Nudes | Ruel

By pattygasper

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+Ruel | Onde Any é mais uma garota que conversa com um desconhecido por mensagens. More

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One hundred and one
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One hundread and five
One hundread and six
One hundread and seven
One hundread and eight
One hundred and nine
Hundred and ten
One hundred eleven
One hundred and twelve
One hundred and thirteen
One hundred and fourteen
One hundred and fifteen
One hundred and sixteen
One hundred and seventeen
One hundred and eighteen
One hundred and nineteen
One hundred and twenty
One hundred and twenty one{penúltimo capítulo}🏹
One hundred and twenty two{último capítulo}🏹
🎠Agradecimentos🎠

Fifteen.

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By pattygasper

Naquela mesma tarde eu me via descendo as escadas do meu quarto com minha mãe me chamando da sala.

Parei no topo da escada, quando vi Ruel alí parado me encarando dos pés a cabeça.

─Querida, seu amiguinho veio fazer trabalho com você! ─minha mãe diz me mostrando um enorme sorriso no rosto.

Termino de descer as escadas parando de frente para os dois.

─Ah! Você veio. ─digo sem ânimo.

─Espero não ter me atrasado. ─Ruel responde, dando de ombros.

─Fique a vontade, Ruel. ─minha mãe diz, dando as boas vindas ao garoto. ─Enquanto eu vou preparar um lanche pra vocês.

─Foi um prazer, senhora! ─Ruel sorrir para minha mãe. ─e dona Karen devolvia o mesmo sorriso se dirigindo até a cozinha.

─Vamos pro meu quarto. ─Lá é bem  melhor para fazermos esse trabalho. ─o guio até às escadas rumo ao meu quarto sendo seguida por ele.

Paramos em frente a enorme porta de madeira.

Abro a mesma, passando na frente. E dando espaço para que ele possa entrar logo depois de mim.

Ruel observa todo o meu quarto. Sempre atento aos pequenos detalhes.

─Quarto maneiro. ─responde ainda observando o lugar em volta.

─Valeu. ─agradeço mostrando um pequeno sorriso.

Me sento na minha poltrona de estofado vermelha em frente ao meu computador.

Enquanto ele joga sua mochila em cima da minha cama se sentando na beira da mesma.

Pego meu caderninho de anotações de dentro da gaveta,anotando tudo que estava na tela do computador. Enquanto o garoto só observava o que eu fazia sem dizer nada.

─Você pode ir ditando, enquanto eu escrevo? ─Por quê, não da pra fazer as duas coisas ao mesmo tempo. ─Ruel assente, se sentando no meu lugar, enquanto eu me sento na beira da cama anotando tudo o que ele dizia.

─Então... ─O país está sendo investigado.

─Pelo fator de ser responsável, por ser um dos lugares mais frequentados de todo o mundo...

─Sendo assim, sua população é de 5.669 habitantes pelo senso de 2001.

─Sua maior vista estar destacada para a torre da igreja.

─Ótimo. ─digo, batendo a caneta no caderno dando um ponto final no pequeno texto.

─Anotou tudo? ─peguntou se virando para mim.

─Sim. ─afirmo.

─Você pode ir fazendo a capa, agora? Enquanto eu me afundo mais nas pesquisas?

─Claro. ─ele sorri, abrindo sua mochila.

─Mas pelo o amor de Deus, não vai fazer com desenhos de carrinhos em pista de corrida. ─me viro para encara-ló.

─Ué, quem faz esse tipo de coisa na capa de um trabalho? ─ele pergunta rindo e eu solto um riso anasalado.

─Já fiz trabalhos com garotos que fizeram isso. ─afirmo.

─É o que aconteceu? ─sua feição passa para curiosa.

─Perdemos ponto por isso. ─A capa não podia conter desenhos nem nada. ─É o idiota do menino fez.

─Nossa...

─Desde então, nunca mais confiei em fazer trabalhos com garotos. E principalmente em deixar ele levar a capa pra fazer em casa e levar no outro dia na hora de entregar o trabalho. ─Se for pra ele fazer, que seja aqui na minha frente.

─Eii, eu sou um garoto! ─Ruel respondia indignado. Dou de ombros. ─Mas em mim, você pode confiar sem por cento. Eu não vou fazer uma "idiotice" dessa. ─o garoto faz aspas nos dedos ao insinuar a palavra idiotice.

─Bom... não me leve a mal! ─Mas eu não curto esses tipos de coisa.

─Não, sem problemas. ━Eu só queria desenhar um carrinho na capa... ─o garoto faz um pequeno drama, mostrando um bico fofo, começo a rir de sua atitude infantil.

─Awns. ─faço um bico fofo, imitando seu gesto. ─Mas procura fazer isso em outro lugar.

─Por que se fizer esse desenho tosco aí, você vai se arrepender de ter nascido. ─ameaço e ele fica rindo da minha cara.

─Aé? ─E se eu me recusar a obedecer? ─O que você vai fazer, hein?

─Vou cortar teu amiguinho e dar pros urubus comerem. ─Por que é muita maldade dar pro meu animal comer.

─Anda logo, levanta! ─mudo de assunto. –E faz logo a sua parte! ─ordeno e ele bufa estressado.

─Ahhhh. ━reclama, revirando os olhos.

─Anda logo, faz logo essa capa! ─o apresso e ele revira os olhos frustrado.

─Licença! ─minha mãe surge na porta do meu quarto com uma bandeja de lanche na mão.

─Desculpa incomodar vocês. É que eu trouxe um lanche. ─ela deixa a bandeja em cima da mesinha ao lado da minha cama.

─Obrigada. Mas não precisava, mãe. ─digo e ela sorri se retirando.

─Ah, precisava sim. ─Se você não tem fome, pois eu tenho. ─rio com o comentário de Ruel.

Pego um lanche é o entrego para Ruel. ─Obrigado. ─ele agradece e eu pego o meu, bebericando um pouco do meu suco.

─O que você fez aí? ─me levanto da minha poltrona, caminhando até ele.

─Ficou bom? ─Ruel me mostra a capa do trabalho que ele tinha feito. ─Ainda falta da alguns ajustes finais. Não tá bonito ainda.

─Ficou bonitinho. ─Sério mesmo, eu gostei. ─ele ergue uma sobrancelha desconfiado.

─Sério mesmo? ─Você gostou? ─ele pergunta com uma certa esperança no olhar. ─confirmo que sim num balançar de cabeça.

─Para um garoto, até que você não não foi tão mal assim. ─ironizo, o vendo revirar os olhos.

─E para uma garota até que você não é tão chata assim. ─ele retruca e nessa hora é minha vez de revirar os olhos.

─Fala sério! ─respondo indignada. ─Os garotos que são uns machos escrotos.

─Por que você acha isso? ─beberica um pouco do seu suco.

─Ué, por que tenho motivos em achar isso. ─imito seu gesto, dando de ombros.

─Não, mas se você fala assim algum motivo à mais deve ter.

Respiro fundo.

─Sim, tem. ─reviro meus olhos ao lembrar do dia em que eu acabei desacreditado no amor.

Sim, eu meio que tô tipo foda-se pra isso. Vários garotos me fizeram desacreditar nele, no amor. E eu meio que acabei quebrando a cara diversas vezes também. E por conta disso eu tenho medo de me relacionar com alguém.

─Olha, eu tive que errar para saber exatamente do que eu gosto. ─respiro fundo mais uma vez. ─Tipo... eu tive que perder, para aprender a amar a mim mesma. ─tento explicar ao garoto.

─Um dia, há de surgir alguém na sua vida para te fazer mudar de idéia. ─até então estava de cabeça baixa e quando o ouço dizer alguma coisa o encaro. percebendo que seu olhar estava sobre mim desde o começo.

─Não sei quem. ─retruco e ele apenas me encara sem dizer nada.

Ficamos nos encarando por um bom tempo até ele se pronunciar.

─Vou terminar de fazer a capa. ─assinto, enquanto ele deixava o copo de suco que agora estava vazio de volta na bandeja.

Coloco meu copo no mesmo lugar onde ele colocou o dele.

Continuo pesquisando mais coisas nas pastas que surgia a cada clique que eu dava na tela do computador.

─E agora? ─ele vira o trabalho em minha direção, para que eu diga se tá ótimo ou não. Então, eu paro o que estava fazendo para observar o mesmo. ─Como tá? Ficou bom?

─Ficou ótimo! ─respondo sorridente. ─Tava bom, mas agora ficou ainda melhor.

