Rei Divino

By Russiam

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Capa apenas ilustrativa. Sinopse: Caindo em um mundo diferente onde a magia e criaturas místicas existem. Se... More

Capítulo 001 - Despertando
Capítulo 002 - Situação
Capítulo 003 - Acontecimentos Inesperados
Capítulo 004 - Pessoa Misteriosa
Capítulo 005 - Decisões Importantes
Capítulo 006 - Filha da Natureza (Não Revisado)
Capítulo 007 - Derrota (Não Revisado)
Capítulo 008 - Mal entendido (NR)
Capítulo 009 - Desfecho (NR)
Capítulo 010 - Hiro VS Caesa (NR)
Capítulo 011 - Um Simples Herói
Capítulo 012 - Proposta
Capítulo 013 - Noticias ruins
Capítulo 014 - Revelação
Capítulo 016
Capítulo 017
Capítulo 018
Capítulo 019
Capítulo 020
Capítulo 021
Capítulo 022
Capítulo 023

Capítulo 015 - Início de Tribulações

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By Russiam

Depois de muitas paradas para descanso, quinze dias tinha se passado e estavam cada vez mais próximos da Capital do Reino. Durante esse tempo, o clima não deixava de dar uma sensação ruim no estômago. O desânimo deles estavam afetando ao redor causando um silêncio e uma sensação desagradável. Por muitas vezes Hiro se aproximou de ambos, Mael e Mia, e em todas as vezes, ele não deixava de falar com um acolhedor sorriso enquanto tentava os conforta.

Quando as coisas ficaram mais calma, foi a oportunidade que Hiro teve para conversa com Mael. Aos poucos foi colocando sua mente em ordem e sempre que possível ele dizia que estaria sempre por perto o apoiando, isso fez Mael se acalmar e colocar seus pensamentos em ordem. Já Mia! Mesmo que ela tenha se acalmado um pouco, sua preocupação era extremamente grande e sempre que possível Hiro a dava mais atenção.

Lilith sempre manteve-se próxima de Mia o que a ajudou bastante. Depois da conversa que teve com Hiro, ela se sentiu mais a vontade perto dele e sempre que possível iniciava normalmente um diálogo mas ainda não conseguia olhar por tanto tempo para seu rosto pelo o ocorrido da última vez.

Algo totalmente fora do esperado tinha acontecido, algo que poderia mudar todo seus planos. A carroça tinha sido cercada por muitos guardas. Por sorte Mia e Mael se esconderam nas mercadorias quando previram o ataque. A carroça tinha sido levada até o portão da cidade, muitos guardas estavam postos fazendo a segurança. O que mais surpreendeu Hiro é que todos eram Humanos ou era o que seus olhos enxergavam, talvez fossem Semi-Humanos, seus capacetes não davam para fazer o reconhecimento.

Hiro encarava os guardas com um olhar surpreso, Lilith percebendo o mesmo conseguiu imaginar o que ele estava pensando. "Eles são Homens-Fera, mesmo que sua aparência seja a de um Humano sua aura é muito fácil de ser reconhecida. A magia de cada raça é diferente, sua aura é específica para cada, então seu reconhecimento é fácil. A não ser que esteja escondendo sua magia, será fácil de reconhecer cada um."

Hiro começou a entender, pra ele seria impossível diferenciar aqueles que estivessem disfarçados. Ele não conseguia sentir magia, quanto mais diferenciar suas auras. Percebendo isso, sua testa enrugou.

Lilith continuou quando percebeu mais confusão em seu rosto. "Os Homens-Feras conseguem mudar sua aparência. A habilidade dos Semi-Humanos de esconder suas orelhas e caudas é basicamente uma herança deles dessa habilidade, mas a diferença é que o Homens-Feras consegue mudar totalmente criando cada detalhe. A linhagem dos Semi-Humanos é muito fraca, causando um efeito muito fraco e somente consegue esconder mas não criar."

