Maps • Marco Asensio

By autoradanicastillo

100K 5.9K 4.6K

Madalena Cartín Reyes sempre sonhou com sua independência e mesmo sendo jovem, aos poucos ela está conquistan... More

◾01
◾02
◾03
◾04
◾05
◾06
◾07
◾08
◾09
◾10
◾11
◾12
◾13
◾14
◾15
◾16
◾17
◾18
◾19
◾20
◾21
◾22
◾23
◾ Epílogo

◾24

3K 244 250
By autoradanicastillo

- Tem certeza que pegou tudo que precisa? Seus documentos estão na bolsa? Estão guardados direitinho? Não pode perdê-los. - Elsa falava sem parar. - Guardou o hidratante que eu te dei? Nossa pele fica muito seca no avião...

- Mamãe... Respira! Está tudo sob controle.

Tentei acalmar a mulher que parecia mais nervosa que eu naquele momento. O táxi chegaria em cinco minutos pra me levar ao aeroporto num horário razoável, a fim de evitar qualquer tipo de problema, sem precisar correr o risco de me atrasar ou perder o voo.

Por um pedido pessoal, ninguém da família me acompanharia até lá. Não queria me despedir deles naquele ambiente repleto de pessoas estranhas ao nosso redor, até mesmo para me manter mais calma e evitar algum surto de choro desnecessário.

Nem conseguia acreditar que o dia da viagem finalmente estava aqui.

- Você vai nos ligar assim que esse avião pousar em Nova York. Vou estar acompanhando todo o voo pelo site da companhia aérea. - meu pai ordenou, deixando um beijo demorado em minha testa.

- Tudo bem... Prometo que vou ligar. - tranquilizei, abraçando-o com força.

- Vamos sentir sua falta, hermanita... - Frederico me puxou para seus braços, apertando-me contra si. - Toma cuidado, ok? Eu te amo...

- Titia Lena... Vou sentir saudades. - Antônio, meu sobrinho, choramingou no colo de sua mãe enquanto eu dava um beijo demorado em suas bochechas gordinhas.

- Eu também vou sentir saudades de você, meu anjo. - disse, mordendo meu lábio inferior com força. - Chega! Não me façam chorar... Eu ainda estou sob o efeito do remédio para enjoo. - sorri nervosa, tentando impedir que as lágrimas tomassem conta dos meus olhos.

O celular vibrou na minha mão, mostrando o nome do taxista conhecido no identificador de chamadas.

Era hora de partir.

- Seu Santiago está me esperando na portaria... Preciso descer... - falei, caminhando devagar até a porta do apartamento, lançando um último olhar na direção dos Cartín Reyes, querendo guardar na memória aquela imagem de todos eles reunidos.

Meus olhos ainda varreram o ambiente, num tour rápido pelo local, encarando todos os móveis e objetos que estavam ficando para trás.

Meu primeiro apartamento.

Minha primeira conquista.

Apesar de não ser apegada a bens materiais, aquele lugar representava grande parte da minha vida, guardando entre quatro paredes toda uma história, meus passos para chegar aonde cheguei, misturado com diversos sentimentos que dançavam no meu peito apertado.

- Boa viagem, Lena.

Adelaide foi a última a falar antes que eu fechasse a porta, entrando em seguida no elevador para ir de encontro ao carro. Meu irmão Hugo foi o único a descer comigo até o hall do prédio, afinal eu não conseguiria carregar as malas sozinha.

O caminho até o Aeroporto Madrid Barajas foi em completo silêncio, sendo possível apenas ouvir exclusivamente as músicas que tocavam numa estação qualquer de rádio da cidade.

Iria sentir saudades daquelas ruas, das pessoas, do idioma. Eu amava meu país e sempre seria meu lugar favorito do mundo inteiro.

Depois de uma semana conturbada e de fortes emoções, eu me sentia extasiada naquele instante, não sabendo nem explicar o que acontecia na minha cabeça. Acho que essa reação era normal após os dias difíceis que enfrentei, cheio de dúvidas e inseguranças.

Ao chegar no destino, agradeci ao seu Santiago pela corrida, recebendo ajuda do senhor para colocar as três grandes malas no carrinho de bagagens, facilitando assim minha locomoção pelo enorme saguão até o guichê da companhia aérea que eu havia comprado as passagens.

