The Real Side II: Dark Times

By hiddles-evans

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"Tudo mudou depois de NY". Tony Stark gostava de repetir aquilo e, embora sua filha sempre revirasse os olhos... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo

Capítulo 5

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By hiddles-evans

A cena toda fazia com que seu sangue gelasse nas veias, e isso só se intensificava ao reconhecer a pessoa ajoelhada em frente de todos, de cabeça baixa, algum ferimento profundo escondido pelo cabelo já que havia um rastro de sangue que passava por sua nuca e sumia por debaixo do uniforme surrado. Tony se aproximou com passos desesperados, passando um braço por de trás dos ombros da filha, a inclinando para estudar o seu estado, a mão trêmula passando pelo seu rosto ferido. O pouco ar que seus pulmões comportavam lhe escapou assim que notou seus olhos abertos brilhando com um azul fraco, aos poucos se extinguindo.

- Pai... – Tony estremeceu ao ouvir a voz distante da filha, principalmente por não ter visto seus lábios se mexendo. Avril já não respirava mais, ele tinha certeza disso – Pai...

- Pai! – Avril arriscou chamar mais alto, aumentando o aperto no braço do homem que acordou assustado, fazendo com que ela voltasse a um tom de voz mais calmo e amigável – Foi mal...! Já chegamos. Você está legal?

Tony concordou sem muita firmeza, logo desconversando e pedindo informações sobre onde estavam de fato. Imaginando que Clint queria presenciar a reação do restante da equipe à existência de sua família, Avril apenas repetiu a fala do arqueiro, de que se tratava de um refúgio, e seu pai não insistiu mais no assunto, ainda mais que todos já tinha desembarcado.

Assim que seus pés tocaram o solo da fazenda, um sentimento familiar até demais se acomodou em seu peito, algo que sempre acontecia em suas visitas, mas daquela vez estava amplificado. Tudo parecia estar da mesma forma que ela se recordava, mesmo a última vez que estivera ali sendo algo como dois anos atrás, e, em contrapartida, ela definitivamente não era a mesma pessoa. Avril parou de andar de repente quando estava a poucos metros da entrada da casa, fazendo com que toda a equipe parasse um passo depois ao perceber sua para súbita. Clint já sabia do que se tratava, mas se virou para a mulher a questionando silenciosamente.

- Eu n... Só me dá um minuto. Eu preciso... de um minuto.

Petr, mesmo sem entender o que acontecia, ficou para trás com a irmã, sentando ao seu lado nos degraus de madeira da entrada. Como estava fazendo ele perder as explicações que o restante da equipe já estava ou iria receber, Avril fez um breve resumo sobre a quem pertencia aquele terreno e quem eram seus moradores. Claro que o russo não acreditara de princípio, mas o nível de cansaço da mulher estava tão explícito que ele duvidava que teria energias para inventar alguma história, então assumiu aquilo como verdade. A única pergunta que ela realmente fugiu foi sobre o motivo de não ter entrado junto com os outros, desconversando dizendo que não era nada importante. O homem até teria insistido mais um pouco se passos pesados e nada calmos não tivessem atraído a atenção dos dois, ainda mais porque vinham na direção deles.

- Thor? – estranhou eles, principalmente quando Steve apareceu em seguida – Aconteceu alguma coisa?

- Eu vi alguma coisa naquele sonho, preciso de respostas e não vou encontrá-las aqui – explicou o deus, e, como o trio não expressou resistência, logo ele girava seu martelo, voando para longe em seguida.

- A garota manipula medos, o que ela pode ter mostrado para ele ficar daquele jeito? – Petr pensou alto, percebendo isso quando Steve e Avril se viraram para ele, mantendo o silêncio para que ele se explicasse – Autoconhecimento, gente. Nós sabemos muito bem qual é nosso maior medo, mas ele disse que viu algo, como se fosse algum tipo de visão, não um pesadelo. Ela tem poder para isso?

- O que diabos você viu? – acusou sua irmã. Sua teoria, talvez por causa da exaustão que sentia, parecia bizarra demais, ele tinha que ter algum fundamento.

- Eu? Nada que não já me perturbe de olhos abertos ou fechados, pode ficar tranquila – garantiu ele, de repente sentindo falta da terceira voz da conversa. Na verdade, ele só ficara curioso o voo inteiro – Algo que queria compartilhar, Capitão?

Antes mesmo que Steve pudesse entender o que fora questionado, o som estalado da mão de Avril colidindo com o braço do irmão em sinal de repreensão, que ele não tinha o menor direito de ser invasivo daquela forma.

- Não, não tenho – disse o soldado por fim, aproveitando para mudar de assunto e questionar a inquietação de Avril – Estou assumindo que você já sabia do segredo do Barton.

- Sim, e é melhor eu entrar logo...

- Está pronta para isso? – perguntou Petr, a seguindo para dentro da casa – Eu estou meio nervoso por você, já.

- Não, mas eu preciso muito ir no banheiro – brincou ela, mesmo sendo verdade. Seria melhor primeiro sair correndo para o banheiro mais próximo, e talvez até fazer uma parada na cozinha, mas tinha que encarar os Barton primeiro, o resto era sua recompensa. Tinha que ser como arrancar um curativo, um movimento rápido e único, por isso sua coragem diminuiu um pouco quando precisou parar mais uma vez, ao notar que Steve estava fazendo o caminho contrário ao deles – Stevie, está tudo bem? Não vai entrar?

"Podemos ir para casa, se você quiser".

"Não, ele não vai voltar".

"Steve, olha para mim".

Mesma voz, três sentimentos diferentes expressos em seu timbre, e duas das falas se repetiam apenas em sua mente sem pausa prevista, a terceira com um tom de preocupação que fazia com que parasse seu caminho ainda desconhecido, tendo que lutar contra todos os seus instintos para erguer os olhos para a mulher, imagens diferentes dela que sequer existiam se sobrepondo a um ponto que chegava a deixá-lo tonto. A construção no fundo ainda não ajudava em nada, fazendo piorar ainda mais aquele sentimento de ser algo inalcançável, um cenário a qual ele nunca pertenceria.

- Vou dar uma volta pelo terreno, volto daqui a pouco.

A dupla de irmãos assistiu o soldado se distanciar, ambos chegando à conclusão de que não era uma boa ideia se opor a seu desejo.

- Você sabe que ele está escondendo alguma coisa, certo? – comentou Petr, quando eles voltaram a se virar para dentro da casa. Avril apenas revirou os olhos e respirou fundo.

- O que seria de mim sem você para me dizer o óbvio?

- Você fica cega quando se trata desse cara, então sim, você estaria em sérios problemas sem mim.

Aquilo foi o suficiente para que ela parasse mais uma vez, sua impaciência crescendo exponencialmente quando o irmão ainda ousou dar mais dois passos despreocupados antes de também parar.

- Do que você está falando, Petr?

- Nada que deveríamos discutir aqui, você já tem coisa demais para ocupar sua mente – lembrou ele, sinalizando com a cabeça para o portal que dava para o que ele julgava ser a sala da casa, de onde já conseguia ver Clint tentando descobrir o que eles planejavam fazer.

Engolindo em seco, Avril ultrapassou o irmão e tomou a dianteira, adentrando apenas um passo para dentro da sala e esperando pelo melhor.

- Olá, família! – disse Avril com um falso tom de animação, ganhando a atenção de todos assim que entrou na casa. Levando em consideração o tempo que ficara longe dali e os motivos de tal afastamento, ela esperava que Laura fosse começar a gritar com ela, e que culparia a instabilidade da gravidez depois. Só que fora um Barton diferente que correra em sua direção, ainda usara o sofá de apoio no processo para pular em seus braços, se agarrando a ela com tanto desespero que chegou a assustar.

- Ei, Cooper? – ofegou Avril, apoiando um braço nas costas do garoto para garantir que ele não cairia, a outra mão pousando sobre sua nuca, mantendo sua cabeça encostada na dela. Buscando apoio, a mulher olhou para os pais da criança mais ao fundo. Seu desespero apenas aumentou quando ouviu um soluço baixo – Coop, voc... Clint, ele está chorando!

