Knocked Up - Tradução PT

By misselrick

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Descrição: Do Kyungsoo tinha muitos planos, mas engravidar definitivamente não era um deles. Prefácio: Princ... More

Smiley Face from Hell
The Power of Banana Milk
Of Unicorn's and Baozi's
Nutella
Do U-Know?
Jealous Jongin
Kissing Soo
Fess Up
Birthday Unicorn Part 1
Birthday Unicorn Part 2
BlueberrySoo
2 Jongs Don't Make a Right
Geurae Oolf, Naega Oolf
Awoo and Shit
U-Know I'm Gonna Kick Your Ass, Right?
The Three Muskequeers
Happy Bottom-ween
Put The Lime in the Coconut
Meet the Parent
When the Kyungsoo Nation Attacked
Grandma Knows Best
인어의 눈물
The Idiot that Lives Nowhere
I Wanna Do Kyungsoo
Daddy Knows Best
Wrecking Byul
Love Can Be A Touchy Subject
2 Jong's 1 Soo and Princess Lulu

Panda Time

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By misselrick

Jongin estava pálido enquanto caminhava pelos corredores lotados até chegar ao seu armário. Ele empurrava pessoas, jogando algumas para o lado quando alguém entrava em seu caminho. Ele nem mesmo sabe porque está tão irritado, simplesmente está. Em um minuto ele estava saindo da sala de dança e no outro Kyungsoo dizia que estar grávido. Grávido.

Ele havia rezado para que tudo não passasse de uma piada doentia, mas quando Kyungsoo o agarrou pelo braço, ele viu nos olhos do mais velho, viu que não era piada e isso o deixou irritado. Irritado porque Kyungsoo só parou de o evitar porque estava grávido. Irritado porque Kyungsoo havia o beijado no dia anterior, como se fosse algum tipo de anúncio de ter decidido arruinar sua vida hoje e ele havia caído nessa.

Acima de tudo ele estava irritado consigo mesmo por ser tão idiota. Para começar, ele nem deveria ter domindo com Kyungsoo. Foi um ato baseado em atração, luxúria e confiança quando estava bêbado.

Parando para pensar, ele malmente conhecia Kyungsoo. Claro, ele sabia o básico, o que Chanyeol falava sobre ele. Mas ele não conhecia o mais velho de verdade. Ele não tinha ideia do que os pais dele faziam, não sabia o que o mais velho odiava ou amava, não sabia o que ele queria fazer quando se formasse no colégio, não sabia as coisas importantes que deveria saber. Diabos, ele nem sabia se Kyungsoo gostava de si, pelo amor de Deus.

Jongin sabia que ele gostava de Kyungsoo, mas agora não tinha mais certeza. Ele estava tão zangado com o mais velho, que nem compreendia mais qual era o motivo. Em certo ponto ele havia imaginado Kyungsoo sendo seu namorado, imaginou mais vezes do que deveria. Mas ter um filho com ele? Jongin jamais pensaria em algo assim.

Ele não tinha nem dezesseis ainda. Jongin não pensava em filhos. Ele pensava em acertar aquele passo que ainda tinha que aperfeiçoar para a aula de dança. Ele pensava naquela prova de matemática no próximo período que ele não poderia perder de jeito nenhum. Sua mente estava em tantas coisas. No entanto, nada sobre crianças, casamento ou faculdade. Mas aqui estava ele, ouvindo que seu peguete de uma noite teria um bebê. Seu bebê.

Que diabos ele deveria fazer?

Ele bateu com o punho no armário, fazendo as pessoas que passavam por perto olharem assustadas. Ele não havia nem notado que Sehun estava ao seu lado, o olhava preocupado.

"Cara, você tá bem?"

Que coisa mais estúpida de se perguntar. Se ele estava batendo com o punho, agora machucado, no armário, isso significava que ele estava bem?

"Eu pareço estar bem?!" ele gritou e olhos de Sehun e Tao se arregalaram. Jongin não era de se irritar facilmente. Quando ele se chateava, simplesmente parava de falar. Ele gritando era uma raridade que ninguém gostava de ver.

"Não grita comigo" Sehun respondeu de volta, olhando feio para Jongin, que retribuiu o olhar da mesma forma.

Jongin interrompeu o contato visual primeiro, virando e se encostando no armário, passando a mão pelo rosto irritado. Ainda era muito cedo para toda essa merda. O sinal nem tinha tocado, e ainda faltava quinze minutos. Ele amaldicoou Kyungsoo em sua mente. Por que ele não poderia ter esperado até depois da escola para arruinar sua vida?

"Cara, sério, o que há de errado?"

Jongin não sabia o que dizer. Ele não sabia como contar a Sehun que seria pai. A palavra soava estranha, o deixando enjoado. O fez querer socar alguma coisa.

"Kyungsoo está grávido" saiu como um murmúrio sussurrado, mas Sehun ouviu. Seus olhos se arregalaram ainda mais em descrença.

Apenas pronunciar tais palavras fazia Jongin querer colocar para fora tudo o que comeu no café da manhã. Com ansiedade pulsando nas veias, ele tem que se segurar para as mãos não tremerem. Ele lembra das mãos menores e mais pálidas de Kyungsoo mais cedo.

Sehun observou seu melhor amigo distraído, se perguntando como diabos isso havia acontecido. Bem, ele sabia como havia acontecido, mas ainda assim, era surpreendente. Coisas assim não aconteciam com pessoas que ele conhecia, muito menos seu melhor amigo. Ele nem sabia como confortar seu hyung.

"O que você vai fazer?"

Jongin massageou as têmporas, porque, o que ele iria fazer? Ele não conseguiria ter uma criança. Ele mal tinha tempo para cuidar de Monggu ultimamente, muito menos um maldito bebê. Ele não tinha a mínima ideia de como criar uma criança, ele era o mais novo da sua família de cinco pessoas.

"Eu não posso ter um filho."

E era verdade. Ele não poderia ter um filho estando no ensino médio. Ele precisava se concentrar nas notas e todas as merdas extracurriculares de que estava participando, não numa criança.

"Diz pra ele se livrar disso então."

Jongin congelou. Se livrar disso? Ele sabia que abortos era comuns, ainda mais quando era gravidez na adolescencia, e ele geralmente concordava com a decisão. Mas dessa vez era diferente. Não era o filho de alguém, era dele. Ele não estava mais apenas observando de fora.

"Olha, você não pode ter um filho, Jongin. Você só tem quinze anos. Diz pra ele se livrar disso."

Ele abriu a boca para protestar, mas um estalo alto o calou. Os olhos dos dois arregalados enquanto Tao encarava-os. Ele nunca havia visto o moreno tão furioso.

"Você...você me bateu?" Sehun perguntou completamente acuado. Sua bochecha pulsava e ele tinha certeza de que ficaria marcado. Jongin estava chocado e sem palavras. Tao deu um tapa em Sehun. Tao deu um tapa em Sehun. Que realidade paralela era essa em que ele estava?

"Como você pôde dizer algo assim?!"

Tao gritou. Ele amava Sehun, muito, mas no momento ele não queria nada além de estrangulá-lo. Ele sabia que eles tinha opiniões diferentes sobre certas coisas, mas ele nunca pensou que o mais novo pudesse sugerir algo do tipo.

"Você não pode dizer coisas assim, como se não fosse nada! Como você pode ser tão sem coração?!" Sehun não encontrou coragem para responder.

"E você!" ele apontou para o ainda chocado Jongin. "Como você pode pensar em matar seu próprio filho só porque está com medo?! E quanto ao Kyungsoo? Não acha que ele ficaria magoado ao saber o que está pensando?"

Os dois garotos permaneceram calados. Tao balançou a cabeça antes de sair disparado, desaparecendo na multidão de estudantes. Sehun se sentiu uma merda. Jongin se sentiu uma merda.

"Você está bem?" Jongin perguntou a Sehun, cuja bochecha já começava a demonstrar colorações diferentes. Ele sabia que o namorado de Sehun poderia ser emocional demais às vezes, mas ele nunca havia o visto tão aborrecido. Chateado a ponto de realmente bater em Sehun.

Mesmo que ele merecesse, ele ainda se sentiu mal pelo outro.

"Ele me bateu..."

"É, você meio que mereceu." Ele deu de ombros, Sehun olhou feio para ele. "Ah, não olhe pra mim assim."

"E então, você vai ficar com ele? Ser um pai adolescente?" Sehun apontou de volta e, honestamente, isso não estava ajudando a situação.