- Buenos dias! - exclamei para a bela atendente quando chegou minha vez. - Por acaso eu já posso despachar minhas malas e fazer o check in? - perguntei ao entregar a ela meus documentos e o ticket.

- Você se importa de esperar um instante? - sorriu simpática. - Ainda não iniciamos o procedimento do seu voo, pois ele vai atrasar alguns minutos.

- Tudo bem... Vou esperar... - agradeci a informação, me afastando do balcão para sentar em uma das diversas cadeiras de plástico enfileiradas, observando com atenção as pessoas que provavelmente iriam embarcar junto comigo para Nova York.

Mesmo não sentindo fome alguma, sabia que precisava me alimentar para afastar qualquer tipo de mal estar durante a viagem, por isso puxei uma pequena barra de cereais da minha bolsa de mão, abrindo a embalagem para começar a comer.

Estava distraída navegando pelo feed do Instagram quando pela segunda vez naquela manhã meu celular vibrou, numa chamada de um número desconhecido.

- Alô?

Atendi hesitante a ligação, tentando escutar com dificuldade o que a outra pessoa da linha iria falar, afinal o barulho do ambiente estava atrapalhando.

- Senhorita Madalena Cartín? Aqui é a doutora Andressa. - falou educada. - Estou ligando para dar o resultado dos seus exames.

- Nossa, doutora Andressa, eu esqueci completamente que a senhora iria me ligar. - soltei uma risada anasalada, me desculpando. - Na verdade queria agradecer a senhora, pois o remédio que você receitou me ajudou bastante.

- E vai continuar ajudando, Madalena. - sorriu ao telefone. - Mesmo não sendo da minha conta, onde você se encontra neste exato momento?

- No aeroporto... Meu voo é daqui algumas horas. - respondi confusa, sem saber o porquê daquela informação ser relevante. - Doutora, por acaso meus resultados apresentaram algum problema grave? - quis saber, sentindo o medo embrulhar meu estômago.

Porém a risada alta que a mulher soltou me fez relaxar um pouco, ainda tentando entender o que estava acontecendo.

- Depende do seu ponto de vista... - respondeu, soltando um pigarro antes de continuar. - Madalena, todos aqueles sintomas que você estava sentindo, eu desconfiei na hora do que poderia ser, mas pedi o exame para confirmar, já que não posso dar um diagnóstico sem um embasamento.

- O que quer dizer com isso? Pelo amor de Deus, eu vou morrer? - fiz drama, balançando minhas pernas de modo impaciente.

- Você está grávida, Madalena. Meus parabéns.

Fiquei boquiaberta, contudo nenhuma palavra conseguiu sair.

Minha mente tentava processar a todo vapor a informação que entrou pelo ouvido naquele curto espaço de tempo.

Senti todo meu corpo tremer instantaneamente, fazendo-me perder a força nas pernas até mesmo para me levantar.

Tudo a minha volta começou a girar e eu percebi que poderia desmaiar a qualquer momento.

Um bebê.

Eu estava gerando uma vida.

Um bebê de Marco Asensio.

Nosso bebê.

- Senhorita Cartín? Alô? Você está bem? - doutora Andressa falou mais alto e eu me dei conta de que ainda estava com o celular na orelha. - Peço desculpas por dar essa notícia assim, mas não tinha outra forma pois você já está no aeroporto.

- Eu... - minha voz é quase inaudível assim como minha respiração falhada.

- Percebo que não era o resultado esperado... - murmurou de volta. - Realmente está surpresa mesmo com todos os sintomas que estava sentindo?

- Estou... - respondi, procurando com o olhar algum bebedouro próximo a mim para tomar um gole de água.

- Você precisa fazer uma ultrassom para ver o quão avançada está sua gestação. - recomendou num tom ameno. - De qualquer maneira, acho que você necessita de um momento para pensar sobre tudo isso... - finalizou. - Se precisar de alguma ajuda, pode me ligar. Estou a disposição.

Nem mesmo consegui agradecer quando a mulher encerrou a chamada.

Continuei onde estava, sentada sozinha na cadeira do aeroporto, tentando compreender aquela reviravolta de última hora, fazendo uma lista mental de todos os fatos.

