Quem somos verdadeiramente?

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Quem somos nós?
Quem somos?
Perguntamos todos os dias de diferentes formas, mesmo quando a pergunta está intrínseca em meio a uma contemplação, numa meditação ou num breve sonhar. Essa pergunta não cessa e corrói nosso íntimo de forma tão variada que não formulamos bem o questionamento.
Quem somos?
Vivemos de forma às vezes fantasiosa por não conseguirmos repostas, ou não encará-la face a face, porque já a sabemos, mas relutam ou fingimos ou coisa pior, quando debandamos do pensamento que se torna ruim em nosso peito, expressando a realidade de nosso ser, pois quem somos é sempre ruim, nunca nos preenche, de forma que o nosso ego soberbo reluta para admitir, porquanto não há completude.
Almejamos, planejamos e nutrimos, rodopiando em sonhos que nos fazem vagar por mundos nas quais não são os nossos, nos perguntamos, o que estou fazendo? A resposta fica clara e escancarada, mas batemos em retirada. Parece que sempre falta um pedaço, como um filme visto pela metade ou um livro que corremos para a última página para descobrir o final, e nessa atitude, mesmo assim não nos surpreendemos com a revelação, porque somos nós no final, desarte moramos nesta mansão do amanhã, não há fuga e nem liberdade.
Vivemos nesta ciranda, neste labirinto, nessa roda gigante dos altos e baixos. Como poderemos deixar de desafinar? Como a música de nossa vida pode ser uma canção repetitiva de poucos acordes em uma harmonia pobre e mesquinha? Olhamos para o céu repletos de estrelas ornado pela beleza da lua, no belo por do sol rubro no horizonte, para o verde das montanhas ou para profundidade do mar, o espírito se enche de alegria, quando nutrimos com a perfeição da obra de Deus o coração já fatiado, e muitos que não crêem Nele, mas sabem em seus profundos pensamentos que a perfeição não está em nós e se não está, como podemos reconhecer o perfeito? Na verdade, o perfeito não faz parte da nossa natureza, todavia há uma forma que possa fazê-lo habitar em nós, por isso almejamos a sua face, desejemos os seus contornos, mas como esse perfeito é tão misterioso e profundo, esquecemos que cultuá-lo. E Ele existe, está em todos os lados e dentro de nossos corpos, seja espiritual ou carnal. Ele nunca nos abandonou e nunca irá nos abandonar.
Ele é a perfeição de nossos sonhos, o alvo de nossos delírios, a paixão de nossa busca, Ele é a razão de nosso ser.
Quando um dia, admitirmos isso, Ele clareará a nossa caminhada, tirará todas as dores de nosso peito, curará a nossa ansiedade e nos colocará em patamares jamais almejados, logo, o amor fará sentido, as obras de suas mãos também, nossa busca encontrara um fim e seremos plenos de uma certeza nunca antes provada. Essa é a verdadeira vida, o verdadeiro sonho, o verdadeiro Deus e quem somos verdadeiramente.

Jbbrown

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