─Você achou mesmo? ─ele pergunta e eu confirmo mostrando um sorriso amigável.

─Obrigado. ─Pensei que não fosse gostar.

─Como não iria gostar? ─Você fez do jeito que eu imaginei que ficaria.

─Que bom, né. ─Pelo menos ganhei sua confiança.

─Ei! ─Vai com calma, aí. ─Eu não sei nada sobre você ainda. então, ainda não confio sem por cento em você.

─Não seja por isso. ─Só perguntar que eu respondo.

─Não é bem assim, só perguntar que eu respondo. ─Eu tenho tantas perguntas para te fazer. Só que no momento eu não consigo me recordar de nada.

Ele revira os olhos. ─Ué, então eu acho melhor eu fazer uma pequena biografia sobre mim, para você saber mais sobre a minha vida.

─Bom, meu nome é Ruel. Eu tenho dezessete anos. Curso o terceiro ano B do ensino médio. Sou britânico, mas precisei mudar de país por conta da minha família e dos meus estudos. Na verdade eu não vim embora de lá. Até por quê, eu sempre viajo para lá quando tenho tempo. ─Pretendo cursar...hum...não sei ainda o que eu quero da minha vida. Ainda falta muito tempo até lá, né. ─E enquanto isso, eu quero pensar bem no que eu realmente ainda vou querer seguir. ─Eu canto, toco guitarra. Mas eu não levo à sério, eu levo mais isso como uma segunda opção. ─Sou bastante peculiar quando se trata de escolher coisas. ─Adoro ouvir músicas. ─Gosto de jogar videogame quando tenho tempo.

─Acho que é só isso. ─Agora é minha vez de querer saber mais sobre você.

─Gostei do seu "pequeno" depoimento! ─digo um tanto brincalhona, fazendo aspas nos dedos ao insinuar a palavra pequeno e ele solta uma gargalhada anasalada.

─Eu não tenho muita coisa pra dizer... acho melhor eu nem falar.

─Ah não! ─Você me fez dizer praticamente a minha vida toda aqui. Pra quando chegar na sua vez você não querer dizer nada.

─Mas é verdade, eu não tenho nada de interessante para falar. ─Minha vida é tão chata e isso eu posso afirmar.

─Duvido muito. Você é tão misteriosa, deve ser cheia de coisas legais pra contar.

─Você é quem pensa.

─Vai, conta, por favor! ─Ruel praticamente implora jogando uma almofada em mim.

─Ai! ─pego a almofada devolvendo do mesmo jeito que ela veio parar em mim. ─Tudo bem, tudo bem, você venceu. Eu vou dizer um pouco sobre minha vida de merda. ─ele rir um pouco.

─Não diga assim.

─São os fatos.

─É... então... eu me chamo Any Sophia. Tenho dezessete anos. Curso o terceiro ano A do ensino médio. Tenho um grande sonho de um dia poder me tornar uma grande atriz. Tenho ascendência de brasileira. Mas eu nasci e me criei aqui. ─Fiz aulas de hip-hop durante quatro anos. Essas aulas só me fizeram um bem danado na minha vida. ─Eu amo assistir séries, eu amo ouvir músicas enquanto eu danço aqui mesmo no meu quarto. É meu passa-tempo preferido. ─Apesar de ter ascendência de brasileira e ter nascido aqui, eu sei falar bem o português.

─Eu sou uma grande fã do cantor Shawn Mendes. ─E bom, é isso.

─Uau. ─Sua vida é interessante.

─Não exagera, Ruel! ─mostro um sorriso tímido.

─Eu só falei a verdade! ─da de ombros. ─Tirando a parte do tal cantor. ─reviro meus olhos.

─Fala assim, por que tem inveja dele.

─Eu? Inveja dele? ─Hahaha, não me faça rir.

─Ah vai procurar o que fazer.

─Uii, ficou toda estressadinha. ─tira sarro da minha cara. ─Só por que eu falei mal do cantor dela, ui ui.

─Vai a merda, Ruel! ─respondo já impaciente.

─Eu tô brincando, ô esquentadinha! ─reviro meus olhos.

─Como você é idiota. –bufo frustrada.

─Foi mal aí. ─Não queria estressar a senhorita.

─Vou contar até dez pra você sumir da minha frente. ─Um...

