O FILHO DO AMIGO DO MEU PAI...

By FSViturine

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LIVRO 02 "Eu queria chorar. Minhas lágrimas estavam presas em meus olhos e teimavam em não cair. Era a segund... More

PRÓLOGO
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20 (PARTE 1)
Capítulo 20 (PARTE 2)
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30 (Por Lucas)
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37 - PENÚLTIMO
Capítulo 38 - ÚLTIMO
EPÍLOGO

Capítulo Bônus - Felipe

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By FSViturine

Era dez da manhã quando alguém muito persistente começou a socar a porta de meu apartamento. Eu estava deitado em minha cama, usando apenas a cueca que Guilherme havia escolhido para mim. Minha cabeça ainda rodava por causa de toda bebida que eu havia consumido na noite anterior. Não me lembrava de muitas coisas, mas lembrava do suficiente para saber que quase havia feito uma enorme besteira enquanto Guilherme me ajudava na noite anterior.

- Pare de bater na minha porta desse jeito, Pedro! – gritei enquanto saía do quarto cambaleando e sentindo que minha cabeça explodiria a qualquer momento.  Ele era o único idiota que ousava bater na porta com tanta força.

- Abra logo isso! – ele berrou quando eu já estava na sala. Não demorei muito para chegar até a porta, e quando finalmente a abrir, encontrei meu melhor amigo ali, parado diante de mim com uma expressão que colocaria medo em qualquer um, menos em mim, pois já sabia o que ele estava fazendo ali em meu apartamento.

- Não pode ter o mínimo de educação pelo menos uma vez na vida? – perguntei, vendo-o entrar sem ao menos ser convidado. Respirei fundo enquanto fechava a porta, me preparando psicologicamente para dar minhas explicações que não o deixaria nada feliz. Pedro estava nitidamente alterado, por isso, após fechar a porta, o ignorei e fui até meu quarto, vestir um short. Aquele era o tempo que eu tinha lhe dado para se acalmar. Quando voltei à sala, ele estava sentado em meu sofá, me olhando com uma expressão acusatória. A única coisa que fiz foi sentar de frente para ele, e esperar calmamente que Pedro despejasse sua raiva sobre mim, pois eu já não tinha mais nada a perder.

- O que deu em você ontem à noite? – ele começou. Eu dei os ombros.

- Fui eu mesmo. – eu disse.

- Fala sério Felipe! – bufou Pedro. Revirei os olhos e suspirei.

- Nunca falei tão sério em minha vida, Pedro. O que você acha?

- Acho que você foi possuído por alguma entidade hétera que te fez perder os miolos! – disse ele, me fazendo rir. – Não estou brincando, Felipe! – ele quase rosnou para mim, mas apesar de seu tamanho, Pedro não me metia medo algum.

- Ok! O que você quer que eu diga? – apoiei os cotovelos sobre meus joelhos e o encarei, deixando claro que estava prestando atenção.

- Porque você ficou com Bianca?

- Porque eu quis. – falei tranquilamente, ainda o encarando. Pedro parecia cada vez mais furioso e frustrado.

- Mas você é gay, porra! – ele gritou. Suspirei pesadamente antes de respondê-lo.

- Qual o seu problema, Pedro? Porque está tão incomodado com o fato de eu ter ficado com Bianca? – perguntei num tom desconfiado, já notando que havia algo muito estranho naquele comportamento, mas Pedro ignorou minha pergunta. – Olha, não sei se você se lembra, mas essa não foi a primeira vez que fiquei com uma garota. Isso já aconteceu antes! Raras vezes, mas aconteceu. Bianca é uma garota legal e eu gostei dela. Além disso, não ia deixar aquele moleque levar a melhor. – resmunguei, desviando meu olhar de Pedro pela primeira vez, e esse foi meu erro.

- Do que você está falando? – perguntou ele, me olhando seriamente. Pedro era quase irmão de Guilherme, por isso, não queria envolvê-lo naquilo, mas estava claro que Pedro estava sentindo algo por Bianca, por isso não vi outra saída a não ser abrir o jogo.

- O namorado de Guilherme me atirou em cima de Bianca e nos deixou numa saia justa. – falei.

- Porque diabos Lucas faria isso?

- Porque ele está com ciúmes de Gui? – ergui minhas sobrancelhas para mostrá-lo o óbvio.

- O quê? E você caiu no joguinho daquele idiota? Você usou Bianca? – ok, Pedro estava prestes a me bater, por isso levantei do sofá e caminhei pela sala, deixando uma distância considerável entre nós dois.

- Eu não usei ninguém, Pedro. Ia dar um fora nela, mas o papo fluiu! Bianca é uma garota legal e apenas rolou. Não tem nada demais nisso. – falei, vendo-o levantar do sofá. Não pensei duas vezes em dar a volta na bancada da cozinha e me manter seguro ali.

- Que porra, Felipe! Porque você tem que meter a garota nesse rolo entre você e Guilherme? – perguntou ele, bravo. Ergui minhas mãos rapidamente.

- Ei, ei, ei! Não tenho rolo nenhum com Guilherme. – falei, começando a me irritar com aquilo. Pedro riu ironicamente.

- Claro! É por isso que você não disse a ele que é gay, não é? – provocou.

- E você? Porque não para de frescura e assume de uma vez que está todo apaixonado por Bianca? – não me rendi, é claro.

- Assim como você por Guilherme? – disse Pedro, jogando sujo. E ao ver que havia me pegado, ele sorriu gloriosamente.

- Você está falando besteira. – resmunguei baixo, mas mesmo assim ele ouviu. Pedro respirou fundo e então se aproximou da bancada, apoiando seus braços sobre ela e me encarando.

- Acha mesmo que não percebi o jeito que você olhou para ele ontem à noite? Mamãe me falou o quanto vocês andaram próximos nos últimos dias. – disse ele. Eu apenas cruzei os braços e me neguei a falar algo. – Fê, Guilherme não é para o bico de pessoas como nós dois. – disse ele, me olhando nos olhos.

- Bianca também não!

- Não vamos continuar nesse bate e volta ok? Vamos ser sinceros um com o outro? – ele pediu e eu apenas suspirei, afirmando calmamente com a cabeça. – O que você quer com Guilherme? – perguntou Pedro. Encolhi os ombros e pensei um pouco antes de confessar o que estava sentindo.

- Ele me atrai. – eu disse.

- Guilherme não é um cara só para se fazer sexo, Felipe. Além disso, ele tem namorado! – julgou ele.

- Eu sei! E não estou interessado nele somente por causa do sexo. – me defendi, vendo Pedro me olhar com ar duvidoso. – Tá! No começo eu só o queria em minha cama para foder, mas as coisas mudaram de um jeito estranho! – confessei.

- Como assim?

- Não sei! Algo nele me atraiu além do físico. Guilherme tem algo... Especial. – tentei explicar.

- Merda! Ele conseguiu te deixar de quatro. – disse Pedro, parecendo perplexo e me deixando um pouco irritado.

- Não precisa ficar tão espantado!

- Claro que preciso! Felipe, o maior pegador de machos que conheço, está arriado por um garoto que nem se quer sabe de sua sexualidade. – a risada que Pedro deu em seguida me fez pegar o primeiro objeto que vi próximo de mim de jogá-lo contra ele, que desviou e riu ainda mais. – Calma! – ele tentou se conter, mas ainda ria de mim e só quando conseguiu se conter foi que voltou a falar. – Fê, como já disse, Guilherme não é para alguém como nós dois. Alguém que não se apega e que só pensa em sexo. – Pedro falou enquanto fazia careta. – Gui é um ótimo cara, mas é ingênuo, entende? Ele se descobriu há pouco tempo e nunca teve nenhuma relação com alguém antes de Lucas, ao contrário de você que até onde consigo lembrar, nunca se envolveu com ninguém além de uma foda. Se quer consigo lembrar de você trazendo alguém aqui em seu apartamento. – disse ele, fazendo com que eu sentisse algo estranho em minha garganta. – Cara, você realmente está se apaixonado por ele? – perguntou Pedro e, de repente, o clima ficou estranhamente tenso. Não sabia o que dizer, pois eu não tinha a resposta.

