Never Stay

By EAIsASecret

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"Nunca amar alguém é o caminho mais fácil para não partir seu coração, mas se isso também significar que você... More

Nota da Autora
Dedicatória
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Um bilhete
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Para Sam
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Epílogo
Para o time
Livro novo e 8 mil leituras
10 mil leituras e publicação do livro novo

Capítulo 27

90 20 133
By EAIsASecret

Ao abrir lentamente os olhos e recobrar parcialmente o seu estado de consciência, Livia sentiu o peso do mundo inteiro cair sobre o seu corpo novamente: sentia-se absurdamente fraca e o que antes via tão nitidamente, estava embaçado.

Levou um certo tempo para se lembrar de onde estava e do que estava acontecendo, os fatos foram voltando devagar à sua mente.

"Eu vim para a igreja, desmaiei, alguém me trouxe para um quarto..."

O frio de antes havia passado, os tremores e a sensação de que não voltaria. Nada além de um cansaço que fazia pensar se um trator seguido de um rinoceronte montado em um elefante não haviam passado por cima dela.

Jane fazia movimentos leves em sua barriga, parecia que também estava um pouco fraca. Livia virou lentamente a cabeça, buscando por alguém que pudesse falar com ela, o quarto estava vazio, exceto por uma pessoa.

Mesmo sem enxergar tão bem, ninguém mais naquela cidade tinha o cabelo longo e violeta da sua amiga. Reparou que ela falava com alguém em seu celular e que estava de costas.

-Eu e as freias ficamos assustadas, ela estava muito fraca, ainda bem que veio para cá e não ficou em casa, não sei se ela conseguiria pedir ajuda...- forçando um pouco a audição, Livia conseguia ouvir o que ela falava- Vai dar tudo certo, não vou sair de perto dela, só... Só segura todo mundo aí, tenho quase certeza de que ela não quer ver mais ninguém.

-Violet...- ela a chamou, mas não foi ouvida da primeira vez- Violet...

A garota virou e abriu um sorriso ao vê-la acordada:

-Eu já te ligo, amor, ela acordou. (...) Também amo você.- ela desligou e sentou-se na cama, apertando a mão dela- Oi, Livia, você acordou... Como está?

-Não sei, me sinto fraca...- ela tentou sentar, mas Violet a impediu gentilmente.

-Fique deitada, você tem que descansar.

-O que foi que aconteceu?

-Você nos deu um baita susto. Quando pediu para ficar sozinha e não falar com ninguém há dois dias, respeitamos ao máximo porque sabemos que a notícia que você recebeu foi muito difícil, mas nunca imaginamos que você adoeceria assim e não nos chamaria, o que passou pela sua cabeça?

-Eu tentei... Quando notei que a Jane estava muito quieta, peguei o celular para chamar você ou a Sofia, mas não consegui enxergar os números, errei várias vezes, então eu saí... Eu não aguentava mais ficar lá, olhando aquela casa, vim para cá e neguei que me levassem ao hospital porque não estou mais sob os cuidados da Carolyn e do Tom, eu realmente não teria como pagar a conta que iria vir, mas pelo menos alguém veria o que estava acontecendo, desculpa...

-Tudo bem, vai ficar tudo bem, só fiquei preocupada...- explicou, alisando a mão dela- O importante é que conseguimos te fazer melhorar.

Livia se mexeu um pouco na cama, estava dolorida e, apesar de reconhecer o local de paredes azuis, não sabia exatamente onde estava e ainda não tinha a resposta sobre o que acontecera fisiologicamente com ela e como havia melhorado.

-Ah, menina, você acordou!- ela também reconheceu a terceira voz que surgiu como sendo a primeira que ouvira na igreja. Era a freira que a havia ajudado primeiramente, ela andava com um pouco de dificuldade, por causa da sua idade avançada, e carregava um sorriso simpático. Ao lado dela, estava a mulher bem vestida que a examinara anteriormente, que tinha o mesmo rosto afinado e olhos castanhos ligeiramente puxados de Violet- Sou a irmã Grace.

