Knocked Up - Tradução PT

misselrick tarafından

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Descrição: Do Kyungsoo tinha muitos planos, mas engravidar definitivamente não era um deles. Prefácio: Princ... Daha Fazla

Smiley Face from Hell
The Power of Banana Milk
Of Unicorn's and Baozi's
Nutella
Do U-Know?
Jealous Jongin
Fess Up
Panda Time
Birthday Unicorn Part 1
Birthday Unicorn Part 2
BlueberrySoo
2 Jongs Don't Make a Right
Geurae Oolf, Naega Oolf
Awoo and Shit
U-Know I'm Gonna Kick Your Ass, Right?
The Three Muskequeers
Happy Bottom-ween
Put The Lime in the Coconut
Meet the Parent
When the Kyungsoo Nation Attacked
Grandma Knows Best
인어의 눈물
The Idiot that Lives Nowhere
I Wanna Do Kyungsoo
Daddy Knows Best
Wrecking Byul
Love Can Be A Touchy Subject
2 Jong's 1 Soo and Princess Lulu

Kissing Soo

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misselrick tarafından

Quinta-feira, 5 de outubro

Se existe um professor que Kyungsoo odeia verdadeiramente, esse alguém é o Sr. Shin. Já era ruim o dito cujo ensinar justamente cálculo, de todas as matérias, mas ele ainda era velho, barulhento e rude. Sem mencionar que ele cuspia quando falava. A fileira da frente estava completamente vazia, salvo pela última cadeira, perto da janela. Todos já conheciam o rumor do 'Shin-cospe-cospe' quando os assentos foram escolhidos na primeira semana de aula. E todos também sentiram pena da aluna transferida, Eunji, quando ela foi colocada na única fileira vaga.

Haviam muitos motivos para Kyungsoo odiar o professor, um deles era o fato dele ser antiquado. Ele não permitia que ninguém ficasse com o celular por perto e se ele te pegasse simplesmente segurando o aparelho, tomava o telefone por mais de uma semana. Sr. Shin era tão velho, que ele se recusava a usar qualquer coisa que não fosse giz ou caneta vermelha. A escola havia se livrado dos quadros negros há anos e substituído por quadros brancos, mas Sr. Shin não aceitou aquilo como as pessoas normais fariam. Ele nem tinha um computador em sua sala e era um espanto como ele conseguia fazer a chamada, já que tudo era eletrônico atualmente.

Sr. Shin era tão antigo que, aparentemente, ele ensinou o pai de Kyungsoo e, bem, Yunho era 'o pior estudante de todos os tempos' segundo o professor. O professor descontava sua raiva antiga nele, apesar dele ser completamente diferente do seu pai adolescente; Sr. Shin estava convencido a acreditar que Kyungsoo era um fruto podre. Na maioria das vezes, se ele se atrevesse a fazer uma pergunta, ao invés de uma resposta ele receberia uma discurso sobre como seu pai era um péssimo aluno. 

E seu ódio era alimentado e cravado ainda mais profundamente quando Sr. Shin elogiava Baekhyun, apesar de eles serem meio que, talvez não totalmente, amigos. Baekhyun sempre respondia corretamente as perguntas feitas na sala, mas estava no terceiro ano; não havia nada de especial em saber o assunto. Mas Kyungsoo, estava no segundo ano, caramba. Ele nem deveria estar pegando cálculo ainda, muito menos torando a maior nota da sala. Mas tudo que Sr. Shin fazia era elogiar todos, menos ele. Jongdae achava engraçado, mas ele sinceramente nunca viu nenhum humor nisso.

---

Ele não ouvira nada do velho, além de reclamações, desde o momento que entrava na sala, depois da aula de Inglês, com Chanyeol. Não importou o fato de ele nunca ter faltado aula antes, ou Jongdae ter faltado também, foi ele que teve que ouvir carão até o sino tocar para o início da aula. Seu bom humor foi completamente arruinado assim que o velho abriu a boca enrugada.

Então ele sentou, mais do que puto da vida, com uma dor de cabeça dos infernos e como se estivesse fazendo de propósito, Sr. Shin foi extra barulhento ao dar a aula. Ele sentiu levemente mal por Eunji, vendo a saliva voando a uma velocidade mais alta que o normal.

Ele grunhiu e colocou a cabeça na mesa, nem ligando para tomar nota da lição, estava literalmente tão mal assim. Ele copiaria tudo de Jongdae depois, ele devia muito a Kyungsoo por sempre pedir ajuda no dever de casa. Além da dor de cabeça alguém estava usando perfume demais e ele estava ficando enjoado.

Ele tinha conseguido tomar o café da manhã pela primeira vez desde que as náuseas matinais começaram, e agora, por causa de alguma garota que cheirava como uma vadia, ele iria colocar tudo para fora. Ele respirou fundo tentando se acalmar e se arrependeu imediatamente, o cheiro ficou mais intenso. Ele segurou o enjoo enquanto a mão voou para cima.

"O que agora, Sr. Do? Não vê que estou tentando ensinar?"

O velhote esnobou Kyungsoo e se ele fosse mais como o pai, teria mandado o professor ir tomar, mas não, ele tinha maneiras, apesar de precisar vomitar.

"Posso ir...enfermaria?"

Jongdae olhou para ele preocupadamente, olhos vagando entre o amigo e o professor.

"Enfermaria? Você não está doente! Não brinque comigo, Sr. Do! Seu pai tentava os mesmos truques quando era mais novo e você provavelmente vai fazer o mesmo!"

O velho começou a falar de novo e mais uma vez sobre o seu pai, Kyungsoo segurando o vômito na garganta. "Sr. Shin, eu realmente acho que ele está doente." Uma garota do fundo da sala tentou ajudar, mas entrou por um ouvido e saiu pelo outro, e idoso continuou o carão.

"Você provavelmente vai gazetear! Eu sei como as crianças de hoje em dia são. Matando aula e comendo brownies com maconha e fazendo sexo. Porque no meu tempo--"

À menção de comida de novo Kyungsoo quase vomitou de novo e vendo que seu amigo estava prestes a explodir a qualquer momento, Jongdae levantou e levou um Kyungsoo esverdeado para fora da sala, apesar das reclamações senis do professor, e o levou para o banheiro.

Eles caminharam precariamente até o banheiro masculino mais próximo e assim que viu, Kyungsoo correu para uma cabine, fechando a porta e despejando tudo o que comeu no café da manhã e um pouco mais. Jongdae torceu o nariz em desgosto à medida que o som de Kyungsoo vomitando ecoou pelo banheiro aparentemente vazio. Ele tinha sorte de ter um estômago forte, ou estaria vomitando também.

Kyungsoo grunhiu ao dar descarga. Ele pensou que teria a sorte de ter apenas enjoo matinal, mas não, o universo o odiava. Ele tinha que ficar nauseado justamente na aula do Sr. Shin. Ele caminhou para fora da cabine e foi direto para uma das pias. 

"Você tá bem?"

Jongdae apareceu atrás dele, se apoiando na bancada. Kyungsoo olhou para o mais alto de cara feia e depois lavou as mão, antes de enxaguar a boca. Ele odiava o gosto que ficava na boca depois de vomitar. 

Ele pegou toalhas de papel para se enxugar antes de encostar na parede. Ele sempre fica se sentindo nojento depois de vomitar e usualmente ele deitaria numa cama por um tempo antes de levantar, mas ele não poderia fazer isso no banheiro. Ele poderia ir para a enfermaria, mas precisava voltar para a sala. Já havia perdido a aula de ontem e odiava matar aula, mesmo sendo do Sr. Shin.

Jongdae observou Kyungsoo, parecendo que passaria mal novamente a qualquer momento.

"Vem, vamos sentar um pouco."

Ele fez menção à pegar a mão do menor, mas ele a afastou e olhou para o outro como se ele fosse louco.

"O chão tá sujo!"

Jongdae revirou os olhos.

"Ah, para de ser tão germofóbico e senta a bunda no chão logo. Parece que você vai desmaiar a qualquer minuto."

Relutante, ele sentou, puxando os joelhos para junto do peito, tentando ficar o mais longe possível do chão. Ele precisaria esterilizar o uniforme quando chegasse em casa e tomar um banho realmente muito quente. Ele xingou ao lembrar que seu pai o pegaria no colégio depois da aula, ele teria que ficar em um uniforme sujo até mais tarde. Droga.

"Que merda."

Jongdae murmurou concordando, ocupado com seu celular. Kyungsoo rolou os olhos antes de encostar a cabeça nos joelhos. 

"O que você comeu no café da manhã?"

E ao ouvir falar em comida a vontade de vomitar veio de novo.

"Nem fale em comida ou eu vou vomitar em você."

"Eca!"

Jongdae grunhiu e se afastou rapidamente de onde o mais novo estava sentado, parecendo horrorizado. Ele sentou quietamente enquanto Kyungsoo descansava, com medo de deixá-lo nauseado novamente. Ele realmente não queria vômito em seu uniforme. Depois de aproximadamente cinco minutos, ele presumiu que era seguro começar uma conversa.

"É sempre tão ruim assim?"

Kyungsoo acenou com a cabeça e suspirou. "Normalmente é só pela manhã e eu já estou bem na hora de começar a aula", ele pausou pensando naquele perfume miserável dos infernos. "Mas alguém decidiu que queria cheirar como uma mistura de mel e morte hoje e, bem, aqui estamos nós."

"Eu acho que era a Jiyeon."

Ele bufou. "Bem, isso não é novidade." Jiyeon não era exatamente a garota mais refinada na escola.

"Cara, lembra quando pegaram ela fazendo um boquete naquele veterano durante o nosso primeiro ano?" Jongdae fofocou. 

"É, eu acho que lembro." 

"Você acha? A escola inteira ficou sabendo!"

Ele revirou os olhos para o mais velho. Ele estava sempre ocupado demais estudando para se importar com a fofoca da escola.

"Ela não estava no terceiro ano naquela época?" Kyungsoo franziu o cenho relembrando os fatos. "Ela já não deveria ter se formado?"

"É, mas ela ficou um ano sem vir pra escola depois de engravidar. Eu acho que era do capitão do time de futebol americano, se não me engano. Qual era o nome dele mesmo? Doojoon talvez? Eu não lembro."

Kyungsoo ficou quieto depois dessa, Jongdae ainda murmurando sobre os acontecimentos, rindo até. Mas ele não podia evitar levar a situação a sério, mesmo sem conhecer a garota direito.

Gravidez na adolescência ainda era algo que as pessoas viam com maus olhos, mesmo sendo um pouco mais comum hoje em dia. Ele lembrava vagamente de um episódio onde uma mãe jovem havia recebido carão de uma idosa no ônibus. Era mais comum os mais velhos terem problemas com isso, mas mesmo assim, ainda era um tópico delicado para a maioria e cada um tinha sua opinião sobre o assunto.

Haviam casos de pessoas engravidando no colégio e era sempre a mesma coisa. Todos encaravam, julgavam silenciosamente e faziam comentários não tão inofensivos. Adolescentes são como sanguessugas, pegando qualquer incidente e transformando em algo grande.

Agora, pensando nisso, ele lembrava do drama de Jiyeon. Ela engravidou e os rumores foram tão maldosos, que ela teve de abandonar a escola. Claro que a má reputação que ela já tinha teve a ver com isso, mas foi um dos piores casos de gravidez na escola, e isso o preocupava.

O que aconteceria com ele? As pessoas inventariam rumores sobre ele? Claro que ele não era um dos mais populares na escola, mas ainda era conhecido, mesmo que só por ser do concelho estudantil e ficar em primeiro em todas as aulas. A palavra se espalharia e as pessoas falariam. Seriam coisas ruins? Ele teria que abandonar a escola também?

