Nossa geração

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Profundo são os olhos do sábio, que se coloca em diálogo interno, pondo sua mente a palestrar com o Espírito, conhecendo-lhe a si mesmo e ao tempo oportuno sobre a vida.
Senhor de si, administra a sua jornada baseada em conduta benéfica, como um aprendiz eterno em humildade, que coloca em seus passos a meditação das ocasiões.
Silenciosa é sua existência, observador é seu proceder e livre de vaidades é seu espírito, pois ao abrir de sua boca, suas palavras são luz para o próximo e nunca trevas.
Com o mundo demasiado de uma infinidade de canais de comunicação, com uma exortação de cópias feitas por outrens e repetitivas a desfecho de nenhuma avaliação ou entendimento, a nossa geração vem a gritar e cobrar exacerbadamente, porém com muito pouco a raciocinar.
Todos querem ser ouvidos, mas ninguém tem nada a dizer que possa acrescentar.
A vida não é mais compreendida em sua essência e a humanidade perdeu o rumo de ser humano. Temos muito a dizer e pouco a agregar, muito para julgar e nada para querer mudar ou assimilar.
Que geração perdida, onde o caminho do homem se afasta de Deus por só saber pedir e nada a agradecer.
Sinto que se não mudarmos o curso de nós mesmos, vulgarizaremos e, no fim, somente sobrará algo indescritível de tanta rudeza, pois até os animais, vegetais e minerais, com toda a falta de inteligência, mobilidade ou sentidos, respectivamente, fazem seu papel para com Deus em seus desígnios, pois são animais, vegetais e minerais em sua primazia, e o homem? Por que não é humano?

Jb brown

J.B.Brown

Café, poesias e crônicasUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum