Segundas Intenções. (Série Fa...

By UanisePereira2

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Quando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado p... More

Aviso!!!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Aviso!!
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capitulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 18
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capitulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 31
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 46
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 65
Capítulo 63
Capítulo 64
Aviso!!!!
Capítulo 67
Capitulo 66
Capítulo 68
Capítulo 69
Aviso!
Capítulo 70
Amores!
Capítulo 70 parte 2

Capítulo 35

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By UanisePereira2

Luna

Ainda estou  processando tudo. Doeu muito dizer não  ao Théo. Mas foi necessário. Ele ainda  não  me vê como  mulher  e sim como mãe  dos seus filhos.  Até pouco tempo me via como uma interesseira e isso nunca fui. 

A sensação  de ter ele de volta a salvo foi indescritível.  Senti um alívio  tão grande ao vê-lo que por um momento achei que tudo  poderia ser diferente.

E mais uma vez o Théo  me surpreende e me pede para ser sua mulher.  Quer que eu more com ele. Fiquei  feliz. Mas não  aceitei.  Pois  preciso que ele faça  mais que isso. Tem que mostrar  que vai ser diferente.

Meu maior medo em relação a ele é achar que ele vai jogar na minha cara tudo o que aconteceu como fez no dia que descobriu minha gravidez.

Sou acordada por dona Lúcia.  Ela me chama para almoçar.  Como sempre  preocupada  com os bebês.

- Como está? Dormiu direito? - ela pergunta. 

- Até demais. Se a senhora não  me chamasse ainda estaria lá. - falo sorrindo.

- Sei disso. Mas precisa se alimentar nas horas certas. E lembre-se que são  dois.  - diz.

- Ah! Mamãe.  Dá um tempo. Deixa ela relaxar enquanto a barriga não cresce. Porque aí depois, vai ser só estresse e trabalho.  - Louise ri alto. 

- Filha. Isso que pensa da maternidade? Um dia você  muda de ideia.

- Ah mãe. Você  é suspeita.  Teve 4 filhos. Então, nasceu para ser mãe.  Uma pena  que nem todo mundo.  - diz Louise.

- Como assim quatro? - pergunto surpresa.

- Minha segunda gestação  foi de gêmeos. Mas só o Théo sobreviveu. - diz.

- Nossa! Sinto muito. - falo.

Isso explica  minha gravidez. Fiquei realmente  surpresa. O Théo  nunca tocou  no assunto. 

Conversarmos  sobre minha situação com o Théo.  Falei  a elas que ele pediu  que eu viesse morar com ele e que por hora não  aceitei.

- Bem. Vou pedir a Renan que me leve para Saquarema. - falo.

- Voce já vai? Mas porque tão  depressa? - pergunta  dona Lúcia. 

- Preciso  voltar. Minha mãe  foi cedo com a Ninna e ela não  está forte  ainda para ficar  sozinha. - digo.

O motivo não  é esse. Minha mãe  está bem e sei que Ninna fica com ela. Tenho  medo de fraquejar  se eu ficar e não  é o que quero.

Elas concordam  e lá no fundo sabem o real motivo. E sei que elas me entendem. 

- Vai sem falar com o Théo? Espera pelo menos ele acordar.  - diz Louise.

- Prefiro assim. Ele tambem precisa descansar. Disse  que não  dorme há dias. Falo com ele depois. - falo.

- Como quiser  minha querida.  Não demore para voltar. Caso faça, quem vai te buscar serei eu. - diz dona Lúcia.

Abraço as duas e prometo  que não  vou demorar  para voltar. Quem vai me levar  é a parede, ou seja, Gustavo. Colocaram ele na minha cola novamente. Eu mereço! Apesar que terei dois seguranças  sempre comigo.  Foi exigência  de Renan para que eu pudesse voltar para Saquarema. 

Fui a metade do caminho  pensando  como tudo  seria diferente se Théo  tivesse aceitado  a gravidez  quando  soube. Ele não  teria saído da minha casa daquele jeito. Não estaria sem escolta.  Muita coisa  poderia  ter sido evitada. Mas, já que não  foi, só me resta  usar a palavra  resiliência ao pé da letra.

Chego em casa e encontro  a cena mais inusitada.  Algo para lembrar  por toda a vida. Meu pai e minha  mãe  na cozinha conversando  calmamente  e tomando um café.

- Que bom ver vocês  assim. - falo emocionada. 

Meu pai levanta  e vem até mim. O abraço com muita vontade. Estava com saudades e só agora  me dei conta.

- Sua mãe  me contou  tudo. Porque  me escondeu filha?

- Foi tudo  tão rápido que  não  me lembrei.  Desculpa  pai. - digo.

- Não  tem porque  amor. Sei como deve ter ficado. Que bom que terminou  tudo bem. - ele diz.

- Foi horriel. - falo com a voz embargada.

- Acabou Luna.  E como o Théo  está? - ele pergunta me levando para a mesa.

- Está desidratado. Chegou com febre  alta e com infecção  no braço  por causa  do tiro.  - falo.

- O importante  é que ele está a salvo. - fala minha mãe.

Passamos mais um tempo conversando. Pergunto por Helena e ela está  trabalhando. Ele saiu  apenas para me ver. Meu pai trabalha como gerente geral da rede de lojas da avó da Bella.  Não se dão muito bem, mas ele é o melhor, segundo  ela.

Aproveitei  para tomar um banho e deitar.  Parece mentira, mas preciso dormir. Sem hora para acordar.  Théo  já está em casa  e já aceita os filhos. Motivos suficientes  para eu dormi traquila por horas.

A semana passa e sinto  dificuldade em ficar longe do Théo  a cada dia que passa. Não tenho como falar com ele. Está sem celular. Fico sabendo  dele por Louise.

Ontem fiz uns exames  de sangue. E outros que a obstetra pediu.  Espero  que dê  tudo normal. Nao vejo a hora de saber os sexos. O que sera que o Théo  prefere?

Almoço  com minha mãe.  Ela que fez a comida. Está cada dia melhor e mais disposta. E sempre preocupada  comigo.  Ela acha que  devo comer por três. Se eu seguir essa teoria vou acabar  obesa.

A noite, minha mãe deita cedo e fico esperando Ninna que virá dormir  aqui. Ainda continuamos com nossa noite na semana. Só não  bebo.  Fico olhando ela fazer isso.

- Ooi!!!! Trouxe pizza! - diz Ninna entrando. 

- Ai! Nem sabia  que eu tava nessa vontade de comer pizza. Diz que trouxe  de calabresa, por favor. - falo.

- Calabresa. Uma metade só para você.  - diz Renan entrando em seguida.

- Renan!  E o Théo?  - pergunto preocupada.

Ele me olha e sorri. Já deve imaginar  o que estou  pensando. Ele é fera nisso.

- Não  se preocupe. O papai delegado está bem guardado.  Ninguém  entra naquela fortaleza. - diz.

Fico aliviada  e consigo  sorri. Fomos para a cozinha e peguei pratos e talheres.  Arrumamos tudo. 

- Me dá logo  Renan. - peço.

- Que desespero. Esta vendo Ninna que eu estava com a razão?  Falei para trazer  uma inteira.  - diz Renan.

- Deixa de exagero.  Dá logo Renan. - diz Nina.

Por fim ele parou a brincadeira  sem graça e me deu a pizza. Comi a primeira fatia  com desespero. Confesso. 

Ainda não entendo o lance dos dois. Mas para o Renan ficar vindo do Rio para cá não deve ser só sexo. Porque  lá ele deve arranjar e muito.

- Como o Théo  está? Não  falei com  ele esses dias. - Falo.

- Está bem melhor. O braço  está quase  novo. Ele que continua  insuportável. - diz sorrindo.

- Ele ainda está sem celular.  - pergunto  torcendo  para que diga sim e justifique  ele não  me ligar.

- Está sim. E ficando maluco por isso. Ainda bem ou ele teria me ligado já umas dez vezes. 

Depois da pizza, Renan teve que voltar para o Rio e fomos para o nosso velho baralho.

Já eram perto das 23h quando meu celular  toca. Olho o visor e vejo que é a Louise. Toda vez que ele toca meu coração  dá um salto.

É o Théo. Me arrepio só em ouvir  sua voz. Fico feliz e não consigo  esconder isso. Peço para que ele venha amanhã que farei uma surpresa.  Ele nem pensa, topa na hora. Desligo  com uma sensação  de euforia.

- Ninna vamos deitar  que amanhã tenho que acordar cedo. - falo.

- Também.  Vou vê se consigo  emprego. Está difícil.  - diz desanimada.

- Vou falar com o Théo  amiga. Perdeu o emprego  por minha causa.  - falo.

- Não.  Sou sua amiga e se eu tiver que fazer, faço  tudo de novo. - Diz.

- Tenho certeza de que consegue. - falo.

- Amiga. Isso está sendo motivo de briga  com o Renan. Ele quer pagar minhas  contas e não  aceito. - fala.

- Não  seja orgulhosa  Nina. Você  não  está pedindo  nada e precisa. Não  é nenhuma vergonha. Pelo menos aceite e assim que trabalhar você  devolve.  - falo.

Fomos deitar  tarde mesmo sabendo que teriamos que acordar cedo.

Sabia que não ia conseguir  dormir. Me virei na cama de uma lado para o outro. Ansiosa  demais para rever o Théo.  Parece  que esses quatro dias foram uma eternidade. 

Acordei muito antes do horário  e estou andando pela casa sem ter o que fazer. Dona Edna já está  na cozinha. 

- Tem que se alimentar antes de sair Luna. - fala.

- Vou comer  sim mãe.  Não  se preocupe. - falo.

- Bom dia amoras! - diz Ninna.

Tomamos café juntas. Não  comi muito porque enjoo mais pela manhã.  Como só o necessário.

- Para onde a senhorita  vai assim toda arrumada e tão  cedo? - Ninna pergunta. 

- Vou encontrar uma pessoa  em um certo lugar. - falo enigmática.

- Bem, a certa pessoa  com certeza sei quem é. Já o certo lugar... - diz Ninna.

- O certo lugar  vou ficar te devendo. Beijos para as duas.  - levanto e saio.

Chego na clínica que faço o pré natal e entrego  meus documetos. Na mesma hora a menina pede que eu vá para sala. Meu horário  é as 8h em ponto. Faltam ainda dez minutos.

- Estou aguardando  uma pessoa  e já entro. - falo.

Assim que falei  com a moça da recepção senti um perfume  conhecido. Aquele  que tráz meus desejos  mais ocultos  a tona.

- Lunna! - meu coração  dá um salto.

- Oi Théo que bom que veio. - falo feliz.

Pego em sua mão  e o levo  até a sala  onde a obstreta está  me esperando. Páro na porta. Ele olha. Sala de ultrassom.

- Não  acredito  que você me chamou aqui para isso! - ele diz emocionado. 

- Não  conseguiria fazer isso sem você. Temos que fazer  isso juntos. - falo.

- Então, vamos!

Entramos  na ante sala e a moça  me pediu que eu fosse  me aprontar. Troquei  a roupa e voltei.

- Pode entrar!

Olho para o Théo  e seguro sua mão.  Entramos  na sala como se fossemos um casal feliz.

- Olá mamãe. Tudo bem? - diz  a médica. 

- Tudo bem doutora. Esse é o Théo.  Pai dos gêmeos.  - falo. 

- Ah sim. Que bom que veio. Esse momento é muito  importante  para os dois. E essa mocinha  aqui sempre me enrolando.  Só queria  fazer a primeira  ultra  com o papai. - ela diz.

- Que bom que você  me esperou. Obrigado. - ele diz .

Deito na maca  e a médica  me  passa o gel gelado. Olho para o Théo e ele está  com os olhos  fixos  no monitor mesmo sem mostrar  nada ainda. 

