TORCENDO POR NÓS (Completo e...

Por JozyRibeiro6

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TORCENDO POR NÓS(Concluído e Reescrito) ⚽❤️ ✅ COMPLETO ⚽ FUTEBOL ❤️ ROMANCE 🧑🏻‍🦽DESAFIOS 💕REENCONTRO... Mais

BOOK TRAILER 🎬📽️🎥
TORCENDO POR NÓS
CAPA OFICIAL
01 - ENSAIO DE CASAMENTO💍
02- LEMBRANÇAS 💭
03 - O GRANDE DIA💐
04 - DESCOBERTAS🔍
05 - TUDO PODE ACONTECER🥂
06 - COMO SE LIVRAR DE UMA MULHER💋
07- FICA COMIGO ESTA NOITE? 🌜
08 - VOCÊ O MAR E EU 🌊
09- FIQUE POR FAVOR💔
10 - COMO TE ESQUECER?💘
11- ENCONTRO INESPERADO ❣️
12- MÁGOAS NO OUTONO 🍁
13 - SÁBIOS CONSELHOS DE AMIGA🗨️
14 - O AMOR É UMA PEÇA🔧
15 - JOGANDO O JOGO DO AMOR ⚽
16 - A FAMÍLIA DA MINHA NAMORADA 👨‍👩‍👧
17 - SURPRESAS DO PASSADO🍼
18 - A BOCA GRANDE DA MINHA AMIGA🤦
19 - SAUDADES E TEMPESTADES⛈️
20 - SE ESTIVER COM RAIVA, NÃO BEBA 🍸
21- NÃO DIGA EU TE AMO💔
22 - APENAS AMIGOS?🤝
23 - PARA ISSO QUE SERVEM OS AMIGOS 👫
24-NUNCA É TARDE PARA DIZER EU TE AMO 💏
25 - PLACAR FAVORÁVEL🥈
26 - O AMOR DE TODAS AS FORMAS 👫
27 - APENAS DIGA SIM 💍
28 - MINHA CASA NOSSA CASA🏠
29 - QUANDO TUDO MUDOU?🤷
30 - AOS POUCOS AS COISAS SE AJEITAM🙌
31 - UM QUASE DESLIZE😅
32 - APENAS UM MAL ENTENDIDO👎
33 - CAINDO A MÁSCARA🖤
34 - SONHOS REALIZADOS 🏡
35 - SEJA BEM VINDA SOFIA!👶
36 - ENTRE A RAZÃO E O CORAÇÃO ❤️
37 - ( PARTE I) AS IDAS E VINDAS DO AMOR👛
38 - (PARTE II) AS IDAS E VINDAS DO AMOR🎒
39- NÃO HÁ COMO RESISTIR 😚
40 - DO PARAÍSO AO INFERNO💕↪️🔥
41 - DIAS ACIZENTADOS 😓
42 - PRECISO VÊ-LO🏥
43- ACABOU❓
44 - A VIDA SEGUE❣️
45 - REENCONTRO⏮️
46 - ENCONTRO INEVITÁVEL
47 - UM ADEUS EM PAZ🌷
48- DE NOVO NÃO!
49- FIM DE JOGO 🏆
51 - EPÍLOGO

50 - CAPÍTULO BÔNUS

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Por JozyRibeiro6

Oláaa!
Sentiram falta do nosso casal?
O que vocês acham que aconteceu com Sarah e Antony depois do casamento?
E Mary , será que Sophia cresceu muito?
Resolvi escrever dois capítulos bônus pra que vocês matem a saudade desses personagens que amamos tanto.
Espero que gostem❤

  4 Anos depois…


— Mamãe eu peguei uma fozinha pá você — o pequeno garotinho falou entregando uma margarida nas mãos de Sarah.

Antony olhou para ela e ambos respiraram fundo de alegria. Gael era um menino extremente carinhoso, ainda era impossível acreditar que alguém poderia fazer mal a uma criança tão amável, ainda mais uma mãe. Por causa dos traumas que viveu, ainda estava com um atraso na fala. Há dois anos, eles haviam adotado o pequeno. Gael tinha sido levado para um abrigo desde que foi encontrado em situação de abandono e maus tratos, a própria mãe o espancava frequentemente, o que deixou sérias marcas pelo seu corpo e alguns traumas que estavam sendo tratados com muito amor.

A ideia de adotar o pequeno veio no dia em que assistiram pela TV a reportagem sobre toda maldade que ele sofreu. Naquele tempo Gael tinha apenas dois aninhos e foram os próprios policiais que o resgataram que perceberam a paixão do garoto por futebol mesmo tão pequeno. Sarah e Antony ao verem aquelas imagens tão comoventes de um serzinho tão pequeno chutando aquela bola tão grande para o tamanho de seu pezinho, eles tiveram a certeza de que o queriam. Depois de três tentativas de engravidar, Sarah queria dar um tempo, percebia o quanto Antony ficava frustrado por não conseguirem ter um filho. Há seis meses o convenceu que voltaria a tomar anticoncepcional, e iria parar com o tratamento, porém Antony não se conformava, e não cansava de lembrar que ele sabia que seria assim.

— Pra mim, não tem nada?— a voz de Antony lhe tirou dos pensamentos. Ele fingiu sentir ciúmes.

O garotinho correu na direção dele e o envolveu com um abraço forte e carinhoso.

— Sim, papai, tem um tanto de beijo pô cê.

Sarah se divertia vendo a cena tão agradável. Foram interrompidos com os gritos de Sofia que chegava usando um colete salva vidas toda empolgada correndo na frente dos pais.

Breno caminhava falando ao telefone, também usando um colete igual de Sofia, Mary não desgrudava os olhos do marido parecia um tanto insatisfeita.

— Gael, vamos passear de barco comigo e com o papai? Cabem três pessoas! — A mocinha radiante com seus cabelos loiros disse puxando o garotinho pelo braço.

Sofia, apesar de ter completado cinco anos, era de estatura pequena. A diferença de um ano entre os dois era quase imperceptível.

— Póto, papai?— o pequeno Gael pediu com aqueles olhinhos amendoados que tornava impossível negar qualquer coisa.

Sarah não parecia muito satisfeita. Como toda mãe não podia deixar de achar um passeio com duas crianças naquele minúsculo barco perigoso.

Antes que houvesse resposta Breno desligou o telefone com um semblante desagradável sobre os intensos olhos de Mary .

— Bom, infelizmente eu preciso voltar.

Mary cruzou os braços nitidamente nervosa.

— Isso é alguma brincadeira, Breno?

Os ânimos começaram a se exaltar entre eles, na verdade ultimamente Mary e Breno se desentendiam bastante. Inclusive o passeio em família havia sido justamente para que tentassem ajeitar as coisas.

— Mas, meu amor, eu não tenho culpa. Tiveram problema com os chineses. As exportações estão paradas e se eu não resolver as coisas o prejuízo será enorme.

Mary bufou e Sofia já estava com uma carinha triste de partir o coração.

— Breno, não me importa se você está tendo problemas com os chineses ou com os ingleses. Sua família está aqui e nós estamos de férias! Você me prometeu que...

Breno a interrompeu.

— Maryene eu não tenho culpa que você largou os negócios para cuidar da nossa filha, mas não se esqueça que se casou com um homem de negócios. Eu tenho responsabilidades.

— E sua responsabilidade com sua família? Prometemos a nossa filha um passeio incrível e agora teremos que voltar!

Breno coçou a cabeça em sinal de quem estava perdendo a paciência. Era estranho vê-lo assim, normalmente ele era tão calmo e paciente com Mary, mas nas últimas semanas andava estranho.

— Sou eu quem preciso voltar. Vocês podem continuar o passeio.

Mary bufou novamente. Não estava nenhum pouco satisfeita. Na verdade parecia desconfiada.

Os ânimos começavam a se exaltar entre o casal, mas ao perceberem os olhinhos de Sofia sobre eles, tentaram disfarçar.

Antony e Sarah, não desejavam se envolver, mas era muito triste ver seus amigos assim.

Breno se ajoelhou ficando na altura da filha para falar com a pequena de uma forma carinhosa.

— Filha, o papai precisa ir. Mas vocês vão continuar o passeio, vai ver como será divertido.

A pequena não esboçou reação.

— Intão… não vai tê o passeio de barco...— Gael resmungou.

Todos se entreolharam com um aperto no peito pela decepção das crianças. Foi então que Antony teve uma ideia.

— Mas é claro que terá sim o passeio de barco, eu vou com vocês!

Gael começou a sorrir empolgado e dar pulinhos, Sofia também se animou, porém Mary pareceu não gostar da ideia e procurou alguma forma de expressar:

— Acho melhor não, Antony... Vamos esquecer esse passeio de barco...

Antony a encarou percebendo sua insegurança.

— E porque não? Você acha que eu não sou capaz de levar as crianças para um passeio de barco em segurança, Mary, só porquê não posso mexer as pernas?

Mary ficou completamente constrangida, apesar de estar insegura, não queria chatear o amigo, Antony pareceu um tanto magoado.

— Não... Antony! É claro que não é isso!

O clima ficou mais tenso. Breno ainda tentou amenizar a situação retirando o colete e entregando a Antony.

 — Vamos capitão, as crianças estão esperando! — falou fazendo uma voz de soldado.

As crianças foram ao delírio.

Sarah o ajudou a colocar o colete.

— Obrigado, primo. Está salvando o passeio — sussurrou Breno para Antony com tom de confiança.

Na sequência, seguiram para onde ficavam os barcos, colocaram um colete em Gael e se despediram de Breno. Mesmo triste com a saída do pai, Sofiia se conformou pois estava muito entusiasmada com o barco, porém, foi Mary quem não estava nada feliz.

Ao ver Sarah se aproximar, Mary tentou se desculpar:

— Sarah, estou muito envergonhada por ter dito que era melhor as crianças esquecerem o passeio de barco. Antony ficou chateado e...

A voz de Mary ficou embargada como um choro.

Sarah lhe deu um abraço reconfortante.

— Está tudo bem, depois falo com ele. Agora você é quem não está nada bem. Ainda com aquela paranoia de que Breno está lhe traindo?

— E você acha que eu não tenho motivos pra desconfiar? — Mary disse irônica.

Sarah a obrigou a lhe encarar nos olhos.

— Eu já lhe disse mil vezes: Breno te ama e jamais faria isso com você. E muito menos com Sofia.

Mas as palavras de Sarah não tinham efeito algum, Mary parecia convicta, o assunto apenas se encerrou quando os olhos de ambas viram de longe Gael se esticar para fora do barco e em instantes se desequilibrar caindo na água. Sarah sentiu seu corpo estremecer, e um desespero cresceu dentro de si ao ver o pequeno se debater na água, o colete ajudava para que ele não se afogasse, porém seus movimentos desesperados o faziam afundar algumas vezes. Todos em volta  do parque pararam para assistir a cena, Gael parecia muito assustado e aquela cena era de partir o coração, o pior foi ver Antony em desespero completo por não poder fazer nada.

— Alguém ajude! Meu filho caiu na água! — Sarah gritou enquanto corria pelo parque pedindo ajuda.

As pessoas se aglomeravam e muitos com seus celulares filmando a cena e fazendo comentários.

— Acho que é o filho adotivo daquele ex-jogador de futebol.

Então, de repente surgiu uma jovem de cabelos cacheados que saltou de onde estava e se jogou na água. Ela nadou até o pequeno e sobre os aplausos de todos salvou Gael o envolvendo com um dos braços lhe segurando para trazer até o solo e nadando com o outro.

Sarah estava tão preocupada com Gael que nem percebeu naquele instante Antony destroçado com o ocorrido.

Mary correu e retirou Sofia que também estava assustada de dentro do barco.

— Filho! Gael!— Sarah gritou quando chegaram à margem 

— Tô bem, mamãe… a moça me salvô.

O pequeno disse ainda com dificuldade.

Sarah envolveu o garoto com seus braços e lhe abraçou ainda chorando.

— Meu filho, graças a Deus você está bem!

O abraço demorou alguns minutos e toda equipe de salvamento do parque surgiu para prestar os primeiros socorros.