Hiro aliviou mais sua expressão depois de compreender, mas algo ainda o deixava intrigado e não conseguia desviar seu olhar deles.

O senhor Agnar dono da carruagem estava sendo interrogado pelo que parece ser o cabeça desse grupo.

"Se é esse o caso! Então não precisa mas ir até lá, nos ficaremos com sua mercadoria." O comandante sorriu em sua direção. "Nos estamos com falta de abastecimento. Não se preocupe, iremos pagar devidamente."

Depois da conquista de Leam, muitos dos Semi-Humanos fugiram e com isso não foi possível reabastecer os suprimento necessários para o povo. Não ha pessoas suficiente para produzir suprimentos. Os plantios eram poucos e os mesmos não davam para cobrir o necessário. Mesmo que mais da metade tenha se espalhado pelo Reino uma pequena porção ficou, aqueles que não tiveram como fugir ou não tiveram condições, os mesmo foram usadas para trabalho. Como o Reino dos Homens-Feras é pequeno, pequeno suficiente para as três nações não o reconhecerem, o seu suprimento também é limitado. Cada comerciante que passasse próximo eles adquiriam suas mercadorias com o dinheiro do Reino de Leam.

Um dos guardas caminhou ao lado da carroça até sua traseira. Chegando lá, avistou as duas pessoas que estavam sentados. Seu olhar passou por Hiro e não se importou mais. Seus olhos se moveram até Lilith, deles era possível ver uma malícia brilhar. Mas justo quando ia resolver esquecer e deixar para lá, ele reconheceu aquela garota sentada que o olhava com desprezo.

"Oh. Você é o que eu estou pensando?" Um sorriso animado e ao mesmo tempo entregava as suas intenções, fez Hiro trava suas sobrancelhas. "Uma Succubus? Eu posso me entrega todo a você a hora que quiser, eu sei que vocês adoram fazer..."

"Nem todas são iguais! Não é porque uma gosta que todas vão gostar." Hiro interrompeu o soldado antes que pudesse terminar sua frase, seu olhar para o guarda não o permitiria mais continuar.

Lilith olhou para Hiro, seu rosto sombrio tinha desaparecido e o olhava agradecida.

"Tch, não se intrometa!" Mesmo parecendo irritado ele não continuou mas com suas palavras e apenas virou seu rosto, nessa hora Lilith sentiu-se aliviada.

"Chefe, encontrei uma Succubus." Lilith congelou no lugar. O guarda olhou para Hiro com um sorriso de deboche. 'Dessa vez quero ver o que você pode fazer.' Ele amaldiçoou Hiro em seus pensamentos.

Hiro tinha um rosto pesado enquanto o encarava, ele não pensou que esse guarda idiota fosse chama por seu superior. As coisas já estavam complicadas, não podia fugir com Lilith e deixar seus companheiros, sozinho não podia fazer muita coisa e mesmo que fugisse ele não podia comprometer o senhor que os ajudou.

"Como?" O comandante balbuciou surpreso. Caminhou lentamente até seu soldado e olhou de relance na garota que estava lá sentada. Virou seu olhar sem demonstra se importar e voltou para acompanhar a mercadoria, mas deixou uma ordem clara. "Leve-a até o Rei! Ele irá gostar bastante desse tesouro."

Lilith começou a tremer em desespero. Quando aquele guarda chegou próximo dela esticando sua mão, quase gritou de choque.

"Eu preciso falar com o Rei..." Essas palavras soaram altas o suficiente para que todos pudessem ouvir. Fazendo todos pararem e olhar em direção da pessoa que ousou dizer tais palavras. Da carroça, Hiro pulou para fora. Olhares de desdéns o percorreu de vários lugares. "Eu tenho uma mensagem que me foi enviada para ele."

"Anh? Quem você pensa que o Rei é para um lixo que nem você querer falar com ele?" Hiro não se importou com o insulto do Guarda que estava próximo, seu rosto mantinha-se calmo como um lago congelado.

