Love Game In Vegas

By breathinreddie

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Eddie Kaspbrak é um jovem de apenas dezenove anos que acaba de terminar um relacionamento longo e problemátic... More

AVISO ABSURDAMENTE IMPORTANTE!
Chapter I - Let's Fuck Vegas!
Chapter II - Waldorf Astoria.
Chapter III - The Wedding.
Chapter IV - The Final Verdict.
Chapter V - The First day.
Chapter VI - Problems More Problems.
Chapter VII - I'm Sorry.
Chapter VIII - Scared, Eds?
Chapter IX - Kennedy Lake.
Chapter X - Nightmares.
Chapter XI - New York Night.
Chapter XII - Waves.
Chapter XIII - Just 89 Days.
Chapter XIV - The Cause Of My Euphoria.
Chapter XV - Dreams.
Chapter XVI - 31 Days.
Chapter XVIII - The Jealousy Makes You an Idiot.
Chapter XIX - The First "I Love You".
Chapter XX - Game Over.
Chapter XXI - Where It All Ends.
Chapter XXII - Start Again.
Chapter XXIII - The Love Is An Act Of Resistance.
Epilogue - Loving Is A Funny Thing (Final).

Chapter XVII - Hollow.

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By breathinreddie

New york, USA.

(12:02pm)
 

— Ainda dá tempo da gente fingir, que eu fiquei com dor de barriga e voltar!

— Nada disso, Richie! A gente vai almoçar com meu pai, SIM! Ele já está nos esperando.

Eddie segura a mão dele mais forte, quando ele tentou vacilar os passos para trás, assim que entraram no restaurante, Richie estava inquieto desde a manhã, Frank havia marcado um almoço com eles desde o meio da semana, onde iria finalmente conhecer o marido do filho, é claro que Eddie lhe contou que havia dito a ele a história toda e, era justamente por isso que estava nervoso, afinal como agir? Não é como seus pais, que não sabem de nada e eles dois precisam agir como um casal na frente deles, agora seria muito pelo contrário, e não sabia bem o que fazer.

Desde a manhã tentou convencer o Tozier mais novo, a desistir disso, marcar outro dia, até tentou enchê-lo de beijos ainda na cama de manhã cedo, com a desculpa de que queria ficar com ele o dia todo, mas nada funcionou, quando Edward põe algo na cabeça, não tem quem tire.

— Ele deve estar por aqui, disse pra mim que havia reservado uma mesa no andar de cima... — Disse olhando em volta.

— Esse lugar é chique pra cacete, por que ele não marcou em uma churrascaria? Seria bem melhor.

O menor sorriu.

— Meu pai gosta de causar boa impressão, Chee.

— E conseguiu...

— Achei que estivesse acostumado com lugares assim, suponho que já deva ter ido em inúmeros jantares em lugares como esse, ou até melhores com seu pai.

— Sim, mas nunca me acostumei, na verdade ele só me levava junto quando era mesmo necessário e, antes dos quinze anos eu não precisava ficar bêbado para aturar aquelas pessoas chatas e arrogantes tomando Wisky, falando sobre mulheres, dinheiro e sobre quem tem o pau maior.

— Lastimável, no entanto tenho certeza que vai ser legal... Confia em mim, meu pai é legal.

— Me desculpa Eds, mas se for se basear pela sua mãe, o histórico de simpatia da sua família não é lá dos melhores...

— Eu sei, mas é sério... Ali está ele! — Exclama de repenta, sorrindo e puxando Richie que só sussurra um “Ai meu Deus!”.

Eles sobem a pequena escada onde lhes leva ao segundo andar do estabelecimento muito luxuoso e requisitado, cheio de empresários, mulheres bem vestidas e garçons perambulando para lá, e para cá. Assim que chegam, nem é preciso Eddie mostrar quem era, pois só pela aparência ele reconheceu o homem de longe, já havia visto alguns artigos em seu nome, no entanto, nunca de fato conseguiu vê seu rosto, tampouco sobre sua família, ao vê-lo, os olhos de Eddie brilharam, não se sabia se era emoção ou algo do tipo, sorriram um para o outro, menor soltou sua mão e saiu quase correndo em direção a ele, dando um abraço forte e bem apertado.

— Olha meu filhão! — Nessa hora Tozier teve vontade de rir, poderia fazer uma piada com o uso do aumentativo a qualquer palavra derivada a Eddie, com seu pouco tamanho, porém estava tão nervoso que ficou calado.

— Pai...

Encostou a bochecha no ombro do homem de meia idade, enquanto o mesmo afagava seus cabelos, era difícil ver uma relação tão bonita de pai para filho, e isso fez Richie sorrir um pouco, no começo não conseguia acreditar quando Eddie dizia que seu pai era legal, pois... Como alguém pode ser legal, sendo casado com alguém como Sônia? Por estar casado, acabou adotando a ideia de que quando estamos casados, querendo ou não ambos passam a ter quase as mesmas ideologias, isso a própria Twitchell havia explicado a eles, então como Frank poderia ter um pensamento contrário à esposa? Bom, isso só agora ele descobriu que é sim possível.

— O senhor está ótimo!

— Você também está, pelo amor de cristo menino, eu estava muito preocupado com você! E olha que moramos na mesma cidade.

— Eu estou bem pai, tenho alguém que cuida de mim... — Agora os dois olharam para Richie, que sentiu suas bochechas quentes umidecendo os lábios.

— Ah, então você é Richie Tozier. É um prazer conhecê-lo rapaz!

— Digo o mesmo, Sr. Kaspbrak.

— Finalmente vocês dois se conheceram, não é mesmo? — Eddie sorriu para os dois.

— É, eu vi muito sobre você, espero que não estranhe Richie.

— Ah, não... Eu só... Não esperava que algum dia uma pessoa pudesse olhar minha ficha completa.

— É, eu olhei sim... Felizmente não achei nenhum crime ou delito, seria uma pena ter que dar um fim em você.

O sorriso do rapaz mais velho morreu no mesmo momento, até que os outros dois começaram a rir.

— O quê?

— Eu estou brincando garoto, relaxa um pouco, está muito sério. Ele é assim mesmo Eddie?

— Não! Com certeza não. — O menor sorriu cruzando os braços — Tudo que Richie menos é na vida, é sério.

— Me desculpa Sr. Kaspbrak, eu só estou um pouco nervoso... — Admite por fim.

— Me chame de Frank, vamos deixar as formalidades pra outra ocasião, nunca passou por algo assim antes?