Eu e Marco havíamos terminado.

Meu voo para os Estados Unidos era daqui algumas horas.

Eu estava grávida do jogador.

Meu peito inflou quando puxei uma respiração profunda para não surtar bem no meio de um espaço público.

- Meu Deus... Meu Deus... - sussurrei comigo mesma, afundando meu rosto entre as mãos, despejando pelos olhos todas as inseguranças e incertezas que me atingiram em cheio. - Vou ser mãe... Eu vou ser mãe...

Não sabia o que pensar naquela situação. Tudo estava confuso e nublado em minha cabeça, tentando de alguma forma achar uma explicação para tudo aquilo.

E foi aí que a minha ficha caiu.

Como um estranho flashback, relembrei todas as vezes em que eu pedi a Deus por algum tipo de sinal ou resposta.

Uma luz.

Que me dissesse o que fazer, que me mostrava qual caminho eu deveria seguir. As palavras de dona Elsa, no dia da minha festa de despedida, reacenderam em minha memória.

"Tenho certeza que seus caminhos vão se iluminar. Talvez daqui um mês ou um ano, mas a resposta certa irá aparecer ".

Minha mãe estava certa.

A resposta apareceu faltando exatamente duas horas para eu entrar num avião rumo a outro país.

- Senhorita, você está bem? Precisa de ajuda? - a mesma mulher que me atendeu no guichê se aproximou ao notar o estado que eu me encontrava, preocupada com o que poderia estar acontecendo.

- Você pode me arrumar uma água, por favor? - pedi e a moça apenas assentiu, andando rapidamente para dentro da salinha dos funcionários, voltando com um copo de plástico nas mãos e alguns lenços de papel.

Engoli o líquido gelado devagar, tentando acalmar os batimentos cardíacos acelerados.

- Precisa de mais alguma coisa? O check in do seu voo abriu... A senhorita já pode entrar na área vip da companhia aérea para esperar o embarque. - informou, me olhando docemente.

A encarei por alguns segundos, que na minha visão pareceram horas, ponderando claramente as palavras que estavam prestes a sair da minha boca.

- Eu agradeço, mas... Mudei de ideia... - comecei, sentindo minha garganta travar. - Eu não vou mais viajar... - limpei as lágrimas que escorriam pelas bochechas com o lenço. - Obrigada pela ajuda... De verdade... - agradeci, criando coragem para levantar da cadeira e empurrar o carrinho com as bagagens. - Eu preciso ir embora...

- De nada... - a mulher respondeu sem entender o que estava se passando, assistindo-me caminhar na direção do portal por onde tinha entrado mais cedo.

Eu praticamente corria pelo saguão do enorme aeroporto, empurrando desajeitada o carrinho que não conseguia acompanhar minha velocidade, desviando das milhares de pessoas que andavam pelo caminho, pois desde a hora que eu cheguei o fluxo de passageiros havia aumentado de um modo assustador.

Todavia não foi isso que me fez travar no chão, interrompendo meus passos apressados.

E sim porquê Marco Asensio estava parado na porta principal do aeroporto.

Quando seu olhar caiu sobre mim, o jogador me encarou atônito por uma fração de segundo, andando em passos largos ao encontro, rodeando seus braços ao meu redor, fazendo-me desabar todo o peso do corpo contra ele, afundando o rosto em seu peito quando não pude mais conter os soluços altos que escaparam da boca.

Deus, ele estava ali.

Se eu estivesse sonhando, definitivamente não queria acordar.

Como eu havia sentido falta do cheiro dele, do som dele, do gosto doce de seus lábios carnudos. Sentia falta de tê-lo em cima de mim nas nossas intermináveis noites de amor e de como ele gostava de dormir com minha cabeça em seu peito.

Cerrei meus olhos com força, desapontada comigo mesma por ter provocado nosso término.

Como eu poderia ter cogitado viver sem esse homem na minha vida?

- Lena... - o moreno sussurrou contra o topo da minha cabeça, beijando com força meu cabelo, descendo seus lábios até meu rosto, segurando-o entre as mãos firmes. - Mi vida... Pensei que você já estivesse naquele avião. - disse desesperado, não acreditando que eu estava em seus braços.

- O que está fazendo aqui? - quis saber, sem entender o motivo da sua presença.