-É um prazer conhecer a senhora, obrigada por ter me ajudado.

-Não é nada, é um prazer te ver melhor.

-Eu sou Nicole Roussel, Livia, vim te examinar e cuidar de você, o médico das freiras me ajudou.- a mulher se apresentou, apertando a mão dela- Sou médica e mãe da Violet, já nos encontramos outra vez, mas você também não estava muito consciente.

-Antes que reclame, não esqueça que minha família é de voluntários.- Violet arqueou a sobrancelha.

-Eu não vou reclamar...- Livia fez o gesto de rendição com as mãos- Muito obrigada por ter vindo, senhora Roussel. O que houve comigo?

-Pelo que a Violet me contou, o abalo emocional, a chuva em grande quantidade e o tempo que você demorou a ser atendida foram um pouco demais, você não tem uma saúde muito forte, entende? Sua temperatura subiu muito mais do que o normal, você ficou em um estado de extrema fraqueza, seus batimentos cardíacos desaceleraram mais do que o normal, sua pressão baixou... Fiquei receosa, estava quase te levando ao hospital de qualquer maneira. Seu organismo estava parando, mas chegamos a tempo e, como o médico do convento tem equipamentos aqui, já que algumas freiras têm dificuldades de locomoção, conseguimos te ajudar. Você vai ficar bem, só vou monitorar suas funções vitais periodicamente pelas próximas horas, você deve permanecer em repouso até segunda ordem, e, com isso, eu quero dizer minha ordem, além de seguir as minhas outras recomendações rigorosamente. Você entendeu?

-Sim, eu entendi tudo. E o bebê? Ela está bem?

-Está sim, conseguimos salvá-la. Mas é importante que entenda que você quase não resistiu. A saúde da mãe está diretamente ligada à saúde da criança, precisa se cuidar se quiser mantê-la bem e isso inclui dizer a Violet, que vai ficar aqui te vigiando, se sentir qualquer coisa estranha. Vou vir correndo.

-Ah... Senhora Roussel, eu não moro aqui...

-Mas você pode ficar, por enquanto...- a freira presente sorriu novamente- Este quarto está desocupado, ainda não há outra freira para tomar a posse dele, e a Violet me contou a sua situação por cima, inclusive a parte que é meio difícil para você aceitar ajuda... Pode ficar aqui e nos auxiliar em algumas coisas, às vezes também precisamos de apoio, seria uma troca.

-É muita gentileza, irmã Grace, mas...

-"Mas" nada, Livia! Não te tiramos daquela barraca para você morrer de febre.- Nicole decretou e a garota não ousou protestar- E tem mais uma coisa, levando-se em conta o seu estado de saúde física e mental, eu tenho quase 100% de certeza que você não vai completar as 40 semanas de gravidez, eu diria que você pode dar à luz a qualquer momento. Preciso que informe quando a hora chegar para que eu venha fazer o parto e, se for o caso, te levar ao hospital. Você não pode ter o bebê sem assistência de jeito nenhum, tudo bem?

-Tudo...- ela assentiu e esfregou o rosto com as mãos, em um claro sinal de nervosismo.

-Livia... Eu sei que você está com medo de tudo, com razão, qualquer um estaria, mas você não está lidando com nada sozinha, vamos te ajudar, todas nós.- Violet garantiu, envolvendo-a em seus braços para confortá-la.

-Eu sei disso... Obrigada...- agradeceu, encostando a cabeça no ombro dela.

* * *

Uma semana depois

O chão estava limpo, as cadeiras estavam em seus lugares, as camas estavam forradas e a faixa 12 do CD de música clássica preenchia sonoramente a casa quando Livia trancou a última janela.

Ela olhou panoramicamente o andar de baixo, refletindo sobre os últimos meses que passara naquele lugar e alguns momentos - até divertidos - que tivera ali. Porém, decidida, subiu as escadas e dirigiu-se ao quarto em que dormia, checou se não havia mais nada para ser arrumado e, quando viu que não, saiu puxando sua mala amarela, que deixara pronta há algumas horas.

