Sob O Mesmo Destino (CONCLUÍD...

By laricastro23

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•Livro I da série "Meu Primeiro Amor" •História concluída •Primeira postagem dia 13/08/2019 •Última postagem... More

Sinopse + Cast
Book trailer
Prólogo
Capítulo 01 - Acidentes
Capítulo 03 - Encontrando a cinderela
Capítulo 04 - Pais e filhos
Capítulo 05 - Mais que teatro
Capítulo 06 - Bons amigos
Capítulo 07 - Algumas doses
Capítulo 08 - Sob o mesmo teto
Capítulo 09 - Primeiro beijo
Capítulo 10 - Liberdade em duas rodas
Capítulo 11 - A verdadeira face
Capítulo 12 - Um novo lado
Capítulo 13 - Amizade perdida
Capítulo 14 - Fazer as pazes
Capítulo 15 - Perfeita mentirosa
Capítulo 16 - Filme e pipoca
Capítulo 17 - Fora da rotina
Capítulo 18 - Falsa acusação
Capítulo 19 - Parque de diversões
Capítulo 20 - Beijos certos, pessoa errada
Capítulo 21 - Negação
Capítulo 22 - Selando um acordo
Capítulo 23 - Novas percepções
Capítulo 24 - Tudo ou nada
Capítulo 25 - Até que a morte os separe
Capítulo 26 - Fuga
Capítulo 27 - Fim de segredo
Capítulo 28 - Sob o mesmo destino
Em teu caminho - livro II

Capítulo 02 - Por trás da nerd

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By laricastro23

Nicolas

Já faz umas duas horas que estou em uma festa aleatória que algumas garotas convidaram Trevor, Carter e eu. Para ser sincero, eu não ia vir. Além de não ter dormido nada bem noite passada devido aos pesadelos que sempre me atormentam, ando cansado da mesmisse dessas festas, sempre a mesma galera, as mesmas garotas no meu pé... No entanto, vencido pela ladainha exaustiva de Carter, meu melhor amigo e recém solteiro, acabei vindo e, consequentemente, me arrependendo.

As festas até hoje só me serviram de três propósitos: pegar mulher, fazer merda e ficar bêbado ao ponto de não me lembrar de nada. Às vezes acontece um ou outro, as vezes acontece os três. Servindo ao primeiro propósito, até agora não vi uma única garota bonita aqui que eu já não tenha dado uns amassos e, se tem uma coisa que eu não faço, é repetir. Isso mesmo, não fico com ninguém duas vezes e eu  motivo é simples: quando isso acontece parece significar, para elas, que você está aceitando um pedido de namoro ou algo assim e aí você está encrencado para conseguir sair da situação, coisa que raramente acontece sem partir o coração dela e sair taxado de cafageste. Portanto, se você algum dia tiver a sorte de ficar comigo, saiba que tudo o que tiver que acontecer tem que acontecer no primeiro encontro, por que jamais vai existir um segundo e, acredite, isso é um favor que estou prestando.

— Vou vazar. — anuncio, antes de virar o último gole da minha long neck e depositar a garrafa vazia sobre a ilha da cozinha onde estamos reunidos.

— Mas já? Não são nem dez horas ainda. — Carter diz.
— Exatamente. Não são nem dez horas e, para mim, essa já é a pior festa de toda a minha vida. — digo e me levanto do acento onde estava, indo até o freezer pegar outra cerveja. A saideira.

— Se eu fosse você, eu ficava. — Trevor aconselha.

— Deixa ele ir seu babaca. É bom que sobra pra nós. — Carter diz, em um sussurro, me fazendo franzir as sobrancelhas, ainda de costas para eles, sem entender do que estão falando. — Do que é que vocês estão... — paro minha pergunta pela metade assim que me viro de volta para os dois e vejo duas garotas lindas e desconhecidas vindo pelo corredor em nossa direção.

