Proibida Pra Mim

By vsilveira01

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Annie Thompson tinha apenas algumas certezas na vida. Uma delas é de que o amor verdadeiro existia, e outra e... More

INTRO + CAST
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
CAPÍTULO 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 71
CAPÍTULO 72
CAPÍTULO 73
CAPÍTULO 74
CAPÍTULO 75
CAPÍTULO 76
CAPÍTULO 77
CAPÍTULO 78
CAPÍTULO 79
CAPÍTULO 80
CAPÍTULO 81
CAPÍTULO 82
CAPÍTULO 83
CAPÍTULO 84
CAPÍTULO 85
CAPÍTULO 86
CAPÍTULO 87
CAPÍTULO 88
CAPÍTULO 89
CARTA PARA ANNIE
LIVRO II - NOCAUTE

CAPÍTULO 49

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By vsilveira01

LUKE

Já passava da meia-noite quando resolvi que não iria ficar em casa. Eu havia checado meu celular algumas vezes em busca de alguma mensagem ou chamada perdida da Annie, mas depois da noite passada, minhas esperanças estavam cada vez menores.

Eu ainda estava muito puto com o que ela havia feito comigo e não sabia se já a tinha perdoado. Aliás, sequer havíamos conversado sobre isso sem nos agredir física ou verbalmente, mas eu sentia um sentimento de culpa por ter ficado com outra garota na frente dela propositalmente. Se fosse o contrário, por muito menos eu teria destruído aquele bar inteiro.

Certo de que iria encontra-la na festa de aniversário da Chloe - e sem ter ideia alguma do que fazer quando isso acontecesse - tomei um banho, vesti uma roupa preta com minha jaqueta de couro e decidi ir até o local.

A festa era grande, afinal, a Chloe era uma das garotas mais ricas e populares da escola. Ninguém esperava nada menos do que muito álcool na festa dela. Apesar disso, a festa não era sofisticada: alguns bebiam suas bebidas em copos vermelhos descartáveis enquanto outros se revezavam em um barril de chopp perto da piscina.

O local estava lotado e todos pareciam estar se divertindo bastante. Avistei o Chris perto do banheiro masculino e fui até ele anunciar minha presença no local.

- Ora, ora... - ele caçoou, tomando um gole de sua bebida - O que te fez mudar de ideia?

- Estava entediado em casa. - respondi -

- Oi, Luke. - a Sarah me cumprimentou, com cara de poucos amigos. Provavelmente ela me odiava tanto quanto sua amiga naquele momento -

- Oi, Sarah. - lancei um sorriso amarelo - A Annie não está com você?

Assim que terminei de falar, me arrependi imediatamente. Eu não devia ter perguntado por ela porque eu não gostaria de saber onde ela estava. A Sarah apenas sorriu e apontou com a cabeça para um grupo atrás de mim. No centro, a Annie conversava com três jogadores do time de futebol da escola. Ela vestia uma lingerie preta e uma calça justa, que deixavam suas curvas a mostra demais.

Senti meu sangue ferver no mesmo instante. Eu já havia mencionado pra ela que todos os caras comentavam sobre ela nos vestiários, e agora ela estava conversando com aqueles babacas do time de futebol?! Engoli o ciúme à seco, sentindo o gosto do meu próprio veneno. Ela não estava pra brincadeira.

- Mas que porra é aquela? - perguntei, furioso -

- Ela está decidida a aproveitar a noite hoje. - a Sarah alfinetou - Você sabe, ontem foi o seu dia, hoje é o dela... - eu a fuzilei com o olhar -

- Amor... - o Chris a repreendeu e ela deu de ombros -

- A Anastasia só pode estar ficando maluca se acha que vou assistir ela se oferecendo pra esses idiotas.

- Ei. - o Chris me segurou pelo cotovelo - Não faça nenhuma besteira.

- Você sabe que essa é a minha especialidade. - informei -

Caminhei até o grupo e puxei-a pelo braço até o balcão do bar. Ela parecia bêbada, mas arregalou os olhos assustada quando me viu. Sua feição de surpresa foi logo substituída por uma de desprezo quando ela assimilou a situação, e aquele olhar doía.

- Que merda você está fazendo?! - questionei, impaciente -

- Hoje não, Luke. - ela respondeu, tão impaciente quanto eu - Hoje eu te troquei pelo "Senhor Tequila."

- Ah, é? - eu ri, sem humor - Ele não vai te tratar muito bem.

- Não vai ser muito diferente de você então. - ela alfinetou, virando um shot - Outra, por favor! - ela acenou, pedindo outra dose ao garçom -

- Anastasia!

