TrUtH oR dArE? mErCy!

Autorstwa liamfvs

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Um dia após uma reunião entre amigos, Hina é encontrada morta em seu apartamento. 'All for Hina' se torna o a... Więcej

TRAILER
AVISO: CONTEÚDO +18
PRÓLOGO
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
REDES SOCIAIS 1
REDES SOCIAIS 2
REDES SOCIAIS 3
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
REDES SOCIAIS 4
TREZE
CATORZE
QUINZE
DEZESSEIS (PARTE UM)
DEZESSEIS (PARTE DOIS)
REDES SOCIAIS 5
REDES SOCIAIS 6
REDES SOCIAIS 7
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
REDES SOCIAIS 8
VINTE
VINTE E UM
REDES SOCIAIS 9
INTERROGATÓRIO 1.1
INTERROGATÓRIO 1.2
INTERROGATÓRIO 1.3
INTERROGATÓRIO 1.4
REDES SOCIAIS 10
INTERROGATÓRIO 2
VINTE E DOIS
REDES SOCIAIS 11
INTERROGATÓRIO 3.1
INTERROGATÓRIO 3.2
INTERROGATÓRIO 3.3
INTERROGATÓRIO 3.4
VINTE E TRÊS
INTERROGATÓRIO 3.5
INTERROGATÓRIO 3.6
INTERROGATÓRIO 3.7
INTERROGATÓRIO 3.8
INTERROGATÓRIO 3.9
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO (PARTE UM)
FLASHBACK 7.1
ESPECIAL DE HALLOWEEN
VINTE E CINCO (PARTE DOIS)
VINTE E SEIS
REDES SOCIAIS 12
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
REDES SOCIAIS 13
REDES SOCIAIS 14
TRINTA E UM
REDES SOCIAIS 15
REDES SOCIAIS 16
TRINTA E DOIS (PARTE UM)
AUTÓPSIA
REDES SOCIAIS 17
TRINTA E DOIS (PARTE DOIS).
REDES SOCIAIS 20
REDES SOCIAIS 21
REDES SOCIAIS 22
TRINTA E TRÊS
NOTA DA POLÍCIA
ESPECIAL: HDAY LAMAR.
TRINTA E QUATRO
REDES SOCIAIS 23
TRINTA E CINCO
TRINTA E SEIS
TRINTA E SETE
REDES SOCIAIS 24
REDES SOCIAIS 25
JULGAMENTO 0
JULGAMENTO 2
FLASHBACK 4.1
JULGAMENTO 3
TRINTA E OITO
TRINTA E NOVE
QUARENTA
QUARENTA E UM

JULGAMENTO 1

2.1K 477 1.3K
Autorstwa liamfvs

ALERTA DE CONTEÚDO: HOMOFOBIA E FALA ESCRACHADA SOBRE O ESTUPRO.

Josh.

O rito de julgamento fora realizo pelos membros do júri popular, aqueles que dariam a sua sentença ao fim do julgamento para então o primeiro réu ser ouvido.

— Primeira réu à ser ouvida será Shivani Paliwal. — O juiz declarou e logo a mulher se levantara com a "ajuda" de outros policiais, caminhado até o meio do círculo cercado por pessoas. — Shivani Paliwal. Com a mão direita sobre a bíblia, repita o juramento.

— Não. — ela o interrompeu. — Mesmo que eu não pretenda mentir. A minha religião não é essa e se você me obrigar, meus familiares irão entrar em um processo de intolerância religiosa contra você.

O juiz demorou um pouco a observando antes de dizer algo.

— Qual é a sua religião? — foi apenas o que ele questionou.

— Hinduísmo. Eu não nasci aqui. — Shivani respondeu um tanto desconfiada.

Alguns civis saíram imediatamente do tribunal e ele passou a tremer em silêncio, o único barulho que não cessava de forma alguma eram os flashes das câmeras fotografando o tapete vermelho pelo sangue dos meus melhores amigos.

Os mesmos civis retornaram com um outro livro na mão, trocando a bíblia por ele sob o olhar atento de Shivani e da "plateia".