— Não, pra ser sincero não.

— Fico feliz de ser o primeiro, então. — Disse o homem apertando sua mão.

— É... Eu também.

Os olhares dos dois jovens se cruzaram quando Eddie disse isso, Tozier sorriu de lado.

— Mas então, sentem-se.

— Pai, não precisava ter trago a gente para um lugar tão caro quanto esse, o Richie nem gosta desse tipo de coisa, não é?

— Eu? Ah, por mim tanto faz...

Eddie semicerrou os olhos quando ele disse isso, até porquê até alguns segundos atrás ele estava reclamado a bessa, mas não disse nada entendia seu constrangimento, afinal foi exatamente assim quando conheceu a família dele também.

— Você me conhece filho, e outra. Queria um lugar mais reservado, onde desse pra conversar e comer em paz. —Todos se sentaram — Mas então... Meu Deus, que história foi essa de se casar em Las vegas?

Eles se entreolham sorrindo.

— Foi de fato a maior loucura da vida.

— É como engravidar na adolescencia, apesar de não fazer a mínima ideia de como é. — Tozier abaixou a cabeça. — A gente nunca sabe o que fazer, mas sabe que agora temos uma grande responsabilidade e precisamos aprender a lidar com isso.

— Sim, exatamente isso. — Eddie concorda.

— Mas, por que não pediram a anulação de votos no mesmo dia?

— Até tentamos, porém, além do juiz não ter ido com a nossa cara, apostou que... hm... Como posso dizer?

— Seríamos um casal perfeito? — Richie sugeriu.

— Sim! E nos deu o veredito final, seis meses mas que foram reduzido para... Trinta dias?

— Sim.

— Minha santa mãe de Deus... Quando você dizia que queria se casar e construir uma família filho, eu não imaginava que era assim.

— É... Quem dirá eu. — Sorriu — Mas e você pai? O que tem feito esses tempos?

— Ah, o mesmo de sempre: trabalho, viagens, mais trabalho, mais viagens e finalmente e... Casa.

Um silêncio reinou por um breve segundo, até que Eddie se pronunciou:

— Como ela está? — Perguntou com a voz mais baixa.

— Sua mãe? Está como sempre... Tirando o fato de ter entrado para o clube das damas da sociedade e, dar palestras de como mães devem educar seus filhos.

Disse distraído olhando o cardápio, Richie levantou as sombrancelhas dizendo:

— É mesmo? E o que ela diz nessas palestras? Que boas mães sempre devem mandar um monte de mensagem de ódio aos filhos que se relacionam com pessoas do mesmo sexo, e desejar sua morte? Ou fazê-lo quase cometer uma grande besteira?

— Richie! — Eddie olhou pra ele com os olhos esbugalhados.

— O quê? — Frank franziu o cenho, Eddie deu um olhar mortal ao outro que mantinha a mesma postura rígida — Que história é essa? Do que ele está falando Eddie?

— Por que você fez isso? — Eddie disse nervoso, sentindo seus olhos marejarem.

— Porque eu não sei fingir Eddie, me desculpa. — Olhou pra ele tentando não se deixar afetar por aquela expressão chorosa dele.

— Eu não ia contar... Não agora... Ai merda! — Levou as mãos até o rosto.

— Eddie, o que aconteceu? — Frank pergunta mais sério, Kaspbrak suspirou fundo ainda estava de cabeça baixa quando seus olhos encheram de lágrimas deixando o homem mais preocupado ainda — Filho? Do que ele está falando? O que aconteceu?

— Não é nada demais.

— Eddie, sério isso? — Tozier lhe olhou.

— Alguém me conta o que está acontecendo, por favor? — Frank disse olhando para os dois — Richie? Você começou, agora termine!

— Acontece que-

— Richie, cala essa boca por favor! — Eddie o interrompe. — Você disse que não falaria nada!

— Eu disse que não falaria porquê deixaria você contar por si só, mas pelo visto você quer deixar passar, igual a todas as vezes que ela fez essas coisas com você.

— Fez o quê? Pelo amor de Deus, Eddie por favor, o que Sônia fez?

Eddie estava de cabeça baixa, vendo que ele não responderia, o homem mais velho olhou para Richie e o instigou a falar, Richie mesmo sabendo que poderia estar comprando uma briga feia, quando chegassem em casa, já estava cansado daquele silêncio, então disse de uma vez olhando pra Eddie:

— Você pode ficar com raiva de mim, tudo bem, mas não me julgue por querer apenas que você admita a si mesmo, que sua mãe não te ama, e que nunca vai te aceitar como realmente é, quer a verdade Frank? — Olhou pra ele — Sua esposa é uma vaca!

— RICHIE. — Eddie não consegue conter a voz, o rosto estava totalmente vermelho.

— Por que está dizendo isso rapaz? Por favor tenha respeito!

Eddie levou as mãos até o rosto sussurrando “fodeu...”

— Respeito? Me desculpa mas eu de fato nunca terei um pingo de respeito por aquela mulher, por causa dela seu filho quase morreu, e não foi só isso, ela desejou que isso acontecesse! — Olhou pra ele. — Mas para a sorte dele, e azar o dela, eu cheguei a tempo, mas e se ele estivesse morando sozinho? Ou até mesmo com aquele filho da puta do Asher, do qual não se importa nenhum pouco com ele? Eu tenho certeza que a única notícia que o senhor teria do seu filho, seria da morte dele por conta de remédios de venda proibida, e por quê? Porque sua esposa resolveu descarregar todo o preconceito e intolerância dela em cima desse garoto incrível e inteligente, que eu só consigo admirar, pode não gosta de mim agora, pelo o que acabei de dizer, mas por favor, não se faça de cego, olhe o estado que ele fica quando ouve pelo menos o nome dela, eu não sei porquê diabos você ainda está com ela, mas se não fizer alguma coisa, você vai perder seu único filho, e eu... Vou perder a única pessoa na vida que conseguiu me fazer colocar um balde inteiro de pipoca dentro da cueca!

Nesse momento o homem arregalou os olhos, Eddie que ouvia tudo no entanto surpreso de repente deu uma risada um pouco alta, Richie que até então estava muito nervoso acabou sorrindo também, mas foi de nervosismo mesmo, Frank que até então não havia dito uma só palavra, acabou rindo também sem fazer ideia do que aquilo se tratava e nem queria saber.

É claro que Richie não queria ter finalizado o discurso com a lembrança daquele acontecimento, queria ter terminado com um “Você vai perder seu único filho, e eu meu primeiro e único amor da minha vida.” ou “O único homem que eu já amei de verdade.” porém, a coragem se esvaiu no mesmo instante em que seu olhar encontrou o dele, via como ele lhe encarava atento e levemente ruborizado, viu a devoção através de seus olhos, junto com a ternura, um olhar doce, meigo e apaixonante, assim como os seus eram para ele, então aquilo quebrou todas as suas forças, não foi dessa vez que conseguiu revelar o que já está estampado em sua face.

— Eu... Eu realmente não fazia ideia de que isso estava acontecendo, Eddie... Por que não pretendia me contar isso?

— É que... Eu tive medo de você não acreditar em mim, e dar razão à ela.

— Filho, eu já falei a você inúmeras vezes que eu não sou como ela e, nem quero ser, eu amo você a cima de tudo, lembra quando fomos no farol de Montauk quando você tinha treze anos?

— Lembro...

— Eu disse isso a você, disse que te apoiaria em tudo que fosse preciso e, que eu e você sempre seríamos pai e filho em qualquer situação que seja. — Segura as duas mãos do filho — Eu te amo Eddie, entendeu? Vou estar do seu lado, não se prive de me contar as coisas, por favor...

— Não vou... Me desculpa. — Abraça ele — Me desculpa mesmo, e-eu tive tanto medo...

— Ah, garoto... — Beijou o topo da cabeça dele, depois respirou fundo — Meu filho... Eu quem devo desculpa a você, por todos esses anos, por não estar com você.

— Tudo bem pai, eu entendo você, afinal, você tem uma empresa que depende de você.

— É, mas eu tenho uma família também, e meu único filho estava passando por tudo isso e eu não sabia. — Olhou pra ele, fez carinho nos cabelos do filho — Me perdoa?

— Pai, não precisa pedir desculpas, você não teve culpa de nada.

O abraçou novamente, até que Frank olhou para Richie também e disse:

— Vem aqui você também.

— Eu? — Tozier questiona um pouco sem jeito.

— Não, o garçom. É claro que é você! Vem logo.

Ele se junta ao abraço deles passando o braço em volta da costa do menor, fazendo com que ele quase desaparecesse no meio dos dois, algumas pessoas olhavam em suas direções e sorriam, o abraço durou um longo segundo até Tozier falar algo que fez eles rirem, pra depois se afastarem voltando as suas posturas normais, Eddie limpou o rosto choroso enquanto Richie ajeitava os cabelos e Frank seu terno.

— Eu odeio vocês, me fizeram chorar igual um bebê. — Disse Eddie.

— Mas é o que você é...

— Não começa Richie!

— Desculpa.

Sorriu olhando para o pai.

— Eu vou ao banheiro, devo estar horrível.

— Tudo bem filho, enquanto você for eu vou fazer os pedidos.

— Tudo bem, Chee pode escolher por mim?

— Posso sim...

Ele se retirou da mesa, logo se afastando dali e deixando somente os dois, nesse mesmo momento Frank chamou um garçom para que fizessem os pedidos do menu e, não demorando muito o rapaz gentil se retira deixando-os sozinhos, um estranho silêncio se propagou no ambiente, Richie ainda estava um pouco sem jeito perto do mais velho, enquanto mexia na taça de água sobre a mesa, sem desviar o olhar nem por reza braba.

— Quando é o dia da audiência de vocês mesmo? Eu esqueci. — Ele pergunta.

— Hm... Daqui em vinte e sete dias... Meu Deus agora que me dei conta de que faltam vinte e sete dias! — Ele retornou a própria órbita um pouco assustado, o outro riu.

— Está apaixonado por ele, não está?

— O quê!? — Olha pra ele com os olhos arregalados, mas logo em seguida suavizou a expressão.

— Eu já tive a idade de vocês Richie e, na sua idade... Eu me apaixonava muito, e como! Eu gostava de ir para discotecas, dançar, na faculdade eu era muito galanteador! Juro.

— Imagino, o senhor parecia ser bem divertido na adolescência.

— Ah, eu era sim! Era sempre aquele que animava o grupo e, quando a merda acontecia, adivinha quem era apontado como o culpado? — Tozier riu.

— Deixe-me concluir: o senhor era visto como o “mal caminho” a se seguir, e a maioria dos pais dos seus amigos o odiavam, por achar o senhor uma péssima influência aos outros?

— Rapaz, era exatamente assim! Como sabe? — Frank lhe olha admirado, Richie sorriu e bebeu um gole d'água.

— É que esse sou eu. — Responde sorrindo um pouco.

— Temos mais em comum do que eu podia imaginar.

— Sim... Bem que a psicologia explica que os filhos sempre tendem a arrumarem parceiros igual aos pais, se for mulher é igual a mãe, se for homem, é igual ao pai... Apesar de esquisito, é mais comum do que se pode imaginar. Freud explica.

— Sim, eu já vi sobre isso. Mas me diga, seu pai é Wentworth Tozier, não é?

— É sim, conhece?

— Ele me mandou alguns e-mails há um tempo atrás. — Richie o encarou de cenho franzido.

— Como é? O que ele queria?

— Não sei exatamente, eu sou um homem muito ocupado e, quase não tenho tempo de responder meus e-mails, é muita coisa pra responder, vizualizar, enfim, eu não sei exatamente do que se tratava, mas vi o nome dele como remetente.

— Meu Deus, que vergonha! Frank, desculpa se ele está incomodando a você, meu pai às vezes passa dos limites.

— Ah, quê isso Richie, não me incomodo, será um prazer conhecer ao sogro do meu filho, quem sabe possamos marcar outro almoço, só que todos juntos, o que me diz?

— Acho que ele vai adorar, já que é de longe quem mais quer conhecer o senhor pessoalmente.

— Pois muito que bem, estamos combinados! — Sorriu.

— Só uma pergunta, não me leve a mal, mas sua esposa vai estar junto? — Questiona receoso.

— Não, não vai estar. Pode ficar tranquilo, tudo bem?

— Desculpe Frank, mas eu realmente tenho medo pelo Eddie, ele ainda está muito abalado com essa história toda, e... E ele é muito especial pra mim, eu tenho medo de acontecer algo ruim com ele.

— Eu entendo Richie, Eddie é tudo na minha vida, por mais que eu tenha perdido muita coisa sobre a vida dele, ainda sim, priorizo muito ele e sempre que posso procuro saber como ele está, e fico feliz que ele esteja com uma pessoa que se preocupe muito com ele e que goste dele de verdade.

— Você nem imagina o quanto...

— Se eu te falar que minha história com Sônia aconteceu como um filme clichê, você nem acreditaria.

— Sério?

Frank riu.

— É... Eu era um dos caras mais falados e desejados, sem modéstia alguma, já ela, uma estudante de Química, do qual sofria mais bullying do que os nerds da época, eu sempre a defendia dos idiotas que diziam coisas ruins à ela, por causa de seu corpo, ela não era tão grande como é hoje, acredito que tenha ganhado mais peso depois da gravidez, mas eu me apaixonei, eu a enxerguei muito mais do que o físico, muito mais do que qualquer outra coisa, eu... Eu a conheci de verdade, ninguém acreditava em mim quando eu dizia que gostava mesmo dela, quando nos casamos foi um choque para todos.

— Eu imagino, até eu estou chocado, e olha que acabei de conhecer o senhor.

— É, mas essa não é a questão, quero dizer que... Eu reconheço um homem apaixonado quando vejo, e vejo também a maneira que olha pra ele, que fala dele, eu não sei como vai ficar a situação de vocês até o dia dessa audiência, só... Me prometa uma coisa?

— Claro, o que quiser...

— Não machuque meu filho, eu acho que a vida já o machucou demais lidando uma mãe que desejasse que ele morresse, eu não sei quando foi que Sônia piorou tanto, pra mim... Ela era a mesma mulher de muitos anos atrás, porém a realidade sempre é difícil e, algumas vezes demora muito tempo para que seja aceita, eu desejo de todo coração que vocês fiquem juntos, pois nunca vi meu filho sorrir tanto, só em um curto período de tempo, torço muito por vocês Richie, não o decepcione também.

— Pode deixar comigo Frank, seu filho é o homem mais importante da minha vida, digo isso com toda sinceridade do mundo. — Responde convicto — Nunca vou decepcionar ele.

— Eu acredito em você Richie, fico feliz que meu filho tenha encontrado alguém como você.

— Nossa... Nunca ninguém havia dito esse tipo de coisa pra mim antes.

— Mais uma vez, fico feliz em ser o primeiro. — sorriram logo mais Eddie retornou se juntando à eles.

— Meu Deus, o banheiro estava cheio!

— É, hoje o movimento está grande. Não é a toa que nosso pedido está demorando tanto.

— O que pediu pra mim? — Eddie olha para Richie.

— O mesmo que o meu, acho que vai gostar.

— Tenho certeza que vou. — Sorriram um para o outro.

— Parem de ser tão fofos, isso me dá gatilho.

— Pai? Até você está com essas gírias de twitter?

— É que eu aprendi a mexer nesse troço, morro de rir com essas coisas que esses jovens postam, eles interagem comigo e me ensinam o significado dessas palavras, eu consegui bastante seguidores em um só dia, acreditam?

— Quem diria que eu teria um pai twitteiro, e famosinho.

— Eu tenho que fazer algo novo da vida, já que antigi quase todos os meus objetivos, a gente sempre precisa buscar novos sonhos, não é?

— E seu sonho era usar twitter? — Questiona Richie.

— Não, era falar com várias pessoas ao mesmo tempo, mas vejo que a maioria são adolescentes com gírias e dialetos totalmente confusos a mim, porém, sempre que peço ajuda com algo.

Eddie e Richie sorriram.

— Legal!

— E você Richie, quais são seus sonhos?

— Ah... Eu não sei, já tive tantos que hoje em dia se quer lembro, mas acredito que o que eu mais queria já se realizou.

— O que seria?

— Ter um motivo para querer ser uma pessoa melhor todos os dias e, nunca desistir de tentar. O resto... A gente conquista.

— Isso é muito bom, Eddie me falou que vocês dois ganharam um prêmio juntos, isso tem a ver com o que disse?

— Não, nenhum pouco. Até porquê o dinheiro foi congelado por seis meses, então... Ainda temos um bom tempo até lá.

— Vocês estão certos, aproveitem suas juventudes, vivam, se divirtam, se amem, se odeiem, sejam vocês mesmos... Pois quando isso passar, não terá mais como voltar atrás.

Aquelas palavras foram tão profundas quando o negro de seus olhos, Richie por um momento sentiu uma certa tristeza em si, Frank era um homem tão bom, tão bem humorado e gentil... Mas era evidente que o mesmo não sabia de fato o que era a verdadeira felicidade, isso é mais triste do que parece ser.

Finalmente o menu fôra posto à mesa, junto de um vinho belga bem refinado, apesar de muito sofisticado, a comida do local era ótima! Não ótima do tipo, a melhor do mundo, porém de deixar qualquer um apaixonado. O almoço se estendeu para uma sobremesa à base de caramelo e baunilha, entre conversas, risadas, Richie agora tinha com quem compartilhar suas besteiras, pois o pai de Eddie também era do tipo humorista, o único que ficava somente ouvindo tudo, rindo sem dizer nada era o próprio Eddie, que não entendia como aqueles dois não se conheceram antes? Eram tão parecidos em alguns aspectos, até uma simples piada era motivo de altas risadas, só que as coisas boas sempre duram muito pouco e, Frank teve que se despedir deles quando seu celular quase explodiu de tantas mensagens e ligações, saíram de lá e ele prometeu que no dia da audiência estaria lá com eles.

 

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Rich_Tozier

StanUris, EddieKaspbrk, MaggieTozier e outras pessoas curtiram...

Rich_Tozier: conheci o sogrão, agr finalmente tenho alguém que entende minhas piadas muito boas 🤏🏻😎

FrankKaspbrakOficial: Conheci o melhor genro 🙏❤

Rich_Tozier to FrankKasbrakOficial: Segue de volta lenda 🙏

EddieKaspbk: a falsidade da porra, nem queria ter ido

Rich_Tozier to EddieKaspbk: EU NUNCA DISSE ISSO!!!! Vc sabe que eu era a pessoa que mais queria ter ido para esse almoço 🤗

EddieKaspbrk to Rich_Tozier: aham com certeza

Berverly_Marsh: AAAHHHH O TIO FRANK QUE SAUDADEEEE 🥺🥺💔 (Off: meu deus que perfeição de foto)

Rich_Tozier to Berverly_Marsh: Eu sei minha cara amg cabelo de pica-pau, sou lindo msm

StanUris: Como assim ele entende suas piadas? Pqp... 💀💀💀💀💀

Rich_Tozier to StanUris: Eu disse que elas são boas, porém só fazem sentido com as pessoas certas

StanUris: Suas piadas são o puro gore Richie

MaggieTozier: Quem é esse homem bonito Richie? Parece com meu genro 😍

Rich_Tozier to MaggieTozier: É pq ele É O PAI do eddie mãe, vc não leu a legenda?

