O Inferno de Alicia

By ClaytonJC85

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Alicia é uma jovem ninfomaníaca que vai descobrir nos caminhos do prazer a sua verdadeira origem e o verdadei... More

Três formas de amar
Começo de Chantagem
O segredo do professor
Sinais de Loucura
Início da vingança do professor
Depois do funeral
Um acontecimento não esquecido
Na boate
Remorso
Interrogação no colégio
Pesadelo real - Parte I
Parte II
Parte III
Um plano em ação - Parte I
Parte II
O enviado
O pior dia - Parte I
Parte II
O pai de Alicia
O primeiro encontro

Conspiração Satânica

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By ClaytonJC85

Uma semana depois, Alicia estava aos cuidados do conselho tutelar da criança e adolescente da cidade, pois os parentes dos pais adotivos de Alicia negaram a ser seus tutores até que ela completasse a maioridade. O detetive Lopes compreendia os parentes que recusavam aceitá-la em suas casas, a repercussão dos casos envolvendo Alicia havia espalhados por todo o país e até se tornou manchete em vários jornais importantes de outros países. Ninguém queria se envolver com esses escândalos, e em outras palavras Alicia era o escândalo em pessoa. O detetive Lopes estava tentando por Alicia num orfanato, e Marcos queria que ela aceitasse ir morar com ele na sua casa, mais o juiz da vara da infância e juventude negou esse pedido.

            Alicia passara os dias depois da morte de seus pais-adotivos em total depressão, não havia alegria em seu rosto e ela não se importava mais com nada a sua volta, parecia que refugiara pra dentro de si mesma, tão distante de todos ao seu lado.

            O diretor do instituto tutelar da criança e adolescente onde Alicia estava até ser destinada a outro lugar recebera um telefonema naquela conturbada tarde de quinta-feira. Depois da conversa que durou 5 minutos pelo telefone, ele saiu do seu escritório, deixou um recado a sua secretária que ia sair e que talvez não voltasse mais àquela tarde, e se precisasse de alguma coisa o procurasse em seu celular. Ele saiu apressado e pegou seu carro e partiu ao endereço onde deveria estar e seguir as instruções que lhe fora dado.

            Sergio Castelo, o diretor, chegou depois de 20 minutos de estrada a uma casa distante do centro da cidade, e na entrada da casa já havia uma pessoa a espera dele.

- Boa tarde, vim a pedido do senhor Francisco Xavier – apresentou ele a estranha mulher de vestes pretas, ela parecia uma freira, porém sua cabeça não havia nenhum véu negro, e seu cabelo era curto e avermelhado.

- Estávamos a sua espera. Entre – pediu ela abrindo o portão de madeira. Sergio entrou sem fazer nenhuma cerimônia, como se tivesse ido ali varias vezes, porem nunca estivera naquele lugar antes.

            A casa era grande e bem cuidada, e havia um jardim de rosas nos dois cantos da casa, e uma fonte de água de uma estátua que representava um anjo de harpa.

            Sergio ia à frente, sendo acompanhado pela mulher atrás. Ele parou não vão da porta, e a mulher passou a frente dele, e abriu a porta.

- O senhor Xavier espera pelo senhor.

Ele entrou sem medo algum, e dirigiu a frente. A sala estava bem iluminada, e havia outras pessoas alem do homem calmo e bem elegante num terno preto sentado numa poltrona no centro da sala. Uma loira sedutora e linda, de vestido vermelho e salto alto da mesma cor lhe sorriu. A outra mulher observava sem expressar algum sentimento nos lábios. Sergio esperou receber o convite pra sentar no sofá de frente ao homem de terno.

- Sente-se – disse um outro homem que permanecia em pé, encostado a parede. Este era mais velho que o homem que sentava na poltrona, e tinha uma longa barba preta.

            Sergio sentou.

