QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)

Bởi BrinSilveira

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Livro ainda não revisado. Uma história de pessoas comuns, com dilemas e situações observadas em nosso cotidi... Xem Thêm

RESUMO DA OBRA
DESCRIÇÃO DE PERSONAGENS
O DESPERTAR
AMANHECEU
DESCOBERTAS
SURPRESA
OBRA DE ARTE
MUITA AGITAÇÃO
NOVIDADES
EMOÇÕES
HORIZONTES
DESEJOS PROIBIDOS
NOVA VIDA
SOLIDÃO
TRAUMAS
LIMITES
AÇÕES E REAÇÕES
ENTREGA
ENCONTROS
XEQUE MATE
CONCESSÕES
OUSADIA
INTERROGATÓRIO
OLHARES
INTERAÇÕES
SOBREVIVER
REVIRAVOLTA
PARCERIA
FAMÍLIAS
REENCONTROS
INFLUÊNCIAS
DECEPÇÃO
COMPLICAÇÕES
RECOMEÇO
DUPLICIDADE
PROVOCAÇÕES
RETORNO
VIAGEM
CÚMPLICES
ESTRELAS
BORBOLETAS
REAL
ESCOLHAS
DESFECHOS
DESCONTROLE
PROBLEMAS
PRIVACIDADE
IMPERFEIÇÕES
COMPROMISSO
FARPAS
SENSIBILIDADE
CAMA DE GATO
ESCONDERIJO
PROTEÇÃO
MASSAGEM
CEREJA DO BOLO
FLASHES
SAUDADE
MORDE E ASSOPRA
LÁGRIMAS E RISOS
PLANO MORTAL
ENRASCADA
AFRONTA
DEGUSTAÇÃO
CALADA DA NOITE
PROTÓTIPOS
QUEDA LIVRE (CAPÍTULO ESPECIAL)
QUEDA LIVRE PARTE 2 (CAPÍTULO ESPECIAL)
QUEDA LIVRE PARTE 3 (CAPÍTULO ESPECIAL)
QUEDA LIVRE PARTE 4 (CAPÍTULO ESPECIAL)
EXPOSIÇÃO
CALOR
CONFESSIONÁRIO
PARCERIA
HERÓIS
KRIPTONITA
FLORES E ESPINHOS
RECORTES
FUGA
DESENTENDIMENTOS
TETO DE VIDRO
BAGUNÇA
DISFARCES
INSÔNIA
GOLPES
PRESTAÇÃO DE CONTAS
CIRCO
FILTRO
TATAME
FANTASMAS
ÓPERA NATALINA (CAPÍTULO ESPECIAL)
DOR
CASULO
METAMORFOSE
REFÚGIO
PRIMAVERA
REORGANIZAÇÃO
MUROS
PÓLVORA
FIREWORK
DESNUDE
RESSACA
INTRUSO
ATRITOS
MELANINA
MUDANÇA
DESPEDIDA
CURA
O TEMPO (CAPÍTULO ESPECIAL)
O TEMPO PARTE 2 (CAPÍTULO ESPECIAL)
O TEMPO PARTE 3 (CAPÍTULO ESPECIAL)
O TEMPO CAPÍTULO 4 (CAPÍTULO ESPECIAL)
O TEMPO PARTE 5 (CAPÍTULO ESPECIAL)
DEDILHAR
MEL
JOGO DE CAMA
FELIZES PRA SEMPRE
ÁGUA
VISITANTES
CULPAS
CALOS
CABINE
CASA
NÍVEIS
FEVEREIRO
CIÚMES
ACERTOS
PANORÂMICAS
RETAGUARDA
COMPLETUDE
DIVÃ

LATARIA

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Bởi BrinSilveira

- Olha papai, o Tio Ben caiu de bunda- O menino berrou cerca de cem metros a frente, não controlando uma crise de risos ao ver Benício despencar de um patins.

Alex acabou disfarçando o sorriso, não queria que o estressado babá o visse debochando de sua cara. O policial sabia que o tratamento áspero que vinha recebendo de Benício tinha uma justificativa muito plausível, dias atrás ele tinha caído da mesma forma no chão, mas o tombo foi provocado por um empurrão involuntário partindo de si mesmo. Mas o que derrubou o jovem rapaz não foi a força gerada através do atrito entre seus corpos, e sim as duras palavras que Tubarão havia dirigido a Benício.

Ele sabia que não era um homem fácil, construiu a sua fama sob a aparência de um homem rude e muitas vezes grosseiro, mas foi Benício que acabou lhe mostrando que ele não era de nada. O babá por incontáveis vezes o havia colocado no lugar, em muitas ocasiões lhe fazendo refletir sobre situações que baseadas em seu hostil temperamento teriam outro desfecho sem a intervenção do rapaz.

Ele era assim, de sangue quente, e muitas vezes se aproveitará disso para justificar seus rompantes, quando um possível arrependimento surgia. Tubarão sabia que Benício também o compreendia, mesmo não concordando com ele, tentava se colocar no lugar do chefe para assimilar todas as reações vindas do policial. Era um exercício de empatia fora do comum, obviamente gerado por uma criação e história muito diferentes da sua.

Só o amor de Benício não justificaria toda aquele exercício em prol do outro, era da natureza dele cuidar e zelar pelo bem estar de quem quer que seja.

Mas aparentemente nem mesmo empatia, amor ou compreensão, faziam com que o babá o olhasse de outra forma desde o seu último rompante. Ben sequer o olhava a bem da verdade, o tratava com frieza, pouco se importando se ele estava bem ou não. Seguia na casa de Fatinha certamente para não desapontar Julinho, mas era certo que mais cedo ou mais tarde ele partiria pra sempre.

- O que está pensando aí em? Não acha que já está na hora de irmos embora, o tempo está fechando, parece que vai cair uma senhora chuva- Fatinha falou com o filho limpando o braço cheio de areia de Tubarão, com as mãos igualmente sujas.
- Aí tá me arranhando porra. Tô pensando em nada não mãe. Aqui, eu tô de boa aqui, se quiser podemos ir sim, mas acho que de senhora aqui só teremos você. Essa chuva tá ameaçando há dias, desde que o ano começou, já se vão quase duas semanas e nada.
- Bom você que sabe, eu tô amando o meu novo bronzeado, olha a marquinha do meu maiô.
- Bobagem- Tubarão retrucou incomodado com a folgada da mãe.

A família decidirá na noite anterior curtir o dia na praia de Copacabana, a ideia veio de Julinho incomodado com o Sol, Allan acabou dando total apoio, visto que não veria Sol, e possivelmente praia tão cedo. Fatinha e Benício foram a tiracolo. Como Alex ainda não poderia dirigir, teve que deixar o carro sob a responsabilidade do irmão caçula, tentou empurrar a responsabilidade para Benício, mas foi ignorado como um pernilongo na hora do sono. Acabou tendo que se contentar em viajar no carona, fazendo companhia a Allan, se controlando para não dar uma bronca no irmão a cada barbeiragem. Para Alex, o caçula parecia fazer aquilo de propósito, lhe parecia não, notoriamente era de propósito.

O dia acabou sendo bem proveitoso, apesar da praia lotada e um calor de deserto, algo típico no verão carioca a família acabou por se divertir bastante. Tubarão nem tanto, a água do mar estava pra lá de gelada, e as ondas um tanto altas. O policial ainda sem condicionamento físico percebeu que corria sérios riscos permanecendo ali, ia saindo da água quando foi puxado e tombado por uma onda brava. Tentou se segurar no chão, mas uma nova onda o arrastou para um tremendo caixote, preso nas águas, tentava controlar o riso e a vergonha, esperava que ninguém o estivesse filmando, seria patético um homem daquele tamanho tomando caldo. Um não, já estava no terceiro, com metade da bunda do lado de fora, devido ao excesso de areia que entrou na sua sunga vermelha após as cambalhotas involuntárias, quando foi puxado para uma região mais tranquila por outro banhista.

