Love Game In Vegas

By breathinreddie

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Eddie Kaspbrak é um jovem de apenas dezenove anos que acaba de terminar um relacionamento longo e problemátic... More

AVISO ABSURDAMENTE IMPORTANTE!
Chapter I - Let's Fuck Vegas!
Chapter II - Waldorf Astoria.
Chapter III - The Wedding.
Chapter V - The First day.
Chapter VI - Problems More Problems.
Chapter VII - I'm Sorry.
Chapter VIII - Scared, Eds?
Chapter IX - Kennedy Lake.
Chapter X - Nightmares.
Chapter XI - New York Night.
Chapter XII - Waves.
Chapter XIII - Just 89 Days.
Chapter XIV - The Cause Of My Euphoria.
Chapter XV - Dreams.
Chapter XVI - 31 Days.
Chapter XVII - Hollow.
Chapter XVIII - The Jealousy Makes You an Idiot.
Chapter XIX - The First "I Love You".
Chapter XX - Game Over.
Chapter XXI - Where It All Ends.
Chapter XXII - Start Again.
Chapter XXIII - The Love Is An Act Of Resistance.
Epilogue - Loving Is A Funny Thing (Final).

Chapter IV - The Final Verdict.

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By breathinreddie

Las Vegas, Nevada.

(10:01am)

  

Eddie desperta após ouvir um clique na porta, geme manhoso se a aninhando ainda mais no edredom, ficando de bruços abraçado a um travesseiro macio e quentinho, tudo parecia bem favorável se não fosse por sua dor de cabeça, do qual impediu de voltar a dormir, quando abre os olhos, a primeira coisa que sua visão foca é em sua mão escrito (R+E) dentro de um coração, lhe fazendo arregalar os olhos levantando com tudo.

— Ai droga! Tem que ser de rena, tem que ser de rena, tem que ser de rena!

Repete enquanto esfrega a tinta, ao perceber que era só caneta suspira aliviado, passando a mão na testa como tentativa de alívio para a sonolência e dor de cabeça, até que sente em um incômodo em um de seus dedos, e quando leva a mão afrente dos olhos pra ver o que era, foi quando seu sono inteiro foi despertado e substituído pelo susto.

— O QUÊ? — Percebe que em seu dedo há uma aliança de ouro — MEU DEUS! O... O QUÊ? — Olha para seu próprio corpo enrolado no edredom — O QUÊ!?!?

Repete ao perceber que estava completamente nu.

— Não... Não... Eddie que merda você fez?

Fica sentado na cama olha em volta, estava sozinho, mas no espelho ao lado da cama, há um bilhete, leva as mãos até a própria boca de maneira dramática lendo o que havia nele:

— AAAAAAAAAAAAHH! NÃO, NÃO, NÃO! NÃO PODE SER EDDIE VOCÊ NÃO FEZ ISSO, VOCÊ NÃO FEZ ISSO! ISSO É UM SONHO, ACORDE, ACORDE! BILL! BEEEEV! ALGUÉM ME AJUDA!

Se levanta ainda enrolado no lençol, abrindo a porta do quarto e dando de cara com os dois amigos assustados quase tropeçando um no outro, agora os três estão parados no corredor que divide os quartos e banheiros, Eddie está ofegante com o cabelo todo bagunçado e expressão assustada.


— O quê? O que foi criatura?!

— Me digam que não é verdade! Me digam que eu não fiz isso! — Kaspbrak está aos prantos enquanto busca pela resposta de sua pergunta — Bevvie por favor... Bill...

Os dois o olham dos pés a cabeça.

— Eerr... Tá falando da pessoa que acabou de sair desse quarto? Sim, você fez, você e o Richie-

— NÃO, NÃO, NÃO! EU NÃO POSSO TER COMETIDO UMA BURRICE DESSAS, NÃO! MAS QUE CARALHO EU NEM QUERIA FICAR COM ELE!

— Não?

— NÃO.

— Ora, mas não foi você que beijou ele primeiro?

— Bill, você não está ajudando. — Ela repreende — Calma Eddie! Acho que todo mundo já ficou com alguém que se arrependeu depois, só finge que não aconteceu, acho que ele vai fazer o mesmo já que saiu do quarto também todo assustado, e arrastou o Stanley com ele.

— Não, você não entendeu! – Ele tira as mãos do rosto e olha para os dois ofegante, depois ergue a mão onde havia a aliança vendo um “o” se formar na boca dos dois ao mesmo tempo, e seus olhos claros ficaram maiores.

— Nem fodendo... — ela diz em um sussurro — Você não seria tão burro assim, seria?

— E-Eu... Eu...