Aquele aglomerado de pessoas ainda  filmavam e fotografavam, certamente seria a notícia do momento.

Somente quando Sarah percebeu que Gael estava bem, se virou para a jovem heroína que havia salvado seu filho, a moça estava molhada e parecia ser um pouco tímida.

— Obrigada, você salvou a vida dele.

— Foi um impulso. Que bom que consegui tirar ele dali.

— Qual seu nome?

— Mônica Linhares.

Sarah lhe estendeu a mão e surpreendeu a jovem com um abraço.

— Vou ser grata para sempre.

As duas foram interrompidas pela voz de um irritante repórter. Sarah não imaginava o que ele estava fazendo ali, mas ficou brava, Estevam era daqueles que ficavam feito urubus em cima da carniça, ansioso para uma boa fofoca ou escândalos que envolvia algum famoso.

— Senhora Sarah, como Antony está se sentindo por não poder ter feito nada para salvar seu filho?

Apesar de achar aquela pergunta bem idiota, Sarah conseguiu se lembrar de Antony. Ficou imaginando como ele estava, certamente arrasado. Fez um giro de cabeça a procura dele e não o encontrou. Ela sentiu um enorme aperto no peito.

*

Era noite e Antony não havia trocado nenhuma palavra, também não se alimentou. Mesmo sabendo que Gael estava bem e no quarto de Mary com Sofia, o pequeno nem precisou ir para o hospital. Ele havia implorado para dormir com a tia Mary. Agora sozinha no quarto daquele luxuoso hotel com seu marido, Sarah tentou algum diálogo.

Se aproximou dele por trás. Antony estava sentado em frente ao notebook. Ela o abraçou repousando seu rosto em seus ombros.

— Sabe que mais cedo ou mais tarde precisaremos falar sobre isso. O Dr. Henrico...

Falar o nome do terapeuta de Antony não havia ajudado, só tornou o seu humor pior que antes. Mas pelo menos ele falou.

— Já sei o que o Dr. Henrico falou!— disse tentando se inclinar para se afastar.

— Antony, você não teve culpa do que aconteceu.

— Mas não pude fazer nada! Sou um pai inútil. Agora entendo o motivo de Deus não ter nos dado um filho, talvez eu não conseguia cuidar.

Sarah bufou. Por mais que soubesse que ele estava chateado, não podia aceitar aquelas palavras. Eles tinham sim um filho e ela o amava muito.

— Nós temos um filho sim. Gael é nosso, saiba Antony que você é um grande pai, não se esqueça que a decisão de adotar Gael surgiu de você. Monstros são aqueles que agrediram e violentaram aquele garoto. Você o ama e é capaz de dar sua vida por ele.

As palavras dela o desestabilizaram, Antony caiu em lágrimas e ele a abraçou.

— Ele estava feliz naquele passeio, até que se inclinou para olhar um peixe e ... Caiu... Eu me senti um inútil por não poder tirá- lo da água.

Sarah o abraçou mais forte.

— Tem coisas que estão fora do nosso alcance e não podemos fazer nada contra isso. Meu amor, vamos esquecer o que aconteceu. Felizmente nosso filho está bem e isso é o que importa.

Sarah se moveu para frente e pegou o computador retirando do colo dele e deixando na mesa só lado, se podicionou em seu colo, passou uma perna pelo quadril dele e depois a outra, segurou seu rosto com as duas mão e colou seus lábios nos dele. A boca de Antony estava quente, mas recebeu a sua com todo seu amor.

— Eu te amo tanto. Você e Gael são tudo pra mim — ele sussurrou sem largar a boca de Sarah.

O beijo ainda tinha o mesmo sabor de seis anos atrás quando se beijaram naquela praia, na noite do casamento de seus melhores amigos.

— Antony...

Ele apenas resmungou se negando a largar sua boca.

— Oi...

— Precisamos encontrar aquela moça que salvou nosso filho...

Ele largou seus lábios e repousou sua testa na dela em um longo suspiro.

— Sim, você tem razão. Preciso agradecê-la.

