Enzo Pazzi.
Entro no salão e vejo só meus pais, eles irão fazer primeiro meu juramento de sangue para que depois eu tome o meu lugar como capo na frente de todos os capitães, subs, etc.
-Você está pronto?-Pergunta minha mãe receosa.
-Sim!-Falo.
Mas então todas às palavras de Kurtz vem a minha cabeça como um baque de realidade.
-Se ela te ama e você a ela, o quê está fazendo aqui?- Pergunta como se eu fosse um panaca.
-Eu precisei vir, minha mãe precisa de mim e eu reivindicarei meu lugar como Capo.-Falo.
-Você será muito idiota se deixar essa mulher para trás. Ouça-me, Enzo, você nunca amou ninguém antes e a única chance que você tem do amor, é essa mulher e se você deixá-la ir, se deixar outro ter o quê não é seu, você será um completo idiota.-Diz sério.
-Não podemos colocar nossos sentimentos a frente da razão, Kurtz. Eu fui criado para governar e você sabe disso.-Ele nega.
-Eu tenho certeza que tudo que sua mãe quer é sua felicidade, Enzo. Se você fazer esse juramento, você só sairá daqui com um sucessor ou até morto. Do quê adianta você governar isso tudo se você não será feliz? Você vai ser muito infeliz, me escute antes que seja tarde.-Fala.
-Farei meu juramento em dois dias.-Falo, ele arregala os olhos.
-Você aguentará ver sua mulher com outro?-Pergunta, eu o alcanço e o levanto pelo o colarinho da blusa.
-Ninguém vai ter o quê é meu, ninguém terá minha mulher.-Falo em um rugido e jogo meu amigo ao chão.
-Então prepare-se, pois é isso que irá acontecer se você fazer esse juramento.- Termina e sai da minha vista zangado.
-Faça um pequeno corte na palma da sua mão.-Manda meu pai e eu pego a faca ao lado do recipiente com brasas.
-Eu te amo!-Fala e eu sorrio.
-Eu também te amo.-Falo.
-Então fica.-Pede
-Pingue seu sangue na brasa.-Manda e eu nego.
-Não posso fazer isso!-Falo, me viro e encaro meus pais.
-Como assim você não pode?-Perguntou minha mãe.
-Eu sei que você me treinou para isso, mas eu simplesmente não posso. Eu não posso me prender a Los Angeles, eu tenho alguém que eu realmente amo e essa pessoa está esperando por mim em Londres. Eu sinto muito, se quiser me desertar da Máfia, não tem problemas, eu irei aceitar. Mas meu lugar não é mais aqui e eu não vou fazer essa burrice.-Falo e vejo minha mãe sorri.
-Até que enfim, pensei que você realmente iria aceitar.-Fala e eu a encaro.
-Como assim?-Pergunto
-Esse era um dos meus testes de fidelidade.-Fala e eu abaixo a cabeça.
-E eu não passei.-Falo.
-Sim, você passou. Enzo, a máfia é constituída por família, não por alguém que vá passar o resto da vida na escuridão correndo o risco de nunca amar novamente porque aceitou um cargo de Capo.-Fala e eu levanto a cabeça olhando para minha mãe.
-Meu filho, eu não te criei para se tornar Capo, eu te criei para ser você mesmo, ser forte, imbatível, temido e você com certeza é tudo isso. Eu fiz de você uma arma, mas não uma arma para mim, uma arma para você mesmo.-Fala e vem até mim.
-Agora, eu lhe ordeno que pegue um avião e vá o mais rápido possível em busca da sua felicidade, meu menino.-Fala e eu sorrio.
-Obrigado!-Falo.
-Estaremos sempre com você, meu filho.- Diz meu pai chegando ao meu lado e sorri.
-Eu já sei que você descobriu sobre seu pai, mas ele não merece você. Ele é um grande filho da puta estrupador de crianças, Enzo. Nesse momento, ele está em uma das masmorras da Famiglia, se você quiser, pode vê-lo.-Diz minha mãe e eu nego.
-Não quero vê-lo, quero que os matem por tudo que ele já fez.-Falo e ela sorri.
-Agora vá!-Manda meu pai e eu os abraço e vou para a casa dos meus pais fazer minhas malas.
Quebra de Tempo.
Chego e abro a porta da mansão de Karina dando de cara com Dante, Mattias e Olliver que me olham como se fossem comer meu fígado.
-Vai embora agora!-Diz Dante e eu gargalho.
-Eu não vou a lugar algum! Preciso ver minha mulher!-Falo no mesmo tom.
-Enzo!- Fala Mattias e eu o encaro.