— Eddie? Vocês não... Ai meu pai do céu, não me diz que você e o Richie se casaram? Cê’ tá muito ferrado.

— NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, MIL VEZES NÃO, NÃAAAAAAAAAAAOOOOO!
  

°•° Em paralelo a isso. °•°
 

— Não pode se divorciar aqui, tem que ser onde você mora, e você não quer se divorciar, quer uma anulação de votos.

Stanley coloca um pedaço de bolo em um pratinho, depois pega uma bandeja pra colocar tudo em cima.

— O que acontece em Vegas, se paga quando voltamos pra casa! — exclama irônico. — E outra, e se ele for grudento? Já viu com quem eu me casei? Não conseguimos ficar no mesmo lugar um segundo sem brigar!

— É, nisso tenho que concordar, boa sorte meu amigo.

— Eu tô muito ferrado, muito mesmo, aquele cara é... Enfim, não dá pra conviver com ele!

— Devia ter pensado nisso, antes de colocar uma aliança, e em seguida seu pau dentro dele, ou vice-versa.

— Stanley eu estou pedindo ajuda e você só está piorando as coisas! Sua primeira faculdade não foi direito? Você sabe o que fazer nessas horas.

— Mas eu não terminei, então não estudei exatamente todos os tipos de casos, principalmente algo desse tipo... Não é tão comum assim.

— Você tem que me ajudar, eu estou fodido!

— E quando você não está fodido? Essa é a questão! — Enche seu copo com suco mordendo um pãozinho, estava morrendo de fome e de ressaca. — E o pior de tudo, é que viemos aqui pra ganhar dinheiro! E tudo que fizemos até agora foi: encontrar ruivas malucas no mesmo quarto, ser espancados, perder mais dinheiro ainda e agora isso, você se casar com aquele garoto que só estando muito bêbado pra te suportar, o que mais quer de mim?

— Mas e se ele for realmente daquele jeito? Vamos ter que nos aturar? Stan me diz o que fazer... — choramingou sendo totalmente ignorado por Uris, que deu-se de ombros. — Staaan!

— AH SEI LÁ CARAMBA! SOME COM ELE, OU SOME VOCÊ DE UMA VEZ, PROBLEMA SEU! — Disse já irritado.

— Nossa... Precisa gritar?

— Desculpa.

— Cê’ tá bem, cara?

— Sim, só meio estressado por conta do sono.

— Ihhh, pelo visto a noite foi boa.

— Se eu não acordei casado com ninguém, sim, foi ótima!

— Nossa, muito engraçado, estou explodindo de tanto dar risadas, vai se foder.

— Não tenho tempo pra isso... Agora se eu fosse você, mudava esse humor de cachorro sem dono, porquê seu marido está vindo logo ali.

— Quem?

— A Fafá de Belém! Quem mais seria Richie? Deixa de se fazer de sonso, isso nem combina com você!

Olha pra trás vendo que do elevador saiu os três, quando seus olhares se cruzaram, Eddie deu dois passos pra trás se virando pra sair, mas a ruiva o segura.

— Eu não vou conseguir!

— Você vai sim, vai resolver isso de uma vez e arcar com seus erros.

— Bevvie...

— Oi Eds! Bom dia.

— Oi... Nada de bom nesse dia.

Se vira pra encarar ele, um clima estranho se propaga ali.

— Vocês querem tomar café com a gente? Já reservamos uma mesa.

— Não, a gente-

— Queremos sim! Obrigado Richie.

Bill responde primeiro, indo até a mesa onde Uris já estava sentado, eles voltam a se olharem.

— Hm... Eu adoraria acompanhar vocês, mas acabei de lembrar que um amigo meu, me convidou pra tomar café, vou procurar por ele!

— O quê? Que amigo? – Eddie olha pra ela.

— Eu não apresentei ele a vocês ainda, mas ontem passamos a noite jogando poker e Black Jack, então até mais!

— Bev volta... Aqui...

A mesma passa por eles, Eddie a acompanhava com o olhar igual um cachorro que acaba de ser abandonado. Logo estavam somente os dois, e ele volta a olhar pro garoto de óculos, ficam em silêncio por um minuto inteiro, até que o outro diz:

— Vamos?

— Ah, sim... Vamos.

Andam até a mesa onde os outros dois estavam conversando, e quando sentam todos ficam em um silêncio muito constrangedor, olham um pra cara do outro sem saber ao certo o que dizer, Eddie se manifesta primeiro:

— Agora que eu percebi que não peguei nada pra tomar café, eu acho que posso...

— Ah, pode pegar do meu... Afinal o que é meu, é seu também né? Fica a vontade querido. — Richie ergue seu café até ele que sorri sem graça.

— Ah... Obrigado Richie.

— Você gosta de torrada? Eu trouxe um monte nem sei pra quê, se nem como muito pela manhã.

— Que gentil, eu acho que quero um pouco de café.

— Ah, claro vou servir pra você...

Richie pega a pequena garrafa colocando em uma xícara enquanto sorri forçadamente pra ele, no modo que ficassem mais estranhos do que estavam quase derrama nele, os outros dois presentes se entreolham, e abaixam seus olhares continuando calados. Bill limpa a garganta, Stanley pega um lenço passando pela boca.

— Por que não come pela manhã? — Bill pergunta.

— Meio que me dá dor de barriga, e eu... — Richie para de falar tendo o olhar dos três em si — Enfim, quer mais Eds?

— Não! Obrigado estou bem com o café apenas. — Bebe um dois goles, depois olha pra ele podendo ver o constrangimento de longe, se encaram por uma fração de segundos inteiro sendo interrompidos quando Uris tossiu em seguida pediu desculpas, até que Eddie volta dizer: — Richie...?

— Sim?

— Eu posso falar com você um minutinho?

— Ah, claro pode sim...

Olham para os dois que concordam não parecendo nenhum pouco interessados em trocar conversa, até que levantam saindo dali.

— Bom, pra quem achou que isso seria um caos, até que não foi tanto assim!

Bill rouba um hambúrguer do prato do garoto de cabelos cacheados.

— É... Confesso que nem eu esperava por isso, você está bem?

— Estou, e você?

— Hm-hum...

— Que bom.

Ficam de cabeça baixa, mas Stanley não aguenta o silêncio e se manifesta:

— Tá, vamos parar de fingir que está tudo bem, porque não está nada bem, eu sinto muito por ontem!

Suspira por fim olhando pra Denbrough.

— Stan, relaxa...

— Não! Não dá pra relaxar, você deve pensar que eu sou um maldito de um inexperiente que mal consegue se conter quando está bêbado! Eu... Eu literalmente vomitei em você e apaguei em seguida, e naquela hora... Eu queria que tivesse rolado mas... Mas... Ai que droga!

— Stan! — O mesmo lhe segura pelos ombros, o jovem mais novo apenas sorriu tirando uma mecha de cabelo do olho dele — Eu confesso que fiquei muito puto na hora, mas ainda bem que a gente estava sem roupa... Quer dizer quase, mas ainda sim, no estado que a gente se encontrava, nem dava pra fazer nada, então está tudo bem, já passou, esquece isso.

— Não consigo, eu sou uma vergonha!

— Não, você não é. Todo mundo faz besteira quando está bêbado, e você estava certo.

— Eu estava? Em quê?

— Quando disse que diversão não se resume em sexo, foi legal, a gente deu uns beijos e tals, mas a verdadeira diversão foi passar a noite entrado em tudo quanto é festa com você de penetra, usando apenas a parte de baixo da roupa já que nos molhamos inteiros na piscina, sair de uma despedida de solteiro maquiados, disputar passos de dança e... Ter presenciando o casamento do milênio. — Aponta com o queixo em direção aos dois que saíram — Nunca dei tanta risada na minha vida.

— Richie vai me matar se souber que eu estava lá...

— E o Eddie, então? Vai cortar meu pinto fora e servir aos cães, por não ter impedido, mas o que posso fazer? Eu estava tão bêbado quanto eles, e um pouquinho ocupado demais tentando convencer você a casar comigo também, mas você é responsável até quando está bêbado, ainda bem. — Os dois riram.

— Nos livramos de um grande problema, seria o cúmulo na minha vida, voltar a nova York casado com um calouro de faculdade, minha mãe iria surtar, e meu pai provavelmente perguntaria se eu adotei você. — Denbrough deu uma risada mais alta.

— Posso ser muito mais do que um simples calouro, infantil, e imaturo que você tanto diz. — Sorriu malicioso recebendo um empurrão. — Ai!

— Idiota... Temos um segredo?

— Temos um segredo.

Apertam as mãos em seguida sorriram um para o outro continuando a dividir o café, diferente do “casal” ao lado que foram até a sala de jogos. Eddie coloca uma moeda em uma máquina passando as mãos nos cabelos.

— Oi... — Richie chega ali perto — De novo.

— Oi. — responde coçando a nuca.

Eles ficam em silêncio por alguns segundos, olhando para a máquina.

— Então... — Richie sorriu sem graça — noite maravilhosa, não?

— Sim, incrível eu diria..

— É... Muito, muito bom, você é muito divertido! — Eddie sorriu — Muito mesmo!

— Eu sou?

— Sim, sim, não é a toa que ganhou a aposta, dançar Worth it em um palco, não é pra qualquer um hein..

Agora riram de forma espontânea, podendo se lembrarem de algumas coisas.

— Obrigado então.

— De nada... Sabe... Ontem a noite foi ótimo, realmente surpreendente, só que... Há uma única coisinha que...

— É, eu acho que sei do que está falando! — mostra o dedo com a aliança pra ele.

— Err... Então, acho que não tem um jeito fácil de dizer isso, por isso vou ser bem sincero com você-

— Espera, espera um pouco! Então... Então você vai me dispensar? – Eddie levanta a sobrancelha.

— O quê? Você... Você por acaso quer...?

— Não, eu que vim aqui dispensar você!

— Ah, claro! — Os dois sorriem aliviados. — Então estamos super de acordo um com o outro, sim?

— De certo que sim!

— Desastre evitado! Ufa... Erro concertado, livre em nome de Deus todo poderoso! Amém-

— Tá, okay, eu já entendi Richie. Não precisa soltar fogos de artifício por isso.

— O quê? Não! Jamais, eu jamais faria isso, é só que... Talvez eu não seja a pessoa que você procura, eu não quero compromisso sério com ninguém no momento se bem me entende, não é nada contra você, você é... Enfim, eu não estou pronto.

— Você está me dispensando, de novo?

— Eu estou? Me desculpa Eddie, eu só queria dizer isso em uma maneira que ficasse fácil pra nós dois, é loucura!

— É claro que é loucura! Acha que eu em sã consciência casaria com alguém como você?

— Ou, sem ofensas! Qual foi?

— Ah, eu te ofendi? Disse aquele que estava quase gritando a Deus e o universo o quanto que estava muito aliviado, por eu também estar de acordo que isso foi uma burrice!

— Então que bom que você entende, não queria ter que dizer isso em meias palavras.

— É claro que entendo, acha que eu tenho quantos anos? Pelo amor de Deus, né?

— Cara, é incrível sua capacidade de querer estar por cima o tempo inteiro!

— Não tenho culpa de estar bem ciente dos meus erros e, querer resolver eles da forma que sempre resolvi os meus problemas.

— Olha só... A verdade, É que, eu acho que estou no meio de uma-

— O quê Richie? Acha que está em uma largada? Mas deixa eu te falar uma coisa, a corrida já começou há muito, muito tempo atrás, entendeu? E eu não tenho tempo pra ficar ouvindo você choramingar, não.

— Oh, isso foi uma crítica? O que foi, vai me dar uma lição de moral agora de como resolver os meus problemas?

— Eu deveria, já que não sou eu quem não faz ideia do que vou fazer quando for embora daqui.

— Ah, claro! Você tem razão, sempre tem razão, Porquê empregados não gostam de ser criticados, não é Eddie?

— Quer saber, você deveria dar aulas de como fazer isso então, já que não consegue ficar empregado nem com seu próprio pai que é a única pessoa no mundo que foi programada biologicamente para te amar, PORÉM NEM ELE SUPORTA VOCÊ.

— Wow, olha só quem fala, você precisou vir a Las Vegas e casar com um estranho pra provar para si mesmo que não é um robô, meus parabéns senhor, você tem sentimentos! — Segura ele pelos ombros em tom de ironia, fazendo o mesmo lhe olhar com repulsa.

— Eu tô’ sentindo uma coisa imensa em mim, que se chama náusea!

— Eu tô sentindo uma coisa imensa em mim que se chama náusea. — Richie imita um robô, repetindo as mesmas palavras do garoto que lhe olha irritado.

— Meu Deus você age como se tivesse oito anos de idade, cresça cara!

— É, eu tenho oito anos mesmo, como adivinhou? E quer saber de uma coisa? Por isso nós nunca daríamos certo, porquê eu NUNCA me casaria com alguém como você, eu NUNCA ficaria com alguém que arquiteta um plano pra fazer outros planos, e totalmente anormal.

— Anormal?

— Sim, anormal!

— Você nem me conhece, mocinho! — Aponta o dedo pra ele.

— Não, não conheço e tenho a impressão de que nem você mesmo se conhece, quer saber? Eu quero falar sobre a anulação! Até porquê essa discussão totalmente sem nexo que você puxou, já me deu no saco!

— Ótimo! Porquê foi justamente por isso que eu vim até aqui também, e quer saber? Se quiser falar comigo outra vez... — Tira um cartão do bolso e joga contra ele. — Tente ligar para esse número, quem sabe quando eu estiver disponível, eu pense em responder você, caso o contrário, só fale com meu advogado!

Vira as costas e começa a andar.

