Bom dia!
Meninas, quando atualizar e não conseguirem abrir é pq não postei.
Luna
Olho do Leonardo para o James sem acreditar no que ouvi. Théo sequestrado. Então, tudo se encaixa. A internet e a tv que saíram do ar. As vezes que vi o Leonardo chorando. As atitudes de Louise e James.
- Meu Deus. Diz que é mentira por favor James. - peço aflita.
- Luna, se acalme. Ou não te diremos nada. - diz Bella me abraçando.
Vejo Leonardo olhar para o James e começar a andar na sala de um lado para o outro.
- Droga! - grita enquanto anda pela sala com um louco.
- Calma Léo. Vai assustá-la mais. - diz Bella.
Ele me olha e vejo dor em seus olhos. Respira fundo e se aproxima devagar.
- Prometa que vai manter a calma. Você não está sozinha Luna. Tem duas crianças aí dentro. Eu prometi ao meu irmão que as protegerei até com a minha vida. - diz Léo.
- Prometo. - digo trêmula.
Ele fica me olhando por um tempo e me pega completamente de surpresa quando coloca a mão em minha barriga e fala com os bebês.
- Vocês nunca estarão sozinhos. - ele diz e fico emocionada.
Todos ficam em silêncio observando a cena. Coisa que pensei que nunca veria na vida.
Minha mãe entra e me dá uma xícara de chá. Mesmo trêmula seguro e fico olhando para o líquido mas é como se não enxergasse.
- Bebe filha. Pensa nos pequenos que ainda nem estão formados.
- Espere dona Edna. Vou colocar umas gotas de calmante natural que trouxe justamente para a Luna. - Léo diz enquanto coloca algumas gotas na xícara.
Eles esperam eu beber em silêncio. Meu coração não desacelera desde a hora que ouvi a palavras sequestro e Théo na mesma frase.
- Senta e a gente conversa. - pede Bella.
Todos sentam, menos James e Leonardo. Eles me colocam a par de tudo. Desde a hora que Théo saiu lá de casa até o momento que o carro bateu e pegaram ele.
Choro convulsivamente. Mas tenho que pensar nos meu bebês. Levanto e vou em direção a janela. Preciso de um pouco de ar.
- Luna! - Nina se aproxima e segura minha mão.
- Estou bem amiga. Só preciso chorar. Logo melhoro. - falo.
Por um tempo a sala fica em silêncio. Eles me dão o momento que preciso.
- Ajudem a mamãe. Vamos ficar fortes para esperar o papai e a tia Louise voltarem. - aliso a barriga.
Escuto um choro próximo a mim e olho. Leonardo apoiado na parede. Chora em desespero. Nunca imaginei que veria o poderoso chefão assim tão vulnerável. Me aproximo já que a Bella hesita.
- Ei! Léo, não fica assim. Você me fez prometer que ficaria calma. Peço o mesmo. Me ajuda a lidar com isso até o final. - pego suas mãos e levo até minha barriga. - Pelos seus sobrinhos. Que na ausência do pai terá sempre um tio forte e corajoso.
- Tenha certeza disso. Serei para eles o que o Théo representa para minhas filhas. Não tenha dúvidas. - diz e sorri.
- Pode me dar um abraço? - peço.
Ele me olha como se visse outra pessoa, não responde. Me abraça e pegamos a todos de surpresa. Sinto sinceridade ali.
- Não está sozinha Luna. E tenha certeza que traremos eles vivos. - diz.
- Acredito nisso!
Me esforço para ficar calma. Preciso passar por isso sem ir para no hospital com meus filhos correndo risco.
As horas passavam, já eram mais de meia noite quando escuto a porta abrir. Dona Lúcia, sr. Jorge e as gêmeas.
- Minha querida. Como está? - dona Lúcia me abraça.
- Forte. Não posso fraquejar agora. - falo.
- Fiquei com tanto medo por você. - ela diz.
- Prometi que serei forte e estou cumprindo. Pelos meus pequenos. - falo.
- Vai ficar tudo bem Luna. Estamos trabalhando para isso. - diz Jorge.
- Sei disso. Eles não vão me decepcionar. Daqui a pouco o Théo e a Louise entram e vai estar tudo bem. - digo.
- A Louise? Como assim ela e o Théo? - dona Lucia pergunta nervosa.
A meu Deus. Acho que falei demais. Achei que ela também soubesse.
- Calma mãe. Senta um pouco. - diz Léo.
- Onde está a sua irmã Lenardo? - ela pergunta alterada.
- A Louise elaborou um plano com o James e foi resgatar o Théo. - diz Leo.
- Meu Deus. Essa menina não tem juizo? E você James? Não pensa nas conseqüências? - ela diz nervosa.
- Calma dona Lúcia. A Louise é mais safa que muito homem. Se permiti que fosse é porque tenho certeza que voltará. - diz James.
- Olhe aqui meu rapaz. Espero sinceramente que a minha filha não tenha um arranhão. - diz sr. Jorge em tom de ameaça.
Dona Lúcia ficou muito nervosa e ainda mais chorosa do que entrou. Louise é um bibelô para toda a família.
Leonardo acalmou os ânimos e ficamos na sala numa eterna espera enquanto conversávamos.
Leo e James foram para o escritório do Théo e ficaram por la. Todos estavam atentos. As gêmeas estavam tensas o tempo todo e chorosas.
- Vocês querem deitar? O quarto do Théo está arrumado. - falo para as meninas. Laura nem se dá ao trabalho de me olhar.
- Não. Vou esperar aqui até meu tio aparecer. - diz Lara em lágrimas.
Olho para elas e as vejo tão frágeis por causa do que aconteceu, elas nem são filhas e precisam tanto dele. Imagine meus pequenos. Ainda nem nasceram e correm o risco de ficarem sem o pai.
Mais uma vez falho em conter o choro. E dessa vez ele demonstra toda a dor que estou sentindo. E juro, é mais por eles do que por mim.
- Quero ficar sozinha. Por favor! - falo quando tentam se aproximar.
Saio e vou para o quarto. Pego a camisa dele, a qual dormi essas duas noites, coloco sobre o rosto e choro mais.
- Meu Deus, permita que eles voltem vivos. Não peço por mim, mas meus filhos precisam dele. - falo soluçando.
- Ele vai voltar. Você vai ver, ele sempre volta. - diz Laura entrando.
- Ele sempre diz que volta por nós. Mas dessa vez ele não tem só a gêmeas para ter que voltar. Tem os filhos dele também. Então, não chora mais Luna, porque meu coração diz que ele não vai demorar. - diz Lara.
- Eu sei que ele vai voltar. Eu preciso acreditar nisso. - digo respirando fundo.
Elas ficaram me olhando e por uns minutos ficamos em silêncio. Na verdade não tenho assunto com elas porque sempre me ignoraram. Sei que é ciúmes por causa do Théo. É o único tio que elas tem e eles se amam muito. Espero que Leonardo tenha essa mesma relação com meus bebês. Acho tão lindo.
- O que você acha que são? Duas meninas ou dois meninos? - pergunta Lara.
- As vezes penso serem duas. Mas, como ele já tem duas, tomara que sejam meninos. - falo.
- Ah! Eu também quero meninos. Tenho medo que se forem gêmeas ele se afaste da gente. - diz Laura.
- Quanto a isso, podem relaxar. O amor que Théo tem por vocês é tão forte que mesmo que nasçam duas meninas, nada vai mudar. - digo.
Elas sorriram e olharam uma para a outra. Fiquei atenta aos movimentos das duas.
- A gente pode deitar ai para sentir o cheirinho dele só um pouquinho? - pede Lara.
- Claro que sim. A cama é bem larga. Cabe uma de cada lado. - falo.
Fui para o meio da cama e bati dos dois lados para que elas viessem. E assim fizeram. Deitaram recostadas iguais a mim.
Estavamos as três meio timidas. Mas como sou a adulta da história, tinha que deixar elas mais a vontade.
- Ja São quase 4h manhã. Vocês não vão dormir um pouco?
- Eu vou. Já to lutando contra o sono faz tempo. - diz Lara.
- Eu quero esperar ele chegar. Na verdade tenho medo de dormir. - diz Laura.
- Ai quando ele chegar, estaremos exaustas e não vamos conseguir aproveitar. - digo.
- Verdade! Estou realmente cansada. - Fala Laura.
Olho para o lado e vejo que Lara já está dormindo. Pegou no sono com a mão em minha barriga.
- Lara já quer ser a preferida. - fala Laura sorrindo.
- Ela é esperta. - digo.
- Se forem duas meninas quais nomes você vai colocar? - pergunta.
- Ainda não pensei nisso. Com tanta coisa acontecendo. Você pensou em algum? - pergunto.
- Gosto de Valentina e Vitória. São nomes fortes. E se forem meninos, Gaell e Gabriel. Esses são os nomes que Lara e eu passamos a madrugada ontem escolhendo. - sorri.
