Dois corações unem-se por um sentimento, o “Amor”.
Aquele sentimento que faz mudar as pessoas, às vezes para bem porém outras vezes para mal, mas neste caso era óbvio que tínhamos mudado para bem, especialmente o Ross.
Agora eu sou uma parte importante na sua vida, contei-lhe da minha irmã e isso não faço a qualquer um. Ross ia ajudar-me em tudo mas primeiro tínhamos que falar com os seus pais sobre a nossa relação.
- Sara – sussurrou-me ao ouvido quando entrou na cozinha.
- Ross, assustaste-me!
- Desculpa – riu – Olha – mas justamente quando ia dizer alguma coisa fomos interrompidos por Brook para arruinar o momento.
- Hey Ross! – Chamou – Ontem à noite vieste deixar-me em casa e depois saíste logo, o que se passa contigo?
- Olá Brook – sorriu – O que se passa comigo? Nada, só tive de ir ver a minha namorada.
- Namorada? Nunca me disseste que tinhas namorada.
- É que só lhe pedi ontem.
- Ai sim? E pode-se saber quem é a afortunada? – Levantou uma das suas sobrancelhas.
- É a Sara – abraçou-me.
- O quê? – Aquela resposta surpreendeu-lhe – A tua namorada é uma empregada?
- Sim – sorriu – Tem algo de mal?
- Os teus pais sabem?
- Não, ainda não, mas vamos dizer-lhes mesmo que não tenham nada que opinar.
- Isso é uma loucura.
- Achas? Eu chamo “amor” – disse Ross deixando-o claro.
- Sabem, tenho muitas coisas para fazer – falei – Por isso peço-vos para irem para outro lado.
- Sim, está bem – assentiu Brook – Prepara-me um sumo de fruta – ordenou.
- Ok – disse despejando um pouco de sumo para um copo – Aqui tens.
- Obrigada – bebeu um pouco do conteúdo e depois sorriu maliciosamente para depois esvaziar o resto do copo na minha roupa.
- Hey Brook! – Disse Ross afastando-a de mim – Mas o que se passa contigo?
- Queres saber o que se passa? – Olhou para Ross com raiva – Eu gosto de ti Ross, gosto de ti e pensei que tu e eu podíamos ter qualquer coisa, se ela – olhou para mim – Não se tivesse intrometido – avançou até mim – Tu! És a culpada de tudo isto!
- Eu não sou culpada de nada – defendi-me – Se o Ross não te escolheu foi por algum motivo, não? Não vou deixar que me separes dele, já me magoaram muito.
- És só uma empregada, não sei como o Ross consegue gostar de ti – atacou.
- Acho que não tens o direito de opinar sobre absolutamente nada – disse Ross – Tu só és uma visita nesta casa, os meus pais trouxeram-te.
- Não te preocupes que hoje mesmo deixo esta casa… Não quero continuar a ver caras desagradáveis – olhou para mim e foi-se embora.
- Não te preocupes, linda – abraçou-me – Está tudo bem.
- Não quero ter problemas Ross – olhei-o nos olhos – Quero falar já com os teus pais – exigi.
- Se é isso que tu queres… Vamos! – Agarrou-me no pulso e levou-me até ao escritório do seu pai.
Ross tocou à porta, o nervosismo percorria o meu corpo, se me pedissem para me afastar dele eu também não ia fazer caso, custou-me demasiado conseguir o seu amor, não ia deixá-lo ir assim tão facilmente. A mãe e o pai de Ross estavam no escritório.
- Entre – disse uma voz grave, a do pai de Ross.
- Olá pai – olhou para o outro extremo da sala – Olá mãe – fez-me entrar – Quero falar de algo muito importante com vocês.
- Sobre o quê? – Perguntou.
- Olá – interrompi – Vocês já me conhecem – disse nervosa – Ah…
- Queres que te aumentemos o ordenado? – Perguntou Stormie.
- Não… Nada disso – respondi.
- Mãe… O que se passa é que eu e a Sara temos uma relação – soltou rapidamente. Os rostos dos seus pais eram de surpresa.