— Ei, ei, espera! — Eddie lhe olha.

— Um brinde a Las Vegas! — Disse estendendo a moeda que ele tinha colocado na máquina.

— Essa moeda é minha!

— O que é seu, é meu também, amor.

— RICHIE? — O mesmo lhe olha, e Kaspbrak lhe mostra o dedo do meio – AQUI PRA VOCÊ, SEU BABACA ESCROTO DE MERDA, EU TE ODEIO!

Richie faz um sinal de coração com a mão, e coloca a moeda na máquina girando a alavanca, e quando ia se virar pra sair a máquina apita, em cima as três combinações caem em “Jackpot” o que significa sorte grande, e a tela fica toda verde fazendo os dois olharem ao mesmo tempo, então os números “6.000.000.000” brilham indicando que havia ganhado, o queixo de Tozier desce até o chão, no mesmo tempo que Eddie para de andar.

— Era a minha moeda...

A sirene toca, logo o barulho de carro de polícia ecoa, as pessoas param de fazer o que estão fazendo e rodeiam o local causando uma aglomeração, Stanley aparece pulando por cima de Richie o derrubando, e gritando “VOCÊ TIROU SORTE GRANDE, ESTAMOS MILIONÁRIOS! PUTA MERDA!” e a música muda para “We are champions my friend” do Queen.

Isso só podia ser brincadeira...

Enquanto Richie brindava, pousava para fotos como o novo milionário do pedaço, Eddie voltou até lá, e o cheque gigante foi colocado na mão dos dois, Richie ao perceber sua presença ali franziu o cenho.

— O que você está fazendo aqui mesmo?

— Acha que isso tudo vai ser só seu?

— É claro que é só meu! Eu puxei a alavanca!

— Mas é a MINHA moeda, que está dentro daquela máquina, então eu fiz você ganhar.

— SOLTA! — Diz puxando o cheque. — Agora se me der licença, eu tenho um cheque gigante e colorido de seis milhões pra depositar, passar bem, amor!

— Mas você esqueceu de um detalhe, querido... — Tozier vira em sua direção, então Eddie ergue o dedo ainda com a aliança, e sorrindo. — Estamos casados, tudo que é seu, é meu também, ou esqueceu que você mesmo me disse isso?

— Filho... Da... Puta.
  

°•°×°•°
 

— Mike?

— Beverly!

— Desculpe a demora, esse lugar é enorme.

— Não faz mal, eu reservei uma mesa pra gente, com vista para a cobertura.

Ela sorri colocando uma mecha de cabelos para trás, quando iam até lá, ela é chamada:

— Beverly Marsh?

— Ben?... Ai meu Deus! Você está hospedado aqui também? — Olha para o homem que sorriu, retirando as mãos do bolso.

— Sim, eu transferi minha reserva do cosmo pra cá, vocês iam tomar café? Podem sentar aqui comigo.

— Obrigado, mas nós já reservamos um lugar. — O moreno disse.

— Você é Mike Hanlon, não é?

— Sim, sou. Por quê?

— Bom, depois de quase me deixar sem nada ontem, aceitar meu convite era o mínimo que poderia fazer, não?

— Eu apenas aposto Sr. Hanscom, a escolha de perder tudo é totalmente sua.

— É o que dizem sempre, mas sabemos que não é assim que as coisas funcionam.

— Okay, okay, façamos o seguinte... — Marsh interfere — Por que não sentamos os três juntos? Huh? Assim poderemos entrar melhor em consenso depois de uma noite bem agitada, o que acham?

— Ah, eu não vejo problema algum, a não ser que o Sr. Hanlon tenha. — Olharam para Mike.

— Imagine, problema algum, então vamos todos para a mesa que eu reservei.

— Mas já estamos nessa, fiquemos por aqui mesmo, não há mal algum... — Ele se levanta, arrastando a cadeira para ela sentar — Eu insisto.

A mesma sorriu um pouco envergonhada, acabando por sentar-se ali mesmo, Mike olha pra ele de maneira analítica acabando por fim a juntar-se a eles, mesmo que não demonstrasse, era visível um clima estranho entre os dois ali, não passando despercebido pelos olhos de Marsh que tenta apaziguar:

— O que vão pedir? Estou morrendo de fome.

— Você pode escolher o que quiser, é por minha conta.

— Na verdade, fui eu quem a convidei então será por MINHA conta.

— Estão na minha mesa agora, então nada mais justo que eu pagar a conta sr. Hanlon.

— Vocês dois querem parar? Não preciso que ninguém pague minha conta, vamos só pedir de uma vez?

Ela olha para os dois pegando o cardápio e chamando o garçom, os dois se entreolham, e concordam com ela.