Uma é morena, cabelos cumpridos e lisos e está muito sensual em um mini vestido preto. A outra é loira, pele clara, olhos verdes, cabelos também cumpridos com leves ondulações e está usando a porra de um vestido vermelho que é o meu ponto fraco. Elas passam por meus dois amigos, a loira para um pouco antes, parecendo tímida, segurando o próprio braço em frente ao corpo, enquanto a morena segue até o freezer, pegando duas cervejas. Pode ter sido impressão, mas posso jurar que a loira olhou direto para mim e sua expressão era de... raiva? Em seguida, nos ignoram completamente e as duas saem da cozinha exatamente por onde vieram.

— Caralho! O que era mesmo que você estava falando sobre essa ser a pior festa do ano, Nicolas? — Carter pergunta, sarcástico.

— Bom, já que você já está de saída, Carter e eu vamos ali procurar dois belos rabos de saia. — Trevor diz, com um sorriso de canto, enquanto se levanta.

— Nem se atrevam. A de vermelho é minha. — digo, me adiantando e indo para a sala da casa onde está montada a pista de dança.

— Vamos ver quem leva a melhor então. — Trevor diz, esfregando uma mão na outra e vindo ao meu lado, seguido por Carter.

— Ei! — temos o caminho bloqueado por um grupinho de outras garotas, aliás, as mesmas que nos convidaram. — Estávamos procurando vocês. — revelam, se aproximando com intimidade.

— Ei, meu bem. — Trevor inicia, se aproximando de uma delas é a segurando pela cintura. — Você conhece aquelas duas? — pergunta, indicando a loira e a morena que vimos a pouco na cozinha. A garota segue seu olhar, franzindo a testa ligeiramente.

— A morena é a Melissa. Segundo ano. Ela é a anfitriã está noite. Esteve viajando e resolveu fazer essa festa na tentativa de chamar atenção, obviamente. — ela ri, antes de continuar. — A loira eu não sei. Nunca a vi.

— Ótimo. — Trevor e eu fizemos em uníssono, encarando a garota há alguns metros de nós.

Anelyn

Eu sabia que não devia ter vindo. O colégio em peso está aqui e todos me olham como se nem me conhecessem, inclusive o imbecil do Nicolas Mitchell.

Melissa está animada. Estamos na pista de dança e eu nunca me senti tão deslocada como nesse momento, mas fico feliz que ela esteja de volta. Ela mal pode esperar pelo favor que vai estar me devendo depois desta noite. Vou obrigá-la a maratonar a saga inteira de Harry Potter comigo — não que isso seja bem um castigo, mas para ela que não consegue se concentrar em nada por mais de meia hora, será uma tortura.

— Onde estão seus pais? — grito, tentando fazer minha voz ser ouvida por ela apesar da música alta.

— Meu pai ainda não voltou. Minha mãe me deixou fazer essa festa e foi dormir na casa de uma amiga. — ela responde.

Balanço o corpo de um lado para o outro enquanto Melissa dança majestosa em frente à mim. Tenho certeza que estou patética. Mais de nervoso do que qualquer outra coisa, beberico a cerveja, tentando disfarçar o quanto não me encaixo ali. Logo percebo Nicolas e os dois amigos se aproximando. O moreno, cabelos lisos e espetados numa espécie de topete, alargador na orelha, onde abaixo tem uma frase tatuada em outro idioma, é o Carter/paixão platônica de Melissa há dois anos. Ele é bonito, até demais. Suas feições são bem marcadas, nariz afilado, boca desenhada e olhos negros e sensuais. Ele está usando uma camisa de mangas curtas, na cor cinza, combinando com seus jeans claros.

O outro eu não sei o nome, mas vive andando junto com os outros dois. Seus cabelos ondulados são quase dourados de tão loiros, ele é o mais alto dos três e parece ser mais velho. Seus olhos são castanhos e suas feições são rudes de um jeito charmoso e bonito. Ele está usando jeans escuros e uma camisa de cor vinho com as mangas cumpridas erguidas até os cotovelos. Nao sei porquê, mas também não para de olhar para nossa direção.