Será que a doutora tinha entrado em contato com mais alguém? Essa ideia me apavorou!

- Eu vim te pedir perdão, Lena... - começou, encostando sua testa na minha, seus olhos mirando os meus. - Te amo mais que tudo nessa vida... Não posso ficar sem você, amor... - falou emocionado.

- Marco, preciso te contar uma coisa... - tentei começar, mas o jogador colocou o dedo em cima dos meus lábios, pedindo a vez para continuar com seu discurso.

- Desde a primeira vez que eu te vi naquela boate, eu sabia que você era a mulher certa pra mim. Foi então que todo meu mundo começou a girar ao seu redor... Todas as linhas, todos os gols, todas as declarações... Tudo foi por você, Lena. Ao seu lado descobri a melhor versão de mim. - declarou, beijando minhas têmporas molhadas.

- Marco...

- Deixa eu terminar, vida... - riu desesperado, respirando fundo. - É por isso que vamos procurar juntos um modo de fazer esse relacionamento dar certo, porque eu não consigo ficar sem você, Madalena. Nosso amor é mais forte que qualquer distância, que qualquer insegurança, que qualquer empecilho. Somos duas metades que se completam... E é por isso que eu preciso saber de uma coisa.

- O que? - minha voz saiu trêmula.

Marco abriu um sorriso envergonhado antes de se ajoelhar na minha frente, tirando de dentro do bolso uma pequena caixinha de veludo vermelho, abrindo com cuidado para revelar o anel delicado de diamante.

- Senhorita Madalena Cartín Reyes, você aceita se casar comigo?

Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo de verdade.

Eu amava esse homem.

E jamais conseguiria ficar longe dele.

- Sim... Meu Deus, é claro que sim.

Quase berrei, pulando em cima de Marco quando ele se levantou, grudando nossos lábios sem nenhum constrangimento, ouvindo as palmas soarem da pequena plateia que se amontoou ao nosso redor.

- Vamos dar um jeito de fazer funcionar... Você pode viajar todo mês para Madrid ou eu posso até mesmo me transferir para algum clube dos Estados Unidos... - o moreno parecia determinado quando empurrou gentilmente o anel ao redor do meu dedo, depositando um beijo casto em cima da joia.

- Marco... Será se eu posso falar agora? - pedi abrindo um sorriso nervoso, tendo noção do peso da minha revelação.

Saber que ele tinha ido atrás de mim encheu meu peito de felicidade.

O moreno não tinha desistido de nós dois. Da nossa história e do nosso futuro.

Asensio estava disposto a continuar com tudo aquilo, sem nem mesmo saber o quanto nossa vida mudaria a partir daquele dia.

- Claro... Por favor... - pediu, ficando em silêncio para me ouvir, observando nossa plateia se dispersar, nos dando um pouco de privacidade mesmo com várias pessoas desconhecidas por perto.

- Eu não vou mais embora... Não vou mais para Nova York... Na verdade, quando você me encontrou, eu estava caminhando para pedir um táxi. - expliquei, vendo uma expressão confusa cobrir o rosto do jogador.

- O que? Por que? O que aconteceu? - perguntou, segurando meu rosto preocupado quando voltei a chorar emocionada. - Lena, é o seu sonho... Não desista dele assim... - o interrompi novamente.

- Amor... A médica que me atendeu ontem me ligou quando eu estava sentada esperando para fazer o check in... - disse. - Eu... Tô grávida!

O jogador não disse nada e nem mesmo foi necessário, porque a sua reação acabou falando por si só.

Os olhos ligeiramente arregalados e a boca entreaberta demonstrou o seu estado de surpresa, passando em seguida uma das mãos contra o rosto, como se buscasse certificar de que eu estava bem ali a sua frente, falando com certeza aquelas palavras.

Eu sabia a importância e o significado de família na vida do Marco e a maneira como seus olhos brilharam em minha direção fez meu coração aquecer de um modo inexplicável.

Em um primeiro momento ele não pareceu acreditar e não sei ao certo quantos poucos segundos se passaram até que o jogador pudesse esboçar uma expressão.

Asensio novamente passou os braços ao redor do meu corpo, me envolvendo em um dos seus abraços calorosos, daqueles que mostravam o quanto eu estava em casa e protegida do mundo inteiro se estivesse ao seu lado.