- São nomes lindos. Espera seu tio chegar para sabermos quais nomes ele gosta. - digo incerta.
Não sei se o pensamento de Théo mudou esses dias. Se ele ainda vai continuar se achando o traído da história. Tenho que aguardar. Mas isso é o que menos importa no momento.
Espero que ele esteja bem. O resto vou saber lidar. Só não vou tolerar mais nenhum tipo de humilhação. E o que mais quero no momento é o pai dos meus filhos de volta.
- Vamos descansar um pouco. Quem acordar primeiro, chama a outra. - falo.
- Combinado! - sorri.
Percebo mais uma mão em minha barriga. Olho sem me mexer e vejo a Lara fazendo a mesma coisa que a irmã.
Começo a sentir sono e adormeço com essa cena. As mãos das gêmeas entrelaçadas em minha barriga. Espero sinceramente que elas amem meus pequenos.
- Eu vivi para ver a cena mais linda da minha vida! - me assusto com a voz do Théo.
Sento rápido na cama e as gêmeas me acompanham igualmente assustadas. E vejo em minha frente, tão lindo. Tão meu.
- Théo! - sussurro com os lábios trêmulos.
- Luna! - ele repete baixinho.
Tento levantar mas não acho forças nas pernas. As gêmeas me olham com os sorrisos mais lindos. Me ajudam a levantar.
Paraliso em pé encostada na cama. Sem reação nenhuma. Só sei chorar e tremer.
As gêmeas pulam nele, gritam, choram. É muita felicidade. Elas não se contém. Ele fala algo baixinho e elas saem.
Ele vem em mimha direção e sinto seus braços ao meu redor. Me aperta como nunca havia feito. Me encontro em uma mistura de sentimentos. Estou tão confusa. Não sei bem o que fazer.
- Tive tanto medo de nunca mais fazer isso. - ele diz enquanto descansa a cabeça na curva do meu pescoço.
Respiro fundo e não consigo dizer nada. Apenas o envolvo em meus braços também.
Ele me solta e sinto um vazio se apossar de mim. Sorri e coloca as mãos em mimha barriga e se ajoelha.
- Meus filhos. Prometi a vocês que voltaria. Estou aqui por vocês. Sempre! - diz emocionado.
Ele abraça mimha cintura e encosta o rosto em minha barriga e então acontece o inesperado. Ele chora.
- Me perdoa por ter sido um idiota. Mas eu prometo que vocês terão todo amor do mundo. Estou aqui por vocês três. - diz.
Desmorono ao ouvir isso. Mas não vou me iludir. Ele está num momento delicado e pode não saber bem o que está falando.
- Théo! Levanta, você está muito quente. - falo nervosa.
- Léo queria me levar ao hospital primeiro para cuidar do ferimento. - mostra o braço. - Mas eu precisava ver você primeiro. Olhar em seus olhos e pedir perdão. - fala.
- Depois que a poeira baixar a gente conversa. Estamos todos com os sentimentos embaralhados por causa do seu sequestro. - falo.
- Estou lúcido. O que estou falando vou repetir depois Luna. O que mais quero agora é estar com você. E com meus pequenos. Mesmo que eles ainda não possam me ouvir. - diz firme.
Me emociono ao ouvir suas palavras. Mas é tão difícil para mim. Fico com medo de acreditar nelas e me ferir novamente. Ele pode está falando tudo isso no calor do momento. Sob pressão de tudo o que passou esses dias.
Ele me abraça apertado mais uma vez. Depois encosta sua testa na minha. Respira fundo e fecha os olhos.
- Nunca senti tanto medo na vida. Só pensava em vocês. Foi por isso que me manti forte o tempo inteiro. - fala.
- Estou muito feliz que você está bem. Agora por favor, vamos para o hospital. Você está com febre e sangrando. - falo nervosa.
- Faço tudo o que você quiser. Mas, antes preciso que me responda algo. - fala.
- Respondo sim. - digo so para ele andar logo com isso.
Ele me olha intensamente. Segura meu rosto com as duas mãos me dá um beijo e em seguida cola nossas testas novamente.
- Quero você aqui, na minha casa, comigo. Como minha mulher, mãe dos meus filhos. - fala.
Eu fico em silêncio. Esperava qualquer coisa menos isso. Estou totalmente sem reação.
- Responde Luna. Preciso de você aqui nessa casa. Como minha mulher. - diz.