KARMA - A Morte Do Seu Lado

Από jjeffoliveira

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+18 Em 1924, Stiller, uma pequena cidade no interior canadense, sofreu uma série de assassinatos não desvenda... Περισσότερα

PARTE I
I - Não estou maluca!
II - O Bilhete
III- Estou sozinha?
IV - A Vida é como queremos?
V - Artigos
VI - 1924 Uma aula de História e terror
VII - O impossível
VIII - A Cerimônia
IX - Pós Cerimônia
PARTE II
I - A Outra Face
II - O Hospital
IV - A Igreja
V - Onde estou?
VI - A Verdade Revelada
VII - Família
VIII - Billy
IX - O Exorcismo
X - Duas mortes Inesperadas
PARTE FINAL
I - Maggie
II - O Nascimento da Fúria
III - Acordando do Coma
IV - Sarah e Clark
V - A Mente de um Psicopata
VI - O Encontro
VII - Velórios
VIII - A Manifestação do Filho do Diabo
IX - Ápice
X - Ápice 2
XI - Ápice 3
XII - Maggie e Billy
XIII - Recomeço
Epílogo
Agradecimentos / Sobre o Autor / Prévia Livro 2

III - Novos Rumos

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Από jjeffoliveira

Katie

Ser levada para a delegacia infelizmente tinha se tornado uma rotina, mas não de forma obrigatória isso era novidade. Eu não tinha a intenção de machucar ninguém, muito menos o Billy, aconteceu de forma involuntária. Eu queria ter contato com a Maggie, mas não era possível pois ela estava em outra sala que eu não tinha contato. Não foi preciso chamar meus pais, o policial entendeu com facilidade que eu não tive a intenção e uma ligação do hospital confirmou isso, o Billy já tinha acordado e confirmou que foi tudo sem querer. Isso me aliviou bastante, bastante mesmo. Levantei-me da cadeira daquela sala e fui andando nos corredores em direção a saída, mas enquanto eu estava caminhando a porta da sala que a Maggie estava foi aberta, desabafando os sons de gritos e choros que estavam naquela sala, vi enfermeiros segurando a Maggie que gritava muito, sua mãe, o Policial Jeff e outros, entendi tudo. Eles estavam pensando que a Maggie estava maluca, ela já tinha um histórico de crises, mas por um momento me senti na pele dela. Espontaneamente ela olhou para trás e me viu.

- Katieeee, Katieeeeee! - Ela gritava e tentava permanecer olhando para mim enquanto era levada pelos braços por três enfermeiros musculosos - Não fale nada com ninguém do que você viu, das coisas estranhas que estão acontecendo com a gente, eles não vão acreditar, ELES NÃO ACREDITAMMM na gente - As lágrimas dela escorriam pelo rosto o desespero era notável.

Outros policiais correram e amenisaram o tumulto que estava dentro da delegacia e só deixaram eu sair daquele local quando a Maggie foi colocada em uma ambulância e levada, mas não saí... Vi que a mãe da Maggie e o policial Jeff entraram em uma sala, e mais uma vez tive uma atitude que não deveria, entrei sem permissão na sala que eles haviam entrado.

- A é? Sério isso? Seus COVARDES!!! - Entro, gritando.

A mãe de Maggie levanta da cadeira que estava sentada de frente para o Policial e permanece ao lado da cadeira olhando para mim.

- Como você pôde? - Minhas lágrimas começaram a escorrer. - Como uma mãe pode abandonar uma filha desse modo? Como você pode acreditar que ela fez todos aqueles machucões para chamar atenção? Você deveria ser desconstituída do cargo de mãe.

- Katie! Você não poderia ter entrado aqui nessa sala desse modo, é infração grave.

- ISSO É GRAVE? GRAVE É TER DIVERSOS POLICIAIS PATÉTICOS AQUI DENTRO, QUE PREFEREM COLOCAR A CULPA EM ADOLESCENTES VÍTIMAS DO QUE ASSUMIR A INCAPACIDADE DE SEREM BONS PROFISSIONAIS.

No momento do meu grito o policial Jeff levanta da cadeira, coloca seu braço em minha direção e está caminhando lentamente eu começo a dá uns pequenos passos para trás.

