Sob O Mesmo Destino (CONCLUÍD...

By laricastro23

129K 10.1K 5.1K

•Livro I da série "Meu Primeiro Amor" •História concluída •Primeira postagem dia 13/08/2019 •Última postagem... More

Sinopse + Cast
Book trailer
Prólogo
Capítulo 01 - Acidentes
Capítulo 02 - Por trás da nerd
Capítulo 03 - Encontrando a cinderela
Capítulo 04 - Pais e filhos
Capítulo 05 - Mais que teatro
Capítulo 06 - Bons amigos
Capítulo 07 - Algumas doses
Capítulo 08 - Sob o mesmo teto
Capítulo 09 - Primeiro beijo
Capítulo 10 - Liberdade em duas rodas
Capítulo 11 - A verdadeira face
Capítulo 12 - Um novo lado
Capítulo 13 - Amizade perdida
Capítulo 14 - Fazer as pazes
Capítulo 15 - Perfeita mentirosa
Capítulo 16 - Filme e pipoca
Capítulo 18 - Falsa acusação
Capítulo 19 - Parque de diversões
Capítulo 20 - Beijos certos, pessoa errada
Capítulo 21 - Negação
Capítulo 22 - Selando um acordo
Capítulo 23 - Novas percepções
Capítulo 24 - Tudo ou nada
Capítulo 25 - Até que a morte os separe
Capítulo 26 - Fuga
Capítulo 27 - Fim de segredo
Capítulo 28 - Sob o mesmo destino
Em teu caminho - livro II

Capítulo 17 - Fora da rotina

3.2K 293 103
By laricastro23

Nicolas

No sábado, acordo pouco antes de Gina avisar que meu pai quer que eu desça para almoçar com eles. É engraçado como isso jamais aconteceu antes de Suzanne vir morar aqui. Na maioria das vezes, ele sempre almoçava fora, não só no sábado como no domingo também. Havia sempre uma reunião ou um almoço de negócios, não importa o dia ou a hora, ele jamais fez questão da minha presença. O que sempre me deu muito tempo livre para fazer merda por aí.

No início, era só para chamar a atenção dele, mas depois eu vi que não adiantava e acabei pegando um certo gosto por coisas erradas, especialmente as que arriscassem a minha vida ao extremo. Já faz um tempo que eu estou sossegado, sei lá, chega uma hora que tudo cansa, simplesmente vai perdendo o sentido e eu, por já ter experimentado de quase tudo nessa vida, não tenho mais muitas expectativas de encontrar algo novo e inebriante que me faça sentir bem de novo, muito menos me surpreender de alguma forma.

Durante o almoço em família, vejo a oportunidade de pedir a permissão do meu pai para conseguir pelo menos o carro, já que a moto está fora de cogitação, então aproveito.

— Pai, será que eu posso pegar o carro essa tarde? Anelyn e eu estamos precisando ir até à biblioteca fazer algumas coisas da escola e não queremos ficar incomodando vocês para nos levar e nos buscar. — peço, quase inocentemente.

— Que coisas? Você e Anelyn não tem as mesmas matérias. — Suzanne pergunta, lançando um olhar interrogatório para a filha.

— São coisas do grupo de teatro. — respondo. Pelo menos como uma boa desculpa essa droga de teatro deve servir. — Então pai, posso?

— Tudo bem. Só tome cuidado. Não vai querer regredir a confiança que está começando a ganhar novamente. — meu pai diz, seriamente, e eu assinto.

Anelyn e eu saímos de casa por volta das três da tarde, horário em que sei que é permitido, aos sábados, levar as crianças do orfanato para algum passeio, o que geralmente é feito por casais que querem adotar a criança, mas as minhas intenções com Dave são tão nobres quanto.

— Você se saiu muito bem hoje na hora do almoço. — Anelyn elogia, enquanto seguimos pelo asfalto movimentado.

— Eu sei. Eu sou um exímio mentiroso. — me gabo.

