88. DE VOLTA A SENIRA

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Uhu, o Wattpad fez as pazes com o iPad!
É mais cansativo, mas funciona!
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SARAH SÓ ACALMOU o suficiente para ir até os aposentos do casal e se atirar na cama, chorando e xingando como uma desesperada. Sua mãe e Donasô eram as solidárias ouvintes.

Enrique ficou no núcleo de Durina, com o Rei Sammal e Renato. O Lorde de Moolna chegou logo depois, chamado por Enrique.

O rapaz começou pelo final, relatando fielmente o motivo da fúria de Sarah.

– Entendo sua reação diante das mudanças de Lila, e todos sabemos que Senira desencadeia ações como a sua com alguma frequência, Enrique. – O Rei Sammal encarava o genro com firmeza. – Mas precisa compreender que isto é muito mais sério para nós do que para sua gente.

– Eu compreendo, senhor. Mas não foi um surto de atrevimento, foi um surto de euforia, e Sarah viu muito bem. – Enrique voltou-se para o Lorde. – Lila teve uma ideia genialmente óbvia, doutor Carl.

Enrique relatou a visita e a ideia final de Lila.

– Genialmente óbvia – concordou o Lorde. – Estivemos preocupados demais com as naves e suas consequências para perceber o que foi tão evidente para ela.

– Pode ser feito com relativa facilidade, não é? – O Lorde assentiu. Seria bastante simples, em especial porque as informações vindas de satélites e sondas espaciais já estavam concentradas em sistemas bem específicos. Seria necessário apenas monitorar estes sistemas e garantir que se tornassem cada vez mais eficientes. – O senhor já tem coisas demais para fazer. Não quero sobrecarregar mais ainda!

– Não se preocupe, Enrique. É tão fácil que mal vai tomar meu tempo. Compreendo seu entusiasmo diante da ideia brilhante de Lila, mas Sarah com certeza se aborreceu bastante. O que vai fazer?

– Primeiro, esperar ela dormir. Se eu entrar naquele quarto com ela acordada, acho que voa uma espada em mim...

Estava quase amanhecendo quando Sarah finalmente dormiu. Enrique ficou acordado toda a noite, aproveitando o tempo para treinar com seus guardas. O treinamento, aliás, rendeu de forma esplêndida, a ponto de até os guardas comentarem.

O jovem esperou mais uma hora e só então entrou no quarto, cheio de cautela.

Sarah realmente dormia, atravessada na cama. E a espada estava bem ao alcance da mão dela...

Aquela gente era mesmo muito louca, constatou Enrique. E sua doce companheira era um perigo!

Afastou a espada para longe e tomou um longo fôlego, abraçando e segurando sua companheira em um gesto só. Sarah acordou assustada, viu que era Enrique, ensaiou a primeira palavra e foi calada por um beijo ardente e apaixonado.

Enrique não disse uma palavra e nem a deixou falar. Simplesmente mostrou, da melhor maneira possível, que ela era a única em sua vida e seu coração.

Dormiram abraçados e tranquilos.

Enrique acordou quatro horas mais tarde com um potente soco em seu braço.

– Ai!

– Você não devia ter feito aquilo!

– Bom dia, Sarah, eu te amo. Sei que não devia e peço milhões de desculpas. Não sei o que deu em mim!

– Eu também te amo, monstro insensível. O que você acharia se eu agarrasse Denaro daquele jeito?!

– Provavelmente eu pularia entre vocês bem do jeito que ele pulou, isto é, se Lila não tentasse matar você antes... Ai! Agora não posso nem falar em Lila?!

Olho do FeiticeiroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora