Boa tarde meninas.
Meus dias estão intensos. Estou assessorando dois candidatos, fora as empresas de costume. Tenho uma vida fora daqui e familia.
Obrigada a todas que carinhosamente cobraram capítulos e se preocuparam comigo. Estou bem. Graças a Deus. Só muito ocupada. Escrevi esse capítulo no sufoco. Estou na hora de almoço. Então, aproveitei para postar.
Quanto aos comentários maldosos que li, não vou comentar mais nada. Vou bloquear a pessoa e evitar aborrecimentos. Já bloqueei alguma hoje. Escrevo por amor e não por obrigação.
Obrigada as que entendem, as que não vão ficar sem ler pq ja estão bloqueadas. Recebi ofensas gratuitas e apenas devolvi a gentileza bloqueando. Nao posso deixar de postar e punir as que sempre me tratam com carinho.
Bjos no coração
Luna
Ouvir o coração dos meus pequenos foi o momento mais feliz da minha vida. E dividir com o Théo, foi mágico. Ele nunca foi de demonstrar os sentimentos, ou não os tinha. Mas pude ver em seus olhos que o amor que já nutre pelos fihos é imenso.
Saímos da clínica ainda emocionados. Ele me trouxe para a casa onde tudo começou. Disse que quer recomeçar do zero. É o que mais quero, mas não dá para esquecer o quanto ele me magoou. Sei também que ele está se esforçando para me provar o quanto ele mudou.
- ... tipo eu, você, dois filhos e um cachorro.
- Não posso Théo. Quero muito estar com você, mas não consigo. Preciso de um tempo. - falo trise.
- Quero muito você. Mas só quero que venha inteira. Sem mágoas e ressentimentos. Nada que venha atrapalhar nosso relacionamento. - diz.
- Quando você fala em recomeçar do zero, como pretende fazer? - pergunto.
- Quero a chance de poder te mostrar que mudei. Posso errar outras vezes, mas nunca mais quero vê-la sofrer daquela forma. Prometo que vou me esforçar. - diz.
- E porque a partir daqui? - pergunto curiosa demais.
- Porque eu disse aquelas coisas a Isabella. Sobre ter transado com você na parede no dia que nos conhecemos e não me orgulho dissso.- fala.
- Fiquei tão magoada com isso. - digo e sinto os olhos arderem.
- Não Luna. Por favor, não chore. Não quero que isso aconteça nunca mais. Quando eu te fizer chorar, que seja de emoção. - diz.
Ele me abraça e o sinto respirar fundo. Quero muito dizer sim. Mas meu coração ainda sente tudo o que ele falou. E não estarei nessa relação de corpo e alma.
- Me perdoe por tudo. Mas só faça isso no seu tempo. - diz.
Volta a me abraçar e dessa vez não parece que vai me soltar. Amo ficar assim com ele. Como se fossemos apenas um. Mas ele ainda tem muito que aprender.
- Se quer que isso um dia dê certo, mostre que realmente mudou Théo. Preciso dessa certeza. Não posso mergulhar de cabeça e viver com medo que você apronte comigo a qualquer momento. - falo.
- Você está certa. Vou te mostrar que eu te quero de verdade todos os dias. - diz.
- Preciso disso. Quero confiar em você. - falo.
- Se depender de mim, esse dia chegará logo. - ele beija meus lábios de leve. - Vamos. Você precisa comer e descansar.
Fomos para casa da minha mãe. Chamei o Théo para entrar e ficar um pouco. Percebi que ele ficou surpreso com isso. Feliz também.
- Bom dia dona Edna. Como está? - fala.
- Bem meu filho e você? Já se recuperou?
- Novinho em folha. Me deram férias. Vou aproveitar. - ele diz.
- Descanse bastante para voltar para essa loucura de novo. - diz ela
- Não consigo sair disso dona Edna. Acho que só morto. - fala.
- Não fala assin Theo. Por favor. Você agora tem duas vidas que dependem de você. - falo nervosa.
Ele se aproxima e me abraça. Beija minha testa e sorri.
- Duas? Errou na conta. São três vidas que tenho que cuidar. Você faz parte disso. Nunca esqueça. - diz.
Sorrio feliz. Pelo menos ele está se esforçando. Porém, preciso de mais. Ele tem que mostrar que me quer por mim e não por nossos filhos.
Almoçamos todos juntos. Fiz a lasanha que o Théo gosta. Ele comeu feliz e repetiu. Renan tambem almoçou junto com a Ninna.
Passamos a tarde conversando. Nem parece que há uma semana estávamos vivendo o maior pesadelo. E hoje, estamos na sala da minha casa, jogando conversa fora. Estou me sentindo bem ao lado do Théo. E hoje, depois do momento magico que vivemos, está tudo melhor.
- A conversa está boa, mas tenho que ir. Já está anoitecendo. - diz Théo.
- Não tem perigo ir esse horário Théo? - pergunta minha mãe.
- Perigo tem o tempo inteiro. Mas não posso limitar minha vida. - diz.
Ele para em minha frente e estende a mão. Aceito e ele me levanta. Alisa minha barriga e sorri.
- Nao queria ter me separar de vocês no final do dia. Mas é necessário. - diz e suspira.
- Nao vá. Fica aqui hoje. Já está escuro e vou ficar preocupada. - falo.
- Estou com uma escolta maior. Fique tranquila. Quando chegar te ligo. - fala.
Meu coração acelera. O medo vem com força total. Sei que ele terá que voltar sua vida normal e eu tenho que controlar meus sentimentos.
- Não vai Théo. Por favor. - peço com a voz trêmula.
- Pequena. Não fique assim. Vou ficar bem. Não quero que se sinta assim a cada vez que eu precisar sair. - fala acariciando meu rosto.
- Fica só hoje por favor. É tudo tão recente ainda e eu estou um pouco nervosa. - falo.
- Não vou pequena. Se te deixa melhor, ficarei. - diz.
Ele liga para Renan que saiu com Ninna ha horas e avisa que vai dormir aqui. Fico realmente mais relaxada e feliz. Porém, preciso manter ainda uma certa distância, ou seja, nada de sexo.
- Renan falou algo sobre uma pizza de calabresa. - Théo diz e eu surto.
- Ai meu Deus. Onde? Quando? Qual tamanho? - falo atônita.
- Calma amor. Ele já está vindo. Você vai poder comer quantas fatias quiser. - diz.
Eu não sei o que o Théo falou. Meu cerebro só processou a palavra amor. Ele nunca me chamou assim antes. E jamais imaginei que aconteceria um dia. Foi tão espontâneo que ele nem percebeu que falou.
Olho para ele que retribui. Ficamos assim por instantes até que meu casal preferido quebrou o clima.
- Olha pizza de calabresa. Espacialmente para a grávida do ano. - diz mostrando as embalagens.
Fico nervosa e salivando. E novamente, Renan prende a pizza para me ver implorar.
- Pàra Renan. Não deixa a minha mulher na vontade. - fala.
- Sua mulher? Uau! Temos uma evolução aqui. - brinca Renan.
- Minha mulher sim. Só falta ela acreditar. Mas eu espero o tempo que for. - diz me olhando.
- Tomara que sim. Que você tenha mais sorte que eu. - diz Renan.
- O que está acontecendo meu amigo? - ele pergunta.
- Essa gatinha aqui. A pedi em namoro e ela disse um sonoro não. - fala Renan.
Não acredito no que estou ouvindo. Olho para Ninna e a questiono com o olhar. Ela simplesmente baixa a cabeça.
- Ninna. Porque não quer namorar com o Renan? - pergunto.
- Não daria certo amiga. Somos diferentes em tudo. - ela diz triste.
- Não consigo ver diferença Ninna. Pode dar outra desculpa? - diz Théo.
Todos nós ficamos olhando de um para o outro esperando ela esclarecer tudo. O Renan está realmente chateado. Ele realmente gosta dela. Dá para perceber pela forma que ele trata ela.
- Olhem para mim. Sou negra e pobre. O Renan é branco e pelo que sei tem uma boa condição financeira. Sei que ninguém me aceitará em sua família. - diz ela.
- Já te disse Ninna. Pára com isso. Eu te acho incrível. Sou louco por você. O resto a gente tira de letra. - Renan diz segurando o rosto dela.
Ela se derrete ao ouvi-lo. Théo observa os dois. Pega em minha mão e aperta. Sorrio para ele.
- Aceita logo Ninna. Antes que alguém queira seu lugar. - diz Théo.
Ela olha para o Renan e o beija. Nós sorrimos e eu bato palmas empolgada sabendo que isso significa um sim.
- Sim Renan. Mas vamos com calma. Ainda não estou preparada para seu mundo. - ela diz.
- Você já nasceu pronta amor. E para mim. Isso que é importante. - diz Renan.
Ficamos observando o casal. E fico imaginando se um dia estarei assim com o Théo. Nessa harmonia, sem mágoas e ressentimentos.
Quando ficamos sozinhos na sala o clima muda. Fica tudo mais intenso mesmo que não hajam gestos e palavras no momento. Apenas um olhar fixo no outro.