MaggieTozier: Eu nunca leio, não entendo nada do que voce diz, mas olha tá de parabéns filho, a nossa família vai ter mais gente bonita ainda, estou imaginando meus netos parecidos com você e eles 🤧🤧🤧 💕💕💕💋💋💋

Rich_Tozier to MaggieTozier: Mulher pelo amor de Deus??? Quem foi que te ensinou a usar wattpad? Vou processar.

(...)

— Viu como não foi tão ruim assim? — Eddie jogou os sapatos para o lado, ao entrar em casa.

— É tem razão, seu pai é muito legal. — O mais velho faz o mesmo, podendo descansar um pouco.

— Fico feliz que tenham se dado tão bem Chee, fiquei com medo no começo.

— É, eu percebi... Desculpa ter falado aquelas coisas, mas eu não iria aturar você esconder uma coisa daquelas bem diante de mim.

— Eu sei, entendo. Fui covarde demais no momento, mas... — Segurou a mão dele — Obrigado, por tudo que disse.

— Eu só quero seu bem Eds, você sabe disso.

— Eu sei. — Uniram as testas ficando assim por um momento, enquanto sorriam, até que Tozier o chama:

— Eds?

— Sim?

— Eu preciso te contar uma coisa. Acho que não faz mais nenhum sentido esconder, eu já guardei isso por muito tempo...

— Pode dizer. — Sorriu olhando bem no fundo dos olhos dele, Richie segurou seu rosto fazendo um leve carinho em sua bochecha.

— Eu te-

Foi interrompido pelo celular de Eddie, que tocou assustando os dois que se afastaram.

— Droga, é a Bevvie... Se importa se eu...? — Apontou.

— Não, de jeito algum. Pode ir...

Ele concorda levantando e atendendo o telefone, Tozier suspirou deitando de barriga pra cima na cama, encarando o teto, chegou tão perto de dizer a ele o que queria, mas parece que o universo não está ao seu favor hoje, tirou as coisas do bolso depois retirou a jaqueta, o olhar correu pelo teto de um lado até outro, pensativo demais, depois olhou para a janela onde o sol começará se esconder por detrás dos prédios.

— Chee? — Eddie lhe chama.

— Sim? — Responde levantando um pouco a cabeça.

— Hoje é aniversário do Mike, ele está dando uma festa na casa dele... Parece que um primo dele e Londres chegou hoje também, e ele quer que a gente vá.

— O quê? Agora?

— Sim...

— Mas a gente nem sabia que era aniversário dele, vamos sem nada?

— Foi o que eu disse, mas ela insistiu dizendo que o mesmo não quer nada disso, somente nossa presença mesmo, vamos?

— Eu estou cansado... — Fez bico. — E com preguiça.

— Eu também, mas ele é uma pessoa legal, e insistiu muito pra Bev chamar a gente... — Ficou por cima, montando nele e beijando seu rosto, Richie o abraçou pela cintura, o beijando. — Vamos... Hm... logo Chee! — Disse entre beijos, e sorrindo. — Não precisamos demorar, é só pra não fazer desfeita com ele, Mike não merece isso.

Tozier sorriu, enquanto encarava o mais novo por cima de si, Eddie era capaz de conseguir o que quisesse de si, bastando apenas sorrir e ser adorável daquele jeito.

— Amor, a gente pode inventar uma desculpa qualquer, aí depois eu mando um cartão de aniversário pra ele por mim e por você, vamos ficar aqui... — pedia manhoso, começando a beijar seu pescoço. — Aproveitar esse resto de domingo, já que amanhã a vida volta ao normal...

— Hm... — Eddie mordeu fortemente o lábio, sentindo-se absolutamente tentado a aceitar aquela proposta. — Nada disso! Mike é uma pessoa muito importante pra Bevvie e, ela vai ficar chateada com a gente se não formos. — Deu um selinho nele saindo de cima do mesmo e lhe obrigando a levantar. — Veeeem! Vou tomar banho e me arrumar, faça o mesmo.

— Eds... — Murmura totalmente preguiçoso. — Então vá você, eu só quero ficar deitado aqui.

— Sério? Vai mesmo me deixar ir sozinho? — Cruzou os braços. — Ela disse que lá está cheio de gente.

— E...? — Alteou as sobrancelhas.

— Solteiros.

— Mas você não.

— Vai que eu beba e me esqueça disso... — Provocou.

— Não é nem doido.

— Não, é? — Sorriu colocando a língua entre os dentes, Richie parou de sorrir na hora e sentou na cama.

— O que isso quer dizer, hein!?

— Nada demais, apenas que posso ter uma amnésia alcoólica e confundir outra pessoa com você.

— Ha, ha, ha. — Dita pausadamente. — Realmente muito engraçado, por que não desiste da publicidade e tenta a carreira de humorista, hein? Seu filho da puta. — Deitou novamente, com a expressão irritada, e Eddie gargalhou.

— Wow, você só me xinga quando está realmente bravo, jura que levou a sério o que eu falei? Cadê aquele Richie que entende ironia? Saudades dele.

— Você me xinga o tempo todo, não posso fazer o mesmo também? Só tô agindo como você um pouquinho, já que decidiu roubar meu papel de “piadista” do relacionamento.

Eddie riu novamente, então por fim avisa:

— Bem, eu vou me arrumar já que vou sozinho, então...

— Não, não, não, eu vou também. — Levantou.

— Ué, não queria ficar aqui descansado?

— Não quero mais, perdi até o sono.

— Chee... Eu estava brincando, sabe disso, né? — Abraçou a cintura dele, Richie lhe olhou com os olhos semicerrados.

— Sei, mas não quero que fique de bobeira em festa dos outros.

— Nossa Richie, não sabia que você podia ser tão ciumento assim.

— Eu sou cauteloso, não ciumento! É diferente, eu zelo pelo o que é meu.

— Eu sou seu, é?

— Óbvio? Meu marido, e meu mine-homem, até que a justiça diga o contrário.