— Bevvie! — Ela olha pra trás.

— Bill?

— Você precisa vir, uma coisa aconteceu e precisamos da sua ajuda, o Eddie tá surtando!

— E quando o Eddie não está surtando? Meu Deus nem um café eu posso tomar em paz?

— É que... Precisamos de um advogado, agora!

— Advogado? Pra quê? O que foi que vocês aprontaram?

— Nós não, aqueles dois.

— Eu conheço um, tenho um amigo advogado que trabalha aqui, se quiserem eu posso ligar pra ele agora mesmo. — Ben Hanscom disse.

— Você faria isso?

— Claro, claro, vou ligar pra ele, me deem só um minuto.

Levanta pegando o celular.

— Eu espero que isso realmente seja importante, ou eu mato o Eddie, junto daqueles outros dois malucos!
 

(Tribunal)
 

— Vossa excelência, posso alegar com toda certeza, de que meu cliente conheceu o Sr. Kaspbrak há apenas um dia atrás, e eu posso garantir também que, a maior parte dessas vinte e quatro horas foi em total estado de embriaguez! Até porquê ele consumiu álcool desde que saiu do avião-

— Stanley caralho, não precisa dizer essa parte! — Richie sussurra.

— Sr. Uris, aqui está constando que o senhor só tem até a metade de seu período na faculdade de advocacia, o que o senhor em a dizer sobre isso?

— Eu recebi a licença, trabalho como RH na empresa ‘Hill West Architects’ e minha experiência com os negócios me torna muito bem capacitado a estar na defesa do Sr. Tozier, então se me der licença excelência, eu constato que meu cliente não tinha nenhuma condição de responder por seus atos, e que o Sr. Kaspbrak abusou de sua incapacidade!

Virou pra ele que estava do outro lado.

— O QUÊ? ESCUTA AQUI, DE INOCENTE SEU CLIENTE NÃO TEM ABSOLUTAMENTE NADA SEU MERDA! EU FUI A VÍTIMA DESSA HISTÓRIA!

— Vítima? — Tozier gargalhou. — Muito engraçado, adorei a piada Eds, conta mais uma, vai! — se virou completamente pra ele.

— RICHIE VAI A MERDA! VOCÊ CONVIDOU A GENTE PRA ANDAR COM VOCÊS, OU JÁ ESQUECEU DA NOSSA APOSTA?

— QUEM FOI QUE BEIJOU QUEM, PRIMEIRO?

— QUEM FOI QUE INSISTIU QUE NEM UM CACHORRO SEM DONO PARA QUE FICASSE NO CARRO?

— Sr. Juiz, este garoto é louco! Faz e diz um monte de sandices em meu nome, eu sou apenas um pobre rapaz que veio tentar a vida-

— ORDEM! — O juiz bate o martelo fazendo Tozier se calar. — Agora você, do outro lado, tem alguma prova de que o Sr. Tozier estava sim capacitado, e de acordo com essa união?

— Com licença meritíssimo, nós temos sim provas o suficiente para mostrar que o senhor Tozier estava em perfeito estado. — O advogado contratado por Beverly com a ajuda de Ben, para defender Eddie, se levanta. — Temos aqui esse bilhete escrito pelo Sr. Tozier, é a letra dele!

Mostra um papel dentro de um plástico escrito: “R+E até depois do fim <3” Stanley deu um olhar furioso para Richie, que sorri sem graça, recebendo um tapa na nuca.

— Ai!

— Você é um imbecil.

— Temos também essa foto aqui que mostra os dois assinando o documento na capela. — mostra a foto onde apareciam os dois abraçados.

— Isso me parece bem convincente, o que me diz disso, Sr. Uris?

— A-Ah eu... Eu não estava sabendo disso.

— E temos também, esse vídeo! — liga a tela que estava ali no tribunal.

“— Eu vou cuidar dele, vou cuidar porquê agora estamos casados, eu amo ele...

Os dois estão abraçados e sorrindo pra câmera enquanto Richie fala, Eddie está segurando seu rosto tentando lhe beijar.

— Eu amo esse garoto, quero ter muitos filhos com ele! É a única pessoa que poderia me comer a hora que quisesse e eu não reclamaria, eu estou muito apaixonado por ele! EDDIE EU TE AMO!”

— Chee, amor eu estou aqui do seu lado, também te amo muito.

(Nessa hora os olhares de Richie e Eddie se cruzam por uma fração de segundos, logo desviando e voltando a ver o vídeo)

Depois aparece Stanley vestindo um sutiã de brilho, todo maquiado e complemente bêbado também, dizendo:

— TODO MUNDO VAI FODER MUITO HOJE-”

(O vídeo acaba)
 

— SR. URIS!? Este no vídeo é o senhor? VOCÊS ESTÃO TODOS JUNTOS? — O juiz olha para eles.