Sem falar que isso iria atrasar a formatura dele. Ele não poderia deixar de ir à escola. Ele se acabava de estudar desde o primeiro ano, deixou de ir à festas, deixou de sair com os amigos, caramba, até encontros ele perdeu porque estava ocupado demais com a escola, e agora, possivelmente, seria esforço jogado fora. Se ele não se formasse no tempo certo, ele ficaria sozinho, Chanyeol e Jongdae iriam seguir em frente. Seria só ele. Ele não poderia lidar com isso.

Ele havia arruinado completamente tudo o que construiu e de repente ficou com vontade de vomitar de novo, dessa vez não por causa de um perfume idiota. 

"Ei," Jongdae disse o cutucando, "você vai ficar bem."

Um "como você sabe?" sussurrado foi tudo o que ele conseguiu dizer. Havia um nó em sua garganta e seu estômago estava dando voltas, lágrimas ameaçando cair. Essa gravidez já estava o transformando um uma bagunça emocional e ele ainda tinha meses pela frente. 

"Pra começar você não é tão...promíscuo quanto Jiyeon era. Se ela não tivesse chupado todo o time de futebol antes de engravidar, ninguém teria feito disso algo tão grande. É assim que os adolescente funcionam."

Jongdae pausou e voltou onde estava sentado antes, junto ao mais novo. Kyungsoo não era alguém que precisava ser animado frenquentemente, a última vez que ele ficou tão abalado emocionalmente assim foi no primeiro ano e Jongdae não queria nem relembrar o motivo ou ele iria acabar ficando irritado e isso não seria bom no momento.

Kyungsoo precisava de alguém que o assegurasse de que iria ficar bem tudo. Deveria ser seu pai, ou Minseok, ou Yixing. Droga, até mesmo Jongin. Mas tudo que ele tinha no momento era Jongdae e o mais velho não tinha medo de se apresentar quando requisitado.

"Olha, eu sei que é assustador pra caramba pra você, mas vai ficar tudo bem. Eu não estou dizendo que vai ser fácil, mas você é Do Kyungsoo. Você pode fazer o dever de casa de cálculo com os olhos fechados, então eu tenho certeza que você consegue terminar o colégio com uma criança."

"Você vai acabar como uma dessas mães adolescentes assustadoras que passam na televisão, que conseguem se formar com a média perfeita e entram numa dessas faculdades importantes. E eu desafio qualquer um a falar merda de você. Eu acabo com a raça deles e me certifico de que Chanyeol e Yixing fizeram o mesmo."

Kyungsoo sorriu fungando um pouco antes de puxar o mais velho para perto e se jogar nele numa tentativa de abraço.

"Obrigado, hyung." Mesmo que Jongdae fosse irritante na maior parte do tempo, ele ainda sabia fazer Kyungsoo se sentir melhor e ele estava agradecido por isso, principalmente agora.

"De nada." Jongdae se contorceu. "Agora sai de cima de mim, você tá gordo." Jongdae tentou tirá-lo de cima de si, mas não funcionou. Kyungsoo reclamou e saiu de cima, mas não sem antes acertar seu braço.

"Ai, isso foi por que mesmo?!"

Ele fez biquinho massageando o braço. Quando Kyungsoo aprendeu a bater tão forte?

"Você não pode chamar uma pessoa grávida de gorda!" Kyungsoo o repreendeu com um risinho no rosto. Jongdae bufou e rolou os olhos.

"Que seja, gorducho. Vamos voltar pra aula do Sr. Shin."

Kyungsoo assentiu e levantou do chão, se arrepiando só de pensar no quão sujo estava. Sério, quem sabe quando foi a última vez que limparam aquele chão?

Os dois se dirigiram à porta e pararem, olhos arregalados ao verem um igualmente chocado Baekhyun. Os três ficaram imóveis, olhando um para o outro. Kyungsoo xingou todos e tudo no mundo. O universo o odiava, certo? A expressão de Baekhyun denunciava tudo. O garoto ouviu, quanto ele não sabia, mas ele definitivamente ouviu o final da conversa com Jongdae.

Pareceram horas antes de alguém dizer algo. Foi Baekhyun que falou primeiro, já que ele e Jongdae não sabiam o que dizer sem se meterem num buraco maior ainda.

"Você tá...g-grávido?" 

Baekhyun sussurrou e se eles não estivessem tão perto, não seriam capazes de ouvir. Ninguém disse nada, o silêncio pesado pairando no ar novamente.

Baekhyun entendeu aquilo como um mau sinal. Ele havia acabado de passar a ser visto um pouco melhor por Kyungsoo e lá estava ele ouvindo informações privadas. Ele não tinha a intenção de espionar, mas Sr. Shin o mandou verificar se eles não estavam matando aula e ele também estava curioso por que Kyungsoo foi arrastado para fora da sala por Jongdae. A curiosidade realmente matou o gato.

"M-me desculpe." Ele gaguejou vendo Kyungsoo começar a fazer cara feia. "N-não é da minha conta."

"E não é mesmo." Kyungsoo falou, ignorando as cotoveladas de Jongdae.

Agora ele estava claramente irritado por Baekhyun estar espionando eles. Quem sabe o que ele iria fazer agora. Sendo o escandaloso que era, provavelmente iria contar para Chanyeol. Não, ele não iria aceitar isso.

"Você vai manter a boca fechada, entendeu?" Foi tudo que ele disse antes de passar direto pelo assustado Baekhyun e sair do banheiro. Ele não tinha tempo para essa merda.

Jongdae assistiu enquanto Baekhyun ficou completante estupefato. Ele suspirou e correu a mão pelos cabelos. As coisas seriam bem mais fáceis para Kyungsoo se ele simplesmente se abrisse para Chanyeol e Jongin. Uma parte dele queria contar para Chanyeol pessoalmente, mas isso não cabia a ele, mesmo que os três fossem amigos desde sempre.

"Olha, Chanyeol não sabe sobre isso, então você realmente vai ter que manter a boca fechada, Baekhyun."

Os olhos de Baekhyun se arregalaram. Kyungsoo contou tudo à Chanyeol, mas não contou isso? Na verdade às vezes ele sentia ciúmes de Kyungsoo por causa do quão próximo ele era do seu namorado. Kyungsoo sabia de coisas sobre Chanyeol que ele não sabia e vice-versa. Aqueles dois eram a definição de melhores amigos, e mesmo assim Kyungsoo estava escondendo uma coisa assim?

"Ele não contou pro Yeol?" Jongdae balançou a cabeça, uma expressão grave tomando seu rosto.

"Você não pode esperar que eu simplesmente não diga nada." Baekhyun disse com uma leve pontada de insolência. Jongdae suprimiu a vontade de revirar os olhos.

"Eu posso e eu vou."

"Mas--"

"Olha," ele o corta, "Kyungsoo é complicado pra caralho, ok? Ele precisa ter controle sobre tudo e tudo que ele faz precisa ser planejado. Eu juro que ele até planeja quando vai ao banheiro, mas isso não vem ao caso.

"O que importa é que quando ele não tem controle absoluto sobre a situação, ele pira. Pode não parecer, mas ele tá assustado pra caralho e eu não o culpo. Eu não acho que ele planejou ter um filho, considerando algumas coisas."

Ele parou, pensando no problemas com a mãe que o mais jovem tinha, mesmo que ele não percebesse, mas isso era conversa para ter outro dia.

"Então, mesmo achando que ele não deveria esconder isso de Chanyeol, de todas as pessoas, eu vou respeitar a decisão dele e é melhor você respeitar também, principalmente se você não quiser que ele te mate."