— Só espero, exímio mentiroso, que não acabe sobrando para mim como da última vez. — avisa.

— Na última vez nós erramos por não termos combinado uma mentira com antecedência, isso não vai acontecer de novo. Pode relaxar. Além do mais, hoje nós temos um motivo nobre. — lembro.

Chegamos ao orfanato movimentado, como em quase todas as vezes que estive aqui, e muitos casais estão esperando por seus candidatos à filho adotivo nas cadeiras desconfortáveis da sala de espera. Caminho direto para o corredor, acenando para a irmã Sara, que fica na recepção, e sendo seguido, de perto, por Anelyn. Andamos até o pátio, onde procuro por Dave no meio das outras dezenas de crianças correndo e brincando, mas logo percebo que ele não está ali. Sozinho, fazendo desenhos com um graveto em um canteiro de terra, o encontro. Anelyn e eu nos entreolhamos antes de caminharmos até ele.

— Dave. — chamo sua atenção e ele me olha por cima do ombro no mesmo instante.

— Nicolas! — exclama, com alegria, largando o graveto no chão e ficando de pé para se aproximar de mim. Ele ergue a mão, espalmada, acima da própria cabeça, esperando por meu cumprimento.

— Como você está? — pergunto, batendo minha mão na dele.

— Bem. — diz, sorrindo timidamente ao notar a presença de Anelyn atrás de mim.

— Oi, Dave. — Anelyn diz, sorrindo sem jeito, sob o olhar atento do garoto.

— Oi. — ele responde.

— Essa é a Anelyn, Dave. Ela quis vir junto no nosso passeio. — explico.

— Passeio? — ele me olha, com brilho nos olhos.

— É. Acho que já estou te devendo isso há muito tempo, ? — sorrio, assim como ele. — Vem, vamos falar com as freiras. — digo, passando minha mão por seus ombros e o guiando ao meu lado.

Depois da devida autorização das freiras, seguimos, os três, para o carro.

— Onde nós vamos? — Dave pergunta, impaciente.

— Primeiro, nós vamos comprar um presente pra você. Depois, vamos até um lugar onde poderemos usar o presente. — conto, alternando meu olhar entre a estrada à minha frente e o olhar do garoto pelo espelho retrovisor.

Estaciono no andar térreo do shopping e nós três seguimos até a primeira loja de esportes que consigo encontrar. A sessão onde as várias bolas de futebol estão expostas fica logo no início da loja. Me aproximo, mas logo dou espaço para que Dave possa analisar a que será de sua escolha.

— Fique à vontade para escolher. — digo, indicando os objetos redondos de várias cores e temas.

— Sério? Qualquer uma? — ele pergunta, sem conseguir esconder a euforia.

— Sério. Vai lá. — afirmo, com um sorriso, e ele logo se afasta, caminhando de olhos vidrados nas bolas de futebol.

Depois da difícil escolha de Dave por uma das bolas de futebol, deixamos o shopping para ir até o Phoenix Park, onde ele terá espaço suficiente para se divertir com seu presente.

— Não sei se foi uma boa ideia vir até aqui. — ouço Anelyn dizer, quase em um sussurro, ao meu ouvido.

Estamos parados ao lado do carro, logo depois de estacionar. Franzo as sobrancelhas por um instante, sem entender a que ela se refere, mas ao procurar pela pequena figura de Dave e encontrá-lo de pé observando o vasto gramado à sua frente, entendo o que Anelyn quer dizer. Muitas crianças estão ali também. Fazendo piquenique, andando em bicicletas ou patins e passeando com seus cães, porém, todas elas acompanhadas por seus pais.

— Eu não tinha pensado nisso. — admito. — No orfanato, ele convive com crianças que vivem na mesma situação, todas órfãs, como ele, mas aqui... A lembrança da perda vai ser bem mais forte.

— Você acha que é melhor irmos pra outro lugar? — Anelyn pergunta.