Por fim, Nicolas. Bonito é pouco para descrevê-lo. Porém, todo o mundo sabe que é um cafageste irresponsável. Seus cabelos castanhos claros são lisos e rebeldes e seus olhos são claros, mas não sei dizer se são verdes ou azuis. Dos três, ele é o mais baixo, mas ainda assim, deve ser no mínimo quinze centímetros mais alto do que eu, mesmo eu estando de salto. Ele está com uma camisa branca sobreposta por uma jaqueta jeans escura, assim como suas calças jeans pretas.

Percebo que eles estão vindo em nossa direção e meu coração começa a acelerar. Eles vão fazer alguma piada comigo. Penso. Mas antes que possam se aproximar muito, a música para de tocar, de repente, e os convidados que dançavam começam a vaiar. Um garoto bêbado havia tropeçado em um dos cabos e acabou derrubando uma garrafa de bebida em cima do aparelho que até onde eu vi, parece ter pifado. Melissa congela a minha frente. Seus olhos arregalados revelam seu desespero, enquanto ela me e cara em um pedido claro e silencioso de socorro.

É claro que ela não quer que sua primeira festa e retorno, sejam marcados por um fracasso e é claro que eu muito menos, mas o que eu posso fazer? Minha experiência nisso é abaixo de zero. Parece que dessa vez não serei eu que irei tirá-la de mais uma fria.

— Já era. Estamos sem som! — Carter grita, já ao lado do aparelho, chamando a atenção de todos. Outras vaias ecoam. Alguém grita "A festa acabou", enquanto os adolescentes começam a e mover em direção a saída. Melissa já está com seu braço entrelaçado ao meu, enquanto somos empurradas vez ou outra por várias pessoas tentando sair da casa.

— Calma aí galera! — o amigo loiro de Nicolas grita, erguendo os braços. — Só por que não tem música não quer dizer que não podemos nos divertir. —  As pessoas param para ouví-lo atentamente, o que duvido que aconteceria se Melissa ou eu tentássemos fazer o mesmo. — Vamos jogar. — pausa, tomando um gole grande de sua bebida. — Sete minutos no céu. — completa, tranquilamente, com um dos cantos de seus lábios sendo erguidos por um sorriso malicioso.

Um coro de assovios e risinhos se espalha, enquanto um ou outro reclama dizendo que isso é brincadeira de criança, mas a maioria ignora e parece bem interessada em brincar.

— Acho que está na minha hora. — digo para Melissa.

— O quê? Claro que não. Nós vamos jogar. — diz, com um sorriso radiante nos lábios.

— O quê? Nem pensar! — exclamo, de olhos arregalados.

— Ane, por favor, eles estão salvando a festa. Os garotos mais populares da escola. Lembrando que Carter é um deles, é a minha chance! — ela implora e eu permaneço calada. — Além do mais, sua vida precisa de uma injeção de emoção e aposto que você nunca fez algo assim antes.

E ela tem razão. A verdade é que eu nunca nem se quer beijei alguém em toda a minha vida. Porém, que fique claro que eu não sei se quero que isso aconteça dessa forma. Enquanto penso, Carter vai até uma estante próxima e pega papel e caneta.

— Vamos escrever todos os nomes de meninos e sortear. Cada menina pega um papelzinho. Se sobrar ou faltar alguém, a pessoa sem par vai girar a garrafa e ir para o céu com quem a garrafa escolher. Beleza?

Todos concordam e começam a anotar seus nomes, em seguida, colocam dentro de um vaso decorativo de porcelana e pedem para que uma garota de cada vez retire o seu, mas não abra até que seja a hora.

Hesito por longos segundos quando o moreno para à minha frente esperando que eu pegue um papelzinho. Isso não é nem um pouco o tipo de coisa que eu faria, por que a ideia me parece tão atraente nesse momento? Nem eu mesma me reconheço quando estico o braço e faço o que todos esperam.