— Eu? — Stanley disse envergonhado. — Hm... E-Eu e-err... Eu não estou usando meus óculos hoje, não consigo vê nada! — Se senta de volta em seu lugar vermelho até a raiz do cabelo.

— Quer saber.... — O juiz passa a mão pelo rosto — Eu não gosto de vocês, eu não gosto de nenhum de vocês, essa geração que curte Vegas, viciados em internet e em sexo, não são as vasectomias que estão destruindo o sagrado matrimônio, são vocês! Que querem tudo na mesma hora, e acham que casamento é brincadeira de festa, entre moleques da idade de vocês! — aponta cada um. — E com essa falta de amor e respeito, estão tornando os verdadeiros sentimentos, uma raridade no século em que vivemos. — Todos se encontram de cabeça baixa, com o rabo entre as pernas. — Eu estou casado há vinte e cinco anos com a mesma maravilhosa e enfurecida mulher, e posso dizer que há momentos em que tenho vontade de jogar ela no fogo, mas não faço porquê a amo, e seria ilegal, eu posso até ser antiquado, mas quando fiz os votos, eles eram verdadeiros, coisa que sua geração não está sendo ultimamente, e se eu permitir que um de vocês anule este casamento, posso estar jogando uma história inteira no lixo, então antes de permitir eu quero ter certeza de que fizeram, e tentaram de tudo, para que isso dê certo!

— EU PROTESTO! Eu tenho dezenove anos! Quem se casa aos dezenove?

— Você Sr. Kaspbrak Tozier, você se casou aos dezenove anos, ah, e minha mãe também.

— Meu nome é somente Eddie Kaspbrak!

— Não é o que consta na sua certidão de casamento, aqui.

— Não pode fazer isso!

— Sim, eu posso! Um de vocês tem casa fixa para morar?

— No momento ainda não, porquê eu morava com meu Ex, e a gente terminou...

— Sr. Kaspbrak Tozier, não está ajudando em nada no seu caso. — Eddie senta de volta enfurecido pelo novo sobrenome. — E você bonitão, tem uma casa fixa? — olha para Richie.


— Eu tenho! Claro que tenho, afinal não sou eu quem tem dezenove anos aqui e acabou de levar um chute, não é? Imagine ser assim. — Richie disse convencido dando uma piscadela para Eddie, que revira os olhos, imaginando todas as formas possíveis de mata-lo.

— Ótimo, já temos uma casa! Agora eu vou congelar os seis milhões pelos próximos seis meses, e os dois serão sentenciados a passarem seis meses casados, e para ficar de olho em vocês, terão que fazer terapia de casal semanalmente, e farão também um pequeno acompanhamento mostrando a rotina, podendo ser em rede social ou mandar por e-mail se não gostarem de se exporem, escutem bem, vocês vão obedecer a todas as minhas ordens ou eu tornarei esse processo judicial tão longo, mais tão longo que vai durar anos, e vocês não vão ver um centavo dos seis milhões até lá, mais alguma coisa? — olha em volta. — Ah, sim... Agora, eu vos declaro casados, em nome da lei de Deus, e dos homens!

Bate o martelo dando o veredito final.


°•° Logo mais. °•°
 

— Ele não pode fazer isso! NÃO PODE.

— É claro que ele pode, ele é o juiz! — Stanley abre o botão de seu terno.

— E você hein!? Nem pra fazer alguma coisa útil ali em cima!

— Eu fiz tudo que pude, agora não é culpa minha se quando você estava bêbado gritou aos quatro quantos de Las Vegas que estava apaixonado por ele, você é um bosta Richie.

— Eu sei que sou, eu tô muito ferrado, como vou passar esses seis meses com essa coisinha irritante vivendo na mesma casa que eu? E ainda terei que dividir meu prêmio com ele?

— NOSSO prêmio, esqueceu que tem eu na jogada?

— Sim, sim, você vai receber sua parte fique tranquilo!

Eles olham em direção e onde haviam os três, Bev, Eddie e o advogado dele conversando.

— Pelo menos depois que eu sair dessa, vou ficar rico... — Eddie murmura de braços cruzados.

— Faça o que estou lhe dizendo senhor Kaspbrak Tozi-

— Somente Kaspbrak!

— Certo, certo, me desculpe. Sr. Kaspbrak, tentem viver em harmonia durante esse tempo.

— Isso será impossível! Não tem como conviver em harmonia com aquele ser repugnante, que só de olhar já me dá vontade de esganar!