- Pow valeu aí. Sofri um acidente recentemente e ainda não tô cem por cento, que vergonha.

Alex ia terminando de falar quando foi solto pelo outro banhista, se surpreendeu ao olhar pra trás e ver que o seu salva vidas, na verdade, não passava de Benício.

O babá deu as costas e voltou a dar de braçadas na região onde Allan carregava Julinho nas costas, quando sentiu seu pé ser preso e puxado por Alex. Tentou se desvencilhar, mas sabia que seria em vão.

- Ei, vai ficar até quando assim meu amigão? Me ignorando, deixa eu pelo menos te agradecer porra.
- Já agradeceu agora vaza, antes que se afogue de verdade.

O babá dessa vez saiu sem dar chance de uma emboscada do chefe.

Alex acabou tendo que ficar o restante da tarde fora da água. Teve que se banhar com garrafas de água mineral que custavam o olho da cara. Alugou uma cadeira de praia, fez a festa dos vendedores de biscoito de polvilho, sacolé e mate, mesmo detestando a última aquisição.

No almoço comeu junto a família uma deliciosa corvina, com aipim, batata frita, arroz e salada. Os adultos tomaram uma caipirinha, enquanto Julinho bebeu uma latinha de refrigerante.

De volta a praia viu a família se divertir após o almoço, enquanto ele admirava as belezas do Rio de Janeiro, não a paisagem e sim as belas mulheres com biquíni fio dental, algumas musculosas e siliconadas, outras naturalmente belas, com uma bunda extravagante. Em tempos atrás, mesmo na companhia de Débora e da família, sabia que aquela visão lhe geraria uma ereção dificilmente controlável. Para o Tubarão, os seios femininos lhe acendiam algo além do físico e deveriam ser catalogados como a mais bela expressão da natureza. Mas para o Alex recém nascido, tudo aquilo era normal. Não que as mulheres tivessem perdido a beleza, muito pelo contrário, estavam mais belas do que nunca, mas talvez por se permitir entender que o corpo não traduz a expressão de beleza que uma pessoa pode ter. O Alex sabia que não era através da erotização dos seios que ele obteria o real prazer e sim pelo conjunto. O antigo Alex, jamais conseguiria ver beleza num corpo masculino, já o novo homem conseguia não só ver beleza, como se excitar e até mesmo gozar por um, talvez não apenas pelo corpo, mas por tudo que aquele homem representava pra ele. Pensava isso observando Benício andando em sua direção, abaixou os óculos escuros para tentar disfarçar o seu interesse no rapaz.

Ben sentou e passou mais protetor na pele, fez isso com dificuldade nas costas, em seguida passou na frente. E deitou com os olhos fechados. Alex então passou a olhar os peitos de Benício, eram lindos, estufados, com um mamilo desenhado e um bico saliente.

- Trás mais uma caipirinha- O policial teve que pedir mais bebida para voltar a se distrair.

______________________

Um ronco de um trovão acabou por assustar os banhistas. Julinho que ainda ria do tombo de Benício, agarrou assustado a perna do babá.

- Acho que agora podemos ir né filho?
- Relaxa dona Fatinha, escuta o que estou dizendo, não vai chover.

O policial seguiu encarando os novos movimentos de Benício, Allan e Julinho no patins. Por incrível que pareça, o pequeno estava dando um show no babá. Allan que já era macaco velho, patinava com tranquilidade no calçadão de Copacabana, enquanto Benício se derramava em cada nova tentativa.

- Chega, não tá dando certo, vão lá, vou ficar aqui sentado mesmo.
- Sabe o que é isso? Esse rabo enorme, tá prejudicando a sua gravidade- Cutucou Allan, saindo em disparada como se fosse um profissional, evitando os xingamentos do ex namorado.

