Katrinne
6 meses depois...
Depois daquela noite eu não tive mais nenhum pesadelo, eu realmente estava bem mais leve depois de ter aberto o jogo com ele. Peter tem me ajudado bastante em casa, minha barriga já está enorme, meu bebê está com sete meses e está ficando difícil fazer as coisas.
Margarida veio morar com a gente, ela é uma mãe para mim e morava comigo, eu não podia deixar ela desamparada.
Quando eu fui fazer o ultrassom Zara foi comigo, ela não deixou eu saber o sexo do meu bebê, ela quer fazer uma festinha de revelação entre o pessoal mais próximo.
Terminei minha faculdade e ajudei Peter com o capital para poder fazer uma filial da empresa aqui, ele comprou na mão de um senhor que declarou falência, então a empresa já está pronta, a gente só contratou o pessoal e mudou o nome.
Nathália já teve seu julgamento, ela foi internada em um centro psiquiátrico, o filho dela está perto de nascer, vai ser um menino, no dia do julgamento dela, ela quase que implorou para eu e Peter adotarmos ele, ninguém da família dela queria o bebê, ele iria para um orfanato, Peter ficou indeciso, não sabia se era o certo, mas é o filho do irmão dele, eu não podia deixar que isso acontecesse, então antes que Peter pudesse pensar eu já havia aceitado, assim que a criança nascer ela vira para nossa casa. Tenho certeza de que essa é a escolha certa e que vou dar todo o amor e carinho do mundo para essa criança. O quartinho dele já está pronto, eu escolhi a dedo cada objeto daquele quarto, Peter foi cedendo de acordo com o tempo e me ajudou na escolha dos móveis. Ele já é um pai babão!!
Eu fui visitar Nathália algumas vezes porém ela não quer que eu vá depois que a criança nascer, eu sei que um dia vamos contar a ele sua verdadeira origem, mas ela disse que não quer o conhecer, por isso também que não vai chegar a amamentar a criança. Uma das poucas coisa que ela disse sobre a criança é o nome, se chamará Scott, nome escolhido por Phillipe.
Desde que eu me formei já tiveram dois desfiles com roupas desenhadas por mim, foi estranho porém uma felicidade enorme, estranho porque é uma criação minha sendo feita e usada por milhares de pessoas, eu realmente fiquei muito feliz pelo mesmo motivo. Quando eu vi aquelas mulheres andando lindamente na passarela vestindo uma roupa minha, meu coração quase saltou para fora do meu peito.
Agora estou deitada no sofá da sala junto a Peter, estou meio que de lado por cima dele, acho que eu nunca senti tanta saudade de me deitar de barriga para baixo quanto agora. Peter estava cantando para ele mais cedo, ele tem ficado agitado com muita frequência, mas é coisa momentânea, ele se mexe, mas chutes mesmo, eu nunca senti, todos estão me dizendo que pode ser um menino pelo modo que minha barriga está, mas Zara sempre desconversa, já tem quase um mês que ela sabe o sexo do bebê, na semana que vem, vai ser a tão esperada festa que ela está preparando.
- Sabe filho ou filha, a mamãe anda comendo bastante, e tendo desejos de madrugada, e para piorar ela está me fazendo ir comprar as coisas estranhas que ela come, então, você poderia maneirar um pouco aí, você pode brincar de master chef quando chegar ao mundo, o que acha? - Peter fala sério olhando para minha barriga e depois levanta o olhar olhando para mim.
- É sério? Você está falando que eu como muito? Olha só o tamanho do nosso feijãozinho, eu preciso alimentar o nosso agora melãozinho - Eu falo rindo.
- As quatro da manhã? - Peter.
- Ah, só um pouco tarde, não é não meu amor?- Eu falo passando a mão na minha barriga e então eu sinto um chute eu dou um pulo no susto e olho para Peter - Olha amor - Eu quase grito e volto a olhar para minha barriga.
Ele se mexia muito mas essa é a primeira vez que ele realmente chuta com vontade eu olho para Peter e meus olhos se enchem d'água ao ver que os deles também estão.
- Eu acho que isso foi um sim - Ele Fala.
- Oi minha pequena, ou pequeno - Eu adulo minha barriga novamente.
- Ele nunca foi tão voraz assim, foi? - Peter.
- Não, ele é muito agitado, nós sabemos, mas acho que esse chutinho foi ela tentando se comunicar - Eu falo.