- Me deixe em paz! - ela gritou, saindo de perto de mim -

Aparentemente minha intervenção e minha tentativa de conversar com ela só pioraram seu comportamento. Sabendo que eu estava observando, ela puxou um dos caras do time de futebol para dançar, enquanto ria e conversava com a boca perto demais da boca dele.

Quando ele estava prestes a beija-la, ela virou de costas para ele e continuaram dançando lentamente uma música que era agitada. Ele desceu suas mãos por todo o corpo dela, percorrendo os ombros, os braços, e repousando-as no seu quadril, mexendo junto com ela no ritmo da música.

A maldita me lançou um olhar enquanto dançava com ele que dizia basicamente "este show é pra você."  Minha vontade era de ir até lá e acabar com a carreira profissional dele no futebol, quebrando todos os ossos do seu corpo, mas em vez disso, minha reação foi outra.

- Vamos embora daqui agora. - comuniquei, puxando-a pelo braço -

- Me solte! - ela bradou - Eu não vou a lugar nenhum com você! Estou me divertindo com o Jordan. - ela caçoou, se sentindo orgulhosa - Quer conhece-lo?

- Não me provoque, Anastasia. - eu avisei -

- Jordan, vem aqui! - ela gritou, chamando-o - Quero que conheça o Luke, meu ex-namorado. Ele é fisicamente atraente, mas sentimentalmente indisponível.

Ao lado dela, o cara observava nossa discussão, sem muito entender e sem muito a acrescentar. Estava estampado na cara dele que ele não queria fazer parte daquilo e que estava apenas atrás de alguém para transar naquela noite. Aquilo era drama demais pra ele.

- Você vai mesmo me ignorar e ficar com um cara que você nem conhece? - eu questionei, encarando-a -

- Ele não pode ser pior do que os que eu já conheço.

Ela tentou virar as costas pra mim na intenção de voltar a dançar com o Jordan, mas eu puxei seu braço novamente, dessa vez com força o suficiente para que seu corpo ficasse colado ao meu.

- Você tá me provocando achando que não há perigo, Anastasia. - eu avisei - Sem saber o meu tamanho, até onde vai o meu bote. Sem conhecer a força da minha mordida, o tamanho dos meus caninos. Está me provocando sem esperar a picada, sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.

- Não tenho medo de você. - ela respondeu, me olhando nos olhos - Vá embora se não quer me ver beijando outra pessoa. É o que eu deveria ter feito ontem. - ela disparou -

Então ela me deu as costas, jogou os dois braços no pescoço do Jordan e o beijou. Pego de surpresa, ele correspondeu ao beijo, que logo foi interrompido comigo colocando o tronco dela no meu ombro, enquanto segurava seu quadril com a mão, e a carregava para fora da festa.

- Me solte! - ela gritou, dando socos em minhas costas enquanto estava praticamente de ponta-cabeça - Me coloca no chão agora, seu idiota!

Eu não obedeci. Continuei caminhando com ela esperneando em meu ombro enquanto olhares curiosos nos acompanhavam até o estacionamento do local. Ela era incansável e continuava se debatendo numa tentativa falha de que eu a colocasse no chão. Somente quando estávamos longe de tudo e de todos eu agachei e a soltei com cuidado.

- EU ODEIO VOCÊ! - ela disparou, me empurrando - MERDA, VOCÊ NÃO É O MEU DONO! NÃO TEM O DIREITO DE ME CARREGAR E ME TIRAR ASSIM DA FESTA! QUEM VOCÊ ACHA QUE É?

Eu ouvi em silêncio toda a sua gritaria, enquanto aguardava por uma brecha para que pudesse dizer algo. Ela estava furiosa, mas eu sentia que aquele momento de fúria era necessário e que faria bem pra ela gritar comigo por alguns minutos. Então apenas sentei e esperei que ela jogasse sobre mim tudo aquilo que lhe causava raiva, quando ela finalmente se cansou e levou as mãos ao rosto, começando a chorar.

- Eu não quero te ver nunca mais. - ela praticamente sussurrou -

- Tudo bem, mas precisamos conversar.

- Ah, agora você quer conversar? - ela ironizou - Porque ontem eu fui até você mas você estava ocupado demais com a língua na boca de outra garota!

- Como se você tivesse agido de forma diferente hoje! - eu respondi -

- Agora a culpa é minha? - ela falou, voltando a gritar - Você faz suas escolhas idiotas e culpa todo mundo!