Em segundos, o arqueiro estava ao seu lado, na sua melhor postura de pai preocupado, alisando as costas do filho enquanto perguntava o que tinha acontecido. Até segundos atrás, antes da entrada da dupla de ex-agentes, Cooper estava perfeitamente normal, rindo e brincando com a irmã. Avril tentava acalmar o menino, se agachando com ele ainda em seu colo quando percebeu que ele ficava mais alterado toda vez que tentava responder suas perguntas, não se surpreendendo nem um pouco quando ele não a soltou mesmo estando mais uma vez próximo do chão.

- Clint, o que eu faço?! – sussurrou ela com urgência, voltando a ficar de pé, o aperto do garoto se tornando ainda mais empenhado. O arqueiro apenas pediu que ela continuasse falando com ele, até mesmo buscando direcionamento com Laura em seguida, mas a mulher estava tão confusa quando ele. Avril voltou a respirar fundo, se concentrando em deixar a voz o mais amigável e clara possível – Coop, você precisa me falar o que tem de errado, tudo bem? Por que você está chorando?

- V-você estava com problemas – respondeu o garoto, que afundou ainda mais seu rosto na curva do pescoço da mulher quando ela começou a rir, o que fez ele chorar ainda mais – Para de rir!

- Cooper, eu sempre estou com problemas, você já me conhece – replicou ela sem conseguir voltar à seriedade, virando o pescoço o máximo que a articulação permitia para tentar ter ao menos um relance do rosto do garoto – Me fala o que realmente aconteceu.

- Papai disse que você estava com problemas muito ruins dessa vez, e que não achava que você iria voltar.

- Qual é, Coop! Ele estava brincando – garantiu ela – Às vezes ele se irrita comigo, mas você sabe que ele me ama.

- Não, ele não estava – insistiu ele, e algo em sua voz fez com que a mulher parasse e levasse o que ele dizia a sério. Seu riso antes era de nervoso, mas agora ela sentia que realmente tinha algo atormentando o menino – Ele estava falando com a mamãe, os dois estavam chorando. Ele disse que não iriam te encontrar v... viv...

Sabendo que o garoto não ia conseguir terminar a frase pela forma que tremia, Avril apertou mais seu corpo em seus braços, olhando rapidamente para o casal Barton apenas para sinalizar que teriam uma conversa bem séria mais tarde. Ela já estava cansada de dizer que precisavam tomar cuidado que estavam criando dois pequenos espiões naquela casa, e era certeza que eles não esperavam uma das crianças tentando ouvir uma conversa daquelas.

- Certo. Cooper, olhe para mim – disse a mulher, agora com um pouco mais de firmeza, tirando os braços do redor do garoto para afastar com delicadeza as pernas dele que se fecharam ao redor de sua cintura, se abaixando um pouco até que seus pés tocassem o chão. Quando ele já estava seguro no solo e não se opôs, ela retirou os braços de seu pescoço. O choro do garoto havia se transformado em algo mais controlado, e ele ainda fungava um pouco, sua cabeça se mantendo baixa o tempo todo – Cooper Barton, eu disse para você olhar para mim.

Mesmo relutante, ele ergueu o olhar para a mulher, não conseguindo manter o contato visual quando ela esboçou um sorriso talvez para incentivá-lo, mas ela logo segurou seu queixo para que a posição não mudasse tanto, seus olhos logo voltando para os dela. Quando sentiu que ele não tentaria mais fugir, Avril ocupou seus dedos em limpar os rastros de lágrimas no rosto do garoto, sua confiança no que fazia apenas voltando quando ele pareceu se acalmou de fato.

- Você está me vendo, não é? Eu não vou a lugar nenhum – a voz firme e clara, sem nenhuma hesitação. O olhar que em nenhum momento ameaçava se afastar. Precisava transmitir confiança, fazer com que ele se sentisse confortável. Avril não fazia ideia de tudo aquilo estava saindo, ainda mais com sua mente uma bagunça, mas parecia estar surgindo efeito – O que aconteceu já foi, tudo bem? Eu voltei já faz meses! Você tem meu número, assim como a Lila, podia ter me ligado, se estava tão preocupado. Ou falado com seus pais.