Baekhyun não diz nada, apenas assente e os dois fazem o caminho de volta para a sala em silêncio. Kyungsoo já está sentado e anotando quando eles chegam na sala. Baekhyun lança um olhar para o mais novo antes de ir para seu lugar perto da janela, do lado oposto da sala de onde Kyungsoo e Jongdae sentam.

Ele não sabe o que pensar de toda essa provação. Metade dele quer mandar uma mensagem imediatamente para Chanyeol e contar tudo. E a outra metade quer nunca dizer uma palavra a ninguém sobre isso. Se ele não disser nada Kyungsoo vai ficar feliz e a um passo de não odiá-lo.

Mas se ele não contar à Chanyeol, o que vai acontecer? Seu namorado provavelmente se sentiria magoado, traído até, mas o segredo nem era dele, era de Kyungsoo. Ele não pode se responsabilizar pelo segredo dos outros, não é?

A situação faz sua cabeça doer, a indecisão acabando com ele. Ele passa o resto da aula perdido em um nevoeiro, sem saber a coisa certa a se fazer.

-----

Kyungsoo malmente consegue passar pela aula de História, com Tao mandando olhares assustadores para eles e Chanyeol perguntando constantemente por que ele não estava aproveitando o horário livre com o qual o professor havia lhes agraciado. Ele se manteve silencioso o tempo todo, optando por mandar mensagens para Minseok ao invés de dar ouvidos ao falatório interminável de Chanyeol. Ele se sentia irracionalmente irritado com o mais velho. 

Ele dava respostas curtas quando era questionado e nem se incomodava em olhar para algo que não fosse o celular. Ele poderia dizer que Chanyeol sabia que ele estava irritado e estava provavelmente magoado por não confiar nele como costumava, mas ele não conseguia se importar com isso no momento.

Ele não podia contar que estava chateado com Baekhyun sem contar da gravidez. E não é como se ele não quisesse contar à Chanyeol, porque ele realmente queria. Na verdade ele queria que Chanyeol fosse o primeiro a saber desse tipo de coisa, ele queria poder confiar nele. Poder chorar e ter o mais velho para dizer que ficaria tudo bem.

Mas quando Chanyeol nem mesmo se indignou a aparecer no dia anterior, alguma coisas explodiu dentro dele. Ele estava magoado por Chanyeol o ignorar, com raiva até. Antes de Baekhyun o mais velho sempre estaria lá por ele quando necessário, mas agora era como se ele tivesse sido jogado de lado e ele odiava isso mais do que tudo. Ele não dava a mínima para quem Chanyeol estava namorando, desde que ele estivasse feliz, mas ele odiava o fato do mais velho estar se distanciando.

Então quando o sinal toca, ele se retira bruscamente da sala de aula, nem se dando ao trabalho de dizer adeus ou olhar para trás quando ouve Chanyeol chamando, por que ele acha que se o fizer, vai acabar desembuchando tudo, e ele não quer fazer isso. Ele não quer mais ser o Kyungsoo que conta tudo ao seu hyung, já que Chanyeol também já não era mais o mesmo.

Talvez ele esteja sendo dramático demais, mais do que geralmente é, mas hoje ele escolhe não se importar. Ele vai se importar outro dia, talvez amanhã. Hoje tudo o que ele quer é ir para algum lugar calmo e não ser incomodado. Então ele evita o seu armário, apesar dos livros de Cálculos e História pesarem uma tonelada, e opta por ir para o telhado, onde uma pequena estufa se encontra.

Estava tudo silencioso quando ele entra, já que a maioria das pessoas se esquecem que o lugar existe, e ele se sente grato por isso. Ele só quer ficar sozinho. Pensar tanto ultimamente estava tendo um efeito horrível nele e ele ficou enjoado novamente, sem nem um pingo de apetite, apesar do estômago vazio. Fazia apenas vinte e quatro horas que ele havia confirmado a gravidez e ele já estava ficando louco.

Uma parte dele queria ligar para o pai e pedir para buscá-lo na escola no mesmo instante, mas ele sabe que o homem não pode deixar o trabalho tão repentinamente. Ele liga, de qualquer forma e é atendido depois do segundo toque.