Fatinha, para desespero de Alex, acabou por começar a contar para outros banhistas o dia em que os filhos ganharam os primeiros patins e como isso foi uma febre tempos atrás, reclamou que na atualidade poucos meninos e meninas largavam o celular para patinar nas ruas.

- É que as ruas andam meio violentas né Dona Fatinha? - Alex provocou a mãe.
- E vai continuar se nós enquanto população nos escondermos dentro de casa, temos é que ocupar as ruas, não nos amedrontarmos.
- Olha ela, toda militante, vai virar manifestante ou política agora mãe.
- E se eu quiser, meu corpo, minhas regras.

Após Allan ter atropelado um casal de velhinhos com o patins a família acabou por procurar o rumo de casa. Para Tubarão foi inevitável não passar um sermão no irmão, que acabou por se livrar de uma tremenda encrenca após os idosos levarem o acidente numa boa.

Estavam próximos a casa quando Allan parou o carro do nada e saiu em direção ao bagageiro. Acabou por sentar na rua e começou a calçar os patins.

- Aí roceiro, assume o volante. Vou dar uns rolês. Beijo família.
- Allan não vai perder a hora, amanhã é o dia da sua viagem, você precisa estar cedo no aeroporto. Tá me escutando seu filho da Puta, não vá atropelar mais ninguém, olha os carros, puta que o pariu- Berrava Fatinha enquanto o filho saia novamente em disparada.

O carro ficou parado ainda cerca de um minuto até que Benício entendeu que de fato teria que ser ele o motorista. O babá ligou o carro e saiu com cara fechada. Alex tentou provocar falando para passar a marcha, mas Benício seguiu do jeito que estava.

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Do outro lado do bairro Allan seguia seu destino, sentia-se na obrigação de se despedir de tudo e todos. Em breve conheceria um lugar completamente diferente do que estava acostumado, mas guardaria no coração cada lembrança, cada cheiro, cada visão.

Seguiu assim por meio hora, perdido, passando pelos mesmos lugares, uma, duas, três vezes. Cumprimentava conhecidos e desconhecidos também. Deixava muita gente chocada com a agilidade com que se movimentava nos patins. Usava um short de futebol branco molhado, sob uma sunga igualmente branca e uma regata amarela.

Infelizmente não tinha ninguém por perto, para patinar com ele, pensou em chamar Benício, mas o rapaz era uma tragédia no esporte.

Patinava distraído já buscando o rumo de casa, quando viu um carro vindo na contramão em sua direção. Não deu tempo de evitar o choque, o brutamontes colocou as mãos no capô do veículo e passou a ser empurrado. O carro estranhamente não freou, apenas diminuiu a velocidade, enquanto Allan lutava para não ser atropelado. Para o brutamontes aquilo já havia deixado de ser um mero acidente, seria criminoso.

A revolta foi enorme ao procurar um bêbado dentro do carro e observar Daniel sorrindo pra sua cara.

O loiro logo parou o carro, Allan ainda irritado pela brincadeira de mal gosto deu um enorme soco na lataria do veículo, deixando sua marca ali.

- Eita, cuidado rapaz, posso fazer você pagar por isso- Daniel falou saindo do carro.
- Ah não fode meu, que babaquice foi essa? Poderia ter me fudido todo.

Daniel deu um sorriso de canto de boca pra Allan.