Apertou a bochecha dele, Eddie continuava sorrindo, achando altamente fofo ver ele daquele jeito, mesmo que ele negue até a morte, mas Richie é uma pessoa ciumenta sim, já havia percebido isso não só de agora, ele só não demonstra tanto. Porém Eddie já conhece seu jeito, e sabe também indentificar isso. A primeira vez que notou isso, foi em Ohio, quando foram em um bar e um cara que lhe viu sozinho.— enquanto Richie foi ao banheiro — e começou a conversar consigo e querer “trocar ideia”, mesmo quando Eddie havia dito que estava acompanhado, Eddie nunca pensou que pudesse ver Richie tão puto e indiferente na vida! E passou a noite inteira sério demais, algo que não faz parte do comportamento normal dele.

Não que ele não confie em Eddie, ou não possam sair um sem o outro, muito pelo contrário, só que no momento estão apenas se curtindo, como se acabassem de entrar de fato nesse relacionamento, e a exclusividade é totalmente normal, o ciúme bobo também, o importante é que não passe dos limites, disso ambos têm total consciência.

— Então tá, vou tomar banho.

— Vou com você.

— Richie...

— É sério, se tomarmos banho ao mesmo tempo, não vai gastar tanto tempo e, a gente termina de se arrumar no mesmo momento, inteligente não?

— É, pode até ser, mas eu conheço você, e sei que não vai ser só um simples banho.

— Nossa, é isso que você pensa de mim? Eu sou um anjo!

— Lúcifer, só se for.

— É sério Eds, eu vou me comportar prometo, aqui ó... Dedo mindinho. — Ergueu a ele, que lhe encarava com os olhos semicerrados.

Assim eles cruzaram os dedos, em seguida pegou sua toalha tirando a camisa e entrando com ele dentro do banheiro. Acreditaram mesmo que foi apenas um banho que aconteceu? Se sim, parabéns, senão, procure a igreja, porquê realmente foi mesmo.
 

Em paralelo a isso...
 

— Ah, Bev... Eu bem que queria, mas... Cof, Cof, Cof, estou muito mal hoje... — Disse Bill — Sim, o Stan está cuidando de mim sim, ele já me deu remédio, é claro que estou! Ainda pouco saiu uma gosma horripilante no meu nariz, mas sim eu te aviso se caso for pro hospital, também te amo ruiva, diz pro Mike que desejo muitos anos de vida e felicidades a ele, okay?... Tchau meu anjo!

Desligou.

— E aí, ela acreditou? — Stan questiona.

— Claro que sim, sou mestre nisso. Podemos voltar a partida? eu tô ganhando! — Denbrough sentou-se de volta no sofá, Stan tirou do “pause” o jogo ao apertar play. — Eu estou me sentindo uma pessoa horrível, por ter mentido pra minha amiga.

— É, eu também pelo Mike... Mas puta merda, esse povo só avisa em cima da hora, eu nem tirei a barba direito... — Disse Uris cruzando as pernas.

— E eu estou morrendo de cansaço por ter passado quase o final de semana inteiro resolvendo trabalhos da faculdade, sorte que tenho você, que além de muito inteligente é generoso e ajuda seu namoradinho necessitado aqui. — Stan sorriu sem desviar o olhar da tela.

— Hã... Bill?

— Yo? — Responde distraído, enquanto abre uma latinha de pepsi.

— Quer casar comigo?

Denbrough se engasga e começa a tossir.

— O-O quê?!? — Disse enquanto tossia, Stan ficou vermelho.

— Esquece, era meme, queria ver sua reação. — Desvia o olhar, mas Bill segura sua perna.

— Mentira, você falou sério, já te conheço.

— Tá... Sim, era sério. — Abaixa a cabeça.

— Mas tipo... A gente não é muito jovem, e tal? Não acha?

— Acho, só que sei lá, a gente já está praticamente morando juntos, então não faria tanta diferença.

— Se eu aceitar, vou morar aqui, né?

— Obviamente? — Uris riu. — Ah, não ser que tenha um lugar melhor.

— Não tenho mais nem meu quarto só pra mim lá em casa. — Riram. — Então tá bom... Vamos casar, eu aceito!

Sorriram, logo voltaram a olhar pra TV, ficando em completo silêncio.

— E agora...? — Stan questiona.

— Sei lá, você fez o pedido, você quem decide.

— Mas eu nunca passei dessa fase antes... O que temos que fazer?

— Avisar aos nossos amigos, comprar as alianças, marcar a data, os preparativos, enfim...

— Precisa mesmo de tudo isso?

— Stanley se você tá achando que eu vou aceitar casar com você de qualquer jeito, pode tirar o cavalo alazão da chuva porquê eu-

O rapaz lhe calou com um beijo, o trazendo para seu colo, logo sorriram.

— Eu sei babe, estou brincando com você. Vamos preparar sim, passo a passo, quero que esse seja o melhor dia das nossas vidas.

— E vai ser... — Voltam a se beijarem, Bill senta com uma perna de cada lado da cintura dele, Stan agarra sua cintura e logo se encaram um pouco ofegantes, e como se lesse os pensamentos de Bill, Stan pergunta:

— Tá a fim de dar uma pausa no jogo? — Sorriram de forma maliciosa um para o outro.

— Claro, mas depois vamos voltar pra eu terminar de ganhar de você, nem pense em trapacear dizendo que está cansado depois!

— Tá bom Denbrough, já entendi. — Stan revira os olhos. — Vamos pro quarto, odeio transar nesse sofá desconfortável.

— Tá aí um item que precisamos pedir na lista de presentes no casamento: um sofá confortável pra foder sem precisar ir pro quarto.

— É, com certeza!

Riram, e assim levantaram-se do mesmo, indo pro quarto e fechando a porta.
 

(Do outro lado)
 

— Será que é aqui? – Eddie perguntou ao descerem do carro e, Richie pagar a corrida.

— Pelo o que ela falou, sim... É aqui.

— Mas isso é uma mansão!

— É... Vou querer uma igualzinha quando a gente ficar rico. — Richie disse olhando para a mesma.

— Ah, não. Eu prefiro um duplex de frente pro mar!

— Problema seu, decide o que quiser com sua parte do dinheiro, mas na minha ninguém opina. — Deu língua pra ele.

— Grosso!

— Você sabe que sou mesmo, além de grande também.

Eddie empurrou ele ficando vermelho, Tozier gargalhou, depois seguiram até o portão tão grande que caberiam dois carros entrando lado a lado, logo os seguranças que estavam na frente os barraram.

— Boa noite senhores, onde estão seus convites?

— O quê? É aqui que mora o Mike Hanlon?

— Sim, Sr. Hanlon está dando uma festa de aniversário somente para convidados.