- Ah… – Aclarou a voz – Bom, é a tua relação, não? – Olhou para a sua esposa.
- E a Ashley, Ross? – Perguntou Stormie.
- Mãe – suspirou – A Ashley é o meu passado, devo admitir que foi um passado lindo mas já passou, ela já não está comigo e não posso fazer nada a esse respeito. Conheci a Sara – olhou para mim – Ela agora é o meu presente e o meu futuro – fez uma pequena pausa para tomar ar – Ela ajudou-me a seguir em frente, se a conheceres melhor vais dar-te conta de que é muito boa pessoa.
- Ross… Sei a classe de pessoa que a Sara é mas deixa-me dizer que estou de acordo com a tua relação com ela, és o meu filho, o meu bebé e acredita, doía tanto ver-te sofrer, queria abraçar-te o tempo todo mas nunca o fiz por medo, medo que recusasses o meu abraço de mãe, nunca fui muito chegada a ti – disse num tom de choro – Perdoa-me, meu amor.
- Mãe – caminhou até ela – Eu não tenho nada para perdoar – abraçou-a – Tu és a minha mulher favorita apesar de tudo, tu és a minha favorita – deu-lhe um beijo – E obrigado, a sério, a Sara faz-me feliz.
- Isso espero filho – Stormie olhou para mim – Obrigada por fazeres com que o meu filho volte a sentir e a amar novamente – abraçou-me, eu só lhe correspondi ao abraço.
- De nada, senhora – sorri.
- Bom, Ross – o pai dele levantou-se da cadeira e caminhou até ele – Deixa-me felicitar-te, também acho que a Sara é uma boa rapariga, respeita-a, ama-a, cuida dela e confia nela.
- Obrigado – dirigiu-se aos seus pais – Precisava do vosso apoio e agora já o tenho, sou muito mais feliz.
- Olha, porquê que a Sara tem a blusa manchada? – Perguntou Stormie com um ar confuso.
- Ah – olhei para a blusa – Tive um pequeno acidente na cozinha – ri.
- Ah bom – riu comigo.
- Aviso-vos que a Brook vai deixar esta casa hoje mesmo – informou Ross.
- Porquê?
- Tivemos uns problemas, nada interessante e decidiu ir-se embora – respondeu.
- Está bem – assentiu Stormie – Bom, como agora a Sara é a tua namorada temos de procurar uma nova empregada. Agora és namorada do meu filho, não te quero a trabalhar aqui.
- Está bem, senhora – assenti – Muito obrigada por tudo.
- De nada, agora vão para outro sítio que eu e o Mark temos muito trabalho aqui.
Saímos os dois do escritório e fomos para o pátio das traseiras, estavam lá a Rydel e Riker a brincar, estavam completamente adoráveis.
- Olá – saudou Ross.
- Ross! – Disse a pequena e correu para os braços do irmão, ele pegou-a ao colo.
- Olá – saudou Riker – O que fazem vocês? – Olhou para as nossas mãos entrelaçadas – Não me digam que… – Sorriu.
- Exato – confirmou Ross – Apresento-te a tua nova cunhada.
- Sempre soube – abraçou o irmão.
- Ou seja, agora és minha cunhada? – Perguntou Rydel.
- Sim, pequena.
- Ou seja, cumpriste a promessa – um lindo sorriso formou-se no seu rosto.
- Que promessa? – Perguntou Ross.
- A Sara prometeu que te conquistaria.
- A sério? – Perguntou-me.
- Sim – assenti tímida.
- Não sabes o quanto te amo – beijou rapidamente os meus lábios.
- Eww – disse Rydel num tom de nojo.
- Sim, espero que aches isso pelo menos até aos vinte anos – todos riram, porém Rydel não entendeu.
Tudo correu bem, que mais podíamos pedir da vida? Só o destino se podia encarregar de tudo. Neste momento nada nem ninguém nos podia separar, fomos feitos um para o outro. A felicidade inundava os nossos corações.
Este é o último capítulo, o epílogo sai daqui a uns minutos ;)