— Mas se o senhor demonstrar esse tipo de comportamento, dará a entender que não está se esforçando, e isso favorecerá o lado dele, é isso que quer?

— Jamais! Não vou dá essa vitória a ele, mas nem que seja a última coisa que eu faça na vida!

Se viram pra olhar pra eles, os dois param um de frente para o outro se encarando com ar de rivalidade, até que Richie é o primeiro a dizer:

— Aposto que você não vai durar uma semana inteira, lindinho.

— Se você está pensando que vai ficar com todo o dinheiro, e ainda sair vencendo nessa mocinho, pode tirar seu pônei colorido da chuva, porquê eu não entro em um jogo pra perder!

— Qual o sentido Eddie? Você vem de família rica, seu pai está em segundo lugar dos maiores empresários da América, com certeza você vai herdar aquele império todo, por que quer tanto esse dinheiro?

— Se bem sei, sua família também está dentre as mais influentes, seu pai está em terceiro lugar, a empresa dele é uma das maiores construtoras, você também tem renome, então porquê exatamente seria injusto da minha parte? — mostra o celular pra ele.

— Estava stalkeando minha família no Google!? Seu louco! Psicopata! — Eddie rolou os olhos nas orbes.

— Eu tenho que saber o tipo de pessoa com quem me casei, e não sou o único que fez isso entre nós.

— EU FUI DESERDADO PORRA, ESTOU SEM NADA! — segura ele pelos ombros. — Você não precisa desse dinheiro, não precisa!

— Ao contrário de você Tozier, eu não dependo do meu pai pra tudo na minha vida! — Tirou as mãos dele de si. — Posso ter sim, conseguido alguns privilégios pelo meu sobrenome, mas ainda sim, preciso me sustentar, e quando eu saí de casa, abandonei muita coisa, e uma delas foi os negócios da família, então... Eu meio que estou vivendo por conta própria agora, sim, eu preciso desse dinheiro para me estabilizar, e colocar meus planos em ação.

— Eu posso comprar uma casa pra você! Pronto resolvido! O que me diz? Você só precisa abrir mão da sua parte, Quer uma cobertura? Vista para o mar? Já sei, quer uma mansão? Igual das Kardashian’s? Eu compro-

— Chega! — O interrompe. — Eu quero minha parte no dinheiro, e pronto, nem tente me subornar, Tozier!

— Você... Você é um egoísta! É isso que você é!

— Egoísta? Eu? Você está tentando ficar com todo prêmio só pra você, e eu sou Egoísta?

— Eu girei aquela alavanca Eddie, eu ia ganhar sozinho de qualquer jeito! E esse prêmio não é somente meu, eu vou dividir com o Stanley, foi pra isso que viemos, você não pensa neste pobre homem? — Apontou Stanley, do qual olhou para cima, pedindo paciência para Deus.

— Você pode dividir seus três milhões com ele, um milhão e meio pra casa é suficiente, não vão gastar tudo em um ano.

— É? E você fica com mais? Isso não é justo! Eu ia ganhar sozinho, a moeda sendo sua ou não!

— Mas não ganhou, uma pena né? — Se afastou depois olhou pra ele. — Nos vemos na NOSSA casa daqui a alguns dias, você pode fazer uma cópia da chave e entregar para mim, assim que chegar em nova York, ah e... Eu tenho bastante coisas, vou precisar de MUITO espaço, até lá... Querido.

Jogou um beijo pra ele, Richie serrou os punhos, sentindo seu corpo tremer de raiva, e vontade de quebrar a cara dele, mas sabia que isso o favoreceria muito mais, e Richie seria visto como um abusador, consequentemente concedendo a Eddie, o divórcio direto e os direitos ao matrimônio em comum também, como multa, ao vê-lo entrando no carro junto dos amigos, Richie olhou para seu amigo e defensor.

— Isso não vai ficar assim, não vai!

— Não tem mais nada que você possa fazer, o veredito já foi dado.

— Não estou falando disso, esse garoto pensa que está por cima mas está muito enganado, eu vou fazer da vida dele durante esses seis meses um verdadeiro inferno, ele não sabe com quem está jogando!

— Richie você está me assustando, o que vai fazer?

— Eu vou fazer ele implorar pra se divorciar de mim, e quando fizer isso, eu vou rir da cara dele e dizer: “deveria ter pedido quando teve oportunidade” e aí, vou ter o prazer de ver ele se arrepender amargamente de ter me conhecido.

— Eu acho que você não está bem, vamos voltar pro hotel, ainda hoje estaremos na suíte presidencial e eles que se fodam lá em baixo.

— Me aguarde Kaspbrak, me aguarde!

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