Ser um pai adolescente não soava nada atrativo para ele, mas se livrar do bebê também não. Jongin não sabia o que ele queria fazer.

-----

Kyungsoo nunca foi de aceitar bem ser rejeitado. Ele está acostumado a ter tudo o que quer. Quando ele era pequeno, se ele pedisse um brinquedo, ele ganhava. Quando quizesse uma comida específica, seu pai compraria na mesma hora. Ser filho único tinha suas vantagens. Se ele quisesse alguma coisa, embora raramente ele quisesse, seu pai lhe entregaria o cartão de crédito dourado. Ele queria notas boas, então ele as conseguia. Se ele deseja alguma coisa, quase sempre ele consegue. No momento, tudo que ele quer é que Jongin fale com ele, mas não é o que está acontecendo.

Ele só quer se explicar, porque Jongin entendeu tudo errado. Como ele pode pensar que Kyungsoo o odiava?

Ele quer que Jongin diga alguma coisa, qualquer coisa. Que diga que não quer nada com Kyungsoo, que precisa de tempo para pensar, caramba, até gritos ele aceitaria a esse ponto. Mas sempre que ele tentava se aproximar entre as aulas, era menosprezado, ignorado.

Ele supõe que deve ser algum tipo de carma, por todas as vezes que ignorou Jongin, e isso machuca, muito. Se era assim que Jongin se sentia, então Kyungsoo nem merece ser chamado se ser humano. Como o mais novo conseguiu lidar com isso por dois meses?

Além de Jongin ignorar completamente sua existência, Chanyeol se recusa a sequer olhar para ele. Quando ele entrou na aula de Inglês no primeiro período Chanyeol não estava nem sentado no lugar usual, ao seu lado. É idiota e imaturo, mas ele retribuiu o olhar zangado do mais velho antes de começar a ignorá-lo definitivamente.

Em sua opinião Chanyeol nem tinha direito de estar zangado consigo. Ele que havia ignorado suas mensagens. Ele que estava ocupado com Baekhyun na quarta-feira de manhã. Ele que havia começado toda essa confusão. Se ele não fosse tão chato e insistente Kyungsoo não teria ido à maldita festa.

Apesar de tudo o que aconteceu pela manhã, ele se recusa a afundar em autopiedade. Mas Ryeowook estava certo, o que está feito, está feito. Não havia nada que ele pudesse fazer. E se Jongin e Chanyeol quisesse agir como filhos da mãe, que seja. Ele não precisava deles.

Então, quando o terceiro período acaba, ele se dirige imediatamente à cantina, não querendo nem estar no mesmo ambiente que Chanyeol. No entanto, ele é parado por Tao no meio do caminho.

"Kyungsoo!"

Ele quer sair correndo e fugir do mais novo, mas não pode porque ele não fez nada de errado, não merecia tal tratamento. Por isso ele para e espera ser alcançado.

"Sim?"

"P-posso sentar com você hoje?"

Kyungsoo pisca surpreso e então, desconfiado do pedido. Tao sempre senta com Sehun, por que a mudança repentina?

"Claro", ele tenta seu melhor para sorrir para o mais novo, "Pode sentar comigo".

O sorriso que Tao lhe mostra é cintilante, lhe ajudando a sair momentaneamente do estado de humor deplorável.

Eles caminham para a cantina em um silêncio confortável e Kyungsoo acha legal. Não ter que começar uma conversa ou algo assim. Ele gosta do silêncio.

Assim que entram na cantina ele conduz Tao para a mesa onde costuma sentar, perto das janelas e longe das filas, onde ele pode finalmente tirar a mochila. Está pesada e machucando suas costas, cheia de livros e cadernos. Ele não teve a chance de guardar suas coisas no armário porque passou toda a manhã perseguindo Jongin.

Ele senta no lugar de sempre, perto da parede, colocando a mochila no assento ao lado. Tao opta por sentar em sua frente, colocando o caderno na mesa.

Ele diz  a Tao que Yixing trará comida para eles quando repara no mais novo olhando para a fila. Que se dane a comida da cantina, hoje ele precisa comer besteira.

Eles não conversam depois disso, não que isso seja um incômodo. Ele nota que Tao gosta de observar as pessoas ao redor, pelo menos os dois tem isso em comum.