A primeira vez que vi Guilherme nunca sairia de minha cabeça. Estava atrasado para a apresentação de um seminário na faculdade, por isso, quando entrei no elevador naquele final de tarde, demorei um pouco a notar sua presença ali dentro. Ele estava com Gustavo. Só reparei Guilherme ali quando o vi pelo espelho. Sua expressão era angelical enquanto olhava como um bobo para seu irmão caçula, e quando seus olhos ergueram-se e encontraram os meus, a única certeza que tive foi que eu o queria completamente nu, em minha cama, para fodê-lo o dia inteiro.

Mas a coisa que menos esperei, era que Guilherme fosse o cara mais difícil que tentei me aproximar. Ele não me dava brecha e fazia sempre questão de me manter afastado, e acho que por isso fui tão persistente, pois ninguém havia me rejeitado antes como ele, mas isso aconteceu até eu descobrir o motivo daquilo. Guilherme tinha alguém e parecia amá-lo com todas as forças. Foi então que desisti de tentar algo, principalmente ao perceber que ele não era o tipo de cara com os quais eu estava acostumado a transar. Guilherme não era cara de uma noite só e tive certeza disso quando finalmente consegui me aproximar e conhecê-lo mais de perto. O garoto era doce, gentil e como Pedro havia mencionado, ele era puramente ingênuo.

- Não posso me apaixonar pela primeira vez. Não nessa altura do campeonato! – eu disse, encarando Pedro que franziu a testa ao me ver falar.

- A única coisa que peço é que respeite o namoro de Lucas e Guilherme. – disse Pedro, me encarando seriamente. Eu o olhei, tentando não demonstrar toda angustia que estava sentindo.

- Eu nunca atrapalharia a vida dele.

••

- Porque não podemos ir para seu apartamento?

- Um... Meus pais estão em casa. – falei já acostumado a contar aquela mentira para os caras com quem costumava sair.

- Você já veio aqui antes? – perguntou o cara do qual eu não lembrava o nome. Ele levou uma de suas mãos até minha coxa e subiu lentamente até encontrar meu pau. Fiquei instantaneamente duro com o toque.

Havia passado aquele dia na praia com Guilherme e sua família. Foi uma viagem incrível que nunca esqueceria. Aquela foi a primeira vez que senti que tinha conhecido o verdadeiro Guilherme. Não que ele tivesse mentido para mim sobre quem realmente era, mas de certa forma, sentia que ele nunca tinha se soltado inteiramente, e naquele dia, quando estávamos em frente ao mar, foi como se Guilherme tivesse se libertado, mesmo que por poucos instantes e isso me tocou de alguma forma. Mas o dia não havia terminado bem para nós, pois a cena ridícula feita por Lucas havia estragado tudo.

O cara era um idiota sem escrúpulos que não media as consequências do que fazia. Era óbvio nos olhos de Guilherme o quanto aquilo o machucava e mesmo assim, Lucas insistia fazer suas ceninhas de garoto mimado para chamar a atenção. Mas apesar de toda raiva que senti ao presenciar aquilo, não me meti, pois era isso que tinha prometido a Pedro. Não ia me meter na relação entre Guilherme e Lucas. Vinha me controlando regularmente e tentando não demonstrar o que eu estava sentindo, mas isso vinha ficando cada vez mais difícil.

Fazia poucas horas que havia saído do prédio. Estava um pouco perturbado. Conversava com Gui em meu quarto, através do Skype, e em algum momento durante essa conversa, algo aconteceu e me pegou de surpresa. Guilherme havia levantado de onde estava e me pegado de surpresa quando se deixou exibir usando apenas uma cueca, ficando numa posição comprometedora e antes que pudesse pensar em fugir daquilo, eu já estava completamente excitado, sentindo meu pau pulsar dentro de minha cueca.

Droga!

- Porque está tão sério? – engoli o seco ao vê-lo me encarando daquele seu jeito desconfiado.

- O quê? – perguntei, franzindo a testa.

- O que está fazendo? – perguntou Guilherme.

- Vendo bundas bonitas! – falei rapidamente, sem conseguir conter meu sorriso. Minha mão estava segurando firmemente meu pau que estava duro.

- Safado! Sai desses sites pornôs. – ele falou enquanto ria e me deixava um pouco aliviado.

