Capítulo 10 - Eu não te amo, mas eu sempre amarei

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Senhoras do Santuário,

Minhas amorosas e profundamente agradecidas saudações!

Com o coração transbordando de emoção declaro que tenho as melhores leitoras do mundo!

Muito obrigada pelo carinho, por compreenderem minhas necessidades, pela generosidade com a minha demora em postar os capítulos.

Sinceramente não consigo explicar o porque desse capítulo demorar tanto para ser escrito. Foram doze dias somente nas primeiras três páginas!!!

Mas, enfim, saiu!!!! 

Com vocês as emoções do capítulo 10 de Prefácio de Um Amor!

Lembro, que na história, ainda estamos no passado! 

Um beijo no coração de cada uma!

Boa leitura!

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"A única coisa mais impossível do que ficar, era ir embora".                                                                                                                      (Comer, Rezar e Amar)


Nuvens brancas desenhavam formas abstratas sobre o céu de tom azul claro naquela manhã ensolarada de inverno. Resquícios do orvalho da madrugada ainda umidificavam os jardins e as folhas das árvores. A cidade considerada uma estância climática parecia não ter pressa para acordar. Poucos turistas eram vistos caminhando pelas ruas. Nos restaurantes e nos charmosos cafés, o movimento para o café da manhã ainda era discreto.

Sentada sobre o assento da garupa da emblemática Ducati e abraçada ao corpo sólido de Dante Tommazelli, pela primeira vez, Isadora não se permitia encantar pelo encanto das construções em estilo europeu, os belos jardins ou mesmo a poesia que existia em um dia ensolarado de inverno.

"Pela primeira vez em sua vida, o amanhecer não fora bem-vindo" – pensou agarrada ao homem que conduzia a tradicional moto pelas ruas da cidade que parecia saída de um cartão postal.

"Condenados a uma vida inteira de sofrimento no Tártaro, por apenas algumas horas compartilhadas nos Campos Elíseos." – Concentrado na direção, Kiron repetiu a admoestação que fizera a si mesmo horas antes.

Pelo resto de seus dias, seria torturado pelas lembranças da pele macia, do perfume de orquídeas, que parecia entranhado em sua pele, o som do riso cristalino, do brilho encantador dos olhos cor de ônix e a incrível sensação que experimentava ao invadir o corpo cor de café frappé com o seu.

"E mesmo sabendo como a vida seria infernal depois de provar o sabor de Isadora novamente e o quanto o reencontro deles afetaria a vida de sua pequena bailarina, ele não resistira..." – confessou em silêncio, atento às ruas pouco movimentadas naquela manhã.

Abraçada ao corpo do agente de segurança e com o rosto protegido do vento gelado da manhã de inverno, pelo uso do capacete, Isadora sentia a respiração e as batidas cadenciadas do coração de Dante. O oposto das suas. Seu coração trovejava em protesto àquela despedida, e seu corpo se ressentia pela separação que estava prestes a acontecer.

Recordações das carícias e beijos apaixonados trocados no jardim invadiram sua mente. Os momentos de amor compartilhados na noite anterior foram intensos e avassaladores. Quase terminaram fazendo amor no alpendre do chalé, tamanha urgência que os arrebatara.

Como acontecera da primeira vez, Dante fora um amante apaixonado, intenso e incansável. Explorara com suas mãos, boca e língua cada centímetro do seu corpo, fizera-a experimentar o prazer em um nível completamente novo, visceral e extraordinário.

EM HIATO - Prefácio de um amor - Série Santuário 3.5Onde as histórias ganham vida. Descobre agora