Sarah acariciou os cabelos dele com as mãos lentamente e depois o puxou novamente de forma que retornassem ao beijo, desta vez de forma mais intensa. Seus lábios estavam sedentos pelos dele, e queria que Antony soubesse o quanto o desejava. Ela passeou sua língua por toda extensão da boca dele de forma ávida enquanto sentia suas coxas serem tocadas debaixo da saia, por duas mãos fortes e firmes fazendo seu desejo se multiplicar. Os beijos ficaram mais ousados, a boca dele escorregou até o seu colo e devagar Antony desceu as alças de sua blusa expondo os seios dela. Um a um sugou com paixão e desejo, ela arfou em seu colo, ele era bom nisso, quando sentiu que ele estava pronto, o ajudou a se despir, montou novamente naquela posição que amava, se entregou a ele, como em todas as vezes que fizeram amor.

*

Ligação On

Eu falei que esse filho da mãe estava me traindo!— a voz de Mary ecoou do outro lado da linha enquanto Sarah terminava de ver alguns papéis da clínica.

— Mary, isso não faz sentido. Você disse que leu uma mensagem no celular dele dizendo que iriam buscar... Quem mesmo? ... Roxana?

Mary parecia estar possessa de raiva do outro lado.

— Sim. Esse é o nome da vagabunda que está com ele! — ela gritou de raiva.

— Olha, Mary, você não deveria estar mexendo no celular dele, isso é...

As palavras de Sarah deixavam sua amiga mais indignada, era como se estivesse do lado de Breno.

— Eu precisava de provas, e mesmo assim você está do lado daquele safado, pensei que fosse minha amiga!

Sarah revirou os olhos.

— Mary, apenas não quero que tire conclusões precipitadas.

— Pois então, você tem uma chance de desmascarar aquele traidor de uma figa comigo. Antes dele sair do banho eu consegui ver a agenda dele. Estava escrito que na sexta a noite vai levar a fulana na a praia do Arpoador...ai que ódio...sou capaz de arrancar todos os fios de cabelo dessa piranha! Ahhh mas eu vou estar lá também.

Não havia nada que Sarah fizesse que tirasse aquela ideia maluca da cabeça de Mary. Apenas restava acompanhá- la e pedir a Deus que Breno tivesse uma boa justificativa pra isso tudo.

Ligação Off

*

Como já previam, o caso do parque noticiava todas as mídias. Agora além do problema com Mary que insistia estar sendo traída, Sarah tinha outro problema, aquietar Antony que sempre ficava mal diante daquelas fofocas. O pior de tudo não eram os comentários, mas sim as notícias falsas como aquela que Sarah lia na tela do celular.

FILHO ADOTIVO DO EX- JOGADOR ANTONY SILLVE CAI EM RIO DURANTE PASSEIO E  MORRE AFOGADO. A FAMÍLIA ESTÁ  DE LUTO E O CRAQUE SE QUEIXA DE NÃO CONSEGUIR ENTRAR NA ÁGUA E SALVAR O GAROTO.

Antony estava de todas as cores possíveis de raiva.

Haviam conseguido marcar um encontro com Monica Linhares, a moça que havia sido a heroína do passeio do final de semana passado. Faltava pouco para ela chegar, Sarah a encontrou facilmente pois descobriu que havia se hospedado no mesmo hotel em que estavam, ela pareceu eufórica com o convite quando Sarah ligou, bastante diferente da jovem tímida e de poucas palavras que conheceu.

Eduardo tentava acalmar Antony inutilmente.

— Antony, não adianta se estressar com essas notícias fake! Tenta se acalmar.

Ele pareceu inquieto na cadeira. Sarah se aproximou e segurou sua mão.

— Meu amor, eu também estou com muita raiva, mas precisamos ser mais fortes que isso.

Os ânimos estavam tão alterados que não notaram a entrada de Mônica seguida por uma empregada da casa.

— Minha revolta com esses filhos da mãe, é que inventaram essa notícia com o meu filho somente para ganhar dinheiro, isso é falta de caráter! Eu quero que descubram quem foi que espalhou isso e metam um processo neles! — Antony gritou irritado.

Somente quando terminou a última frase que todos notaram a presença da jovem. Ela parecia um tanto perdida com o assunto.