- Não se aproxime. Não confio mais em vocês... Não confio mais em ninguém. Vocês merecem morrer como todos os outros morreram. 

- Isso é uma ameaça? - Pergunta o Policial.

- Não sei Jeff. Já não sei mais o conceito de ameaça, mas hoje esse conceito está muito mais perto de ter relação com a polícia. - Dou às costas, abro a porta e a bato. Vou embora daquele local.

Katie

Chegando em casa vou diretamente para o quarto e me surpreendi pois meu pai estava na sala. Escuto que tem alguém subindo às escadas, passos pesados, então acho que é
meu pai, e realmente era.

- Filha! Como você está?

- Poderia bater na porta da próxima vez?

- Mas a porta está aberta!

- Tanto faz ...

Ele se aproxima e senta ao meu lado na cama. Coloca sua mão em meu ombro e a outra segurando minha mão que estava apoiada em minha perna.

- Por mais que pareça que eu esteja distante... Eu estou tentando resolver isso o tanto quanto você, eu estou aqui para te apoiar e te consolar e quero que me perdoe pela ausência, ando muito ocupado e preocupado com tudo que está ocorrendo.

O discurso do meu pai torna ainda mais confuso o que já está confuso até de mais.

- Como assim pai? Como assim ocupado com o que está acontecendo? - Falo sem olhar para ele, continuo olhando para o chão.

- Nunca fui tão religioso, mas eu acho que a religião tem muito o que nos ajudar agora, entende? - Ele tira as mãos do meu corpo e apoia as duas no colchão. - O Bispo que chegou em nossa cidade já foi meu professor uns anos atrás, professor de História e Filosofia, ele tem várias graduações o cara é um fera.

- Por que está me falando isso? 

- Eu acho que deveríamos falar com ele, ter uma consulta espiritual. Ele poderia nos acalmar...

Olha para o meu pai sem entender.

- Pai você acha mesmo que isso poderia nos ajudar de alguma forma? Precisamos de segurança, precisamos que isso acabe, eu preciso de minha amiga Maggie, eu preciso do Carlos aqui, eu preciso que a escola volte ao normal. - Começo a chorar, meu pai me abraça e coloca sua cabeça em meu ombro, quando levanto a cabeça vejo que minha mãe está apoiada na porta olhando para a linda cena entre pai e filha. - Mãe... Sua intrometida!

Minha mãe ri e mesmo assim entra no quarto. Ela estava segurando um envelope.

- Majon, esse envelope é da delegacia. Chegou para você. - Minha mãe entrega nas mãos de meu pai e olha para mim com um olhar de ordem, um olhar que mandava eu me acalmar e que tudo iria ficar bem.

Percebo que quando meu pai abriu o envelope ficou totalmente desconfortável e saiu de meu quarto às pressas. Minha mãe cruzou os braços e foi em direção a janela do meu quarto e ficou lá parada olhando para o nada até eu falar.

- Mãe o que está acontecendo? - Eu sabia que eles estavam escondendo algo de mim. Eu sabia, eu tinha a plena certeza.

- Filha! Nós não devemos nos omitir, tudo que eu sabia eu contei na polícia, e espero que tudo que você saiba também conte. O Billy ligou do hospital e já está bem, por que você não nos contou sobre o ocorrido?

- Foi tudo muito rápido. Mas quero saber o que o pai recebeu naquele envelope?

- Uma intimação!

- Ele vai depor?

- Sim.

- Meu pai tem alguma coisa haver com o que está acontecendo?

Ele retorna para o meu quarto no momento que minha mãe responde.

- Eu acho que sim.

Meu pai rapidamente vai em direção a minha mãe e a empurra, fazendo com que ela caia sentada no chão.

Levanto automaticamente da cama.

- PAI VOCÊ ESTÁ MALUCO? - Grito.

- SUA MÃE QUE ESTÁ! COMO PODE DUVIDAR DE MIM JESSICA? COMO?

Minha mãe começa a chorar sentada no chão.

- Majon, eu lembro quando sua avó morreu, eu lembro que ela falava de vingança e de uma seita que morreu quando o circo queimou.