- Sou Francisco Xavier, mandei Charles... – e indicou com a mão ao homem de barba negra. -...  ligar para o senhor. Venho acompanhado por dias no noticiário da TV sobre o caso de Alicia e os assassinatos daquele professor, e quero saber como ela está.

            Sergio poderia perguntar antes porque ele estava interessado sobre a jovem Alicia e muitas coisas a mais, mas ele simplesmente disse tudo que sabia dela até então.

- Alicia está deprimida pela morte de seus pais-adotivos, e nenhuns de seus parentes querem a guarda dela até que complete 18 anos, agora só resta esperar a decisão do juiz pra ver se ela irá para um orfanato de jovens ou não.

- Se ela for destinada a um orfanato ela será adotada por outra família?

- Se ela quiser sim, ou ela pode permanecer até que se torne maior de idade pra decidir o que irá fazer de sua vida. Os pais adotivos de Alicia deixaram a casa pra ela, assim que ela completar 18 anos terá direito a ela, podendo viver nela ou vende-la.

            Francisco Xavier balançou a cabeça lentamente como se tivesse compreendido.

Sergio Castelo parecia normal. Parecia...

- Bem... quero que me ajude a confirmar minhas suspeitas em relação a Alicia.

Sergio apenas assentiu dizendo.

- Farei o que o senhor ordenar.

- Quero que extraia o sangue de Alicia e traga pra mim, quero fazer o exame de DNA para certificar se ela é minha filha. Se ela for minha filha biológica, terei a guarda dela sem nenhum problema, não é?

            Sergio poderia ter se mostrado surpreendido com ele ser o pai biológico de Alicia, mas permaneceu normal, numa tranquila normalidade.

- Isso seria analisado num processo pelo juiz, e saber quais os motivos levou o senhor a perder o contato de sua filha, e porque o senhor só agora veio atrás dela, e levantar seu histórico familiar e etc.

- Teria então varias audiências com o juiz pra ganhar a guarda de Alicia?

- Provavelmente sim.

- Entendi. Vamos por parte então. Primeiro o exame de sangue, o resto Charles cuidará de tudo, não é Charles? – o homem de barba negra assentiu positivamente, sorrindo. – Hum então amanhã mandarei a Paula ao conselho tutelar pra recolher o sangue de Alicia pra análise. Às três da tarde então. Só isso, e não comente a ninguém sobre o que nós falamos aqui.

            Sergio Castelo se levantou e sem dizer mais nada se retirou acompanhado pela mulher que o recebera na entrada da casa.

Sergio Castelo chegou ao seu apartamento e tomou um banho, esquentou a comida congelada no microondas e comeu, bebeu um cálice de vinho, deitou na cama e assistiu televisão, dormindo depois com a TV ligada. A madrugada passou e amanheceu, Sergio acordou e sabia que receberia a visita da mulher pra coletar o sangue de Alicia pra análise, e nada poderia dar errado a esse pequeno passo, já que o detetive Lopes ia ficar de plantão numa outra delegacia, e nada ia suspeitar.

            Sergio Castelo se arrumou e foi ao trabalho, deu bom dia à secretária e entrou no seu escritório, viu uns documentos, assinou alguns papéis e depois foi pro segundo andar ver a jovem Alicia em seu quarto separado de outras crianças e jovens.

            Sergio bateu na porta e entrou logo depois. Alicia estava sentada numa cadeira de frente para a janela, e ao seu lado uma bandeja com seu café da manhã ainda intacta, parecia que Alicia determinara uma greve de fome.

- Bom dia Alicia! – disse o homem com animação. – Minha menina tem que se alimentar bem, faz dias que não come direito, se continuar assim terá que tomar soro na veia, isso sem falar que terá que ir pra um hospital... então pra evitar isso tem que comer bem... e a propósito, hoje a tarde virá uma enfermeira e irá coletar sangue de você pra ver como está sua saúde, ok?

