Capítulo 19

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Luna

Quase não acreditei quando escutei o Théo pronunciar meu nome. Ele voltou. Não conseguiu ir embora e me deixar assim.

Foi tão mágico. Tão lindo ele carinhoso ao extremo. Fazendo todas as minhas vontades. Até a dona Edna ele conquistou esses dias.

Amando meu celular. Não poderia fazer o famoso doce e recusar uma vez que o meu era um lixo.

Foi tudo muito mágico. Acredito que ele gosta realmente de mim. Mas sei que toda essa fase de amorzinho que estamos vivendo só vai durar até eu falar sobre a gravidez. Infelizmente ele não quer ter filhos e eu quebrei essa regra.

Passamos um final de semana intenso. Regado a muito carinho. Coisa que mesmo morando na casa dele nunca foi assim.

Qual não foi a minha supresa quando chamei o Théo para dormir comigo e ele veio. Falei brincando. Veio na terça e dormiu. Quarta retornou. Fico feliz. Acreditando que ele virá todos os dias. Ele disse que faço muita falta na casa dele e ficará vindo.

Essa semana está sendo perfeita. O Théo acabou de sair daqui. Não consigo imaginar uma vida longe dele. Mas ao mesmo tempo tenho que ter pé no chão.

Não estou escondendo a gravidez porque estou amando esse momento, não seria hipócrita a esse ponto. Até porque meu bebê é muito mais importante que o medo de perder o Théo.

Fico analisando uma melhor forma de contar a ele que será pai e esperar pela explosão que sei que virá. E vou estar forte pelo meu pinguinho de gente. Não vou desisti do meu bebê.

Sei que o caminho que vou percorrer será longo e muito difícil. Mas conseguirei. Tenho coragem para me virar. Sempre tive, desde muito nova. E tenho certeza de que terei minha mãe e sem dúvida dona Lúcia do meu lado. Isso me revigora e me faz mais forte.

Depois que o Théo saiu nao consegui mais dormi. Fiz um café e esperei dona Edna levantar. O que não demorou muito.

- Bom dia filha.

- Bom dia mãe. Como está?

- Acho que acordei melhor que todos os dias. - diz.

- Que maravilha mãe. - falo.

Levanto para abraçá-la e passo direto para ir ao banheiro. Vomito horrores.

- Minha filha. Tem que ir ao médico. - diz ela prendendo meu cabelo.

Levantando e escovo os dentes para tirar o gosto ruim. Olho para ela ainda tonta e enjoada.

- Eu sei mãe. Mas tenho que marcar e não sei como faço. Não tenho dinheiro para a consulta e tenho que acordar cedo. Farei isso amanhã.

- Fala logo com o Théo filha. Além do direito que ele tem de saber por ser pai, você terá atendimento sempre que precisar. - diz.

- Tem razão mãe. Na segunda quando Théo saiu fui la e só tem vaga para daqui meses. - digo

- Seja o que Deus quiser Luna. De repente ele vai ficar tão feliz e você protelando as coisas. - fala.

Eu olho e fico sem coragem de falar que o Théo não quer ser pai. Ela não precisa se preocupar agora.

Voltamos para a cozinha e coloco um pouco de leite para ver ae desce. Porque esta difícil conseguir comer algo pela manhã.

A campanhia toca. Levanto antes que minha mãe e atendo. Fico surpresa ao ver dona Lúcia na porta.

- Luna. Que bom que te achei em casa.

- Dona Lúcia. - a abraço. - Entre.

Fomos ate a cozinha. Ela não parece se importar com a simplicidade do lugar. Assim como o Théo.

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Where stories live. Discover now