"Eu já estava querendo entrega-lo essa mensagem. Será mais fácil se eu aproveitar essa oportunidade." Hiro falava tão convicto que suas palavras não pareciam ter dúvidas e nem mesmo de serem falsas. Porém, é claro, elas não eram verdadeiras. Após a ordem de levarem Lilith, ele foi obrigado a pensar em algo rapidamente e durante esses meio tempo planejou algo em sua cabeça.

"Se você tem algo a dizer, então diga! Meus guardas levarão a mensagem até o Rei." O comandante falou sem emoção nenhuma. Era claro que isso era mentira, em nenhum momento ele tinha a intenção de entregar a mensagem. Nem mesmo valia a pena em dá-lo ouvindo.

"A pessoa me pediu para entregar diretamente ao Rei." Sua expressão continuava calma, mas seu coração estava desesperado. Se não tivesse mais o que fazer o jeito era derrota todos esses guardas e fugir com todos os mais rápido que pudesse e como consequência de se revelarem, serem perseguidos até que saiam do Reino.

"Quem você pensa que é? Achar que tem o direito a algum pedido?" O guarda irritou-se.

"E quem seria essa pessoa?" Os guardas ficaram surpresos com a atenção que seu comandante estava dando a um lixo de um Humano. Não sabia eles que a muito ele tinha percebido uma semelhança com uma certa pessoa de um rumor.

"Ele me deu o nome de Mael!"

Quando ouviu essas palavras, virou-se rapidamente para Hiro. Todos os soldados tinha olhos de surpresa. Ficaram em silêncio por um momento.

Mael tremeu levemente quando Hiro disse seu nome, o tempo todo ele estava ouvindo o que estava acontecendo lá fora e ao mesmo tempo ficou surpreso com sua conduta.

"O acompanhe até o Castelo. Se fizer qualquer gracinha... Mate-o."

"Mas comandante..." O mesmo guarda que entregou Lilith foi contra a decisão, porem foi impedido de continuar. Os guardas não conseguia perceber o olhar daquela pessoa, mas como ele não perceberia? Ele não conseguiu imaginar que essas palavras não era verdadeiras. Foram ditas com tanta convicção que não conseguiu distingui-la se era falsas ou não, mesmo com muitos experiência que teve durante sua vida.

Porém como só isso seria o suficiente? A muito tempo surgiu uma notícia de que o Príncipe Mael tinha escapado com a ajuda de um Humano e se não fosse coincidências, a descrição desse Humano batia com o Humano que estava a sua frente.

Hiro travou suas sobrancelhas. Mesmo que eles parecessem repudia-lo, eles não fizeram nada contra ele ou tentou questionar mais sobre. Algo definitivamente não estava certo.

Hiro foi até Lilith e esticou sua mão, seu olhar era complexo e cintilava um forte brilho. Ela percebeu o que ele queria fazer, com a sua ajuda desceu da carroça e mesmo depois de descer, Hiro ainda não soltou sua mão. Sem olhar para os soldados caminhou rumo ao castelo. Isso fez com que os guardas ficassem longe e não a tocasse em nenhum momento. Mesmo caminhando de mãos dadas com ele, ela não se sentiu envergonhada ou o rejeitou retirando suas mãos. Estava muito nervosa e com medo em seu coração, essas coisas nem mesmo importava para ela.

Suas mãos tremiam e Hiro conseguia sentir isso. Rangeu seus dentes forte e apertou sua mão a dela gentilmente como se nunca a quisesse soltar. Isso fez Lilith olhar para sua direção e se sentir um pouco mais confortável.

'Tch, ela não vai ser minha... mas pelo menos esse bastado não a terá mais. É uma pena que essa vai ser sua última vez andando de mãos dadas.' O guarda olhava para suas costas enquanto rangia seus dentes e o amaldiçoava.

