Capítulo 11 - 2ª Parte: O coração da bailarina

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Capítulo 11

Senhoras do Santuário,

Minhas amorosas saudações!

Confesso que já estou com vergonha de tanto que peço desculpas para vocês!

No começo do livro, comentei que Kiron e Dora teriam uma história curta, mas eles brigaram pelo direito de contar a própria história o ritmo deles, então me rendi a esse casal intenso e apaixonado.

Será que agora será mais fácil? rsrsrsrsrs

Em breves, muito breve, teremos muitas novidades, aguardem!

Importante: A música do capítulo já foi postada em outro capítulo, mas como somente consegui escrever o final do capítulo ao ouvi-la, achei que não haveria tema mais perfeito. 

Com vocês a segunda parte do capítulo 11!

Beijos e boa leitura!

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No aconchegante silêncio do apartamento, sentada sobre o largo batente da janela da sala de estar, usando apenas uma camisa de mangas compridas, que pertencia ao homem adormecido em seu quarto, e abraçando as pernas dobradas, Dora observava o vai e vem de veículos e pessoas na madrugada da metrópole incansável.

Assim como a cidade, ela também não conseguia dormir...

Apesar de sentir o corpo cansado e deliciosamente dolorido em partes muito interessantes, sua mente, coração e alma, não conseguiam se aquietar.

A bailarina inspirou profundamente e contemplou a chuva traçar intricados desenhos nos vidros de sua janela. As luzes artificiais iluminavam a cidade insone e criavam efeitos quase místicos à obra de arte em constante mudança que a natureza desenhava nos vidros transparentes.

Dora sentiu as batidas de seu coração levemente alteradas quando a imagem de Dante parado à sua porta invadiu sua mente. Nunca esqueceria o quão atormentados os olhos verdes estavam ao mirar os seus, o quão intensos foram os beijos trocados, ou mesmo a incrível sensação de recebê-lo em seu corpo.

Era incrível como essa parte do sexo, com ele, se tornara prazerosa, desejada, ansiada.

"Era como se seu corpo estivesse, durante toda a sua vida, esperando pelo dele" — pensou fascinada.

Estavam juntos há pouco mais de vinte quatro horas, mas sentia como se o agente de segurança fizesse parte de sua vida há muito tempo. Talvez, Dora ponderou, a sensação se devesse o fato de ter rompido um relacionamento recentemente. Ter um homem em seu apartamento, dividindo a cozinha com ela, não era algo inédito ou remoto, refletiu.

"Entretanto, sentia algo diferente com Dante. Quando ele olhava para dentro de seus olhos, era como se enxergasse sua alma" — admitiu.

A mente evocou as lembranças da madrugada e daquele primeiro dia juntos. Amaram-se uma vez mais sobre o aparador da entrada antes de seguirem para o banheiro. O banho fora demorado e deliciosamente sedutor.

"Pela primeira vez ela desejou ter uma banheira" — pensou ao deixar escapar por seus lábios um suspiro sonhador.

Após o banho, entusiasmados e famintos, seguiram para cozinha.

"Preparar uma refeição nunca fora tão sexy e divertido" — recordou deliciada com as brincadeiras, risos e carícias trocadas.

Dante era um homem intenso. Tudo nele carregava a aura de poder e masculinidade. Mas também havia humor sob tanta intensidade. E, claro, paixão. O agente de segurança era um amante generoso e exigente, tudo na mesma medida.

EM HIATO - Prefácio de um amor - Série Santuário 3.5Onde as histórias ganham vida. Descobre agora