- Vá e aproveite bastante suas férias.

- Obrigada, Mari.

Nós nos abraçamos e ela saiu da empresa pela porta de vidro. Suspirei e olhei a hora em meu relógio de pulso. Oras...mas porque Adrien estava demorando tanto? Ajeitei minha saia e fui em direção ao elevador. Ao chegar no último andar, noto a pouca luminosidade. Confesso que sempre fui um pouco nervosa para escuro, mas atravessei o corredor confiante.

Eu ia bater na porta, mas hesitei assim que ouvi um urro de Adrien.

"Não, Lila! Eu não a quero na minha empresa. Não está claro?"

"M-mas...Adrien, você não entende?"

"Não tenho que entender nada! Acho que há um ano atrás dei suas contas e você mesma me insultou."

"Aquilo saiu da boca para fora. Me dê outra chance, por favor! Eu preciso de um emprego fixo"

"E por onde esteve este tempo fora?"

"Na Colômbia com uma prima minha. Mas eu pretendia voltar para a Agreste Corp."

"Tivesse pensado no seu cargo aqui antes de tentar me difamar" uma breve pausa se fez, e Marinette se aproximou mais ainda da porta. "Aliás, eu nem deveria tê-la contratado sem antes receber um mero currículo seu. Eu estava desesperado e Chloé me indicou você. Na época, Marinette não estava passando bem."

Ainda Te Amo - MiraculousWhere stories live. Discover now