Apesar de ser difícil arrumar uma casa inteira, a própria mala e descer as escadas com ela (mesmo não estando pesada) e uma barriga de quase nove meses sozinha, Livia queria fazer daquela maneira, principalmente porque uma semana de repouso já a havia feito se sentir suficientemente debilitada e, se alguém fosse ajudá-la, iria querer falar, porque pessoas falam, e ela não queria falar com ninguém naquele momento.

Sem ao menos cogitar olhar de novo para qualquer coisa ali, empunhou as chaves, desligou o rádio portátil e trancou a porta por fora.









Carolyn fechou rapidamente o computador e devolveu os óculos de descanso à mesa de centro quando ouviu batidas na porta. A pessoa não insistiu, parecia ser paciente, mas ela não gostava de deixar alguém esperando.

Definitivamente, não estava esperando dar de cara com Livia e, antes que pudesse proferir qualquer palavra confusa, a garota estendeu um pacote, com as chaves da casa em cima:

-Suas chaves, a casa está limpa e organizada. Aqui está algum dinheiro que consegui guardar durante os últimos meses, não é o valor que vocês devem ter gasto comigo, mas cobre alguma coisa.- explicou e Carolyn prosseguiu atônita em sua frente, reparando na mala ao seu lado- Pega.

-Não quero seu dinheiro, Livia, nem que me devolva as chaves...

-Não vejo mais nenhum motivo para continuar na sua casa. Pega logo.

-Livia, é sério, não queremos isso...

-Tá bom.- ela assentiu, apoiou o pacote de dinheiro na mala e lançou as chaves, que foram parar no meio da rua- Quando você quiser, vai lá e pega.

-Livia...

-Eu tenho que ir agora, prometi ajudar as freiras com algumas doações.- ela virou, mas a mulher a parou.

-Espera! Espera... Não vai assim, vamos conversar... E-eu sinto muito pelo que aconteceu, eu nunca poderia esperar esta postura do meu marido, sei que você também não, mas vamos te dar o apoio financeiro necessário pelo tempo que precisar, você pode continuar na nossa casa... Qualquer coisa para compensar isso, eu sinto muito, sabe que eu queria muito adotá-la, mas...

-Carolyn, se quer fazer alguma coisa por mim, me poupe do seu "apoio financeiro", da sua casa, da merda da sua ajuda e da sua presença.- pediu, fazendo-a enrubescer pela vergonha e culpa- Na verdade, as pessoas desistindo das outras não me surpreende nem um pouco, mas você achar que o seu marido é o único responsável por isso... Isso sim me deixa surpresa, me prova que você é doente. Agora, se não se importa, tenho que ir. Suas chaves estão no asfalto.

-Livia...- ela ameaçou ir embora e mais uma vez foi interrompida, dessa vez por alguém que a fez virar por vontade. Sam ouvira a voz dela do andar de cima e descera correndo para encontrá-la, estava parado no final das escadas, parecendo esperar por uma resposta dela para continuar.

-Oi, Sam.- ela sorriu levemente.

-Oi, meu amor...- ele passou pela sala e pela mãe, que não foi notada ao retirar-se, dizendo que deixaria os dois conversarem, e a abraçou, beijando a lateral da sua cabeça- Como você está? Te liguei a semana toda, você não atende... Eu não quis ir ao convento porque a Violet disse que você precisava de espaço, mas eu soube do que aconteceu... Livia, você podia ter...- ele apertou os olhos, não podia falar aquilo.

-Podia, mas não aconteceu, é o que importa, está tudo bem.

-Eu sinto muito, se não tivesse ido me buscar no cemitério, não teria ficado doente, me desculpa mesmo por isso...

-Sam, tá tudo bem, é sério.- ela garantiu- Eu já fui atendida, tenho onde ficar e estou bem cuidada, prometo.