─Você tá me expulsando?

─Se a carapuça serviu, que vista. ─dou de ombros sem me importar. ─Dois...

─Nossa... ─o vejo arrumar suas coisas na mochila.

Depois de já ter arrumado tudo, ele joga a mochila nas costas prestes a sair pela porta, mas eu o paro.

─Espera! ─Antes de ir embora, posso te fazer um último pedido?

Ele respira fundo antes de responder. ─Fala.

─Canta pra mim... ─Por favor. ─peço, fazendo um bico triste.

─Não acho uma boa idéia.

─Por favor, Ruel... ─Nunca te pedi nada.

─Quando você disse que cantava, fiquei curiosa em ouvir sua voz cantando.

─Hum... não sei não, hein.

─Vai, por favor! ─insisto mais uma vez.

─Só se você implorar.

─Por favor, Ruel! ─junto as mãos em sinal de por favor. Sim, eu estava realmente implorando. ─Poxa, eu tô quase me ajoelhando aqui pedindo por favor.

━Não começa com seus dramas, Any. ━Não é pra tanto.

─Não começa você. ─Eu só te fiz um pedido.

─Você me expulsou da sua casa!

─Você falou mal do cantor que eu gosto!

─Era brincadeira e eu pedi desculpas!

─Pediu não. ─nego.

─Tudo bem... ─bufa. ─Desculpas, Any. ─o garoto revira os olhos. ─Satisfeita agora?

─Melhor que nada. ─ironizo dando de ombros.

─Mais que audácia! ─Eu peço desculpas na boa e você vem com quarenta pedras na mão.

─Se o problema for violão ou guitarra, eu tenho, não precisa se preocupar.

─Você tem mesmo? ─ele ergue uma sobrancelha irônico.

─Mais é claro que eu tenho. ─caminho até meu armário, sendo seguida por seus olhos.

Abro meu armário de lá tirando minha guitarra.

─E aí, o que achou? ─digo irônica. ─passo por ele me exibindo com minha guitarra em mãos. ─Pra quem achou que fosse mentira, dois beijos e um forte abraço! ─ponho uma mão ao lado da boca para que abafe o grito, na intensão de que ele ouça melhor.

O vejo revirar os olhos. ─Isso foi uma indireta? ─pergunta debochado.

─Entenda como quiser. ─praticamente cuspo às palavras na sua cara.

─Aff! Como você é besta.

─Besta é você.

─Se for pra ficar nessa discussãozinha idiota, acho melhor eu ir embora.

─Não! ─respondo de imediato e Ruel me olha assustado. ─Não antes de cantar pra mim. ─mudo o tom de voz.

─Tudo bem vai. ─Posso? ─pergunta  ao pedir a guitarra de minha mão.

─Claro. ─mostro um sorriso de satisfação, entregando á ele.

─Que música você quer que eu cante? ─me olha nos olhos.

Ruel tinha uma grande qualidade com ele, em conversar com você te olhando bem fundo dos olhos. Aquilo era demais pra mim. Tem coisa mais perfeita que isso? Se sim, eu desconheço totalmente. Por quê o cara, canta, toca instrumento, conversa te olhando bem nos olhos, tem um bom papo é extremamente engraçado e brincalhão. Conversa com você como se já te conhecesse há anos. Fora outras coisas também.

─Mas antes, deixa eu te mostrar esse acorde aqui! ─peço a guitarra e ele me entrega a mesma, então eu inicio as primeiras notas.

A cada som que eu fazia, ele se admirava ainda mais comigo. Quando enfim termino, ele bate palmas ainda sem acreditar.

─Uau! ─o garoto responde admirado. ─Não sabia que tocava instrumentos.

─Você não sabe muitas coisas sobre mim. ─respondo sem da muita importância.

─De fato, não sei quase nada sobre você. ─confirmo. ─Então, vai querer que eu cante qual música? ─entrego a guitarra a ele.

─Não sei, qual quer música que você quiser cantar.

─Okay... ─Acho que você conhece essa aqui. ─o garoto começa a fazer os primeiros acordes iniciando a tal música. E logo de cara eu pude ver de quem se tratava a música.