— Não. Ele vai ter que enfrentar isso cedo ou tarde. Vamos. — digo e vou até o garoto. — Ei, Dave, pronto para ser vencido? — pergunto, batendo minha mão na bola de couro amarela, fazendo-a cair das mãos do garoto para o gramado e, em seguida, conduzindo-a com meus pés. Paro a bola, apoiando meu pé direito sobre ela e me virando para Dave novamente. — Você vem ou não?

Dave sorri e corre ao meu encontro para tentar tomar o domínio da bola, começando a brincadeira. Adentramos o gramado cada vez mais, até uma parte onde não está tão movimentado, para podermos jogar com liberdade e sem incomodar ninguém. Anelyn encontra um banco de madeira sob a sombra de uma árvore e se senta para nos observar.

Apesar de já passar das quatro horas, os raios de sol ainda irradiam com intensidade e, jogando bola com Dave, o calor parece triplicar por meu corpo, fazendo gotas de suor começarem a se formar por minha pele. Jogo a bola para Dave e aproveito a pausa para tirar minha camisa. Corro até onde Anelyn está sentada e deixo a camisa ao lado dela, no banco, então volto para onde estava, a tempo de ver Dave também tirar a camisa e correr para deixar junto com a minha.

Passamos um bom tempo jogando bola, mas com a tarde chegando ao fim, decido que é hora de levar Dave de volta para o orfanato. No caminho, fazemos uma parada rápida para tomar sorvete, daqueles que você mesmo pode montar o seu com tudo o que tiver direito, o que foi exatamente o que Dave fez, fazendo Anelyn e eu, inevitavelmente, sorrirmos da altura que a taça de sorvete do garoto alcançou.

— A Anelyn é sua namorada? — Dave me pergunta, quando a rapidez com que devorava o sorvete começa a diminuir, obviamente por ele não estar mais aguentando a quantidade.

— Não. — respondemos, em uníssono.

— E é o quê então? — ele indaga, curioso.

— É... — perco as palavras, percebendo que Anelyn e eu não temos nenhuma relação que se possa explicar em apenas uma palavra. Olho para a garota, na tentativa muda de pedir para que ela explique.

— Eu não sou nada do Nicolas. — ela começa, com parcimônia. — Nossos pais estão noivos, o que nos obriga a morar na mesma casa. Só isso. — explica, sorrindo ao fim. Dave fica calado, pensando no assunto por alguns instantes.

— Então agora você e o seu pai não estão mais sozinhos. — diz, olhando para mim. Forço um sorriso sem dentes, assentindo.

— Vamos? — chamo, já me colocando de pé. Os dois fazem o mesmo.

Já é noite quando chegamos ao orfanato. Anelyn e eu acompanhamos Dave até o interior do casarão, avisamos à uma das freiras que ele já está entregue e então nos despedimos do garoto.

— Obrigado por hoje. Eu gostei muito. — ele diz, seriamente.

— Nós também gostamos muito, Dave. — Anelyn diz, em seguida se inclina para beijar o rosto do garoto.

— Nós vamos vir de novo. Outro dia. — prometo, cumprimentando-o com um bater de punhos. — O que você acha de um parque de diversões na próxima vez? — pergunto e ele sorri, balançando a cabeça positivamente. — Até outro dia então. E vê se se comporta. — peço, antes de dar meia volta e seguir, ao lado de Anelyn, de volta para o carro.

— Ele é uma criança ótima. É muito triste que tenha perdido os pais tão cedo. — ela comenta, pouco tempo depois de nos afastarmos do orfanato.

— Eu sei. — suspiro. A verdade é que ninguém no mundo lamenta mais que eu o que aconteceu com Dave, exatamente porque eu passei por algo semelhante, que me faz sofrer até hoje, e saber que o que aconteceu à ele foi ainda pior, me deixa arrasado. — Eu estou faminto. Podemos passar no Mr.hambúrguer antes de voltar pra casa? — pergunto a Anelyn, aproveitando para mudar de assunto.