            Alicia nem se quer havia escutado-o, sua mente estava bloqueada, tudo tinha perdido o interesse e nada mais a animava.

            Sergio Castelo suspirou e tocando levemente o ombro dela disse.

- Tudo acabará bem... Anime-se, e saiu do quarto. Alicia chorava silenciosamente, e sua mão alcançou a maçã na bandeja e levou a boca.

Era três da tarde quando entrou uma bela mulher loira de vestido vermelho justo ao corpo torneado e bem cuidado, e até a secretária admirou-se com tal beleza e elegância.

- Boa tarde, tenho uma hora marcada com Sergio Castelo – informou ela docemente.

            A secretária apertou o ramal do telefone e passou a informação ao seu patrão.

- Certo senhor Sergio. – abaixou o gancho no aparelho e sorrindo disse a bela mulher. – Pode ir, ele a espera, segue o corredor e vire à direita, porta três.

            A bela mulher sorriu e desfilou no corredor.

Encontrou com Sergio já de pé a sua entrada.

- Me leve até a Alicia.

Sergio seguia a frente e a bela mulher atrás, subiram os degraus pro segundo andar. Menos de meio minuto depois apareceu no saguão do conselho tutelar o detetive Lopes, se apresentou no balcão da secretária.

- Boa tarde, Lúcia.

- Boa tarde senhor Lopes – ela sorriu pra ele.

- Eu esqueci um registro de documentos na sala do diretor Sergio e vim buscá-lo.

- O diretor Sergio acabou de subir acompanhado de uma mulher, se o senhor quiser esperar...

- Vou subir e assim aproveito e vejo como está à jovem Alicia. Obrigado – ele subiu os degraus.

            No quarto de Alicia a bela mulher tirava do bolso a seringa, e colocava a agulha, e o diretor dizia pra Alicia.

- Lembra do que falei que uma enfermeira ia vim pra coletar um pouco de sangue? Ela está aqui, agora estenda o braço querida, não vai doer nada além da picada normal de uma agulha, uma picadinha e pronto.

            Alicia mal se quer escutou e não colaborou, mas permitiu que o diretor pegasse o seu braço direito e estendesse.

            A mulher se ajoelhou e esfregou o braço de Alicia, esquentando-o pra ver qual veia estava melhor pra coletar o sangue.

- Querida feche a mão pra podermos coletar o sangue melhor... – disse a mulher amavelmente, e Alicia fechou a mão. A mulher localizou a veia e injetou a agulha suavemente, e Alicia só sentiu uma picadinha nada mais, e o sangue dela ia enchendo o frasquinho de vidro aos poucos.

            Lopes parou no vão da porta e olhando pra cena disse:

- Espero não estar atrapalhando.

O diretor Sergio que estava de costas pra ele tomou um repentino susto e virou num giro para o detetive na porta parado. A mulher tentou permanecer normal, mais apenas virou o rosto pro detetive e sorriu, enquanto acabava de encher o tubo do sangue de Alicia.

            O senhor Lopes adentrou com passos suaves e com as mãos no bolso de seu casaco oficial de investigação.

            A mulher terminou e tirou a agulha da veia de Alicia.

- Hum... – começou o detetive calmamente. – O que está acontecendo por aqui se é que posso saber?...

- Claro que pode saber! – riu o diretor se aproximando a ele. – Deixe-me apresentar a enfermeira Paula, ela veio coletar sangue de Alicia pra análise, já que Alicia recusa se alimentar diretamente, e achei melhor dar uma checada na saúde dela... não queremos uma jovem linda com começo de anemia, não é mesmo?

            O detetive balançou a cabeça positivamente, mais seus olhos detectavam sinais de nervosismos e ocultações de informações verdadeiras sob aquela ação.

- Suponho que você enfermeira Paula deva saber que assim que terminamos de coletar sangue de alguém se ponha um algodão limpo banhado de álcool no local onde extraiu o sangue, um procedimento normal na área da medicina, não é?