-Eu não vou a lugar algum, foda-se se você é o Capo e que esse território te pertence. Eu não vou sair daqui sem que ela me ouça. Só ela pode me mandar ir embora daqui, você pode mandar quantos homens quizer para me matar, mas eu te asseguro que irei matar todos eles. Minha mãe me ligou e disse que eu teria minha escolha dessa vez, eu poderia ficar e começar uma nova vida ou, eu poderia voltar para Los Angeles e tomaria meu lugar como Capo Dei Capi de Los Angeles. Eu não sei porque fui, lá não é mais meu lugar, mas fiquei meio balançado com tudo isso e acabei agindo por impulso e fui para Los Angeles. Eu sei que você também faria o mesmo que eu, não faria?-Pergunto e vejo Mattias ficar em silêncio.
-Quando cheguei em Los Angeles, percebi que aquele já não era mais o meu lugar e então, eu voltei o mais rápido possível para ficar ao lado dela, eu não vou a lugar algum sem que ela me ouça e vou fazer de tudo para que ela me perdoe, eu a amo, e eu sei que pode ser tarde demais para falar isso para ela, mas eu tentarei e irei me explicar para ela. Eu sei que errei, mas eu tentarei me redimir e tentar fazer com que ela me perdoe. Você não irá escolher por ela dessa vez e não irá mandar em sua vida, só ela pode me dizer o quê fazer.-Falo e vejo Olliver olhar para Mattias que assente.
Olliver vem até mim e sorri.
-Se você ousar mágoar nossa irmã mais uma vez, eu vou te matar.-Diz e eu fecho os olhos e suspiro.
Mas então eu sinto meu rosto queimar e abro meus olhos quando percebo o sangue quante escorrer pela minha boca. Um outro soco é dado na minha barriga e eu caiu de joelhos ao chão e depois sinto Olliver chutar minha barriga, um último murro é dado em meu rosto com a mão em que estava o grande anel de Olliver, que acaba rasgando meu rosto.
Mattias aparece em minha frente logo depois e deposita outro murro em meu rosto, fazendo com que o sangue começa a sair ainda mais.
Outro chute é dado em minha barriga e eu cuspo sangue.
Dante se aproxima de mim e tenta me dá um soco, mas eu seguro seu punho e o jogo no chão. Me levanto rápido e os três me olham emprecionados.
-Você não!-Falo.
Olliver me dá uma cotovelada nas costas e eu caio ajoelhado no chão.
-O que droga está acontecendo aqui?-Ouço a voz de Karina e então Olliver sai da minha frente e ela arregala os olhos quando vê meu estado, assim como Hariany que estava atrás dela.
-Quero vocês três fora da minha casa agora!-Diz calmamente e eu gemo de dor quando tento me mover.
-Kara...-Começa Mattias.
-Quero vocês fora daqui!-Diz novamente.
-Mas...-Começa Dante e ela o corta.
-Agora!-Diz e então os três assentem e saem da pela porta.
-Eu vou subir.-Diz Hariany e Karina assente sem tirar os olhos de mim.
Começo a me levantar e solto um gemido de dor e coloco a mão na barriga onde ele havia chutado.
Karina me olha de cima a baixo e seus olhos param em direção a minha mão que estava segura em minha barriga.
-Karina, eu...-Começo a falar, mas ela me corta.
-Primeiro, vamos limpar esses cortes e depois você poderá se explicar.-Fala e se vira subindo às escadas novamente. Começo a subir devagar e minha barriga começa a queimar como o inferno, então eu paro um pouco e começo a respirar com dificuldade.
-Que droga.-Falo baixo, quando olho para o topo da escada, vejo que ela já havia sumido pelo corredor, então volto a andar depressa e deixo minha dor de lado.
Passo pelo corredor e entro em seu quarto, vejo ela saindo do banheiro com um kit de primeiros socorros e vêm até mim.
-Sente-se aí.-Fala e eu assinto me sentando na cama.
Karina puxa a cadeira e senta-se de frente para mim, abre o kit, pega o algodão e um remédio. Ela começa a passar o algodão em meus cortes no rosto me fazendo gemer.
-Porquê eles fizeram isso?-Pergunta e eu suspirei.
-Porquê eu te reivindiquei.-Falo de uma vez e ela empurra o algodão na minhas costelas e eu solto um gemido.
-Quer dizer que você foi embora para se tornar o incrível Capo, e agora volta como se nada tivesse acontecido e me Reivindica? Você está louco!-Diz e eu solto um suspiro de dor.
Droga de dor inútil.
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Contínua
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