Houve um silêncio no recinto. E Sarah se aproximou ainda sem graça sob o clima tenso para cumprimentar a jovem.

— Mônica! Que bom que você veio  — Se aproximou abraçando ela.

A jovem correspondeu discretamente.

— Obrigada, Sarah pelo convite...

Sarah a conduziu até os rapazes e apresentou os dois. Eduardo como sempre simpático e Antony se esforçou para esquecer o ocorrido o que era bem difícil já que aquela moça estava ali justamente por causa do acidente.

— Me desculpe Mônica, estamos um tanto chateados com algumas notícias falsas por aí — Sarah explicou.

Mônica não pareceu surpresa.

— Eu já imaginava. Devido às mensagens que recebi, pessoas me pressionando para dizer mentiras.

Todos ficam chocados.

Antony e Sarah se entreolham.

— Isso é um absurdo!— A revolta em Antony cresceu.

Mônica continuou:

— Mas eu já conheço esse tipo de sujeira. Sou jornalista. Trabalho para NDP News.

Todos ficam surpresos com a revelação.

— Nossa, mas você é tão jovem pra trabalhar para um jornal de notícias — Sarah comentou.

— Que nada, só tenho rostinho de garotinha — ela brincou.— Trabalho no jornal há algum tempo. Por isso conheço bem esse tipo de fofoca e sei o quanto as pessoas se beneficiam com isso. Tenho nojo disso!

Neste momento Sarah soube que tinha mais um motivo para gostar de Mônica. E todos pareciam mais confortáveis com sua presença. Antony pediu algo para beberem e se uniram num longo momento entre várias conversas.

*

Sarah estava se sentindo uma idiota enquanto caminhava em passos lentos naquela escuridão com Mary. Sua amiga estava gelada e no fundo sabia que Mary precisava colocar um fim em suas dúvidas quanto à fidelidade de Breno. Quando chegaram logo notaram o carro dele estacionado próximo da Marina entre outros cinco veículos. Antes de sair de casa já havia dito a Mary que estaria no escritório terminando alguns serviços, logo ela soube que ele mentia e isso a deixou muito mal.

O corredor daquele enorme barco estava bastante escuro. Conseguiam ouvir de longe um som de música dançante, realmente parecia haver alguma festa ali. Sarah sentiu seu coração bater mais forte, começava a acreditar que estava errada sobre seu amigo e isso lhe preenchia de raiva por Breno ser capaz de trair sua amiga.

Ouviram barulho de taças e copos.

— Não...— Mary gritou baixinho se apoiando em Sarah com sua respiração rápida e os olhos cheios de lágrimas. — Não sei se consigo fazer isso.

Sarah olhou nos olhos de sua amiga.

— Ainda dá tempo de desistir, Mary.

— Eu... Preciso ter certeza de que ele está me traindo. Mas não sei se vou suportar...— Sua amiga falou em um soluço.

As lágrimas desceram com mais força.

Sarah apertou sua mão.

— Acalme-se, eu estou aqui com você.

Mary respirou fundo e enxugou as lágrimas.

— Vamos...

Logo escutaram gritos em coro de vários homens.

— Tira! Tira!

As duas pararam e se entreolharam surpresas.

— Mas o quê tá acontecendo ? Uma stripper?— Sarah sussurrou.

Mary engoliu seco.

Logo ouviram mais vozes de homens em coro em tom de decepção.

— Ahhhhh!!

Novamente Sarah e Mary se entreolharam confusas. Mas ficam paralisadas com o que escutam na sequência, as mesmas vozes masculinas em coro gritar:

— Breno! Breno!

De repente uma única voz falou mais alto:

— Agora é sua vez Breno de tirar! Aproveita que sua mulherzinha não está aqui pra te impedir.

As vozes riram em uma gargalhada estridente.

Mary sentiu seu sangue ferver com o que acabava de ouvir acreditando que estava acontecendo algum tipo de orgia sexual naquele barco. Então apressada em passos largos, seguiu em frente sendo acompanhada por Sarah. Mary ficava a cada instante mais furiosa e entrou no recinto pronta para fazer um barraco até que se deparou com uma cena que jamais imaginou ver:

— Mary, meu amor?— a voz de Breno soou assustado.

