Quem será que vai surgir do passado?
Alguma sugestão?
Apenas posso dizer uma coisinha: Quando algo não dá certo na vida é porque tem coisas melhores reservadas.
Fica a dica 😏😉
⚽❤️
O dia foi bastante agradável, Sarah e Antony foram ao cinema e assistiram a um filme que tinha acabado de estrear. Ela não conseguiu prestar muita atenção, pois naquele local escuro Antony não fez outra coisa que não fosse beijá-la. E claro, estava adorando. Mais tarde comeram uma pizza e depois seguiram para uma famosa loja de roupas de bebês, a fim de comprar o tal presente que ele tinha sugerido.
Assim que entraram, Sarah percebeu que duas moças não tiravam os olhos de seu namorado cochichando o tempo todo uma com a outra. Já conhecia aquela cena.
— Você é Antony Silve o jogador? — uma delas perguntou ao se aproximar.
— Sou sim — ele respondeu gentilmente.
Sarah contou… Um …Dois… Três…
Começam os ataques de gritinhos.
— Posso tirar uma selfie ?— uma dela pediu já retirando seu aparelho do bolso.
— Eu quero um autógrafo também — uma outra jovem que estava no balcão disse se aproximando.
Antony ficou preocupado, certamente havia se lembrado do episódio no aeroporto.
— Se isso lhe incomodar eu…
— Mas é claro que não, faz parte do seu trabalho. Fique o tempo que precisar, vou escolher algo, assim você fica à vontade.
Então Sarah soltou a mão dele e se afastou, Antony deu atenção as jovens mais tranquilo.
Enquanto caminhava por um corredor cheio de roupinhas cor de rosa, ela se pegou refletindo sobre sua nova vida. Segurou uma roupinha imaginando como será se o bebê de Mary for uma menina. Estava tão entusiasmada que não percebeu a aproximação de alguém.
— Você poderia me ajudar? Não levo muito jeito com essas coisas de menina — o homem perguntou sem encará-la.
Um frio percorreu seu corpo quando percebeu de quem se tratava, Daniel Collins, seu último namorado, de anos atrás. Ele estava bem diferente de quando se conheceram, um pouco acima do peso e sua barba crescida. Ela ficou em choque. De repente ele olhou em seus olhos e aos poucos foi a reconhecendo, ficou por um momento lhe admirando da cabeça aos pés.
— Sarah!?
— Daniel !?
Eles disseram ao mesmo tempo.
Naquele momento ela agradeceu aos céus por ter se arrumado para aquele passeio. Seria trágico reencontrar seu ex (que lhe trocou para se casar), estando desarrumada.
— Nossa! Você está...— ele gaguejou.— Linda.
Foi inevitável não sorrir, afinal qualquer mulher se sentiria bem em seu lugar, pois além de elogiá-la não parou de olhar pra ela.
Quanto a aparência dele, não poderia dizer o mesmo. Daniel parecia muitos anos mais velho.
— Como você está? — foi a única coisa que conseguiu dizer. — Então sua esposa está grávida?
— Estou bem. Mas não é minha esposa. — ele ficou sem graça. — Minha namorada está grávida!
Agora estava confusa. Mas ele continuou:
— Eu me separei da Mônica já faz algum tempo.
Ele se referia a tal ex pela qual havia lhe trocado.
— Que pena, vocês pareciam se amar tanto.
Sarah se sentiu uma imbecil por ter feito aquele comentário. Mas na verdade aquele assunto era um tanto constrangedor e não sabia o que dizer.
— No início sim. Mas depois que tivermos nosso filho, o relacionamento se desgastou.
Ela não se conteve, franziu a sobrancelha.
— Então você vai ser pai pela segunda vez? — sua voz saiu mais irônica do que ela queria.
Ele sorriu sem graça.
— Na verdade, será pela terceira vez. Depois da Mônica, tive alguns rolos e... Nasceu Davi, meu segundo filho. Mas agora será uma menina!— Sua voz saiu em um tom orgulhoso.
Agora ela entendia o motivo dele estar tão acabado. Deveria estar trabalhando muito para manter sua família grande. Ela não pode negar que sentiu um grande alívio por ter sido largada algum dia por aquele homem.
— E você, está tão bem - ele falou em tom galanteador.
Ela sentiu seu coração estremecer quando percebeu a chegada de Antony justamente naquela última frase de Daniel. Decidiu que ele jamais saberia de que se tratava de seu ex ou quase ex- namorado.
Daniel ainda lhe observou admirado.
Antony se aproximou dela colocando as mãos em sua cintura de forma possessiva. Então ela soube que ele estava com ciúmes.
Antony foi logo se apresentando:
— Olá, Sou Antony Sillve, o namorado de Sarah.
Daniel ficou mudo naquele momento. Sarah não soube o que fazer, afinal nunca tinha passado por uma situação parecida, mas a expressão de Daniel foi se suavizando à medida em que ele reconhecia Antony.
— Você é Antony, o jogador do CFC?
Daniel perguntou incrédulo.
— Sim, sou eu mesmo — respondeu estufando o peito com a voz cheia de orgulho. Ele tinha um sorriso nada humilde e Sarah nunca o tinha visto daquela maneira tão presunçosa. Ficou surpresa, porém achou um tanto engraçado.
Daniel se manifestou:
— Caramba, Sarah, seu namorado é um craque do nosso futebol!
— Sim, Antony é muito bom no que faz — ela disse cheia de orgulho dele.
Sua expressão começou a se suavizar.
— Antony, meu filho é louco pelo seu futebol, por favor tira uma selfie comigo, ele vai pirar!
O casal se entreolhou um pouco sem graça.
— Claro que sim. Como ele se chama, posso autografar algo para ele.
Daniel parecia extasiado com aquela ideia.
— Nossa! ELE VAI ADORAR! Se chama Dylan, tem três anos.
— Tão pequenino e já apaixonado por futebol — Antony disse admirado.
— Sim, ele adora.
Sarah assistiu aquela cena refletindo sobre sua vida. Aquele se tratava de um homem que lhe deu um pé na bunda no passado e agora estava ali de papo com o seu atual namorado, um craque do futebol completamente admirado. Eles tiravam uma foto, e Antony autografou o boné que Daniel usava. Depois ele se foi completamente agradecido.
Quando já estavam a sós pelos corredores da loja Sarah não se conteve:
— Nunca imaginei assistir Antony Sillve fazendo uma cena de ciúmes, sabia? — ela disse com um sorriso nos lábios, deixando ele constrangido.
Pôde ver suas bochechas ficarem levemente coradas e aquilo lhe agradou, era a primeira vez que o viu vulnerável.
— Eu não fiz cena nenhuma.
Ela deu uma leve gargalhada.
— Você estava se exibindo para ele, Antony!
Antony coçou a nuca, um pouco nervoso com aquela conversa.
— Aquele cara estava babando em cima de você, somente um cego não veria isso!
Ela achou a situação ainda mais engraçada, porém ficou imaginando se deveria contar para ele sobre seu envolvimento no passado com Daniel.
— Somente por isso você se achou no direito de agir como um babaca?
— E o que você queria que eu fizesse?
Ela lhe encarou séria.
Após alguns minutos ele a puxou de forma carinhosa e lhe deu um beijo de leve nos lábios.
— Tudo bem, me desculpe, realmente reagi feito um idiota. Ele é um cara bacana.
Então, se sentiu mal por não contar tudo a ele, talvez em outra oportunidade.
Continuaram a caminhar pela loja e escolheram um presente que tinham certeza de que Mary iria gostar.