— Mas somos convidados.

— Quais seus nomes?

— Eddie e Richie... Tozier. — acrescenta.

— Ah, Os Mrs. K' Tozier são os senhores?

— Sim, somos nós.

— Muito bem, está aqui na lista vip, podem entrar e tenham uma boa noite!

— Obrigado. — Falaram juntos entrando e dando as mãos

— Meu Deus, eu não sabia que o Mike era Milionário! Olha essa equipe de segurança toda Eds, me senti até sem jeito.

— Eu também...

Eles passam pelo enorme jardim bem amplo e espaçoso com alguns monumentos e bancos, sem contar com a piscina onde a água azul, que parecia brilhar, haviam algumas pessoas bem vestidas circulando por ali, eles olhavam atentos pra vê se avistavam um dos dois por ali, e quando entraram na casa, são recebidos pelos garçons com bandejas de champanhe muito refinados, a casa era de brilhar os olhos, espaçosa e muito luxuosa, uma escada que ficava bem no centro, dando ligação as duas partes da mansão, estava um pouco mais cheio ali dentro.

— Finalmente vocês chegaram!

— Bevvie!

Eddie abraçou a ruiva que estava muito bem vestida e um batom da mesma cor que seus cabelos ruivos um pouco mais grandes. Logo em seguida ela abraça Richie falando com ele também.

— Onde está o aniversariante?

— Roubaram ele de mim no momento, Ben também está aqui.

— Ele aceitou vir numa boa?

— Eles não estão mais brigando tanto como antes, acho que... Esse tempo em que temos passado juntos, fez com que eles aprendessem a conviver, já que foram eles mesmos que vieram até mim e proporam um relacionamento a três.

— Que futurista e muito maduro da parte deles, pois só de pensar em dividir meu Eds com alguém, já me causa arrepios!

Ela riu.

— Mas o Eddie era meu e do Bill, antes de você. Então vai ter que dividir sim!

— Com vocês eu abro uma exceção, e falando nisso... Onde estão eles? Estou com saudades do meu ex-homem, Stan!

— Não vieram, o Bill tá doente e o Stan está cuidando dele.

— Doente? Como assim? — Eddie olhou surpreso.

— É, parece que é gripe, não sei, mas já fiz ele prometer que iria para o hospital caso piorar, ele disse que não era pra gente se preocupar.

— É, se tem uma coisa que o Stanley sabe é cuidar de gente doente, eu digo por experiência própria, relaxa Eds, ele vai ficar bem e está em boas mãos.

— Certo.

— Opa! Se não são meus caros amigos de Las Vegas. — Hasncom aparece.

— Oi Ben! — Eddie o abraça de lado.

— E aí Eddie, como você está?

— Muito bem, e você?

— Estou bem sim, só um pouco bêbado. Oi Richie!

— E aí monte de feno! Quero um abraço também.

Hanscon sorriu abraçando ele, depois se pôs ao lado da ruiva, lhe dando um beijo rápido.

— Ben, não bebe muito. Você ainda vai me levar pra casa e, não quero correr perigo.

— Jamais vou deixar você em perigo.

— Acho bom.

— Olha ele ali, vamos falar com ele! — Foram até Mike, quando finalmente o mesmo ficou livre dos convidados puxadores de saco.

— Cara, vocês vieram mesmo! — O moreno abraça os dois.

— Achou que a gente ia perder bebida e graça? Feliz aniversário Mike, muitos anos de vida e de muito sexo!

— Richie! — Eddie lhe empurrou envergonhado, Os outros três gargalharam.

— Ai Richie, você é hilário cara! Obrigado, digo o mesmo a vocês.— Olha pra ele e Eddie sorrindo.

— Mas é sério, me respondam uma coisa?

— Não começa!

— Não, é sério, sem zoeira alguma... Vocês estão em um relacionamento à três né? Tipo assim, sem querer ser invasivo, mas minha dúvida representa a de noventa porcento da população, quando vê três pessoas juntas, quem come quem?

— Beep, Beep Richie! — Marsh exclama.

— Quem te ensinou essa merda?

— O Stan, graças a Deus porquê sempre funciona.

— Mas, eu-

— beeep, beeep, beeep!

— Parem com-

— BEEEP, BEEP, BEEEEP! — Todos começaram a fazer ao mesmo tempo o deixando irritado.

— Argh, já chega! Tá bom! — Todos riram da irritação do outro — Okay, calei a boca já! Para com isso.

— Muito bem, eu quero apresentar meu primo Lucas, ele chegou de viagem hoje com a noiva dele, vocês vão gostar deles, são doidos igual vocês!

— É, tenho certeza que sim

— Vou procurá-lo, se quiserem bebidas tem ali naquela mesa grande, ou no depósito ao fim do corredor, a Bev sabe.

— Obrigado Mike..

— Eu não sei vocês, mas eu vou seguir o conselho dele e pegar algo mais forte pra beber.

Tozier se prontifica em dizer, dando um selinho em Eddie e passando por eles indo em direção de onde Mike havia dito que ficavam as bebidas, Ben teve que sair também para atender uma ligação, deixando somente os dois amigos ali.

— Essa festa está bem animada, nem parece aniversário...

— Eu quem ajudei a organizar, passei o dia com o Mike hoje, ele me disse que não queria algo que forçasse as pessoas lhe darem parabéns, ele quer somente que se divirtam.

— Eu entendo, também não sou muito chegado a festas de aniversário, mas e você? Como tem andado? Não tenho lhe visto na Tandem...

— Estou em outra base agora, lembra do que lhe falei que queriam lançar uma linha de cosméticos com minha marca?

— Ah, a parceiria com as Grace's?

— Sim, agora tenho que ficar na agência da Beauty vier, isso fica em Manhattan!

— Que droga, estou com tanta saudade de você... Agora eu almoço junto com outras pessoas, eles são legais porém arrogantes demais, e os outros estagiários estão sendo cada vez menos vistos.

— Ganger está dispensando aos poucos...

— Também pensei nisso, ele mesmo propôs essa competição entre mim e aquele idiota puxa saco do Füller.

— Não gosto desse cara, nunca gostei, ele sempre foi obssecado por você.

— Sim, ele implica comigo desde que comecei a trabalhar lá, vive falando sobre aquela questão do meu pai ter me indicado, sempre usa isso pra me diminuir.

— Não liga pra essas coisas meu bem, você sabe que isso não é verdade. E a propósito, eu tenho uma notícia a você.

— A mim?