            A enfermeira sorriu.

- Sim verdade, mas o buraco na veia de Alicia é extremamente pequeno que não sairá nada de sangue.

- Hum interessante... – disse o detetive fingido. – E pelo jeito você deve ser uma enfermeira particular, vir ao trabalho com um lindo vestido de gala , com jóias bem brilhantes e salto altos... até parece uma atriz de Hollywood do que uma enfermeira.

- Trabalho numa clínica particular. 

O detetive sorriu.

- E essa clínica particular deve ser muito liberal... deixar seus empregados trabalhar a vontade, dependendo no que for usar, de um simples uniforme de trabalho a um elegante vestido vermelho, e sem falar na linda tatuagem no pulso da mão direita...

            A mulher estava incomodada com as desconfianças do detetive.

- Sim eu fiz essa tatuagem antes de me formar... uma simples tatuagem de uma estrela sem menor significativo.

- Um pentagrama invertido... ou a estrela de Davi?

- Oh não... é que a tatuagem foi mal feita, por isso parece invertida e nada representativo a símbolos ocultos maçônicos se é que deve estar imaginando.

- Interessante... – coçou a ponta do seu queixo, observando que o diretor estava quase pra fazer xixi nas calças de tamanha apreensão. – Diretor eu esqueci uns documentos na sua sala e vim buscar... – quis ganhar tempo.

            O diretor sorriu e se adiantou, conduzindo o detetive pra fora do quarto, dizendo.

- Então vamos pegar seus documentos, vamos.

A enfermeira ficou deixada pra trás com Alicia sentada na cadeira de frente pra janela. A mulher se afastou de Alicia e tirou de outro bolso seu celular, e ligou para Francisco Xavier informando o ocorrido.

- Compreendo... – dizia o homem do outro lado da linha. – Fique de olhos abertos e qualquer coisa ligue novamente, não deixaremos ninguém atrapalhar nosso plano.

- Sim entendi senhor Xavier – Ela desligou o celular e virando pra Alicia percebeu que nada do que falara foi notado pela garota que estava desamparada em meios aos seus conturbados pensamentos. Ela saiu do quarto, andou pelo corredor observando quadros feitos pelas crianças e jovens daquele lugar. Logo depois subiu o diretor Sergio todo ofegante.

- Ele já se foi! – disse ele exaustivamente.

- Será mesmo? – desconfiou ela.

- Sim, eu o acompanhei até ao portão e vi ele indo embora com seu carro!

A mulher estava pensativa.

- Estou desconfiada de que ele está por perto... ele vai me seguir.

O diretor achou que ela estava começando a exagerar.

- Eu acho que ele não ia fazer isso...

- Qual é a marca do carro dele?

- Hum... ele estava de gol branco de quatro portas.

A mulher estava pressentindo um desconforto.

- Me passe o número do celular dele.

- Eu não o tenho de cor na mente... mas você consegue com a minha secretária.

A mulher desceu levando o frasco de sangue de Alicia no bolso, pediu o número do celular do detetive Lopes a secretária e saiu pra fora. Olhou pra ambos os lados e não viu nenhum carro gol branco de quatro portas estacionado.  

            Dirigiu-se a seu carro importado e entrou, saiu olhando pelo retrovisor pra ver se estava sendo seguida. Virou uma esquina e parou atrás de um caminhão no farol. Ela olhou pelo retrovisor mais uma vez, e nada do gol branco de quatro portas, porém estava com a sensação de que estava ou estaria logo sendo seguida por ele.