- Tu acha mesmo que se eu quisesse te machucar eu estaria dirigindo a vinte por hora. Para de drama garoto.
- Tá e o que você tá querendo então? Me fazer de idiota. Eu tomei um susto da porra.
- Você tá devendo? Então aquieta o coração rapaz.
- Tô quieto, tava quieto até demais curtindo o meu rolê até que sou vítima de uma babaquice sem tamanho.
- Vai levar mesmo pro coração?
- Deixa quieto. Se divertiu, agora deixa eu caçar meu rumo, até mais mano.
- Entra aí no carro, tá escurecendo, te dou uma carona.
- Não precisa, chego em casa em vinte minutos.
- Precisa sim, tá andando pelo meio do nada com a cabeça nas nuvens. Tá dando mole de ser assaltado ou coisa do tipo.
- Daniel eu agradeço a sua preocupação, mas eu não vou a lugar nenhum com você. Acho que corro muito mais perigo contigo que no meio da rua.
- Qual foi preto, é só uma carona, acho que vou o que? Te morder?- Daniel novamente pôs um sorriso no rosto.
- Nem é isso cara, é que assim esse tipo de amizade entre nós dois nem tem como ter sinceridade meu, eu comi teu marido, tu é tipo o corno, sacou?
- Ah para, tu acha que eu vou me vingar de você ainda? Rapaz, deixa eu quieto- Daniel deu um novo sorriso dessa vez segurando no pau.
- Fala, tu no meu lugar não acharia estranho?
- Cara se eu soubesse que ser corno teria me rendido tanta coisa boa depois, teria sido mais vezes antes. O meu relacionamento com o Cadu tá melhor que nunca, e tipo eu me vinguei de você traçando seu rabo né negão, quer coisa melhor.
- Eu jurava que te achava um cara mais sério.
- E eu sou, continuo sendo pra qualquer pessoa, até com o Cadu, mas tu bicho me desperta um troço, que me faz agir e falar assim, desperta um lado promíscuo- Daniel riu mais uma vez da sua própria fala, algo que Allan achava infantil quando não feito por ele mesmo.
- Sei não cara, isso é muito louco, eu no seu lugar...
- Mas você não está no meu lugar. Eu sou eu, você é você. Agora eu vou sentar no motorista e você no carona e vamos sair daqui já.
- Tudo bem senhor mandão.
- Até que enfim, pra onde te levo?
- Pra casa porra.
- Eu sei idiota, mas pra que lado fica?
- Nem eu sei pra te falar a verdade, nunca vim nesse lugar. E você como chegou aqui?
- Minha oficina é cinco minutos daqui, você passou em frente umas duas vezes, na segunda resolvi te perturbar.

Allan logo voltou a se encontrar, deu as coordenadas para Daniel, mas o marido de Cadu informou que teria que dar uma passada rápida na oficina para trocar de carro. Deixaria o seu por lá, e sairia com o de um cliente para testar o motor.

Abriu as portas e entrou com o seu próprio carro e já deixou o outro do lado de fora. Allan enquanto isso ficou olhando as peças e a organização do espaço. Daniel desceu as portas e ia já abrindo o carro para buzinar e assustar Allan, mas lembrou que precisava pegar um dinheiro no seu escritório improvisado.

Entrou novamente na oficina e viu Allan descalço segurando um par de patins na mão admirando o seu trabalho, aquilo lhe trouxe um sentimento estranho no peito, Cadu quando estava ali se mostrava entediado com o espaço, já Allan aparentemente se encontrava hipnotizado naquele momento, tocando os aros, motores e até mesmo a graxa.

- O Cadu disse que você vai pra longe.

Allan olhou pra trás assustado e viu Daniel sentado no capô do carro que estavam usando anteriormente.