— Shivani Paliwal. Com a mão direita sobre o Vedas, repita o juramento: Afirmo dizer a verdade.

— Afirmo dizer a verdade. — ela obedeceu as ordens.

— Toda a verdade. — o juiz tornou a lhe auxiliar.

— Toda a verdade.

— Nada mais que a verdade.

— Nada mais que a verdade. — Shivani terminou a última frase com a voz tensa, se afastando do livro que logo fora levado embora.

— A sua palavra inicial. — O juiz pediu, antes que o interrogatório iniciasse.

— Eu não matei ninguém. — foi a única coisa que ela disse, causando inevitáveis exclamações pela "plateia" da cúpula.

— Silêncio. — o juiz pediu e fora obedecido no mesmo segundo. — Encorpe melhor a sua palavra Srta. Paliwal.

— Eu não matei ninguém. — ela negou novamente, ainda com o auxílio da cabeça. — Eu sinto muito, mas eu me nego à assumir algo que eu não fiz, logo, isso é só o que eu tenho à dizer.

— É tudo o que tem a dizer? — o juiz perguntou inexpressivo, olhando para o lado de Krystian quando Shivani assentiu. — Promotor, por favor.

O homem se levantou da cadeira próxima a Krystian e andou até a frente de Shivani, atraindo o olhar da garota para ele.

— Então você não matou Hina Yoshihara e não causou o acidente de Lamar Morris? — a garota negou. — Então onde estava no dia da morte dos dois? — ele perguntou com uma áurea superior, me incomodando.

Homem nojento.

E mesmo que seja apenas o trabalho dele. É com uma amiga minha que ele está falando. É inevitável não me sentir assim.

Shivani abriu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes, ato que me fez estranhar. É macabro e muito diferente da expressão que ela carregava no rosto anteriormente.

— No dia da morte de Hina eu a levei para casa. — ela admitiu e os barulhos do mesmo jeito que começaram, se ausentaram. Não houve necessidade do juiz ordenar o silêncio.

— Que horas? — ele questionou.

— Às duas da manhã. — ela respondeu sem hesitar, parecia ter certeza.

A mente de Shivani lhe sussurrava que não tinha mais nada à perder contando isso, apenas a ganhar.

— Alguém mais estava com vocês?

Shivani ponderou por um tempo considerável, estalando os lábios antes de responde-lo.

— Saímos da casa de Sabina sozinhas. — ela contou com convicção.

— E por que pensou para responder?

— Descubra.

— Excelentíssimo. — o advogado de defesa de Shivani pediu por uma intervenção.

Foi aceita.

— Shivani seja clara e honesta. — ele pediu e eu tive vontade de rir.

Ele parece tão bobo para pedir uma intervenção apenas para isso. Não sei nem por qual motivo o juiz a aceitou. Percebi pelo seu olhar de desprezo que não ficara muito feliz pela postura dele naquele momento.

— Você não pode me obrigar à responder. — ela disse, mas com o olhar mantido entre os dois, ela se deu por vencida. Interessante. Receio que eles tenham conversado anteriormente, logo, se davam levemente bem. — Meu cérebro geralmente funciona mais devagar do quê o dos outros. — Shivani argumentou sendo idiota, mas não podia ser refutada por isso.

— Mas não parece. — o promotor se aproximou mais dela, mas a defesa de Shivani pediu uma nova intervenção. Novamente fora cedida.

— Se afaste e mude sua pergunta, a réu já lhe respondeu e não parece a vontade em prosseguir na reafirmação da mesma. — o advogado de defesa disse e o promotor obedeceu, era o trabalho deles. Não havia uma real rivalidade entre os dois.

— Você passou a festa toda ao lado de Hina? — ele mudou o rumo de suas perguntas.

— Tipo isso.

— Seja específica.

— Tipo isso. — ela riu dando de ombros. Essa é a sua resposta. Shivani está de fato nem aí para o eminente perigo.