            O sinal abriu e o caminhão virou à direita, Paula seguiu reta a avenida, não ultrapassando mais do que 60 k/m por hora. Entrou na terceira faixa na única pista, reservada aos caminhões e carros mais lentos. Ela não estava preocupada em chegar rápida, estava preocupada em chegar sem ser seguida, e ela continuava com a mania de que estava sendo seguida, porém o carro do detetive não estava atrás dela... então porque estava com aquele tormento de perseguição? A resposta veio a sua mente! Era obvio que estava sendo seguida, mais o detetive não estava com seu carro gol, deveria estar com outro veiculo! Poderia ser aquele fusca amarelo atrás dela, ou então aquele corsa de vidro escuros atrás daquela vã escolar... ou mesma aquela vã escolar!

            Era melhor ligar de volta ao seu senhor e ver quais medidas seriam tomadas.

- Estou com o pressentimento de que estou sendo seguida por aquele detetive! – disse ela nervosamente. Francisco Xavier sorriu sentado em sua poltrona enquanto ouvia as palavras trêmulas saírem da boca de sua fiel serva.

- Acalme-se Paula... faça o seguinte, dê voltas e voltas pelas ruas e avenidas da cidade pra ganharmos tempo, enquanto Charles se prepara pra entrar em ação. Você disse que pegou o número do celular dele não foi? Então passe-o para mim.

            A mulher dentro do carro passou:

- 67983354.

- Pronto... – disse ele suavemente. – Agora dê uns passeios pela cidade e volte ao por do sol despreocupada sem estar sendo seguida, tudo bem?

- Sim meu senhor... eu lhe amo com devoção. Obrigada – ela sentiu mais segura com a medida tomada pelo seu senhor... Charles cuidaria bem do maldito detetive sem sair do seu lugar...

Cerca de três horas e meia depois havia uma equipe de bombeiros, um helicóptero de resgate sobrevoava abaixo de um precipício, duas ambulâncias, algumas dúzias de policiais e médicos, e três carros de imprensa dando cobertura ao caso. Na casa distante da cidade Paula estava em pé ao lado de Francisco Xavier na poltrona, e o velho Charles permanecia em pé do outro lado num canto segurando uma vela negra acesa.

- Descanse nas trevas detetive... - e Charles assoprou a vela. Paula sorria com imenso prazer vendo ao vivo na TV o carro destruído dentro do precipício. O fogo que destruiu o carro na explosão fora controlado pelos bombeiros, mais eles não evitaram que o corpo do detetive Lopes queimasse até a morte pelo fogo, e agora jazia ao lado encoberto por uma lona preta em cima de uma maca hospitalar e sendo alçado por um gancho pra cima pelo helicóptero de resgate.

            Francisco Xavier desligou a televisão com o controle remoto e com a outra mão segurava o frasco com o sangue de Alicia.

- Pronto, não temos mais nada do que se preocupar, agora nada pode nós parar.

O resultado do exame de DNA confirmava o que Francisco Xavier já suspeitava há dias. Alicia era sem sombra de dúvida igual a sua mãe, a exceção aos olhos que havia herdado dele, o resto era idêntica a bela jovem Melissa em seus dezoito anos, uma jovem linda e de beleza extraordinária... e Alicia havia herdado essa beleza de anjo de luz...

            Alicia era sua filha de sangue. Agora tinha que conquistá-la.

O plano estava traçado. Com o diretor do conselho tutelar onde estava à jovem Alicia apoiando e dando cobertura nada podia dar errado, e se desse nada que as habilidades de seu servo Charles não resolveriam, pois as hipnoses de Charles jamais falharam...

            Francisco Xavier era membro de uma seita satânica. Aos dezesseis anos conhecera um homem, e esse homem lhe ensinou verdades ocultas, e como podia ser feliz e ter uma vida socialmente confortável lhe entregando a alma ao deus Lúcifer, cujo era um anjo que fora mal compreendido por Deus, e destinado a viver com os humanos na terra.