— Tudo bem. — ela concorda e eu mudo a rota de casa para a lanchonete.

— Você não acha que seria bom mandar uma mensagem para nossos pais avisando que estamos aqui? — ela pergunta, me fazendo desviar o olhar da estrada por um segundo para encarar seus olhos verdes por detrás das lentes do óculos, que parece ainda maior quando ela está com os cabelos enrolados em coque. O que acontece quase sempre.

— Acho que é uma boa ideia. — concordo, por fim.

Ela pega o celular no bolso da calça jeans claro que está usando e começa a digitar. Poucos minutos depois, estaciono próximo ao Mr.hambúrguer. Descemos e me surpreendo ao entrar no local e ver a grande quantidade de pessoas ali tão cedo da noite. Com dificuldade, Anelyn e eu encontramos uma mesa vazia e nos sentamos de frente um para o outro.

— O que você vai querer? — pergunto, analisando o cardápio.

— Nada. Nós não podemos demorar muito. — responde.

— Não seja boba. Você está com medo da sua mãe brigar? — debocho.

— Acho melhor não arriscar. Anda logo, isso aqui está lotado. Até aprontarem o seu pedido...

— Tudo bem. — interrompo e me viro a procura de uma garçonete, mas antes que tenha tempo de chamar a atenção de alguma, Valerie Donnet se aproxima, de braços cruzados, avaliando Anelyn minuciosamente.

— Já escolheram? — ela pergunta, sem desviar o olhar da nerd.

— Dois hambúrgueres, dois refrigerantes e uma porção de batatas fritas. — digo, fazendo-a me olhar.

— É pra já, senhor. — responde, com desprezo, e se afasta.

— Eu disse que não queria nada. — a nerd reclama.

— Que mal agradecida. — finjo ofensa, semicerrando os olhos.

— E eu não vi você pedir pra ela embalar o pedido pra viagem. — continua, me ignorando.

— Porque nós vamos comer aqui, bem tranquilamente. — respondo.

— Você abusa da sorte. Por isso sempre se dá mal.

— Nós não estamos fazendo nada de mais. Eles não vão brigar por que paramos para comer um hambúrguer.

— Isso se eles acreditarem nisso. Você não tem uma boa reputação quando se trata de falar a verdade e ainda têm me arrastado junto com você para suas mentiras.

Não respondo. Apenas pego o meu celular, arrasto para o lado, colocando na câmera frontal e me virando alguns centímetros no banco para conseguir tirar uma foto minha e da nerd.

— O que você está fazendo? — pergunta, confusa. Viro a câmera e tiro outra foto da lanchonete e das várias pessoas ali.

— Reunindo provas. Agora, quem sabe, você possa parar de encher o meu saco com essa história e relaxar enquanto a comida chega.

O pedido demora mais do que geralmente demora para chegar, mas logo Valerie deixa tudo em cima da mesa e se retira, sem dizer uma palavra. Anelyn e eu comemos com calma, mas logo ela desiste de dar conta do hambúrguer inteiro e das batatas e fica somente esperando que eu termine a minha parte. Instantes depois o celular dela vibra, com a tela acesa, em cima da mesa e ela o pega. A observo enquanto lê alguma coisa que, seja o que for, deixa seus olhos cada vez mais arregalados e sua pele ainda mais pálida.

— O que foi? — pergunto, curioso.

Ela me olha, revelando os olhos marejados. Sem dizer uma palavra, ela engole em seco e se levanta, saindo da lanchonete quase correndo. Completamente confuso, me levanto também, corro até o caixa para pagar a conta e pego o meu celular, enquanto espero pelo troco. Leio a notificação de uma marcação nas redes sociais e clico. No mesmo instante uma foto minha e de Anelyn, exatamente como estávamos alguns minutos atrás na mesa da lanchonete, está postada em uma página anônima com a legenda:

"Anelyn Clark, a próxima vítima de Nicolas Mitchell. Depois do jantar, ela vira a sobremesa.
Parece que o playboy mais cobiçado de Phoenix está ficando sem opções. Dessa vez, ele escolheu bem mal. Só não se esqueça, querida, que ele só come pratos variados, não repete a refeição."