— A anfitriã deveria ser a primeira, vocês não acham? — Carter diz, olhando fixamente para Melissa que sorri maliciosa e abre seu papel, onde se lê "Carter". Que ela ficaria feliz eu já esperava, o que me surpreende é o sorriso do garoto que rapidamente da passagem para minha amiga. Os dois passam por uma porta que tem ali mesmo na sala e uma menina marca os sete minutos em um cronômetro. Enquanto esperamos um rapaz ruivo aparece com um violão e começa a tocar algumas músicas fazendo a animação surgir ali outra vez.

Sete minutos depois, a garota que estava marcando o tempo se levanta e abre a porta revelando Melissa e Carter envolvidos em um beijo cheio de mãos bobas. Assobios e aplausos eclodem pelo espaço e os dois saem de lá sorrindo e corados, acho que mais pelo batom que antes estava bem passado na boca de Melissa, do que exatamente por vergonha. Sorrio sem querer, feliz que ela esteja feliz.

Mais dois casais vão para o armário, mas não têm a mesma química que teve entre Mel e Carter, então não acontece nada lá dentro, eu acho. Chega a vez da garrafa que está controlando a ordem, escolher mais uma menina. Meu coração volta a acelerar e a excitação se transforma em uma vontade de sair correndo ou desaparecer quando a garrafa para em mim. Mesmo pensando que não é possível, a vontade de desaparecer aumenta um milhão de vezes mais quando abro o meu papel e nele está escrito "Nicolas". Automaticamente e impulsivamente o encaro, boquiaberta. Ele vai se negar. Penso, já que não nos damos bem e sempre que nos aproximamos até hoje, desastres aconteceram. Claro que sempre foi pior para mim do que para ele, óbvio.

Ao contrário do que imaginei, ele simplesmente estende a mão, recolhe o papel, lê e faz um gesto para que eu vá na frente. Me sinto estática. Minhas pernas se movem sem que eu controle. É como se estivesse congelada e tudo só piora sob os olhares de todas as pessoas ali presentes. A expressão de insatisfação é óbvia no rosto da maioria das garotas ali. Tento olhar apenas para a frente e entro no armário. A porta se fecha. O espaço é pequeno e escuro, está cheio de casacos e outras bugigangas e não dá para se mover muito. Nicolas e eu estamos próximos e ele parece realmente outra pessoa, com outro comportamento. Não está rindo da minha situação como sempre faz. Parece até que não sabe quem eu sou.

— Hoje eu percebi que sou um cara de muita sorte. — ele diz, quase em um sussurro, e eu permaneço calada e de olhos arregalados. — Eu estava torcendo para ser você a pegar o meu nome. E olha só, deu certo.

— Nicolas... — começo, pronta para lhe dizer que não precisamos fazer nada por causa de um jogo idiota, que sei que não nos suportamos e que esses sete minutos serão uma tortura para ambos, além do mais, eu jamais o beijaria, mas ele me interrompe.

Shhhh. — sussurra, colocando um dedo levemente sobre meus lábios. — Não vamos perder tempo conversando. — ele está tão próximo que posso sentir seu hálito de menta e álcool em meu rosto. Ele se inclina, faltando pouco para me beijar, mas o empurro, o que faz alguns objetos que estavam arrumados atrás dele, caírem.

— Você ficou maluco? Não acredito que você ia mesmo me beijar. — digo, irritada. — Você não presta mesmo.

— Quê? Você está se fazendo de difícil? Se não queria um beijo, porque entrou no jogo? Anda, vamos aproveitar. — ele diz e se aproxima novamente.

— Eu já disse que não! Eu jamais beijaria você! Muito menos depois de tudo que você me fez! — elevo meu tom e ele franze a testa no mesmo instante.

— O que eu te fiz? Eu nem conheço você. — diz e então eu entendo tudo, como se literalmente uma lâmpada acendesse em minha mente. Ele não sabe mesmo quem eu sou. Por trás da nerd, ele nem imagina que tem uma garota pela qual poderia se sentir atraído.

— Você é um imbecil. — digo, abro a porta e saio dali. Daquele armário, daquela festa e de Nicolas, eu só quero distância.

Carter Mason

Trevor Flint

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