Oi? Ei sabia que eles estavam escondendo algo, agora eu só conseguia ficar parada, eu tinha que escutar o máximo de informar possíveis daquela discussão. Seita? Tem haver com os livro da biblioteca, tem relação com o que o Velho na biblioteca falou, tudo está se encaixando, mesmo que esteja uma enorme bagunça em minha cabeça, então era verdade, era verdade o que eu vi e escutei.

- Meu Deus Jessi! Meu Deus... MINHA VÓ era malucaaaaaa, eu nunca fiz o que ela pediu, eu sempre evitei me envolver nas maluquices dela.

Que maluquices?

- Desculpe amor, mas você vai ter que esclarecer isso para o Policial.

Majon

O clima de desconfiança em situações como essas são normais. Minha família desconfiando de mim, justamente por ter escutado loucuras de minha avó é normal. Eu entendo. E espero esclarecer tudo na delegacia logo. Estou na sala sentado em minha poltrona clássica, lendo uma revista de vendas, não tinha nada em mente para comprar, acho que abri essa revista para disfarçar que meu único passa tempo nesse momento eram os meus pensamentos. Eu tinha que falar com o Bispo e com o Oliver o mais rápido o possível e falar que o cerco está se fechando, quando a cidade descobrir a podridão que está rolando vai ser péssimo para todos. 1924 tem que ser enterrado de uma vez por todas da vida de todos, de todos. Olho para o relógio e percebo que está quase no horário de ir até a delegacia, me levanto da poltrona e percebo que um vulto se baixou para trás do sofá.

- Katie? Você está aí atrás? - Até lembro de quando ela era pequena e costumava se esconder atrás dos móveis de nossa casa, NOSSA, que tempos Bons, de correr atrás de minha filha pela casa, de brincar com ela, é doloroso quando percebemos que os nossos filhos crescem rapidamente. Percebo que ninguém respondeu, vou lentamente até atrás do sofá e vejo que não há nada ali. Escuto passos correndo na cozinha que está atrás de mim, viro rapidamente já assustado. Novamente vou andando devagar até a cozinha, dou uma volta na mesa que fica no centro e até olho debaixo e não há nada lá. Confiro se as janelas e a porta dos fundos estão trancadas com chaves e estavam. Vou até a pia da cozinha e lavo meu rosto, dou umas tapinhas em meu rosto, acho que essas coisas que eu estou vendo e escutando são resultado da minha insônia nos últimos dias. Enquanto estou encarando a parede e pensando no que eu irei falar na delegacia escuto a porta dos fundos abrindo lentamente, olho para a porta e vejo que ela estava se abrindo e o pior foi ver que não havia ninguém e nada atrás da porta. Fico sem entender como uma porta que estava trancada poderia ter se aberto dessa forma. Vou até a porta, olho para o quintal para conferir se não tinha ninguém... E não tinha. Fecho a porta novamente.

Vou para a garagem em silêncio ligo o carro e dirijo em direção a delegacia. Quando chego lá parece que todos já estavam me esperando, percebo que a delegacia fica até mais movimentada com minha presença lá. Vou até a recepção e entrego minha intimação, a recepcionista digita algo no computador, liga para a sala do Policial Jeff, fala da minha presença e me indica a sala que eu devo entrar e vou até lá. Era a terceira lada do lado esquerdo do pequeno corredor. Entro, percebo que realmente era uma sala de interrogatório, apenas uma mesa no centro, o Policial sentado e um gravador em cima da mesa. Sento.

- Bom dia Senhor Wodson!

- Bom dia Policial, pode me chamar de Majon, por favor, dispense formalidades.

- Bem! Recebemos uma denúncia anônima...

- Minha mulher já me contou tudo. - Interrompo a fala do Policial e ele se assusta. - O incrível é que ela não conseguiu guardar segredo, se eu realmente fosse o culpado eu já estaria muito longe dessa cidade por ver que até minha mulher está desconfiando de mim, e essa fala não é Psicologia reversa.

- Entendo Majon! Mas mesmo assim temos que seguir o protocolo. O que você está pensando não está acontecendo, por mais que queiramos encerrar esse caso, cada vez mais que adentramos nele novas coisas acontecem e novos caminhos aparecem. Há um leque de possibilidades e não podemos deixar de investigar uma sequer. - Respira fundo e Liga o gravador. - Então, Majon quando sua avó morreu?