- Agora preparem- se. Vocês vão  se apaixonar. - ela diz.

Começa  a fazer a ultra e eu fico  atenta a tudo. Ela vai mostrando tudo. Mostra os dois bebês.  Ainda não  deu para ver o sexo.  Os dois estão  meio embolados. Que lindo.

- Agora vamos para o momento marcante.  - assim que ela fala o som ecoa na sala. 

É sem duvida o momento  mais lindo da minha vida. Sinto a mão  do Theo segurar minha e apertar.

- É o coração  deles? - pergunta  com a voz trêmula.

- Sim. São  nossos bebês  mostrando  que estão  firmes  e fortes.  - Não  seguro as lágrimas. 

O Théo  também  chora. E essa é a primeira  demonstração de amor  dele com os filhos.

- Nunca pensei na vida que eu iria amar alguém  que nem existe. Que nunca vi. E isso esta acontecendo. - diz e as lágrimas  caem.

- O amor surge no momento  em que sabemos. - falo.

- Obrigada! - ele diz e beija minha testa.

Aperta ainda mais a minha mão. Ele sorri também. Esse momento  é muito mágico.

- Então  papais. Como se sentem? - pergunta  a médica.

- Acho que... é o som mais lindo que escutei na vida. - fala Théo. 

Não  acredito  que ouvi  isso. Há alguns  dias ele não  queria um filho e hoje ele esta emocionado e feliz porque ouviu  os corações. 

- Estou encantada.  Quando  podemos saber  o sexo?

- Próxima  vez que vier ja conseguirá ver. Isso é, se deixarem. Mas, se tiver  pressa, pode fazer um exame chamado sexagem fetal.

- Faz logo esse Luna. Não  vai dar para esperar  o mês que vem. - Théo  fala ansioso. Acho lindo.

A médica  falou sobre os bebês.  Como  eles  estão.  Está tudo  normal. Graças  a Deus.

No caminho  de volta percebo  que o Théo  está bem calado. E fico com receio. 

- O que houve? Você está calado. - falo.

- Estou em êxtase  ainda. A única coisa que escuto são  as batidas desses corações.  Pode me chamar  de bobo. - diz.

- Não.  Você  é o pai mais lindo. - falo.

- Será que vou conseguir Luna?

- Vai ser um pai maravilhoso. - digo. 

- Me ajuda?  Não  deixe que eu hesite em ser  um bom pai um só minuto. - pede.

- Você  não  hesitará. Acredito em você. - digo. 

Ele segura minha mão  e vamos calados  o resto do caminho. Não  sei, mas estou muito  feliz como nunca tive na vida. 

Para minha surpresa ele não  me deixa em casa, passa direito. E vamos para  o final da rua. Entramos  juntos, onde tudo começou. 

-Sei que deve está se perguntando  porque te trouxe  aqui. Mas eu preciso consertar  as coisas.  - fala.

- Como assim? - pergunto. 

- Eu te disse coisas horríveis  quando  soube da gravidez.  Me arrependo.  Não  sabe o quanto me detesto por isso.

- Doeu  muito Théo. Nunca esperei  ouvir aquelas coisas. Mas, vamos deixar isso para trás. O que importa é que você  se arrependeu.

- Mas você não me perdoou. E eu não  estou sabendo lidar com isso. - diz.

- Posso dizer que te perdoei, mas não  esqueci  e isso ainda me magoa.  - falo triste.

- Isso me mata. Mesmo que não  queira  mais ficar comigo, preciso que um dia me perdoe.  - fala.

- Só preciso de um tempo. Mas não  quero  que se afaste de nós.  Promete?

- Não  me vejo afastado de vocês.  Não  mais.  - diz e me abraça. 

- E porque  me trouxe  aqui?

- Para recomeçarmos. Vamos zerar tudo até aqui. Todas as ofensas, os maus momentos que passou  comigo. Tipo eu, você, dois filhos e um cachorro. 

Sorrio com a alusão  que ele fez a música.  Ele está muito  fofo nessa nova versão  Théo. Como lidar com isso.

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