Desgraçada! Eu vou matar Valerie Donnet. Não importa se ela teve o cuidado de postar anonimamente, eu sei que foi ela e ela vai pagar por isso. Bloqueio a tela do celular novamente e procuro por aquela cobra venenosa pela lanchonete, mas não a vejo em lugar nenhum, então, saio dali para ir atrás da nerd. Como se ela já não me odiasse o suficiente, ainda acontece essa...

Para a minha surpresa, Anelyn está encostada na lateral do carro, abraçando o próprio corpo e encarando o chão. Me aproximo e ela ergue o rosto vermelho, notando minha presença. Eu não sei o que devo dizer. Não sei nem o que está se passando pela cabeça dela. Do jeito que eu sou, é capaz de acabar piorando a situação se tentar falar alguma coisa, mas eu não tenho muita opção. Ela foi exposta dessa forma por minha causa, porque eu tenho uma péssima reputação e saí por aí plantando ódio no coração de inúmeras garotas, inclusive Valerie.

— Eu já vi a publicação. — começo, me encostando no carro, ao lado dela. — Com certeza foi a Valerie. Eu sinto muito...

— Eu não consigo entender o que faz uma garota escrever algo assim sobre outra. — ela me interrompe, com a voz falha. — Se fosse um cara, já seria horrível, mas uma mulher...

— A culpa é minha. A Valerie está magoada comigo. Eu... Eu fui um babaca com ela. — admito.

— Você? Um babaca? Nossa, estou até surpresa. Realmente não posso acreditar nisso. — ela diz, com um sarcasmo que, vindo dela, chega a ser surpreendente. Inevitavelmente, eu sorrio.

— Desculpa. Eu vou resolver isso. — prometo. — Agora vamos embora. Não era você que estava morrendo de pressa?

— Ainda estou. — escuto ela falar, enquanto dou a volta no carro para poder entrar. — Não quero correr o risco de que me vejam com você de novo. Aliás, eu acho que vou instaurar uma ordem de restrição entre nós. Quem sabe assim, te mantendo longe, você pare de arrumar confusão na minha vida.

— Seria muito útil. Mas você se esquece que isso agora é impossível. Nós moramos juntos. Acho melhor você se acostumar com os problemas.

Você é o problema.

— Você está quase me magoando.

— Continuarei tentando.

Sorrio.

Dirijo até a mansão, em silêncio, me sentindo tranquilo e leve como não me sentia há muito tempo. O dia com Dave foi muito melhor do que planejei. Fazer ele se divertir fez o mesmo acontecer comigo. Uma diversão que eu nem mais me lembrava, por ter me acostumado ao fato de que diversão só acontece com álcool, festas e garotas. O dia de hoje, me provou que isso é o maior equívoco de um adolescente. Existe muita diversão nas coisas simples também. Principalmente nas brincadeiras de uma criança.

Continue Reading

You'll Also Like

186K 9.4K 49
ÓDIO E AMOR LADO A LADO, É POSSÍVEL?? IRMÃOS, NÃO PODEM FICAR JUNTOS, OU PODEM?? SERÁ MESMO O FIM?? AMOR ETERNO OU PAIXÃO PASSAGEIRA? São perguntas q...
2.1M 180K 109
Os irmãos Lambertt estão a procura de uma mulher que possa suprir o fetiche em comum entre eles. Anna esta no lugar errado na hora errada, e assim qu...
15.6K 1.3K 54
"And I've tried to run before, but I'm not running anymore, because I fought against it hard enought to know that you love who you love." Não importa...
Αt Least By Juh

Teen Fiction

519K 25.8K 100
"Ρειο Μεηοs..." "O esforço nem sempre é recompensado como queremos ou esperamos" Copyright © 2015 All Rights Reserved by nothingmatterss