- Vocês são dois pais babões sabiam? O bebê não tenta se comunicar, ele só está se mexendo - Margarida fala ao entrar na sala.
- Ele chutou - Peter quase sussurra olhando para Margarida que sorri ao ver uma lágrima escorrer no rosto de Peter.
- Ele esta conversando com a gente, não é meu bebê? - Eu falo e novamente percebemos uma movimentação na minha barriga.
- Tá vendo Ga?! Ele conversa com a gente - Peter fala e a gente acaba rindo.
- Vocês dois parecem duas crianças isso sim - ela fala - Vem, a já tá está pronta.
- Ga, você sabe o bebê reconhece as vozes do pai e da mãe, talvez seja só felicidade - Peter fala.
- Eu tenho é dó dessa criança, nem nasceu e já tem o pai mais babão do mundo - Eu falo olhando para Margarida que ri.
- Desculpa, mas eu vou ter que concordar - Ga fala.
- Vocês devem estar fazendo um complô contra mim só pode - ele fala e então rimos mais.
- Não bobinho, é que a verdade as vezes dói - eu falo dando um beijo na ponta do seu nariz - Agora vamos que eu estou morrendo de fome.
- E quando não tá?! - Peter.
- Como é que é?! - Eu falo repreenciva mas na brincadeira.
- Temos que comprar comida a cada dois dias amor, você come tudo sozinha - Peter.
- Desculpa mas eu vou ter que concordar - Ga fala.
- Sabe bobinha, é que as vezes a verdade dói - Peter fala apertando minha bochecha e se levantando.
Eu me levanto logo depois e como todas as vezes Peter fica observando minha barriga e o quanto ela está grande.
- Meu Deus, eu só tenho é dó do meu bebê... - eu falo.
- Porque Katrinne? - ele fala com os olhos cerrados.
- Bem simples, você vai o colocar em uma bolha, vai prende-lo, não vai deixá-lo sair - eu falo rindo.
- Ele não, mas você eu vou, deixa só esse bebê nascer para você vê se vai conseguir sair do quarto - Ele fala com a mão na minha cintura.
- Eu é quem não vou deixar você sair - eu sussurro.
- Eu ainda estou aqui, e vocês realmente não vão sair do quarto... do bebê, vocês vão praticamente morar nele, imagina de dois - Margarida fala chamando nossa atenção.
- Vamos comer logo por favor - eu falo e todos riem.
(...)
Depois de comer eu e Peter fomos para o quarto, como todas as noites ele preparou um banho de banheira para nós dois.
Ele se senta e eu me sento em seu colo, coloco minha cabeça em seu ombro e a gente fica ali até a água começar a ficar fria, então a gente vai para o chuveiro onde lavamos um ao outro e depois vestimos nossas roupas de dormir ou não vestimos nada e nos deitamos.
Eu resolvi apenas colocar uma calcinha de renda preta quase transparente e um sutiã conjunto da calcinha.
Já Peter colocou apenas sua cueca. Nos deitamos na cama, é um pouco difícil ficarmos coladinhos, então eu sempre fico um pouco de lado só com a cabeça sobre seu ombro.
- Como foi seu dia hoje meu amor? - eu pergunto.
- Foi chato e estressante sem vocês, mas eu consegui fechar um negócio muito importante, Elijah também conseguiu um contrato que vai favorecer bastante a empresa, com certeza ele foi a minha melhor escolha para guiar a empresa de Chicago - ele fala adulando minha barriga - E o de vocês?
- Foi tudo normal, eu fui até o centro psiquiátrico ver Nathália, a barriga dela está enorme, a qualquer momento vai nascer, o médico mandou a gente estar preparado - Eu falo sem olha para Peter.
- Amor? - ele fala macinho.
- Hum? - Eu o olho.
- Porque você aceitou cuidar do filho da pessoa que quis te matar? - ele fala.
- Por que o mal se paga com o bem, e ele não é só o filho da mulher que queria me matar, ele é o filho do homem que pulou na frente de uma bala para proteger o homem que eu mais amo nessa vida - eu falo e ele me dá um sorriso.
- Você é incrível - ele fala me dando um selinho.
- Eu sei - eu falo convencida.
- Eu te amo - ele sussurra.
- Eu te amo meu amor - eu sussurro de volta.
Me aconchego melhor em seu ombro e assim se passa nossa noite, em um sono profundo ao lado do homem que eu tanto amo.