"Kyungsoo, por que está ligando no horário de aula?"

Seu pai parece preocupado e ele se sente culpado por ligar por um motivo tão banal como não conseguir controlar suas emoções. No entanto, ele não fala isso, simplesmente pede ao pai que venha buscá-lo e, felizmente, nenhuma pergunta é feita, ele apenas diz que vai buscá-lo o mais rápido possível antes de desligar o telefone.

Ele ignora todas as mensagens dos amigos que invadem seu celular e começa a passear pela estufa, observando as flores e pequenas árvores antes de se sentar em um canto longe da porta, caso alguém resolva entrar. Ele passa o resto do horário de almoço olhando as flores e encontra paz nisso. Pelo menos, ajudar a diminuir um pouco sua ansiedade antes do sinal tocar novamente.

Ele vai direto para a aula de física, na qual Jongdae e Chanyeol estão, infelizmente. Assim que os dois entram na sala, ele é bombardeado com perguntas, por que ele não foi almoçar, por que não atendia as chamadas e mensagens e por que estava ignorando-os.

Jongdae está mais preocupado, enquanto Chanyeol está mais chateado. Jongdae sabe que provavelmente tem a ver com o problema de Baekhyun, que manteve a boca fechada durante o almoço, apesar de parecer que a qualquer momento ele iria explodir. Chanyeol não sabe mais o que se passa com seus amigos e isso está começando a dar nos nervos. Ele não se irrita fácil, mas eles estavam escondendo algo dele e isso é o suficiente para inquietá-lo.

Ele quase diz isso, mas o sinal toca e eles são levados à mais uma aula chata de física sobre velocidade e outras coisas chatas que têm a ver com física. Então ele permanece calado e planeja confrontar os dois depois que acabarem as aulas.

Eles já passam da metade da lição quando a secretária entra na sala comunicando o professor de que Kyungsoo sairá mais cedo da aula.

Kyungsoo assente e pega seus pertences, murmurando um "te ligo depois" para Jongdae e ignorando o olhar preocupado de Chanyeol. Ele nunca sai mais cedo. A última vez que ele foi para casa mais cedo foi na quinta série, quando estava com dor de barriga.

Ele para no seu armário, pegando tudo que precisa, antes de ir para a secretaria. Os corredores estão silenciosos. Tudo que se ouve é uma mesa sendo arrastada vez ou outra e um professor demasiadamente barulhento lecionando. 

Ele acelera os passos ao observar que faltam apenas alguns minutos para o fim da aula e ele não que ficar preso no tráfego do corredor lotado, ou ainda pior, encontrar com seus amigos. Ele está quase no corredor que leva até a secretaria e bem quando ele vira num corredor, seu rosto vai de encontro a uma camisa vermelha, o dono esbarrando nele.

Ele tropeça para trás, quase caindo na tentativa de se afastar, mas felizmente o outro o agarra, impedindo a queda.

Ele olha para cima e xinga a própria sorte. Ele só quer ir para a droga da casa, não ter que lidar com Jongin.

"Merda! Desculpa, hyung. Você está bem?"

Jongin está quase histérico checando se ele se machucou, como se tivesse acabado de chutar um filhote. Ele não diz nada, apenas absorve a bela vista que Jongin é. Ele está usando a camisa vermelha sem mangas do time de basquete e uma bermuda branca. Seu cabelo levemente molhado e bagunçado. Ele assiste uma gota de suor escorrer pelo pescoço do mais novo, fazendo uma trilha até o peito, onde se esconde dentro do tecido vermelho. Sua mente automaticamente indo para o esgoto.

"Hyung?"

Kyungsoo sabe que deveria dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas tudo que ele consegue fazer é olhar para os lábios carnudos de Jongin. Ele está dizendo algo, mas as palavras soam como barulhos ininteligíveis. Ele desperta do transe quando mãos nos seus ombros começam a chacoalhá-lo.