─Mentira...! ─automaticamente minhas mãos vão parar em frente a boca, ainda sem acreditar. Então eu surto, quando ouço sua voz cantando. ─Puta.que.pariu. ─Ruel...?! ─digo ainda atônita. ─Eu já disse que eu te amo? ─ele me mostra um sorrisinho de lado.

Ruel cantava minha música preferida. Sim, ele cantava minha música preferida e ao vivo pra mim. E eu estava ainda sem acreditar no que estava acontecendo alí.

Automaticamente lágrimas insistiram em descer sobre meu rosto. Eu amava aquela música e como eu amava ela. Aquela música mexia muito comigo. Havia me ajudado muito durante uma fase ruim da minha vida.

Ajudo ele a cantar a música. Nossas vozes sincronizadas uma na outra, o som da guitarra soando contra a letra cantada. Cada letra, cada estrofe eu sabia sem pensar. Era um momento único pra mim tudo aquilo. Aplaudo o garoto que sorri envergonhado.

─Obrigado... ─agradece mostrando um sorriso convencido. ─Pra quem se dizia pouca coisa, você canta muito.

─Eu? meu sonho. ─Minha voz é... normal.

─Agora você, pelo o amor. ─Garoto...?! ─Por que és tão perfeito? ─digo ainda boquiaberta.

─São seus olhos. ─rio.

─Pra quem dizia quem não gostava dele...

─Pelo contrário, eu sou um grande admirador dele.

─Sério mesmo? ─pergunto admirada. ─Oh.my.good!

─Eu não sei se fico surpresa ou se fico com ciúmes disso. ─Por quê eu tenho muito ciúmes dele.

Ele solta uma gargalhada. ─Você está ciente de que não casará com ele, não é mesmo?

─Eu sei. ─reviro meus olhos. Apesar de ser iludida com isso, não posso simplesmente ver ele zombando da minha cara, então melhor nem dar demonstração de nada. ─Aliás, nunca se passou pela minha cabeça isso. ─Eu o admiro muito como meu ídolo e não que um dia eu vou me casar com ele. ─minto. Também quero me casar com ele, sim.

─Ah! Que bom. ─Por quê,  eu conheço umas meninas que são extremamente apaixonadas por ele e que são iludidas com ele também.

─Eu também conheço. Cof cof, minhas amigas, cof cof.

Ruel observa o relógio que tem no pulso. ─Nossa, já são quase oito horas! ─ele diz um pouco assustado. ─Minha mãe deve tá morrendo de preocupação comigo. ─Tenho que ir, Any.

─Okay, mais anota seu nome primeiro na capa do trabalho. ─pego a folha de papel que estava em cima da cama anotando meu nome completo na folha.

─Sua vez. ─digo á ele, que pega a mesma mostrando um sorriso amarelo. Entrego meu caderno á ele que pega, pondo a folha em cima.

─Eu anoto amanhã na escola. ─diz pondo a mochila nas costas.

─Amanhã é sábado! ─respondo o óbvio.

─Segunda eu anoto.

─Anota logo, Ruel! ─É só o teu nome, homem. ─É só... um nome. ─volto a repetir como se fosse óbvio.

Então ele pega a folha da minha mão, anotando seu nome ainda receoso. ─Aqui. ─me entrega a folha de papel com seu nome anotado nela.

Pego a folha observando seu nome.

─Ótimo.

─Pois é, vou indo. ─A gente se ver pela escola. ─Segunda, no caso.

─A gente se ver. ─acompanho ele até a porta.

─Tchau. ─ele se vira pra mim, parando na frente da minha porta. Então, se aproxima de mim tentando me da um abraço. Mas, ele meio que vai tentar mas não sabe como. É o abraço sai meio que desengonçado.

─Tchau. ─respondo a primeira coisa que ele disse no começo. ─Opa, calma aí. ─retribuo o abraço da maneira correta. E ele segue o ritmo me abraçando de volta, só que dessa vez corretamente. ─É assim que se abraça. ─solto um riso anasalado. E Ruel imita meu ato, soltando um riso baixo. ─não tive tempo de pensar em nada direito, quando sinto um beijo sendo depositado no meu pescoço,me fazendo arrepiar o corpo todo.

Quando nos soltamos, sorrio meio sem graça para ele o acompanhando até a porta da sala.

─Até segunda. ─digo e ele me manda uma piscada dando as costas.

Okay, talvez agora eu tenha caído em pura tentação.

                      #♡

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