— Você viu Heyoon Jeong no dia de algum dos acontecimentos? — a pergunta deixou todos da cúpula tensos. Até o corpo de Any havia travado ao meu lado.

— Sim.

— Qual?

— Nas duas. — ela riu de novo, causando um disparo maior de flashes entre os paparazzis.

— Poderia ser mais específica? — ele pediu.

— Vi a Heyoon de madrugada, em uma rua próxima do local com um homem, horas antes de receber a notícia.

— Em qual dos casos?

— Lamar.

— O que você estava supostamente perdida? — ele tentou caçoar dela, mas um novo sorriso estampou seu rosto. Com certeza se ela não for condenada, sairá daqui com uma carreira de modelo promissora.

— Eu estava perdida. — Shivani manteve a sua palavra.

— Perdida? Em Los Angeles? Sério? — sussurrei para Any que me deu um beliscão no meu punho com sua unha. — Au! — o puxei para longe, calando-me.

— E na de Hina?

— Eu a vi sair do apartamento de uma amiga. — ela contou. — Eu estava passando por lá com Hina e nós nos cumprimentamos.

— Tem certeza do que diz?

— Absoluta.

— E o quê você fez após chegar com Hina em seu apartamento? Foi embora?

— Não. — seu belo e irônico sorriso ficou de fato estranho do nada.

Um pouco sádico, eu diria.

— Você ficou com a Hina no apartamento? — sua voz se tornou mais firme e sua postura superior não existia mais. Talvez ele estivesse interiormente tão chocado quanto todos da plateia.

Todos menos eu.

E por que eu não me sinto assim? Não sei.

— Ah não, eu não gosto de garotas. — ela gargalhou, provavelmente não entendendo que o sentido de "ficar" da frase não era afetivo. — Nem assisti quando... Você sabe. Foi... bastante enjoativo.

— Quem matou e estuprou Hina Yoshihara foi uma mulher?

— É você quem está querendo me chamar de homofóbica, não eu.

— Foi Heyoon Jeong? — ele ignorou a sua fala anterior.

— Novamente é você quem está supondo.

— Foi Krystian Wang?

A garota olhou para Krystian por alguns instantes e seu olhar fora retribuído repleto de medo do que a garota falaria sobre si.

— Você continua supondo. — ela respondeu por fim.

— Viu ele no dia de algum dos eventos?

— Krystian? — ela questionou retoricamente e o promotor afirmou. — No da morte de Hina sim. Lamar não.

— Onde?

— Na casa da Sabina. Foi onde eu estava com Hina antes de irmos embora.

— Mais algo?

— Acha mesmo que se houvesse eu contaria? Omitir não é mentir. — ela rebateu e eu tentei conter a careta, mas não consegui.

Ela conseguiu fuder tudo o que disse inocentando ele com uma simples frase.

Agora é ele por ele.

— Finalizo minhas perguntas por aqui. — o promotor disse e recebeu a aprovação do juiz, tornado a se sentar próximo à Krystian.

— Defesa, por favor. — o juiz anunciou e o advogado se levantou, caminhando até o lugar que antes era ocupado pelo promotor.

O homem que será o promotor de Shivani é o advogado de defesa de Krystian, assim como promotor de Krystian é o advogado de defesa de Shivani.

— Como estava perdida no dia em que o carro em que estava Lamar Morris capotou? — ele iniciou.

— Eu estava bêbada. Comprei uma garrafa de uma cidra vagabunda em uma 7-Eleven e tomei tudo aos poucos, a conveniência é perto de onde a Heyoon conversava com o homem.

— Excelentíssimo. — o promotor pediu intervenção e fora aceita. — O que garante que não alucinou devido o álcool?

O promotor sabia da existência da fotografia, é óbvio que sabia, mas Shivani não sabia, logo, poderia de alguma forma lhe arrancar algo.

— Excelentíssimo. — o advogado de defesa pediu para que ela fosse revogada. — Seu tempo para questionamentos diretos à vítima acabou. — e conseguiu. — O que lhe levou até lá?

— As minhas pernas.

