25. Não, não faça isso.

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Essa música se encaixa quase perfeitamente.

~~~×~~~

1 ano depois.

- Tem certeza que não quer ir? Vai ser tipo, a festa do século. - Ana pergunta, enfiando os livros na bolsa - sim, enfiando. Ela é tão delicada!

Suspiro, cansada. Desde semana passada ela tenta me convencer. Minha resposta é um irredutível "não".

- Já disse, Ana. Aliás, tenho dois trabalhos para semana que vem. - pego meu caderno e me dirijo em direção à saída. Ana bufa, pisando duro.

- Sabe, Hea... Minha ideia de faculdade não é bem ficar trancada num quarto fazendo trabalhos e se entupindo de sorvete. - ela está histérica. Então acrescenta -... E com o coração partido. Ele deve estar com a songa-vaca transando loucamente agora.

Engulo em seco, sentindo a dor se alojar novamente.

Tudo isso por que me descobri apaixonada.

Sim, eu estava. Estou.

Mas, infelizmente, alguns amores não foram feitos para durar.

Ou nunca acontecer.

- Promete pensar? - ela para em minha frente juntando as mãos.

Rolo os olhos, analisando os prós e contras.

O pior que pode acontecer é alguém vomitar em mim, certo?

- Tudo bem, então.

Ana solta um gritinho e pega o celular, digitando freneticamente. Ela intercala o olhar entre mim e a tela gigante do seu celular, sorrindo como o gato cheshire.

- Venha, vamos comer. - ela guarda o aparelho, me puxando pelo pulso. - Essa insistência toda me deixou com fome.

Meia hora depois, Ana e eu devoramos nosso prato predileto: fajitas*. Ana sempre esteve presente em nossas visitas ao Texas, o que a tornou uma amante da comida local. Ela parece inquieta e olha para o celular a cada 15 segundos.

Quando percebe minha atenção focada nela, sorri docemente, a boca cheia.

- Como foi hoje? - ela pergunta, tomando uma golada de seu refrigerante.

Solto um suspiro longo, ainda mais cansada.

- Como sempre. - resmungo, agraciando meu estômago com mais um pedaço dessa maravilha.

- Jonas ainda te liga nos intervalos entre uma respiração e outra? - ela zomba e, sim, ele faz isso. Mas graças a Deus números podem ser mudados. - Aliás, aquele carinha que não para de te olhar é gostoso pra caramba. Olha lá. - aponta para a entrada.

Jack está lá, seus olhos verdes me encaram e nunca desviam - sério, nunca. Ele não sorri, nem esboça qualquer reação, apenas me encara. Ele parece tão psicopata quanto Cameron.

Cameron.

Me dou um soco mentalmente por pensar nele mais uma vez.

E então, pela primeira vez, um sorriso é repuxado nos lábios carnudos de Jack. Um pequeno meio sorriso. Estou me sentindo como a Bella na cena em que ela e Edward se encaram e, não, isso não é legal.

Jack é bonito. Ele parece um modelo digno de capa de revista; a pele morena o deixa ainda mais atraente e esse sorriso é mesmo encantador... e misterioso.

Mas não é ele.

- Acorda. - sinto algo bater na minha cabeça, me fazendo despertar. - Credo, ele parecia um animal cercando sua presa. Vamos antes que isso aconteça.

Como resistir a Heather Cooper (Em revisão)Where stories live. Discover now