MEL

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Benício voltou a abrir os olhos já com a claridade do dia. Estava deitado na cama de Alex, com o corpo extremamente dolorido, sorriu ao recordar o tempo maravilhoso que estava vivendo. Agora sim estava se sentindo amado e querido, agora sim tinha encontrado uma razão pra ser o homem mais feliz do mundo. Foi ao banheiro da suite de Alex e se banhou. Saiu do local e voltou para a cama, tinha fome, mas resolveu continuar no quarto, isso porque não tinha nenhuma roupa para vestir. Escutou de longe a voz do policial no lado de fora, aparentemente Alex conversava com Damião sobre os estragos da chuva no dia anterior.

Ben acabou se levantando e fechando a janela, não que achasse Damião uma pessoa indiscreta, mas não queria ser visto de forma alguma naquele estado no quarto do policial.

O babá acabou pegando no sono novamente, se enrolou no lençol e descansou o quanto pode. Tinha as costas doloridas por conta da aventura noturna na janela, tinha também o restante do corpo cansado, aguentar o policial não era assim uma tarefa tão fácil.

O rapaz acabou despertando um tempo depois sem o lençol no corpo, seguia completamente nu. Mas agora tinha a companhia de Alex.

- Se toda vez que a gente transar você desmaiar assim vou acabar ficando preocupado- Brincou o policial.
- Eu não desmaiei, eu só dormi, dormi muito, mas já tinha acordado antes, já tinha até tomado banho, só não saí porque continuo sem roupa, então acabei pegando no sono novamente. O que é que está fazendo?

Só neste momento Benício percebeu que o policial estava fazendo uma caminho em seu corpo com pequenas flores de mel.

O caminho começava em seu pescoço fazendo o contorno em seu peitoral, e descendo até seu pênis. O policial seguiu quieto nos instantes seguintes concluindo a sua obra. Finalizou colocando uma flor na testa do rapaz e outra na sua boca.

- Pronto, você está lindo assim.
- Você é um bobo, agora eu já posso me mexer?
- Eu não disse que não poderia.
- O Damião vai querer te matar por ter arrancado tanta flor assim.
- Flores são para ornar os lugares, descartar a beleza das coisas. Elas estão muito mais lindas em você do que lá fora, aguardando a morte chegar com o tempo.
- Tudo bem, não tá aqui quem falou nada.
- Tivemos que tirar, o lugar onde elas estão plantadas está cheio de água, elas morreriam mais cedo ou mais tarde.

Ben acabou se levantando fazendo com que a obra de Alex fosse destruída.

- E como estão as coisas lá fora? Vi que a luz já voltou, você teve notícias de algo mais sério?
- Segundo o Damião algumas famílias perderam muita coisa, mas já estão sendo acolhidas por escolas ou ongs, mas seguimos em alerta, a chuva como você pode escutar retornou forte agora pouco, parece que está chovendo tudo que não choveu antes. Por conta disso não podemos sair de casa, nem daqui, seguimos ilhados.

Ben abraçou Alex. O babá sentiu o corpo arrepiar com a temperatura do policial. Alex estava muito gelado, o cabelo ainda estava molhado da chuva que havia pegado do lado de fora.

- Você vai se resfriar, deveria pegar trocar essa roupa molhada e colocar uma mais quente.
- Eu vou fazer isso assim que almoçarmos, estou cheio de fome, pensei que nunca mais fosse acordar.
- Eu também estou cheio de fome, vamos na cozinha, vou fazer algo rápido e gostoso pra passar essa nossa fome.
- Vamos sim, mas antes vem aqui, que eu tô com fome de uma outra parada.

O policial puxou Benício até seu colo, o babá não se fez de incomodado com a situação.

- Eu ainda não ganhei o meu beijo de bom dia sabe, você dorme a manhã toda e eu fico sem meu beijo.

Os dois se beijaram, Ben sentiu um frio ao mesmo tempo, o policial tinha as roupas encharcadas de água da chuva, mas pra ele beijar Alex valia o sacrifício.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Όπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα