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By lillykristy

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Dulce Maria se descreveria como uma pessoa comum se não fosse o pequeno detalhe de sonhar demais. Suas maiore... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Epílogo

Capítulo 29

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By lillykristy




O Christopher não apareceu na minha porta no dia seguinte. Ainda bem!

Sim, eu estava decidida que iria falar com ele, mas deveria fazer isso com calma.  Ou seja, eu havia decidido ir na casa dele depois do trabalho naquela noite.

      Pedi para o Paco não ir me buscar para me levar ao trabalho, pois eu queria evitar conflito.  Vai que o Ucker estivesse na porta de novo? Não, eu preferia evitar o estresse! Tinha que guardar energia para nossa conversa de noite.

Mais uma vez, não saí para almoçar. Não queria encontrar Christopher e nem com nenhum amigo dele, por isso preferi – mais uma vez – comer na minha sala. 

De noite então, finalmente, eu fui para a casa dele. Na verdade, eu enrolei muito antes de ir. Estava quase voltando para casa! No caminho todo, fui pensando se era mesmo uma boa ideia fazer isso. Quando cheguei, bati na porta e Alexandra perguntou quem era.  Quando falei meu nome, ela abriu no mesmo instante.

- Dul?? - disse sorrindo e já me puxando para um abraço. - Que bom que você veio!

- Desculpe ter sumido de novo. Mas eu não estava bem para falar com o Christopher!

- Mas vocês já se resolveram? – Ale perguntou esperançosa.

- Não... eu ainda não falei com ele.

- Mas hoje você fica até ele chegar, né? – ela perguntou e percebi o brilho no seu olhar.

- Sim, fico! – falei e ela sorriu ao ouvir minha resposta.

- Ótimo! Entre!

A Alexandra parecia mais abatida mesmo. Christopher não estava mentindo quando se dizia preocupado.

- Você está bem? – perguntei.

-  Tenho sentido umas dores no estômago ultimamente. – ela colocou a mão acima da barriga, indicando o local de sua dor. - Mas deve ser o nervosismo. Fiquei triste com sua ausência e preocupada com a tristeza do meu filho.  Acho que ele ainda não aceitou a morte do filho...

- Deve ser muito duro mesmo. – assenti.

- É sim, eu já vivenciei isso e sei o quanto é duro. Christopher não teve a chance de conhecer o filho, mas teve um vínculo com ele.

- Imagino que ele esteja triste, mas infelizmente não era o momento.

- Sim, também penso assim.

     Entrei em sua casa e ao olhar a mesa, vi que estava toda arrumada com o café da tarde pronto. Estranhei pois ela não sabia que eu iria visita-la.

       - Você estava esperando alguém?

       - Você! – ela respondeu animada.

       - Mas você não sabia que eu viria hoje...

       - Eu arrumo a mesa todos os dias achando que você virá.

      Aquilo me apertou o coração! Todos os dias ela tinha a expectativa que eu iria visita-la e eu não ia. Sei que minha presença para ela era importante, pois ela se sentia muito sozinha! Eu me senti terrivelmente cruel fazendo isso com ela.

      - Desculpe!

      - Não se preocupe! – ela sorriu - O importante é que você está aqui!

     Fomos tomar o café e a Alexandra parecia realmente muito feliz de eu estar ali com ela. Evitei falar do Christopher ou do que havia acontecido. Foquei em falar de assuntos aleatórios, como planos para os meus estudos, minha família e a recomendação de que ela procurasse um médico para ver o estômago.

     Quando chegou perto do horário do Christopher chegar, meu coração já acelerou. Fiquei muito ansiosa e a Ale percebeu a mudança do meu comportamento.

      - Fica tranquila, Dul... Por que você está assim?

     - Não sei... – respondi. - É como se eu não quisesse conversar com ele. Sei que ele precisa disso, bom, eu também preciso... mas no fundo, eu não me sinto preparada ainda. Doeu muito quando eu o vi com a Belinda.

    Ela ia dizer alguma coisa, mas começou um barulho na porta, dando sinal de que Christopher havia chego. Nossa, a palpitação piorou.

   Então ele abriu a porta e entrou. Ouvi ele dar boa noite, porém quando meu viu, ele  interrompeu a frase.

     - Dul...

    Ele abriu um sorriso, e eu timidamente sorri de volta. Ah... eu me derretia por ele ainda! Não tinha como negar! Mesmo ele sendo esse cafajeste, afff..

    A mãe dele se levantou e sorriu.

      - Ela voltou... – disse orgulhosa.

     Não era bem assim! As coisas não eram tão fáceis.

     - Na verdade vim conversar! – alertei, olhando para ela.

     - Sim, vou deixar vocês a sós. – Ela fez menção de levantar, porém Christopher, fez sinal para ela continuar ali.

      -  Fica tranquila, mãe. Vou com a Dulce para o quarto. Pode ficar a vontade.

     Levantei e ele estendeu a mão para que eu segurasse.

     - Vamos?

   Assenti com a cabeça e o acompanhei. Ouvi sua mãe desejar "boa sorte" e ele deu um sorriso. Fomos para o quarto e ele fechou a porta. Logo em seguida, ele me abraçou e me deu um beijo demorado no rosto.

      - Obrigado por ter vindo! Você não imagina o quanto isso é importante para mim.

      - Eu ainda estava muito machucada para vir antes... – respondi.

      - Eu sei, peço desculpas por isso também. - ele me olhou - Vamos sentar.

    Fomos até a cama dele e sentamos um de frente para o outro. 

      - Posso começar a falar?

      - Pode.

     Respirei fundo para tomar coragem (principalmente para não chorar).

   - Bom, - respirei novamente para ter força. -  primeiro eu queria dizer que em todo momento do nosso relacionamento sempre fui muito insegura em relação a nós. Eu sempre achava que em algum momento você seria infiel. Você sabe disso: eu tinha sempre um pé atrás. Não por você, mas você ser artista! Minha mãe tem um pé atrás com artista e eu acabei levando essa desconfiança comigo.

    - Eu percebia isso.

     - Pois é! Sei que é ruim desconfiar, mas eu não conseguia evitar! Todos os dias minha mãe falava isso pra mim... E o pior, é que tudo aconteceu justo no dia em que meus pais estavam aqui. Senti muito em ver você saindo sem falar nada comigo, sem me chamar para ir junto, sem deixar que eu estivesse ao seu lado num momento tão dificil... Eu me senti uma inútil! -minha voz começou a embargar. - Minha cabeça estava a mil, imaginando mil coisas... Mas quando cheguei lá...

    Minha voz engasgou antes de eu continuar.

     - ...e  vi você beijando a Belinda, meu mundo desabou. Todos os meus pesadelos se tornaram reais. Eu não quis mais te ver ou te ouvir. Eu não queria mais nada de você! Eu não queria mais confiar.

    Ele abaixou a cabeça e assentiu.

     - Sabe Dul, - ele começou a dizer.-  minha cabeça ficou muito confusa nesse dia. Eu fiquei realmente transtornado. Sei que nada justifica, mas a Belinda me pediu um beijo e eu estava tão abalado por perder um filho que não consegui dizer não. Afinal, eu imagino o quanto ela estava abalada também.

     - Deve ser uma dor horrível... mas como você disse, não justifica.

      - Eu sei Dul, sei que não justifica! Na hora eu não pensei. Só dei um selinho rápido, e eu não a beijaria de jeito nenhum! Mas sei que isso não vai fazer diferença... O que eu te devo é desculpas! Peço desculpas por ter te deixado aqui, por não ter falado nada, por queimar nosso namoro para os seus pais, por ter beijado a Belinda, e principalmente peço desculpas por ter feito você sofrer. Isso era tudo que eu menos queria!

   Eu fiquei em silêncio, enquanto mirava seus olhos. Via sinceridade em seu olhar. Sinceramente, meu orgulho não queria me fazer perdoar tão fácil.

     -  Eu não sei te dizer... tudo girava na minha cabeça... – ele disse.

     A voz dele começou a ficar fraca,

     - Eu sempre sonhei em ter um filho e saber que eu o perdi foi muito doloroso pra mim. Não sei te dizer se foi pior que perder meu pai ou minha irmã... É estranho falar... Eu não o conhecia, ele nem ao menos tinha nascido... mas...era meu filho!

      Foi então que ele começou a chorar. Ele apoiou a cabeça entre as mãos e começou a chorar desesperadamente. Ele chorava muito!

     Eu nunca imaginei o Ucker chorando. Lógico que eu sabia que ele já tinha chorado alguma vez na vida, mas nunca imaginei ele choraria ali, na minha frente.

     Sem pensar em mais nada, eu o abracei, fazendo carinho em seu cabelo. 

     - Eu não aguento mais perder ninguém, Dul...  - ele disse coma voz cortada. -Eu não quero perder você!

     - Eu estou aqui... - disse dando um beijo em sua testa.

     Ele simplesmente me abraçou e continuou chorando. Eu sentia que ele precisava isso.  Era como se realmente pudesse desabafar.

     Eu sentia um nó no coração. Não sei como isso seria possível, mas era o que eu sentia. Naquele momento eu não conseguia pensar em mais nada, - eu só sentia que deveria estar ali.

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