- Você e o Cadu ainda perdem tempo falando sobre mim?
- Arisco você hein, só responde o que perguntei.
- Você na verdade não perguntou nada, só fez um comentário.
- Eita, mais um coice.
- Teu cu.
- Mal criado.
- Mas é sério você não me perguntou nada e me pediu resposta.
- De boa, eu sempre fui meio burro. Burro demais pra alguém como o Cadu, pelo que estou vendo burro demais pra você também. O loiro falou deitando no carro, problematizando um conflito que aparentemente tinha consigo mesmo.
- Ei, que baixo astral é esse? De burro tu não tem nada- Daniel voltou a levantar sem nenhum esforço- Sabe quando o Cadu montaria um espaço como esse aqui? Nunca. Sabe quando o Cadu vai saber o lugar de colocar essa ferramenta aqui? Nunca. Nem eu sei, e olha que me amarro em carro.
- Tá querendo me agradar agora?
- Não cara, só estou dizendo que existem coisas que um diploma não compra, sacou? Você até aprende isso numa faculdade, mas é a prática que forma os vencedores, o Cadu é um vencedor na academia, na faculdade entende? Você no que faz aqui, é um campeão por dominar essa Parafernalha.
- Uau, você é bom em palavras.
- Talvez não seja, estou falando isso tudo, caso hipoteticamente você saiba para o que serve essa porra toda, caso não saiba então você é sim um burro.

Daniel sorriu e desabotoou uma das alças do macacão. Allan de imediato entendeu no que aquilo ia dar. Preferiu virar o rosto e focar em outra coisa. Não queria cair no fetiche de querer transar na oficina, com um mecânico gostoso, cheio de graxa e tesão.

- Acho melhor ir embora, você ainda vai ficar por aqui né? Eu mesmo me viro daqui.
- Como eu dizia, o Cadu me falou que você vai pra longe né?

Allan sentiu Daniel falando agora em sua nuca.

- É sim.
- Onde?
- Portugal
- Hum

Allan sentiu o bico do peitoral de Daniel tocar suas costas, o mecânico por sua vez lutava para não pegar o aluno do seu marido de uma vez.

- Daniel, acho que já deu...
- Calma rapaz. Eu já te disse que não mordo, não disse? Então eu menti- O homem falou isso posicionando a cabeça na altura do ombro de Allan e o mordendo como se degustasse de uma gostosa maçã avermelhada.

Fez isso por duas vezes, arranhando o ombro do rapaz com os dentes cerrados.

Para Allan era muito difícil estar naquela posição tão pacífica, era ele quem comandava os jogos, era ele quem comandava as situações. Mas uma coisa agora era certa, ele tinha muito o que aprender com aquele homem.

- Você gostou do meu macacão?
- Gostei sim.
- O Cadu adora também, mas geralmente com o Cadu eu uso ele com cueca. Espero que entenda a referência. Allan sentiu seu braço esquerdo ser guiado pelo de Daniel, sua mão foi direcionada a barriga do mecânico. A partir dali ele deixou o trabalho com Allan que demonstrou entender perfeitamente do que ele estava falando.

Não precisou descer muito a mão até que sentiu o pênis de Daniel, na altura do umbigo do mecânico, dançando em seu pulso, Allan não sabia se aquilo acontecia só com ele, mas era fantástico o tesão que o homem estava demonstrando naquele momento.

Daniel subiu o short de Allan, deixando um dos lados da bunda a mostra. Passou a procurar com um dos dedos, o maior de todos, a entrada dos seus sonhos.

Levou Allan até o capô do seu carro. O deixou curvado ali. Seu refém.

- Eu disse que você pagaria caro pelo soco que deu, não disse?

Allan meio que recobrando os sentidos tentou se levantar e justificar que aquilo era um erro. Mas Daniel foi mais ágil, o imobilizando e roçando com a pica no rapaz.

- Eu tô querendo isso faz dias meu preto, tem nada de errado. Eu que tô querendo, você não tá forçando nada. Não vou suportar saber que você tá longe sem ter te enrabado mais uma vez. Eu tô pedindo, mas se você não quiser por bem, vou fazer por mal, e do jeito que eu te conheço, sei que vai querer por mal também seu safado.

Daniel ainda com o corpo imobilizando Allan, procurou pela boca do rapaz. O brutamontes acabou cedendo, correspondeu o beijo ofegante. Daniel aproveitou a oportunidade para deixar Allan completamente nu. Em seguida procurou a bunda do rapaz, e lhe chupou o cu de uma forma desesperada.