Guilherme, sempre tão ingênuo!

E era exatamente por esse motivo que agora eu estava ali, naquele momento, entrando num estacionamento de motel. Ter visto aquela cena de Guilherme tinha de alguma forma, mexido com meus hormônios e não consegui pensar em outra saída a não ser foder com alguém. Por isso, saí do apartamento e entrei na primeira balada que encontrei em meu caminho. Não demorei muito para encontrar aquele cara e por isso estávamos ali.

- Não. Não é a primeira vez que venho aqui. – deixei isso claro, pois o que menos queria era deixá-lo achar que passaríamos daquela noite.

- Tudo bem! – ele disse, sorrindo da mesma maneira que todos os caras sorriam quando sabiam que aquilo se tratava apenas de sexo, e assim como eles, não se importavam por não rolar nenhum tipo de sentimento. Foi impossível não compará-lo a Guilherme naquele instante, pois Gui jamais ficaria com alguém sem algum tipo de sentimento.

O estranho e eu então entramos no quarto que eu já estava acostumado a usar e antes que pudesse deixar meus pensamentos voltarem mais uma vez para Guilherme, o segurei com força pela cintura e o prendi contra parede, já subindo sua caminha e mordendo seu pescoço com força.

- Oh! Calma garanhão! – gemeu ele, se contorcendo enquanto arrancava sua camisa e em seguida fazia a mesma com a minha.

- Cale a boca e tire a roupa! – grunhi enquanto me afastava rapidamente e começava a desabotoar minha calça e tirar o calçado rapidamente. O cara ainda estava encostado à parede, sorrindo maliciosamente enquanto fazia o que eu havia mandado. Fiquei parado onde estava, já descalço e com o zíper de minha calça aberta, exibindo parte de minha cueca. Ele então tirou sua roupa, ficando apenas com a peça intima e logo se aproximou de mim de um jeito sedutor. Eu apenas lhe encarei seriamente e com apenas um aceno com os olhos, mandei que ele se ajoelhasse em minha frente.

- O que eu faço agora, gostoso? – perguntou o estranho, num tom divertido, quase me fazendo bufar com aquilo. Respirei fundo antes de respondê-lo e o encarei de cima ainda com meu ar sério.

- Apenas que abra a boca. – foi a única coisa que eu disse antes de tirar meu pau duro para fora. Ele pareceu surpreso com o que encontrou, mas antes que pudesse dizer mais alguma coisa, agarrei seus cabelos com meus dedos e trouxe sua cabeça até minha virilha, onde enfiei meu pau em sua boca. Ele gemeu ao sentir meu membro rígido chegar a sua garganta e agarrou minhas pernas em seguida. Eu apenas suspirei de alivio ao sentir aquela sensação invadir meu corpo, me deixando completamente relaxado.

O estranho foi se acostumando lentamente com o tamanho e grossura de meu pau e aos poucos começou a chupá-lo de maneira gulosa. Uma de minhas mãos ainda estava com os dedos presos em seu cabelo, enquanto eu movia meu quadril, aumento o ritmo pouco a pouco. A sensação era ótima e quase me fazia gemer, mas me mantive calado, apenas sentindo e ouvindo aquele estranho falar baboseiras que já estava acostumado a ouvir.

Mas foi então que cometi o erro de fechar os olhos. Foi como se eu tivesse sido transportado de lugar instantaneamente, pois a imagem de Guilherme apenas de cueca na câmera voltou a minha cabeça, me deixando assustado, e quando abri os olhos novamente e olhei para baixo, fiquei em choque ao ter a visão de Guilherme ajoelhado aos meus pés, lambendo meu membro que estava cada vez mais duro. Meu quadril parou de se mover instantaneamente e pisquei algumas vezes para aquela cena.

- Cara, seu pau é muito gostoso! – e foi como se todo o encanto tivesse evaporado. Guilherme nunca falaria aquilo, e ao me dar conta disso, percebi o quanto estava enlouquecendo por daquele garoto.

- Desculpa. Tenho que ir! – falei rapidamente, dando alguns passos para trás e fechando minha calça na mesma velocidade. O estranho pareceu ficar pasmo com minha atitude, mas o ignorei enquanto calçava rapidamente os tênis novamente.