-E por que você estava me evitando? Por causa do que aconteceu ou... Por causa dos meus pais?

-E-eu... Olha, eu não me sinto confortável conversando aqui. Vamos andar um pouquinho? Como fazemos?

-Claro... Claro, vamos.









-Eu não estava te evitando por causa dos seus pais, você não tem culpa de nada, já te falei isso...- ela explicava a ele, estavam sentados em um dos bancos do parque que foram brincar de esconde-esconde e assistir o pôr do sol depois de uma das festas de verão. No fim, a coluna de Livia não deixava que ela fizesse caminhadas muito longas- Eu só... Estou querendo passar mais um tempo sozinha.

-Eu entendo... Você já tem alguma noção do que vai fazer?

-Não... Realmente não, mas eu vou encontrar uma solução. Não posso ocupar aquele quarto do convento para sempre, ele pertence a outra freira que ocupará o lugar da anterior, mas pelo menos é uma solução temporária que está me ajudando.

-Você parece abatida...- ele observou, acariciando o braço dela- Quer falar de alguma outra coisa?

-Eu só estou um pouco cansada, desculpa...

-Não, não se desculpe, você está passando por muita coisa. Mas, presta atenção em mim, não tem que mais passar por isso.... Eu liguei para os meus avós, falei tudo, eles disseram que fazem questão de arcar com o transporte para eu e você irmos morar com eles. A minha avó pode fazer o seu parto, ela já fez vários, você vai ficar bem, o lugar é ótimo, nós dois podemos criar a Jane juntos porque...

-Porque você me ama...- ela completou, dando uma risada curta.

-É... Porque eu te amo. Depois de todo este tempo... Você ainda tem dúvidas?

-Não, Sam, claro que não. Eu agradeço tudo que você tem feito por mim desde o começo, mas isso eu não posso te deixar fazer.

-Livia... Se for por causa da faculdade, ela não vai sair correndo. Esperamos a Jane crescer um pouquinho e...

-Não é assim tão simples...- ela balançou a cabeça- Seus avós, de uma hora para outra, vão receber mais 3 pessoas sem dinheiro em casa, uma é um bebê recém-nascido; seus pais vão ficar contra esta decisão, fora que nada disso é problema seu... Desculpa, mas isso não pode acontecer, está fora de questão.

-Talvez se a gente conversar melhor, tentar fazer de outro jeito... Livia, eu faço qualquer coisa por vocês duas...

-Sam...- ela o interrompeu- Muito obrigada, mas não. Isso definitivamente não vai acontecer. Você vai para a faculdade em algumas semanas e eu e a Jane vamos ficar bem de alguma maneira.

Ele assentiu, aprendera a reconhecer quando ela estava completamente irredutível.

-Se você mudar de ideia, a qualquer hora, me avisa, tá bom? E você pode... Não se afastar tanto? Não quero te pressionar, eu só fico pensando que você está com um pouco de raiva de mim também e... Eu não fui, em momento nenhum, a favor do que os meus pais fizeram com você...

-Eu sei...- ela segurou a mão dele- Acredite em mim quando eu digo que pode se livrar de qualquer culpa.

-Só não quero te ver mal de novo...

-E não vai. Vou achar um jeito. Não pensa nisso agora, tá bom? Eu vou voltar para o convento, prometi ajudar as freiras e empacotar algumas doações, você quer vir comigo? Elas com certeza vão topar ter um par de mãos a mais e pode ser divertido.

-Vamos.- disfarçando a preocupação ainda presente, ele beijou os lábios dela- Tudo é divertido com você.

* * *

"Autora, quinta-feira foi ontem."

Eu sei. Perdão kkkkkkkk Meio que passei os últimos três dias escrevendo loucamente, porque tô ansiosa para tudo o que vai acontecer e não me toquei que era quinta. O lado bom é que temos até o capítulo 29 escrito yay 🤩

Não esqueçam de deixar a estrelinha de vocês comigo e aproveitem o feriadão 🌟

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