- Ah, eu faço escolhas idiotas? - eu ri sem humor - Você traiu minha confiança contando pro Tyler sobre o meu passado! Foi você quem fez a única coisa que pedi que você não fizesse!

- Me desculpe por isso, tá legal? - ela falou, voltando a ficar impaciente - Merda, eu sinto muito! Errei e assumo que errei! Te procurei inúmeras vezes pra pedir perdão por isso mas você sequer olhava na minha cara!

- Eu não queria conversar com você, merda! - eu gritei - Não queria ouvir sua voz!

- Mas eu queria ouvir a sua! - ela retrucou - Precisava ouvir sua voz pra ter certeza de que você ainda está aqui, de que você ainda pode me sentir! Precisava ouvir sua voz pra ter certeza de que eu não seria apenas mais uma das pessoas que entraram em sua vida apenas pra te machucar!

- Por que você fez isso com nós dois? - questionei, com tristeza - Eu confiava em você, entende? Entende como isso é difícil pra mim?!

- Eu errei em trair sua confiança, mas isso não justifica você ser um completo babaca comigo!

- Você quer parar com isso? Nem vem colocar a culpa em mim! - eu rebati - Você sabe que tudo entre nós está errado, que tudo está fora de controle e que nada permanecerá igual!

- É, tem razão. - ela falou - A tempestade que eu causei nos levou a situação sem saída na qual estamos, mas suas atitudes e erros irreversíveis são coisas que eu não posso permitir que passem por mim sem que eu sinta nada, porque sim, eu as sinto, Luke. - ela fez uma pausa - Você sabe que não há nada a ser feito a não ser te deixar e me libertar de tudo isso.

- Por que você tem que ser tão complicada, merda?!

- Eu não sou simples, Luke. Nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais.

- Do que você está falando? Está falando que eu não cuidava de você, é isso? - gritei, incrédulo - Eu estou aqui, na sua frente, disposto a te perdoar por ter traído minha confiança e é isso que você tem a dizer?!

- Estou falando que não sou tão masoquista quanto parecia ser quando engolia em seco suas palavras rudes ontem, que passavam em minha garganta se transformando em nós. - ela disparou - E ainda assim, permaneci em pé, paciente e tão ingênua, talvez. Agradeço por você ter acordado hoje e ter decidido que me perdoa. Significa muito pra mim. Mas você é instável, e ninguém me garante que amanhã você vai acordar pensando da mesma forma.

- Sei que falamos e fizemos coisas que não deveríamos. - assumi - Mas eu quero ficar com você, Annie. - falei olhando-a nos olhos, com sinceridade -

- Está disposto a confiar em mim novamente? - ela questionou, retribuindo o olhar - Digo, eu estou disposta a trabalhar duro diariamente para reconquistar sua confiança. Mas você está disposto a confiar em mim novamente? - ela repetiu a pergunta -

Fiquei paralisado. Aquela era uma pergunta que eu não podia responder. Eu nunca havia dado minha confiança a alguém que havia me traído. Eu era rancoroso, orgulhoso e vingativo, e por mais que eu tivesse tentado, ao logo da minha vida, eu jamais havia conseguido confiar em alguém que tivesse me mostrado não ser digno da minha confiança.

E ali estava o nosso belo paradoxo: eu queria estar com ela. Queria confiar nela. Mas não sabia se era capaz.

- Me poupe do trabalho de adivinhar seus pensamentos, Luke. - ela continuou depois do meu silêncio, fazendo menção de ir embora - Diga que me quer apenas quando for verdade.

- Eu gosto de você. - informei, impedindo-a ao pegar em sua mão - Quero você.

- Mas não me ama, e agora não confia em mim. Por que deveria acreditar em algo que você me diz? - ela questionou -

- Merda, Annie! Eu estou aqui disposto a te perdoar e a reconstruir seja lá o que destruímos! Eu não tenho nome pra esse sentimento, mas não tem importância que você não compreenda isso, porque eu estou acostumado com a incompreensão alheia!

- Você não parece certo dos seus sentimentos. - ela me interrompeu - Um dia, não vai ser por agora, mas você vai perceber que o que eu senti por você foi verdadeiro. E que dispensava explicações.

- Veja bem o que você vai fazer com o resto de nós dois, Annie. - pedi -

- Eu já perdi muito tempo correndo atrás de nós e esqueci de me amar, Luke, do meu amor próprio. Cansei de esperar por você. Agora, mais do que nunca, tenho que tomar meu rumo, tomar minhas próprias atitudes.

- Eu não vou desistir de você. - informei, vendo-a partir -

- Boa sorte tentando. - ela finalizou -

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