            Francisco Xavier acreditava que o objetivo do anjo Lúcifer não era tomar o trono de Deus e sim compartilhar a todos os humanos o dom de um imenso poder usufruído por todos os anjos e até mesmo do Deus todo poderoso... e que a intenção dele sobre a serpente no jardim do Éden não era enganar Eva e condenar Adão, simplesmente mostrar a eles o quanto era bom saber da verdade, pois a verdade os levariam a sabedoria divina e assim seu plano de compartilhar os poderes aos humanos teria êxito, mas Deus não era a favorável a esse plano, e Lúcifer compreendera que o plano de seu senhor era ter um povo escravo, que precisasse implorar a ele por tudo...

            Lúcifer então mais uma vez fora mal interpretado sobre sua ação, e Deus mais uma vez o puniu e o lançou num abismo profundo, e depois fez inimizade entre a mulher e a serpente... O anjo Lúcifer jurou que jamais ia descansar até ver seu real plano realizado no qual teve que pagar caro por isso, mais ele se sacrificara pelo bem da humanidade.

            Séculos e séculos se passaram na terra e Lúcifer vinha criando uma seita onde pudesse ensinar suas práticas e dar instruções de sua filosofia de vida. Mais novamente Deus o interferira e fez sua religião perseguir os seus discípulos e foram condenados a morte, e a igreja de Deus reinou pregando condenação e pecados aos humanos caso não adorasse a Deus...

            Lúcifer não desistiu e com seus aliados que por acreditar nele pagaram o preço por sua filosofia de vida e liberdades aos humanos trabalharam noite e dia, e criaram uma sociedade secreta com novos discípulos e essa sociedade chamava-se os Detentores da Luz... Lúcifer era a luz de uma vida justa, e os que acreditavam nele eram seus guardiões que detinham a sua luz em suas mentes e corações...

            Essa sociedade passou a crescer secretamente e seus membros associados ajudavam uns aos outros, e logo passaram a interferir em grandes planejamentos pra civilização e a sociedade, tornando cada vez melhor. Os Detentores da Luz recebiam avisos dos anjos de Lúcifer em seus sonhos e trabalhavam todos unidos a cada missão que eram destinados.

            Mas sempre tinha alguma emboscada armada pela igreja contra Lúcifer e alguns Detentores da Luz eram presos, às vezes torturados até a morte e outras vezes oferecido muita riqueza pra dizer seus segredos e trabalhar ao lado deles. Muitos Detentores da Luz ensinaram aos lideres religiosos seus segredos e a igreja aumentou seu domínio de riquezas e grandes propriedades. Mas por sorte a sociedade dos Detentores da Luz prevaleceu por muitas perseguições religiosas e políticas, passando seus imensos ensinamentos aos homens e mulheres que se entregaram ao anjo Lúcifer e sua adorada filosofia, e se expandiu aos quatros cantos do mundo, e o mundo crescia na evolução moderna graças aos ensinamentos dos Detentores da Luz, que contribuía secretamente ao bem estar da humanidade, mas mesmo assim eram vistos por muitos como inimigos da igreja e de Deus, e tinham que se manter em total sigilo, mas sonhavam com um mundo perfeito, sem descriminações, perseguições, roubos, assassinatos e total liberdade aos humanos.

E agora Francisco Xavier estava à frente de uma missão sagrada, uma profecia revelada através de seus sonhos nos tempos da sua juventude... ele recebera o conhecimento, felicidade material e espiritual... crescera imensamente praticando os ensinamentos da filosofia de seu deus Lúcifer, e fora escolhido pelo próprio a gerar a mulher que iria desfazer uma terrível maldição que Deus criou entre a mulher e Lúcifer e Francisco sentiu-se honrado entre todos os homens da face da terra a cumprir essa importantíssima missão esperada a milhares de anos atrás. Uma parte da missão fora cumprida, mais novamente os planos de Lúcifer fora interrompido por alguns inimigos e pensavam-se se a missão estaria pra sempre perdida, mas a luz iluminou os caminhos de trevas e Alicia, a mulher prometida foi clareada para dar continuidade a grande missão.



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