Cooper assentiu sem muita firmeza, fungando de leve e passando as costas da mão no nariz. Levemente orgulhosa de suas próprias ações, Avril abraçou o garoto, beijando rapidamente sua têmpora antes de afastá-lo mais uma vez, jogando todo seu cabelo para trás e segurando seu rosto com ambas as mãos.

- E eu te avisei, eventualmente todos meus homens acabam chorando. Mas você tem que parar logo, ou começa a me irritar – ela começara com a voz amigável, passando para um tom um pouco mais psicótico enquanto apertava as bochechas da criança, que riu de leve – E você é novinho demais para eu poder te socar, então para.

- E eu estava quase falando que você estava levando jeito para a coisa... – suspirou Clint, erguendo as mãos e rumando para a cozinha, sinalizando para que os visitantes acompanhassem seus passos.

- E você, Lila? Não chora por mim e não me dá nem um beijo?! – resmungou Avril brincando, tendo que se afastar de Cooper para receber a garota que não hesitou em pular em seu pescoço. Rindo satisfeita, ela ergueu os olhos para a matriarca da família, que assistia tudo com sua expressão séria. A ex-agente então esboçou um de seus melhores sorrisos – Oi, Laura.

- Você me dá mais dor de cabeça do que meus filhos, sabia disso? – resmungou a morena mais velha, sua seriedade se esvaindo quando viu Avril se pôr de pé ainda com sua filha ainda pendurada no pescoço, girando a criança para suas costas antes de se adiantar para abraçá-la – Duas quase mortes por ano é mais do que eu aguento, você se controla.

- Mamãe, a tia Starkie pode dormir no meu quarto? – perguntou Lila para Laura, que não teve a chance de responder, já que Avril se intrometeu.

- Tia? – repetiu a mulher, olhando feio para a criança que apoiava o queixo em seu ombro – Que história é essa?! Estamos no mesmo time, vocês não podem me jogar para o time dos adultos.

- Quanta maturidade, Avril – gritou Petr da cozinha, o grupo restante rumando para lá. Os quatro homens estavam jogados nas cadeiras da mesa de jantar, o cansaço impresso em todos os seus gestos. Lila desceu das costas da mulher assim que chegaram no cômodo, permitindo assim que ela ocupasse a cadeira ao lado do irmão, que colocou a mão sobre seu ombro quando ela deitou sobre a mesa. Esse gesto não passou despercebido por nenhuma das crianças.

- Esse é seu namorado?

- Ew – resmungou os dois, Avril voltando a erguer a cabeça – Não, esse é meu irmão.

- Mais um Starkie? – disse a garota, animada com a ideia. Avril até chegou a abrir a boca para explicar a situação, mas desistiu da ideia.

- Na verdade, não, mas vocês não vão prestar atenção na minha explicação então... – suspirou ela, voltando a descansar a cabeça sobre o tampo de madeira.

- Por que nunca trouxe ele antes?

- Ele é tímido – foi a primeira desculpa que Avril pensou, logo desconversando ao ergueu o braço e apontar para Tony, que ocupava o lugar em frente ao seu – Mas esse é realmente outro Starkie, é meu pai.

- Falando em namorado, cadê o Rogers? – perguntou Tony, depois de acenar para as crianças, que chegavam a olhar para ele com admiração. No fundo, ele estava achando um pouco de graça da situação. Até aquele dia, nunca fora apresentado como pai, era sempre Avril que era apresentada como filha. Filha essa que deu a resposta mais vaga possível.

- Foi dar uma volta.

- Ele está bem? – Clint se juntou à conversa, mas não especificou exatamente ao que se referia, mesmo que todos compreendessem. Quem caíra da feitiçaria da garota Maximoff ainda estava visivelmente abalado, não era uma boa ideia se referir àquilo com todas as palavras.

- Eu só ajo como se soubesse de tudo, não se esqueçam – suspirou Avril, rindo em seguida quando Natasha reclamou que ela estava se apossando de suas falas sem pedir permissão – Ah, verdade. A minha é "eu só ajo como se soubesse o que estou fazendo", não é? Foi mal...

- Acho melhor vocês subirem e tomarem um banho, descansar um pouco – sugeriu Laura, recebendo apenas resmungos arrastados em concordância – Avril e Nat ainda lembram onde ficam tudo?