— Falo sobre motivações. — ele detalhou e Shivani obviamente já tinha entendido, provavelmente respondeu aquilo para ganhar mais tempo.

Ela ponderou bastante, tentou balbuciar algo, mas lembrara que havia jurado sobre o Vedas. Não poderia mentir sob hipótese alguma.

— Vim recebendo ameaças no meu telefone celular. — ela confessou. — Estava estressada com tudo aquilo. Eu vi quem a matou e eu estive me sentindo pressionada à não falar nada, mas era sempre repreendida pelo número quando extrapolava minimamente os limites. — lembrei-me de sua explosão emocional no refeitório. — Recebi uma mensagem sobre... Foi um tempo estressante, eu aparentemente fazia tudo errado e o número ameaçou estar dentro do meu apartamento. O prédio só tem quatro imóveis e só três estão ocupados, eu resolvi sair e precisava beber ou continuaria paranóica. Eu estava a beira de uma crise de pânico no meio da rua. Sentia-me segura na 7-Eleven, mas não podia beber lá dentro então andei pelas redondezas e vi Heyoon.

— Mais algo? — a pergunta parecia querer encoraja-la.

— Eu peguei meu celular e a fotografei. — Shivani confessou. — Enviei ao número em troca da minha paz. Eu fiquei bem por dias até a polícia decidir investigar, sabia que não havia uma real chance para mim. Essa foto não comprou só a minha paz por algumas boas horas, mas a minha vida.

— Quem está por trás das mensagens?

Shivani riu antes de responder, afastando o clima tenso que sua própria confissão havia causado no local.

— Eu não faço ideia.

— Excelentíssimo. — o promotor pediu intervenção, novamente foi aceita. — Você jurou não mentir.

— Mas eu não estou mentindo.

— Como pode saber quem a matou e não saber quem envia as mensagens?

— Excelentíssimo. — o advogado de defesa interferiu, pedindo novamente a revogação. — Novamente não é mais o tempo dele de questionamentos. — e fora aceita.

— Pode ver o caminho que Heyoon seguiu após ver ela enquanto levava Hina até a sua casa?

— Pude.

— Finalizo as minhas perguntas por aqui. — o advogado de defesa finalizou, não deixando muitas pessoas satisfeitas, afinal ele deixara a última pergunta em aberto.

Parece burro, mas não é.

Sinto muito por Heyoon, mas ela pode ter seguido o caminho que for que essa simples fala será jogada contra ela caso um dia retorne.

— Testemunha de Shivani Paliwal. — assim que Shivani retornou à se sentar em sua banca, Joalin passou a caminhar extremamente apressada para fora do círculo do julgamento, voltando a se acomodar ao nosso lado.

Ela está chorando.

Olhei para Shivani e seu rosto estava rígido, nitidamente forçado para aqueles que a conhecem. Ver Joalin correr da responsabilidade que havia assumido em lhe defender parecia ter a deixado balançada.

— Eu não consigo. — ela passava para Any que limpava as lágrimas que escorriam em seu rosto.

— Você está tremendo. — falei chocado quando vi suas mãos tremelicarem, era pouco, mas tremiam.

Any olhou para onde eu olhava, unindo as mãos de Joalin dentro das suas, numa tentativa de ajuda-la.

— Só piora. — Any sussurrou para mim, parecendo preocupada. Obviamente Joalin deveria estar escutando, mas não havia muito a fazer nessa situação.

— Deve ser ansiedade. — falei, mordendo meu lábio inferior. — Ela não tem, mas pode estar desenvolvendo. O melhor é que ela saia daqui de dentro o mais rápido o possível.

— Ela não pode. — Any ignorou o que eu disse, puxando o rosto de Joalin para que ela lhe olhasse.

Era como se elas conversassem por telepatia, uma língua que eu não tinha o mínimo entendimento.

— Eu vou buscar água para ela. — Any falou do nada, de algum tempo e eu suspirei alto, me sentando na cadeira que a mulher acabara de se levantar para tentar ajudar Joalin de alguma forma.

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