— Sim, como embaixadora eu vou precisar estar lá o tempo todo, minha acessora teve que sair de licença por conta da gravidez, essa vaga meio que aberta porque... Eu falei ao Dawnell que só iria colocar alguém de muita confiança pra trabalhar ao meu lado com minha equipe, até porquê isso requer muita dedicação, trabalhos publicitários e conhecimento nessa área e... Bom, eu pensei em você.

— Em mim?

— Eddie eu sei que tem seu estágio na Tandem e, que lá é o emprego dos seus sonhos, mas faltam apenas quatro meses para o fim do estágio, Ganger só irá escolher um entre vocês, para de fato entrar na empresa dele, sei que vai ficar rico, porém até lá precisa de um meio de sustento melhor.

— É... O dinheiro que ando ganhando com a Tandem não está dando para quase nada, sorte que o Richie me ajuda muito lá em casa e a gente supre as necessidades com o que dá, mas... Eu não sei.

— Me escuta, estar comigo, é estar com Deus. Você sabe, terá muito mais tempo livre, tudo que vou precisar é que você esteja comigo nas viagens mensais, e poderá usar seu talento e criatividade na publicidade, assim podendo até ser meu parceiro nessa... Por favor Eddie, diz que vai pensar no que estou te propondo, por favorzinho! Dawnell paga o dobro, ainda mais se for alguém próximo a mim.

— Mas isso não será justo Bevvie, pode haver pessoas que trabalham lá a muito mais tempo, e sonham com essa oportunidade.

— Mas ninguém tão capacitado e amor da minha vida como você... Por favor Eddie, por favor! — Ele suspirou.

— Olha, eu vou pensar, tudo bem? Essas coisas são difíceis...

— Tudo bem, temos até mês que vem para fechar contrato e concretizar tudo, valeu Eddinho eu sabia que podia contar contigo! — abraçou ele feliz da vida.

— O que não fazemos por uma amiga... Hein, Eu queria mesmo conversar com você sobre uma coisa...

— Ih... O que houve? — Olhou para todos os lados, pra ver se não tinha ninguém por perto.

— Assim, Eu estou com algumas dúvidas relacionadas ao meu casamento falso, mas que não é tão falso assim.

— Sobre?

— Na terapia, Doutora Twichell diz que não há mal algum em nós agirmos como um casal, fazermos coisas de casais e afins, e até estamos fazendo isso como já pôde perceber...

— Sim, eu percebi isso há muito tempo.

— Enfim, mas acontece que... Isso está mexendo um pouco com a minha cabeça, sabe?

— Como assim?

— Quando você é bem tratado todos os dias, tem alguém que cuida e zela por você, acaba criando um afeto maior, é mais do que a gratidão, é uma espécie que sentimento... Eu sempre soube que tinha fortes sentimentos pelo Richie, só não sabia se eram bons ou ruins, acho que os dois ao mesmo tempo.

— Acha que está apaixonado por ele?

— Não sei, não queria pensar nisso, não agora. Tenho medo de estar entendendo tudo errado e sair magoado nessa história toda, sabe? Até porquê eu mal tive tempo de consertar minha vida, em um dia eu saí de um relacionamento que só me fazia mal, e no outro... Acordei casado com um desconhecido, mas que foi capaz de me fazer sentir mais coisas em uma semana, do que nos últimos dois anos, você entende?

— Sim, é claro que entendo. E agora, só falta menos de um mês pra audiência.

— Eu estou com medo Bevvie, de verdade.

— Ouça, tudo que você deve fazer no momento é relaxar a cabeça, parar de pensar tanto em uma coisa que nem você sabe onde vai chegar, é evidente que Richie sente o mesmo por você, só pela forma em que lhe trata, o que quero dizer é, para de pensar tanto no amanhã, vai ser feliz e o resto...

— A gente conquista, eu sei.

— Então pronto, e outra. Se achar que está entendendo errado, converse com ele, tente perceber ele também, talvez ele possa estar tão confuso quanto você, só tem uma forma diferente de demonstrar isso.

— Você tem razão.

— Sim, eu tenho. Se entregue um pouco Eddie, isso faz bem!

— Vou fazer isso... Só preciso achar ele, será que se perdeu?

— Tenho certeza, palerma do jeito que é

Riram olhando em volta, conversar com Berverly sempre deixava Eddie feliz de alguma forma, a amiga sempre tinha as palavras exatas a lhe fornecer, de repente todo aquele embaraço se desfazia e a vida parecia muito mais simples, leve e descontraída.

Realmente Eisten tem razão quando diz que: “A felicidade não está na ausência de problemas, e sim na sua capacidade de resolvê-los” Pois se a vida fosse sem problemas ou incógnitas, não teria graça alguma! Tampouco, motivos bons para se continuar vivo, Eddie demorou tanto tempo pra entender isso, que acabou perdido em meio a tantos problemas pequenos, temendo que os grandes lhe destruissem de uma vez; pois o ser humano sempre vai ser falho, tal como a natureza sempre vai prevalecer, e todos os seres sempre seguirão a lei da vida.

Sentimentos são muito complicados de se explicar, pois... Como o céu pode mudar devido o clima, a qualquer momento, assim como um dia insolarado pode se tornar chuvoso e frio num átimo de segundos, do mesmo jeito são os sentimentos.

Eles podem ir de bom para o “nem tanto” num piscar de olhos, e foi isso que aconteceu, quando Eddie encontrou Richie, mas ele não estava sozinho ou perdido, estava conversando com uma moça sentados em um dos sofás do salão, não era a forma em que trocavam olhares e sorrisos, eram as circunstâncias no qual se encontravam, ela era muito bonita, tinha cabelos longos e ruivos, um pouco mais claros do que os de Berverly Marsh, seus olhos eram claros não sabia ao certo se eram verdes ou azuis, pois não reparou nisso, eles conversavam bem próximos enquanto pareciam não olhar mais a sua volta, quando viu a mesma tocar o ombro de Tozier, quase que em uma forma de abraço, aproximando os lábios brilhosos de seu ouvido para dizer algo que o fez rir mais ainda, Eddie não soube ao certo o que sentiu.

Apertou tão forte a taça de champanhe nas mãos, que sentiu que poderia quebrá-la, o coração acelerou a um ponto onde um nó formou o fundo da garganta, seus olhos não desviavam daquela cena, não conseguia pensar ou raciocinar, e por segundos, uma sensação estranha invadiu o seu ser, não era tristeza, era apenas.... O vazio.

Continue...

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