Contos para se emocionar: porque amor de mãe é infinito

Débora

Nasceu quando a mãe tinha 19 anos apenas, e era linda! Parecia uma bonequinha. Sua mãe era muito nova para conseguir cuidar dela perfeitamente, mas fazia o possível.

Embora nem sempre, depois que foi morar sozinha com o marido, desce conta de banha-la e olha-lá o tempo todo, procurava não deixá-la assada ou com fome. Assim Débora foi crescendo sem tantos cuidados quanto deveria ter, ela chorava muito, sentia fome, mas não era tudo que ela comia, a mãe dela já não aguentando, muitas vezes, não sabia o que fazer e deixava ela chorando até cansar e então dava-lhe água e ela cansada de tanto chorar, dormia.

Sua mãe não trabalhava fora e era muito cansada, tinha problemas de saúde que a impossibilitavam de conseguir fazer tudo que deveria fazer, principalmente porque sua casa não tinha as comodidades de hoje em dia.
Tinha que lavar roupa na mão, que fazer a comida toda sozinha, não tinha processador, não tinha lavadora, não tinha nada de modernidade, a casa era muito simples e velha, com a tubulação de esgoto entupida, ao ponto de ter que enterrar suas fezes. Eles eram pobres, mas essa mãe fazia o que conseguia, com essa criança pequena.

A menina foi crescendo e tinha um olhar triste, um semblante que mostrava que ela parecia viver no mundo só dela. Foi crescendo e sua mãe se separou de seu pai e com quatro anos, foram morar em outro estado.

A mãe precisando trabalhar, deixava ela sozinha, mas quando os vizinhos perceberam começaram a ajudar-la.
Estavam em outro estado, cercadas de pessoas desconhecidas, com uma mãe que precisava trabalhar para sustentar a casa.
Assim ela foi crescendo sózinha, se virando para tudo, mas ela era uma criança bem extrovertido e se dava bem com todos.

Infelizmente, por sua mãe não ter renda suficiente, ela começou a cometer pequenos roubos. De brinquedos de vizinhas, comida e coisinhas pequenas.
Quando ela fez oito anos, sua mãe casou de novo e teve mais duas crianças. Débora saia para vender os quitutes que a mãe fazia, para ajudar nas despesas e andava muito pelas ruas.

Ela aprontava muito. Ia para escola quando não tinha aula e ficava pela rua. Ela saía da escola quando já era pre-adolescente e ia para o shopping se divertir e lá as as invenções do shopping a divertiam. Fizeram neve com sabão em pó, ela brincou tanto com aquela espuma que o cabelo dela ficou horrível e a mãe teve que lavar sem saber o que tinha acontecido. Mas no dia seguinte estava Débora lá no jornal, na primeira página, que falava da inauguração de enfeites de Natal do shopping.

E assim seguiu essa menina, crescendo desse jeito. Estudou nas melhores escolas públicas.

Mas chegou um tempo que a mãe começou a viajar com ela, se separou do segundo marido por causa dela, para sair do estado em que estava, onde tinha muita prostituição infantil, elas foram, a mãe com três crianças.
Ela estudou e se deu bem e foi para academia de ginástica e a mãe fazendo muitos sacrifícios para poder criar as três crianças sozinha, mas determinado.

A mãe descobriu que estava com a saúde mais debilitada ainda, com problemas de coração e resolveu voltar para o estado onde morava os seus pais, os avós de Débora e assim foi. Ela voltou para aquele lugar onde tinha nascido e foi morar com os pais pensando em procurar um emprego, mas quando chegou lá, a situação era muito difícil e precisou ficar morando com a família e cuidando de um irmão, que era mais novo que a Débora dois anos.

E na casa, a mãe ficou doente e precisou operar, assim foi ficando cuidando de todos até que o tempo passou e Debora completou 13 anos.

Ela fazia coisas terríveis era uma criança que começou a dar trabalho, começou a fugir de casa, a sair da escola, que precisava pegar o ônibus, e ir para casa do pai, porque até então ela não se dava muito bem com o pai por morar em outro estado e o pai não queria ela por perto, pois tinha se casado de novo e formado família, então ela foi atrás dele, achando que seria melhor viver com outra família.