- O que aconteceu? Fiz alguma coisa errada, cara? – perguntou ele, levantando e me encarando. Quando terminei de calçar os tênis e vestir a camisa, respirei fundo e o olhei.

- Desculpa. Estou com problemas e não consigo me concentrar. – tentei ser sincero, mas sabia que aquilo não o convenceria, pois seu olhar incrédulo deixou isso muito claro. – Olha, aqui está o dinheiro do motel e do taxi. Tenho que ir! – falei, deixando o dinheiro ao lado da cama.

- O quê? Você está de brincadeira não é? Está me achando com cara de puta, é isso? –ele gritou, parecendo irritado, mas a única coisa que fiz foi abrir a porta do quarto e sair dali o mais rápido que podia.

••

Eram quase três da manhã quando cheguei em casa novamente.  Havia passado quase uma hora inteira rodando com o carro pela cidade, tentando tirar aquela angustia que estava sentindo. A raiva me consumia por causa de tudo. Por eu ser um idiota estúpido e egoísta, por ter deixado aquele sentimento tomar conta de mim e principalmente por ter desistido de tudo tão cedo.

No apartamento, larguei as chaves do carro e minha carteira em cima da bancada da cozinha e fui até os armários, onde abri a primeira porta e encarei todos aqueles remédios. Minha garganta de encheu de dor e antes que pudesse me entregar as lágrimas, fechei a porta do armário novamente. O que fiz em seguida foi ir até a adega que tinha em minha cozinha e pegar o melhor vinho. Peguei uma taça e então fui até a sala, que estava escura, e sentei entre os sofás, com as costas encostada em um deles.

Enquanto me servia com a primeira taça, pensei em tudo o que estava acontecendo. Pensei em papai, mamãe e em Marina, minha irmã. Queria que ele estivesse ali naquele momento. Sentia falta de meus momentos em família e ela era a única que eu tinha. Mas meus pensamentos não se demoraram muito nisso e logo chegaram em Guilherme novamente. Não cheguei a admitir para Pedro que estava apaixonado por ele, pois eu mesmo não sabia a resposta. Nunca havia sentido aquilo antes, por isso não podia dizer. Mas depois do que aconteceu no motel, eu já não tinha como escapar. Eu não queria... Mas aconteceu.

- Felipe?

- Eu não quero morrer, Rô...

- Querido, o que aconteceu? – apesar da voz de sono, Roberta pareceu preocupada ao me ouvir. Eu já tinha consumido mais da metade da garrafa de vinha e me sentia ridículo por estar um pouco bêbado, mas precisava desabafar com alguém, por isso liguei para minha chefa. Ela era minha melhor amiga e a pessoas em quem mais confiava e, além disso, era a única que sabia a verdade.

- Eu não consigo mais... Eu... Eu me apaixonei por ele. – confessei, sentindo meus olhos arderem e minha garganta doer.

- Felipe, isso é ótimo! – Roberta pareceu animada com a ideia, mas eu suspirei.

- Não, não é! – falei, tentando engolir aquele choro ridículo.

- Porque está dizendo isso? Porque ele está com alguém? – perguntou ela, tentando inutilmente fingir que havia esquecido o que lhe revelei há alguns meses.

- Não Roberta! Porque não posso oferecer nada a ele! Eu estou morrendo, droga! – gritei a última frase como se aquilo estivesse preso em minha garganta. As lágrimas rolavam por minha face, mas insisti em ignorá-las. Roberta demorou um pouco antes de falar novamente.

- Você vai conseguir, Felipe. – o nó aumentou ao perceber que sua voz estava chorosa. Odiava fazer as pessoas sofrerem, por isso me arrependi amargamente daquela ligação.

- Não, não vou.

- Sim, você vai. Você irá sobreviver por ele, Felipe. Por Guilherme! – disse Roberta, fazendo então com que meu coração se acalmasse por alguns instantes.

Era isso! Eu tinha que sobreviver por ele, por que... Porque eu o amava!

OBS: Pessoal, esse não é o Epílogo, ok? Esse é apenas um capítulo bônus. O epílogo será liberado no natal, com mais revelações. Aguardem!

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