Ele balança a cabeça e pisca algumas vezes antes de murmurar um "uh?" ininteligível enquanto seus olhos encontram os de Jongin.

"Você está bem?" 

Ele acena com a cabeça. "Sim, eu estou bem." Jongin sorri inocentemente e começa a se desculpar novamente, um tom de vermelho vivo tomando seu rosto. Ele explica que estava com pressa para voltar para a aula depois de deixar Sehun na enfermaria, ele aparentemente recebeu uma porrada no nariz.

Sua mente automaticamente volta para a manhã, pensando nas insinuações estúpidas de Sehun, o que não é uma coisa boa, porque ele começa a encarar Jongin de novo.

O mais novo completamente alheio ao olhar continua falando sobre basquete e faltas, ou algo desse tipo. Ele está no meio da explicação de por que deu uma cotovelada em no rosto de Sehun quando Kyungsoo desiste e o agarra pelo pescoço, unindo os lábios dos dois.

Ele sabe que não deveria fazer isso, ele está instável demais até mesmo para ficar perto de Jongin, quem dirá beijá-lo, mas ele não consegue evitar. Ele só que esquecer de tudo.

Jongin fica no mínimo chocado ao sentir os lábios de Kyungsoo nos seus. Ele não tem ideia do que está acontecendo, para ser honesto. Um minuto ele está falando sobre Sehun e no próximo suas mãos estão na cintura de Kyungsoo, olhos fechados e a língua planando sobre a do mais velho.

Ele está mais que confuso, mas nem fodendo ele vai parar para perguntar a Kyungsoo o que diabos está acontecendo. Ontem mesmo o mais velho estava o ignorando. Essa manhã ele estava deixando Jongin se agarrar nele e agora ele está agarrando Jongin? Nada faz sentido, mas nem um milímetro do seu corpo está reclamando.

Kyungsoo desconta toda a sua frustração na boca de Jongin. Mordendo e chupando, enquanto suas mão se prendem aos cabelos marrons suados. Ele apenas geme quando Jongin o pressiona contra um armário na parede mais próxima, sua mochila se pressionando contra suas costas e a ponta de um livro o incomodando, mas ele não liga.

Ao invés, ele foca na sensação dos lábios de Jongin e na forma como as mãos do mais novo agarram seus quadris com força. Suas próprias mãos estavam ocupadas, uma agarrando seu pescoço e a outra descendo da clavícula, passando pelo peitoral definido e agarrando o material vermelho da camisa como se sua vida dependesse disso.

É só depois que o sinal toca que ele sai do transe, empurrando Jongin para longe imediatamente. Ele está completamente sem ar e envergonhado pelo que acabou de fazer.

Jongin tropeça para trás, completamente aturdido com o que acabou de acontecer. Ele está praticamente ofegante enquanto observa um Kyungsoo corado, a vermelhidão nos lábios combinando com o rubor das bochechas. Ele sorriria, mas a expressão no rosto de mais velho o deixa inquieto. 

Ele abre a boca para perguntar o que há de errado, mas Kyungsoo o interrompe, proferindo pedidos de desculpa. Jongin nem sabe porque Kyungsoo está pedindo desculpas, por beijá-lo é que não pode ser.

"E-eu não deveria ter feito a-aquilo. Me desculpe, J-jongin."

"Hyung, espera--"

Ele faz agarrou o braço do mais velho, mas ele se afasta e diz sentir muito novamente, antes de sair correndo pelo corredor, se misturando na multidão de alunos seguindo para a próxima aula.

Ele está mais confuso que nunca vendo o olhar arrependido no rosto do mais velho. Era realmente tão ruim assim ficar perto dele?

Ele suspira e passa a mão pelo cabelo antes de voltar para o ginásio. Ele vai se atrasar para a próxima aula, mas não dá a mínima. Ele definitivamente precisa de um banho frio e tempo para pensar o que diabos acabou de acontecer.

Okumaya devam et

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