- Sim, dona.

Como contavam com poucos banheiros, uma ordem foi improvisada depois de um pouco de discussão. Se tivesse usado o argumento de ser a mais nova do grupo, talvez Avril tivesse conseguido furar a fila e aproveitar a água quente que não duraria para sempre, mas, como Steve ainda não tinha voltado, aceitou que os outros passassem na sua frente e foi atrás do soldado. Mesmo já começando a esfriar assim como o sol se aproximava do horizonte, ela optou por tirar pelo menos a parte de cima de seu uniforme, mantendo apenas a calça e a regata que sempre usava por baixo.

Não demorou muito para que conseguisse encontrar o soldado, que estava apoiado em uma das cercas do terreno, parecendo bastante entretido com os passarinhos que voavam de um galho para outro nas árvores ao redor. Seu escudo não estava mais em suas costas, e sim descansava a seus pés. A própria parte de cima de seu traje também não estava mais em seu corpo. Aparentemente ele e Avril tiveram a mesma ideia.

- Rolou um sorteio para saber quem usava o chuveiro primeiro, e você meio que ficou por último – comunicou a mulher, assim que parou ao seu lado.

- Por que não estou surpreso? – ele riu de leve, ciente que algo daquele gênero poderia acontecer. Os métodos da equipe quando queriam ser justos nas escolhas sempre favorecia quem estava junto no momento, era quase regra, uma tradição a ser seguida. Steve estava prestes a perguntar como ela não tinha ocupado o banheiro antes de todos quando notou que Avril não estava mais ao seu lado, voltando a respirar aliviado ao notar ela a alguns passos de distância, rumando para a segunda construção do terreno – Ei, aonde você vai?

- Quero checar alguma coisa, vem comigo.

Avril desacelerou o passo até que o homem caminhasse ao seu lado, se recusando a dar maiores explicações. Clint tivera sua diversão em ver a equipe reagir a sua família, agora ela teria a dela. Sabia muito que seu sorriso travesso estava apenas deixando o soldado mais intrigado, e até chegou a esquecer disso quando desenrolou a corrente que mantinha as portas fechadas, sua atenção completamente tomada enquanto fazia uma contagem rápida dos bichinhos no cercado e até reconhecer um deles.

- Olha só, a Galinha Tony não está mais doente! – constatou ela, deixando um Steve atordoado para trás – Sim, Clint nomeou galinhas por nós.

- Isso é... estranho.

- Lembro que ri por dois dias quando ele me contou. A Galinha Fury tinha até um sobretudo! – contou a mulher, de repente ficando pensativa – Devo ter foto disso em algum lugar... Clint fala que elas se comportam melhor do que a gente.

- Bem, ele teria problemas se fosse tentar fazer o almoço com a gente – brincou ele, seu sorriso criando mais confiança e se alargando um pouco mais com o riso dela em concordância. Eles se mantiveram daquele jeito por mais alguns instantes, assistindo à movimentação das galinhas que Avril não sabia mais dizer qual era qual com tanta facilidade como antes. Por estarem sozinhos e afastados dos outros, parecia um bom momento para tentar explicar o que vira naquele maldito pesadelo, mas o menor pensamento de falar sobre aquilo já fazia com que ele travasse. Sabia que Avril estava à espera de ele se sentir confortável para falar sobre aquilo, mas Steve não conseguia, principalmente porque não conseguia compreender o que aquilo tudo deveria significar.

Thor saíra em busca de respostas sobre o que vira, mas o que ele poderia buscar com base no que vira?

- Melhor entrarmos logo – lembrou Avril, seus dedos passando rapidamente pela extensão do braço do soldado antes terminar sua mão, um movimento praticamente natural de tão recorrente, mas que naquele momento apenas fez com que ele se sentisse culpado – Se demorarmos mais, capaz de ainda termos que dormir no sofá.

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N/A: Amo mais do que me orgulho as cenas na fazenda e exalto Joss Whedon eternamente por ter brigado com o Feige pra manter essas cenas, uma preciosidade dessa tinha que sim estar nesse mundo. ALGUÉM ABRAÇA O STEVE PLMDDS

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