- Faz uns 20 anos.

- Como foi a última conversa que você teve com ela?

- Policial, já que estou aqui irei revelar tudo que está acontecendo nessa cidade. E sim, tem tudo haver com 1924, espero que eu também não seja taxado de pouco como a amiga de minha filha. Minha avó participava de uma seita macabra que...

A Porta da sala é aberta inesperadamente. Tenho um susto, assim como o Policial Jeff. Ero o Oliver, acompanhado de uma homem que eu nunca tinha visto na cidade, o homem estava com a farda da polícia e uma estrela no peito, também estava tirando um chapéu marrom com uma estrela no centro.

- Olá pessoas, esse é o novo Xerife da Cidade. Xerife Marlon. Ele estará encarregado de tudo aqui da delegacia agora. E uma de suas primeiras ordens é encerrar esse interrogatório.

O quê?

- Como assim Oliver? Eu não fui notificado de nada. E esse interrogatório é muito importante para a investigação que eu estou comandando. - Jeff levanta da cadeira e fala em um tom mais alto olhando para o Xerife e para o Oliver.

- Desculpe Policial Jeff pela inconveniência, mas não foi possível notificar você. Infelizmente você está suspenso de duas atividades por dois meses, quero que pegue todos os dados que você tem dessa investigação e jogue fora, tudo se iniciará do 0. - Fala o novo Xerife.

- O que? Como assim? Temos materiais de tudo que aconteceu, não pode levar a investigação para a estaca 0! Você está maluco? - Jeff continuava aumentando o tom.

- Quero que se retire o mais rápido o possível da delegacia. E pare de falar de 1924. Tudo que está acontecendo não tem nada haver com essa data. Não queremos a polícia cheia de lendas urbanas e falsas.

Jeff abaixa a cabeça e vai "bufando" para a sua sala arrumar as coisas, eu fico sem reação, eu sabia que isso tinha sido coisa do Oliver. Ele foi capaz de contornar toda a situação. Esperto.

- Prazer, sou o Majon. - Falo, levantando da cadeira e apertando a mão do novo Xerife.

- Prazer senhor. E pode ficar tranquilo e ir para casa, não iremos submeter o senhor em situações semelhantes a essa.

- Oliver posso falar com você em particular? - Falo saindo da sala.

O Oliver atende ao meu pedido e vamos para fora da delegacia. Chuto uma pedra em sinal de raiva. E viro para o Oliver, olhando fixamente para os seus olhos.

- Isso foi coisa sua não foi? - Me aproximo. - Isso foi coisa sua não foi seu PORRA? - Empurro o Oliver com minhas duas mãos e ele dá uns passos para trás. Ele ri.

- Majon. Você deveria me agradecer amigo.

- Agradecer? Agradecer? Você tem que parar de mexer com o que não deve? Você tem que parar com isso.

- Vejo que carrega uma grande culpa no peito amigo, você deveria estar no meu lado!

- E o que você ganha com isso?

- Sou fiel aos meus ancestrais Majon, estou revivendo o que nunca deveria ter sido enterrado.

- Reviver o terror? É ISSO PORRA?

- Reviver o prazer, o prazer Majon. Você deveria ter seguido sua Avó, seu traidor.

- Só espero que isso não afete minha família!

- Eu não decido as regras Majon. Eu apenas sou uma peça nesse enorme xadrez.

- Você corrompeu a polícia. Eu irei recorrer a outros modos.

- Que modos?

- EU IREI RECORRER A DEUS.

- DEUS? - Ele ri - Deus nos abandonou há muito tempo meu querido amigo, os tempos são outros.

Vejo o Jeff saindo da delegacia sem a jaqueta de policial e com duas caixas na mão. Dá um sinal de positivo para nós, entra no seu carro e vai embora. Vou até o Oliver e coloco minha mão no ombro dele.

- Lembre... Que até seu filho foi vítima de suas brincadeirinhas.

O Oliver fica em silêncio. E eu vou em direção ao meu carro, antes de ligar coloco minha cabeça no volante e respiro fundo. Ligo o carro e vou em direção a igreja.

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