A sua postura séria se desfez e o choro se fez presente quase que imediatamente.

Eu nem sequer tentei esconder que fiquei chocada com a forma que ele reagiu.

Na minha cabeça, pensei que fosse ficar preocupado com o futuro, com nossa idade ou até mesmo sem saber como esboçar algum sentimento, afinal a forma como revelei não foi uma das melhores, mas nada disso aconteceu.

O jogador parecia genuinamente feliz e emocionado.

Tal como se fosse a realização do seu maior sonho.

- Nós vamos ser pais? - limpou os olhos com as palmas das mãos e eu apenas assenti em confirmação com a cabeça. - Meu Deus, Lena... - abriu um sorriso largo. - Eu tô tão feliz, mi vida... - beijou meus lábios mais uma vez.

- Também estou feliz, apesar de confusa e assustada... - confessei, beijando seus lábios.

A ficha não tinha caído ainda e sabia que demoraria para compreender cem por cento.

- Precisamos te levar pro hospital... Tem muitos exames para serem feitos e... - o interrompi com outro beijo.

- Será que podemos ir pra casa primeiro? - pedi fazendo um biquinho. - Estamos no meio do aeroporto... - constatei aquele fato peculiar. - Acho que já oferecemos show demais e não quero seu nome estampado nos jornais.

- Tudo bem... - balançou a cabeça. - Vamos pra minha casa... Quer dizer, nossa casa a partir de agora. - sorriu ao pronunciar aquela mudança com orgulho, apalpando discretamente minha barriga ainda lisa.

- Você vai ser o pai mais babão do mundo, não é mesmo? - soltei uma risada quando começamos a andar para sair do recinto, com Marco empurrando o carrinho com as malas.

- Não serei apenas o pai mais babão, e sim também o marido mais babão do mundo. - fez questão de afirmar.

- Marco... - parei mais uma vez de andar, me dando conta de que uma coisa não encaixava naquela história.

O jogador parou para me encarar, esperando saber o que eu iria falar.

- Quando você comprou esse anel?

Ele abriu um sorriso tímido, coçando a nuca num sinal claro de nervosismo.

- Honestamente? - interrogou. - Assim que voltamos das nossas férias... - confessou, sendo a minha vez de ficar boquiaberta. - Eu ia te pedir em casamento naquele jantar... No dia que você me contou sobre Nova York... Já tinha até pedido a permissão pro seu pai naquele dia que ficamos com sua família.

- E por que não me pediu em casamento naquela hora? - continuei.

- Porque seria egoísta da minha parte fazer isso justo no momento em que você contou da viagem. Eu fiquei perdido, sem chão... - deu de ombros. - Só a ideia de que você poderia ter entrado naquele avião ainda sem falar comigo me deixa angustiado.

- Sabe que se tivesse me pedido em casamento naquela noite, teríamos evitado todo esse drama? - sorri, entrelaçando nossos dedos para continuar nosso trajeto até o carro.

- Sei... Mas ainda assim não teria sido certo...

- Então agora é isso? - finalizei, lançando um olhar esperançoso em sua direção quando abrimos as portas do veículo. - Ficaremos juntos para todo o sempre?

- Sim, Lena. Para todo o sempre.

○○○

Notas da autora:

Não vou falar muito aqui pois vou guardar pros agradecimentos finais.

O epílogo de Maps deve sair na próxima semana, encerrando de vez a história.

Espero que tenham gostado!

Temos nosso grupo no Facebook. O link do grupo no Face está aqui na minha bio do Wattpad.

Beijos e até lá!

Continue Reading

You'll Also Like

1.5M 139K 121
Exige sacrifício, não é só fazer oração Ela me deu o bote porque sabe que eu não sei nadar Eu desci o rio, agora ficou longe pra voltar Tem sangue fr...
171K 7.6K 55
"E mostramos depois que nada se constrói, sem que antes, tenhas errado ao tentar" Colaboração: chxrrywrite & dbieberg
35.4K 1.1K 130
Uma rapariga normal de 22 anos, licenciada em Psicologia, adepta de futebol e Benfiquista desde que nasçeu. Que ao conseguir um estagio num clube de...
893K 45K 69
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...