Mas então ele nota os olhos de Tao fixos em um lugar, ele segue o olhar do mais novo para ver o que prendeu sua atenção. E acaba sendo Jongin e Sehun no final de uma das filas mais próximas à sua mesa, nenhum dos dois parecendo muito feliz.

Ele se vira antes de ser notado e olha novamente para Tao e o garoto parece prestes a chorar.

"Tao?"

Quando o mais novo não responde, ele o cutuca, o acordando do tranze.

"Huh?"

"Você está bem?"

Tao engole seco e balança a cabeça, se forçando para não chorar. Ele e Sehun raramente brigavam, eles nunca tinham motivo. Essa manhã não havia sido a primeira vez, mas talvez a segunda, e não foi apenas um malentendido bobo. Pelo menos não para ele. O que Sehun falou foi egoísta e cruel. Tao não queria nem pensar nisso.

"Você e Sehun brigaram?"

"É," seu olhar desceu para seu colo. "Ele só disse algo que me deixou muito chateado."

"Oh...Posso perguntar o que?" Kyungsoo questionou. "Você parece bem chateado."

Ele sabia que tinha seus próprios problemas para resolver, mas Tao parecia a ponto de começar a chorar a qualquer momento, e se Tao chorasse, ele provavelmente choraria também.

"Foi sobre você" os olhos de Kyungsoo se arregalaram, então Jongin havia contado a ele? "Ele disse que você deveria se livrar disso."

Kyungsoo sentiu como se tivesse sido acertado por um caminhão. Claro que ele mesmo já havia pensado nessa possibilidade, mas isso porque seria ele mesmo quem passaria pela faca. Mas outra pessoa sugerir isso, machuca muito. Ele sentiu o estômago revirar.

"Ah..."

"Eu não posso acreditar que ele sugeriu algo assim. Mas eu acertei ele, se serve de consolação." Tao sorriu timidamente. Isso deveria fazê-lo se sentir melhor, mas não fez. Se Sehun se sentia daquele jeito, e quanto a Jongin? Ele mexia com as mãos sobre a mesa nervosamente. Jongin lhe diria o mesmo?

"Eu não vou me livrar dele" ele disse com o olhar cabisbaixo.

"Bom." Tao respondeu. O silêncio se instalou novamente.

Ver o quão triste Kyungsoo ficou o deixou ainda mais irritado com Sehun.

"Meu pai me teve quando tinha dezessete anos..." ele compartilhou. Esse era um dos motivos dele ter ficado tão chateado. Sua própria avó, uma velha que ele nunca conheceu, disse para seu pai abortar, e quando ele não o fez, foi expulso de casa.

Se seu pai tivesse concordado, ele não estaria ali. Então, sim, aborto era um tópico delicado para ele. E Sehun já sabia disso.

"E-ele teve?"

"Sim", ele respondeu com um sorriso. "Eu sei que a gente não se conhece muito bem, mas eu estou aqui se você precisar de qualquer coisa."

Kyungsoo poderia ter chorado naquele momento, mas Yixing e Jongdae chegaram com a comida, então ele se segurou. Ele sorri para Tao e o mais novo responde da mesma forma, depois eles começam a comer. Eles ignoram os olhares que Sehun e Jongin lançam em direção à mesa.

Tao o acompanha até a próxima aula e eles se sentam lado a lado durante o último período do dia. Tao é amável e cuidadoso, sempre perguntando a Kyungsoo se ele se sente bem e ele acha que é uma boa mudança de cenário. Normalmente ele se senta sozinho em um canto durante a aula de informática, mas com Tao sentado ao seu lado, deixando Sehun sozinho, ele tem alguém com que conversar e passar o tempo.

É agradável conversar com Tao, um pouco infantil às vezes, mas não é como se seus amigos também não agissem assim às vezes. É bom ter mais uma pessoa em quem ele pode confiar. Jongdae e Yixing são ótimos, mas é bom ter alguém novo, que não conhece todos os seus segredos e não vai julgá-lo.

Quando o sinal toca eles trocam números e prometem se encontrar na festa de Yixing no dia seguinte, antes de seguirem caminhos diferentes. Kyungsoo nem se incomoda em tentar esperar Jongin na hora da saída.

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