O palácio do Rei era equivalente a cinco casas comuns uma em cima das outras, fora seu tamanho que se estendia a duzentos metros mas metade dele era consumido por um salão espaçoso para receber vários convidados. Feito de puro mármore branco, suas paredes e até mesmo seu chão que era pisado gradualmente refletia um brilho deslumbrante.

Caminhando até o salão do trono, quadros e decorações enfeitava a parede.

Quando caminhando a um tempo, um dos guardas pegou no braço de Lilith, seu corpo congelou e seu olhos escureceram. Hiro travou seu olhar nele, serrando seus olhos.

O guarda soltou seu braço e caminhou por outro corredor a escoltando. O olhar de Hiro foi em seu encontro, seu corpo tremia levemente e medo transparecia em seu olhar. Hiro acenou fortemente sua cabeça em sua direção, seus olhos demonstrava confiança.

Ele sabia que os guardas não faria nada ou no mínimo ele deduzia. Já que ela precisava ser entregue ao Rei, ela teria que ser entregue intocada. Mas isso não quer dizer que ele não ficaria preocupado, estava quase se entregando a sua vontade de querer nocauteá-los e seguir em direção de Lilith, mas resistiu e manteve sua concentração e usou o máximo de sua audição para ouvir os passos e possíveis acontecimentos ao redor de Lilith. Estava usando sua Singularidade sem medo de perder seu controle.

Um minuto depois, uma grande porta a qual estava parado em frente abriu. Hiro caminhou a passos lentos, olhou para a pessoa sentada no trono e em forma de respeito ajoelhou um de seus joelhos.

A sala espaçosa decorada com os mesmos detalhes de todo o palácio enfeitava cada canto das paredes. Panos vermelhos com um metro de largura e que vinha do teto até o chão estavam presos atrás da parede do trono de um material desconhecido a vista. Sua cor avermelhada e seus detalhes passavam a aura que um Rei teria reforçando sua imponência. Guardas de cada lado da porta mantinha-se atentos.

Seus lábios curvados mostravam sua calma e a sensação que transmitia era de que cada olhar pudesse te fazer suar frio. Mesmo sendo observado por esses olhos seu coração não passou por ondulações.

"Pode levantasse." A voz soou em seu ouvido como se cada palavra dita fosse autoritário.

Hiro levantou-se encarando aquele que se auto dominava o atual Rei do Reino de Leam. 'Esse é o Rei dos Homens-Fera?' Isso não deixava de ser uma dúvida a qual ele cravou em sua mente assim que viu essa pessoa.

"Soube que você tem uma mensagem para mim. Não tem porque você perde mais tempo. Se tiver de dizer... diga logo." Mesmo que seus olhos estivessem em sua direção, era como se estivessem pedidos no espaço, como se Hiro não fosse nem mesmo digno de seu olhar.

Sua sobrancelhas serraram levemente. "Claro, eu não vejo nenhum problema. Se não fosse, o de que minha esposa foi separada de mim no momento em que pisei nesse salão. Enquanto ela não estiver do meu lado, nem mesmo pense em saber sobre quais palavras tenho para dizer, eu nem mesmo gastarei minha saliva pra falar com você!"

"Como se atreve!" Um dos guardas gritou logo em seguida.

A primeira impressão que Hiro tinha dele, foi dada quando foi dito de que o Reino tinha sido invadido. Mas o que o realmente o deixou irritado, foi o quanto eles foram descarados em levar Lilith como um brinquedo para esse Homem.

Seus olhos agora estava travados na pessoa em sua frente. E mesmo o encarando de verdade dessa vez, nenhum ondulação foi vista o deixando surpreso. Não parecia te medo ou mesmo que estivesse falando mentiras. Se fosse qualquer outra pessoa, nesse momento teria perdido seu pescoço. Porém ele viu apenas como um adolescente que não sabe o que dizia e estivesse apenas passando por uma fase rebelde.

"Muito bem! Traga-la até a que." Sua ordem foi bem direta.


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