Nenhuma das duas jamais conseguiriam descrever o quanto ficaram constrangidas com cerca de vinte pares de olhos masculinos lhes encarando enquanto...

Jogavam baralho...

Isto mesmo, estavam todos reunidos envolta de uma mesa cheia de bebidas e baralhos.

— Breno, mas que merda está acontecendo aqui? Cadê a vagabunda? — Mary perguntou exaltada se recusando a acreditar que não havia nenhuma mulher ali.

Todos os homens as olhavam confusos.

Mary começou a andar pra todos os lados histérica a procura de alguma mul

— Você está doida? Não tem mulher alguma aqui.

Os homens começam a rir achando graça da situação e Mary ficou mais irritada.

— Ah, não tem não? Você tem certeza, Breno? Você tem andado estranho, mentiu pra mim dizendo que iria ficar no trabalho e eu li em sua agenda no celular que se encontraria com uma tal de Roxane.

Ela cruzou os braços se sentindo vitoriosa por desmascará-lo.

Os risos se intensificam e Mary não compreendeu.

Breno colocou a mão no rosto se recusando a acreditar no que estava acontecendo.

— Roxane é o nome desse barco, Mary.

Houve um silêncio constrangedor.

— Hã!?— Mary resmungou.

— Mary, eu não acredito que andou mexendo no meu celular — Breno falou bravo.

— Mas eu jamais imaginaria que você estivesse se reunindo com um bando de marmanjos pra jogar... Baralho — Mary tentou se justificar.

Sarah bufou, estava envergonhada, porém feliz por saber que Breno era um homem fiel.

— Você não tinha o direito de me vigiar Maryene! — Breno gritou.

— Breno me compreenda, eu pensei... Pensei...Que você estava me traindo...

Mary também começou a se sentir envergonhada.

— Isso não justifica. Eu jamais iria trair você, eu te amo.

Aquelas palavras conseguiram desestabilizar Mary.

— Meu amor, porque você não me disse que estava apenas jogando baralho?— a voz de Mary quase saiu em choro.

Breno se acalmou ao vê-la tão envergonhada.

— Mary, você quer controlar tudo à sua volta, principalmente depois que largou o trabalho.Tenta me controlar o tempo todo. Eu estava sufocado queria, um tempo pra me sentir... Livre... Fazer algo que eu gosto com meus amigos.

As lágrimas tomavam dos olhos de Mary.

— Breno... Eu...

Ele não a deixou terminar:

— Meu amor, eu sei que errei mentindo pra você. Mas foi a única forma que encontrei para me divertir sem ter você me controlando, eu já estava me tornando piada no trabalho.

Isso justificava o comentário que ouviram antes de entrar.

" Aproveita que sua mulherzinha não está aqui pra te impedir."

Mary se aproximou de seu marido ainda bastante envergonhada.

— Me perdoe, Breno. Não percebi que estava fazendo isso. Você tem razão. Ter largado o trabalho me deixou um pouco mais possessiva.— ela fez uma pausa envergonhada por suas atitudes — Você precisa de espaço.

Ele lhe segurou pela cintura de forma gentil.

— Sim, preciso. Mas prometo não lhe esconder mais nada...— Breno beijou o topo de sua cabeça.

Somente neste momento que percebem que havia uma platéia assistindo eles.

— Bom... Então acho melhor eu ir embora para que vocês possam continuar o jogo — Mary falou rindo.

Um dos homens gritou no fundo:

— Vamos logo, Breno. Estava na sua vez de tirar a carta!

Breno deu um selinho rápido nos lábios de Mary e voltou para a mesa sorridente. Ela caminhou na direção de Sarah bastante constrangida — Então... Era a vez dele tirar... A carta!

As duas inevitavelmente caíram na risada.

— Eu te avisei que você estava errada — Sarah insistiu sorridente antes de saírem.

Felizmente a noite havia terminado em paz.

❤⚽🏆

Ah, estou ansiosa pra saber a opinião de vocês. Gostaram?

Ainda tem mais por aí, o último capítulo está cheio de emoções.

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