- Você precisa descansar. O dia foi intenso. - diz carinhoso.
- Precisamos. Você ainda não está cem por cento. Esse ferimento ainda não cicatrizou. - digo.
Puxo ele pela mão e vou em direção ao meu quarto. Dou uma toalha e mando ele para o banheiro enquanto arrumo a cama.
- Pronto! Agora pode ir que te espero.
Passo por ele e vou tomar banho. Demoro um pouco na água quente. Preciso relaxar um pouco.
Retorno para o quarto já vestida. Troquei de roupa no banheiro assim como o Théo. O encontro cochilando deitado no lado esquerdo da cama. Ele sabe que sempre deito do lado direito.
Pego uma coberta e o cubro. Baixo para sentir seu cheiro. Fico com medo de beijar e ele acordar. Em seguida vou para o quarto da minha mãe. A cama é de casal e cabe nós duas. Ela fica sem entender e explico que o Théo está em minha cama.
Acordo as 8h e me assusto. Dormi demais. Só fico assim agora. Um sono que não passa. Isso não é normal.
- Bom dia mãe. O Théo ainda dorme? - a encontro na cozinha.
- Ele saiu antes das 7h filha. Disse que deixou um bilhete par a você no quarto.
-Bilhete? Quem escreve um bilhete na era wattsapp? - pergunto.
- Talvez um cara muito apaixonado que preze essas pequenas coisas que parecem bobas mas que tem um significado grande. - minha mãe fala com os olhos brilhando.
Levanto sem precisar ouvir mais nada. Minha mãe sempre sabe o que fala. Estou ansiosa para ler o bilhete. O encontro em cima da cama.
"Amor,
Não vou dizer que dormi bem, senti falta dos seus braços entrelaçados aos meus. Do teu cheiro. Seu cabelo espalhado em meu peito. Enfim, quando despertei e não te vi, entendi que você quer realmente um tempo. Vou te dar, mas a minha maneira. Só saiba que virei aqui todos os dias. Vou reconquistar a mulher que eu nunca deveria ter perdido." T.P
Achei lindo ele ter desenhado dois corações no papel. Como posso continuar firme no meu propósito dessa maneira? Não estou reconhecendo esse Théo. Mas, confesso que estou amando.
Passei o dia como se tivesse flutuando. Estou me sentindo muito feliz. Sempre que leio o bilhete sinto que meu amor por ele não será em vão. Só preciso esperar o momento certo para desfrutar disso.
Hoje acordo numa disposição que até eu estranho. Deve ser poque o Théo virá. Passo a manhã ansiosa ao extremo. Ele mandou mensagem dizendo que o Renan não quer que ele venha todos os dias. Pode ser perigoso. Ainda não sabem se o tal Romero tinha comparsas fora daquele local.
Entendo que ele deve redobrar os cuidados. Mas, sinto muita falta dele. Por um lado é bom que me faz pensar no que vou fazer daqui por diante. Como vai ser minha vida com o Théo daqui para frente. Ainda não estou pronta para esquecer tudo e recomeçar. Ainda dói muitas coisas que aconteceram entre a gente que prefiro esquecer. Vou entregar tudo ao tempo. É a melhor coisa que faço. Sei que tudo vai se ajeitar e saberei quando o momento chegar.
Esperei uma ligação durante o dia e não veio. Fiquei um pouco frustrada. Mas entendo. Também não estou facilitando as coisas para ele. Sei que está sendo paciente o tempo todo.
Não sei até quando vou deixar o Théo "de castigo". Mas preciso ter certeza de que não passarei por tudo novamente. Quando perceber que ele está sendo sincero e que realmente me quer de vez em sua vida, eu digo sim.
As 16h a campainha toca e meu coração bate alucinado. Vou atender certa de que é o Théo. Mas me decepciono assim que abro.
- Senhorita Luna? - pergunta um rapaz uniformizado.
- Sim. Sou eu. - respondo desanimada.
Ele me estende um buquê de flores. Sei de quem são e isso ja me anima novamente. Fecho a porta nervosa procurando o cartão e abro com as mãos trêmulas. Não imagino o Théo mandando flores e escrevendo cartão para alguém. Chego a pensar que pode ser de outra pessoa. Mas, para minha felicidade é dele.
" Exatamente as 16h de um dia especial, estava fazendo o melhor sexo da minha vida em uma certa parede. Peço perdão se começamos errado. Pode ter sido na sua visão. Na minha, foi a melhor coisa que aconteceu Foi por causa daquele dia que descobrir que a vida me reservava uma linda surpresa. Sempre será minha. Eu..."