East Side Story - Jasiper

Paris, 3 de junho de 1962

Sorri com a visão do homem loiro dos olhos azuis recostado contra a parede do lobby. Ele estava deslumbrante, o terno preto contrastando com o cabelo claro. Ele sorri quando a vê, mas depois prende a respiração, porque ela estava linda. O vestido carmim, os saltos muito altos e os cabelos soltos. Ele deposita um beijo no rosto dela quando ela se aproxima e depois oferece o braço.

Ele abre a porta do carro que tinha alugado e a deixa entrar primeiro, se sentando ao lado da garota em seguida.

— Pronta para aproveitar a noite, mon chéri? — Pergunta, arrancando um sorriso dela. Jason adorava quando eles se encontravam por aí, porque sabiam se entreter. Não existia dia chato com ela. Ou noite. Era divertido até quando eles competiam para roubar algo primeiro. E ele a achava fascinante.

— Você está me perguntando isso só porque não vai me contar onde nós estamos indo, né? — Ela ri. Sabia que ele, provavelmente, tinha planejado algo intenso e legal. E que não contaria, porque já sabia que ela era curiosa e ele gostava de deixá-la sedenta para saber mais.

— Que bom que você já me conhece tão bem assim, boneca. — Ele deposita um beijo no rosto da garota, que gargalhava deliciosamente.

Piper fica, para dizer o mínimo, encantada quando vê o carro virando na Quai de la Tournelle, e parando em frente ao Tour d'Argent. O restaurante, o mais antigo e, provavelmente, o mais sofisticado de Paris, era sempre lotado e reservas muito antecipadas eram necessárias. Principalmente em uma época agradável, como aquela, quando a alta sociedade estava louca para perambular por aí e exibir suas joias e roupas caras e sofisticadas. Piper agradece ter escolhido o vestido novo da Dior, que tinha comprado em seu primeiro dia em Paris.

— Se você queria me surpreender, parabéns. — Diz, quando ele estende a mão para ajudá-la a sair do carro. — Conseguiu.

– Eu sabia que conseguiria te impressionar. — Ele fala, antes de dar o nome da reserva para o maître. Os dois são encaminhados até a mesa.

— Você teve que dar em cima de quem para conseguir essa reserva, Grace? — Ela pergunta assim que eles se ajeitam na mesa. Fica surpresa quando ele escolhe o lugar ao seu lado e não na cadeira à frente.

— Eu só estou dando em cima de você, McLean. — Ele responde, abrindo o sorriso mais excitante que ela conhecia. — Isso aqui... basta conversar com as pessoas certas. E pagar a quantia certa. — Não tinha porque mentir para ela. Ela era uma das poucas pessoas com quem ele poderia ser honesto sempre, fosse isso uma coisa boa ou uma ruim. E desembolsar uma quantia que nem faria falta para poder levá-la para jantar e vê-la sorrindo e interessada? Ele faria isso quantas vezes fosse necessário. Ela merecia tudo do melhor. Inclusive um jantar. Ele abre o sorriso zombeteiro quando vê a expressão de surpresa no rosto dela. Jason adorava observá-la, porque ela era deliciosamente expressiva. — Funcionou?

Piper ergue a sobrancelha, surpresa de ele estar se empenhando para impressioná-la. Os dois não eram, necessariamente, nem amigos. Viviam em uma cama de gato. Eram amantes, ocasionalmente adversários. E a atenção dele... ela gostava disso. Gostava de saber que ele estava se esforçando para ter a aprovação dela.

— Funcionou. — Responde, apenas. Ele se aproxima mais ainda, deixando um beijo no rosto dela. Depois outro, no pescoço. É mais outro. Amava quando eles atravessavam os limites. Só tira os lábios de cima dela quando alguém se aproxima para anotar o pedido deles. Ela sente a pele arder depois do contato daqueles lábios quentes. Queria aqueles beijos por todo seu corpo.

O jantar é quente. Os dois gostam de provocações, insinuações. As mãos dele sobem e descem gentilmente pelas pernas dela, o que, ela considera é quase tortura. Ele estava brincando com ela. E ela estava deixando, porque daria o troco. Não era justo que ele fosse o único a provocar o corpo dela daquela maneira e não sofresse nem um pouquinho depois. Ele acha sexy como ela suspira baixinho e controladamente toda vez que ele volta a mão para perto do joelho dela ou como parece satisfeita quando ele a abraça pela cintura.