- Puta que o pariu cara, que que isso que você tá fazendo?
- Tá gostando seu safado? Isso é pra você não esquecer de mim, pra saber que ninguém te quer como eu te quero.
- Mentiroso.

Daniel respondeu a Allan entrando com tudo o que podia da língua e boca no cu do rapaz.

Uma coisa ainda estava errada, Daniel seguia vestido, mas isso não durou muito. Allan o despiu, tirou preguiçosamente o macacão perfeito que o homem vestia. Iniciaram ali, sobre o carro ainda um intenso meia nove. Era a primeira vez que Allan sentia a necessidade de dar para alguém, o loiro despertava esse desejo nele de uma forma desesperada.

Os dois estavam duros e cheios de paixão. Se beijavam, chupavam, lambiam como dois namorados experimentando a primeira vez.

Daniel tinha o orgulho de levar Allan a cada canto do seu espaço, o lugar onde Cadu desprezava. Allan em dado momento acabou por sujar a mão de graxa e passar no peito de Daniel. O mecânico respondeu passando dois dedos em cada lado do rosto de Allan o chamando de seu guerreiro.

Eles não tinham ideia mas aquelas preliminares já passavam de uma hora.

- Negão, acho que vou infartar, meu pau tá duro muito tempo. Não baixa.
- E o meu não? Tô assim desde que te vi com aquele macacão, gostoso do caralho você mano.
- Mano não, macho.
- Sem essa de macho e fêmea.
- Macho e macho então porra, agora diz como vamos dar um jeito no meu pau?
- Precisamos trocar esse óleo de algum jeito. Chupar eu acho que já chupei o suficiente.
- Acho que entendi a referência agora seu gostoso. Vem comigo.
- Pra onde cara?

Allan viu Daniel andando de costas completamente pelado, resolveu não questionar, só obedecer.

- Eu vou te levantar, você se pendura nesse guincho hidráulico beleza.
- Tá me zuando.
- Vou zuar esse teu rabo depois que arrombar ele.

Allan acabou por fazer o que Daniel o pediu, ficou pendurado no Guincho. Enquanto Daniel se afastou pra ver a cena.

- Cara tu é um filho da puta gostoso do caralho meu, olha você aí no meu guincho. Meu negão, no meu guincho. É hoje que eu morro de fuder.

Daniel encaixou Allan em sua cintura, enfiou metade do seu pau no rapaz e lhe chupou os peitos. Foram estocadas seguidas no rabo de Allan que correspondia a tudo, era a foda mais frenética da vida dos dois.

Ficaram ali naquela posição até que os braços de Allan não aguentaram mais ficar pendurados e o brutamontes largou todo o peso sobre Daniel. O mecânico aparentemente não se abalou, seguiu comendo Allan ali de pé, até que voltaram ao carro de origem. Allan dessa vez ficou por cima, comandando a situação e vendo o sangue nos olhos de Daniel, o homem estava possuído, todas as suas veias e seus músculos estavam a mostra. O loiro perdeu completamente o controle do corpo, já não sabia se estava entrando ou saindo de Allan, dada a velocidade que estavam. O gozo foi questão de instantes, uma tristeza, ao mesmo tempo uma alegria, os dois romperam juntos.

Caíram atordoados no chão, sem força nenhuma para se levantar, o peso dos seus corpos se quintuplicou, não tinham o porquê sair dali, estavam plenos, haviam experimentado o maior dos gozos.

Mas acabaram romantizando demais o momento, o sexo foi tão intenso que esqueceram a sua real condição de amantes, e como o mundo da voltas e tudo o que é feito volta. Eles foram surpreendidos por uma voz que nenhum dos dois gostaria de ouvir naquele momento.

- Eu espero que vocês tenham uma justificativa muito convincente para tudo isso. E não me venham dizer que estavam brigando, porque os gemidos, melhor os urros davam pra se escutar da rua- Cadu não se intimidou com o que viu, queria uma justificativa e queria naquele momento.

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