Luna
Depois de algum tempo chorando silenciosamente por causa da partida do Théo, resolvo entrar. Então escuto a voz que faz meu coração acelerar.
- Luna!
Me viro devagar achando que é coisa da minha cabeça conturbada e me deparo com lindos olhos azuis.
- Théo! - falo surpresa.
Ele me abraça bem apertado como se nunca mais fosse me soltar. Eu amo tudo isso mas fico sem entender. Estava tão absorta que nem o vi retornar. Ele veio na direção contrária da que foi.
- Porque voltou? - pergunto confusa.
- Não consegui seguir pensando no seu olhar quando me despedi. Deixa eu dormir com você? - pede e me beija.
Me aperta tanto que fico sem ar, mas não reclamo. Me solta e me abraça fazendo carinho em minhas costas.
- Meu olhar foi de tristeza. Porque sei que vou sentir muito a sua falta. Foram dois meses te vendo todos os dias, dormindo com você.
- Também vou sentir saudades. Ainda bem que Saquarema é perto. - ele diz sorrindo.
- Vamos entrar. Pode dormir comigo. Aliás, deve. - pego em sua mão.
Minha mãe já estava no quarto. Troquei meus lençóis de cama enquanto ele tomava banho. Passamos a noite nos curtindo. Fazendo amor e conversando. Ainda bem que não é ele que dirige na volta para o Rio.
- Você é linda! - diz de repente.
- Então, empatamos. Aliás, você ganha.
Ele sorri e me puxa mais para si. Respira fundo e sei que ele quer me dizer alguma coisa. Incrível como já o conheço.
- Luna! Sei que sempre estou batendo na tecla de que não quero um relacionamento. Mas, esses 2 km que andei antes de retornar, pensei um pouco. - diz fazendo caricias em minhas costas.
- E? - pergunto com medo da resposta.
Sei que ele vai dizer que é melhor pararmos por aqui e não estou preparada.
- Quero continuar te vendo. Ficando com você. Podemos tentar aos poucos. Sem cobranças. Pode ser que lá na frente dê certo. - diz.
Como assim meu Brasil??! Não é bem uma proposta de namoro, mas me pegou de surpresa. Minha reação é levantar a cabeça para olhá-lo.
- Théo. Nem sei bem o que isso significa, mas eu quero continuar com o que temos. - Falo.
- Tem um porém. Não sei se estou certo ou errado, mas prefiro que seja assim. Embora o relacionamento não seja sério, como dizem por aí, também não quero que seja aberto. - diz e fico mais chocada ainda.
- Eu não vou ficar com ninguém que não seja você. Isso não me interessa. Mas, e você? - aguardo a resposta suando frio.
- Também não. Podemos nos ver aos finais de semama. Enquanto sua mãe estiver se recuperando, virei. Depois a gente divide. - fala sorrindo.
- Então, vamos ver no que vai dar. - encosto a cabeça em seu peito e adormeço.
Acordo primeiro que o Théo e fico olhado ele dormir. Tão lindo! Estou feliz por ele ter voltado. Mais feliz ainda por ele querer manter algo comigo mesmo que seja um romance sem maiores compromissos. Mas que pode crescer.
De repente, a realidade volta com tudo. Será tudo diferente quando ele souber da minha gravidez. Ele vai me odiar.
- Bom dia pequena! - diz ao abrir os olhos.
- Bom dia! - respondo feliz.
Ele me abraça forte. E eu relaxo. Fica com a cabeça na curva meu pescoço. Fecho os olhos e aproveito o momento.
- Preciso ir. - diz depois de um tempo.
- Tem compromisso hoje? Sábado? - pergunto.
- Não. Nada! Não! Não preciso ir. - me aperta e começa a me morder.
- Pára Théo. - gargalho.
- Linda! - diz e fecha o olhos.
Me aconchego mais nele e voltamos a dormir.
Desperto e procuro o celular para ver a hora. Nossa! 10:30. Levanto de um pulo e assusto o Théo.
- Que foi Luna? Esta pegando fogo aonde?
- Minha mãe. Que péssima filha sou. Ela deve esta sem comer até a agora. - me visto correndo e saio do quarto.
A encontro na cozinha sentada conversando com dona Dolores.
- Bom dia! Me perdoe mãe. Acordei as 5h e peguei no sono de novo. - digo.
- Não tem problema meu amor. Levantei cedo e saí na porta para ver o sol e a Dolores veio ficar comigo. Fez café e aí não quis te acordar. Você precisa descansar também. - fala.
- Obrigada dona Dolores. A senhora é um anjo. - digo.
- Por nada minha filha. E você? Teve outro mal estar? - pergunta e eu tremo.
Olho para minha mãe e ela me olha como se me interrogasse.
- Não. Estou bem agora. Foi algo que comi. - digo.
- Filha. Você não se alimenta direito, só come porcaria. - diz minha mãe me olhando estranho.
Peço licença e volto para o quarto. Théo ainda dorme. Tomo um banho e retorno para a cama.
Minha mente maldosa pensa logo em retribuir o bom dia que ele me deu outro dia.
Sento na cama com cuidado para não despertá-lo. Puxo sua cueca para baixo e seu pênis enorme salta bem no meu rosto.
Pego com cuidado e coloco na boca. Ele se mexe e geme. Começo a chupar a glande com vontade.
- Quer me matar de tesão pequena? Que delícia. - diz pegando em meus cabelos e me puxando para cima. - Vem, vamos tomar um banho.
- O banheiro não cabe nós dois. - dou risada.
- Gosto assim, apertado. Vigie o corredor. - ele pede com medo da dona Edna aparecer.
Fui e fiz sinal para ele entrar correndo. Me diverti com a cena. Entrei e trancamos a porta. Ele me agarrou puxando meu vestido para cima. Entramos no chuveiro e fui terminar o que comecei.
Continuei fazendo meu amor feliz. Ele me puxou e me beijou. Um beijo tão carinhoso que quase choro. Nunca foi assim como hoje.
E como esperado, ele me prende na parede, me suspende e apoio minhas pernas em sua cintura.
Ele entra em mim forte e rápido. Abandona a minha boca e da atenção meus seios. Seguro sua cabeça e enlouqueço a cada investida em sintonia com sua lingua.
Fico louca. Ainda mais agora que meus seios estão sensíveis. Não podemos fazer barulho. A casa é pequena, qualquer coisa pode ser ouvida.
- Você me enlouquece. Se pudesse morava dentro de você. - diz sussurrando.
- Sou toda sua! Amo você dentro de mim. - falo.
Ele me beija com ardor. Nos perdemos em movimentos e gemidos abafados. Sinto o orgasmo se aproximando e acelero mais ainda. Ele percebe e me acompanha. Gozamos juntos.
Ele me abraça forte e me beija. Bem doce e demorado. Fico espantada porque ele nunca fez isso. Mas não quero e não vou me iludir.
Ele encerra o beijo e encosta antesta na minha e sorrir.
- Foi maravilhoso como sempre. Vale ressaltar que temos um fraco por paredes. - diz sorrindo e eu o acompanho.
- Pois é. Mas é nosso segredinho sujo. - beijo a ponta do nariz dele.
Nos arrumamos e fomos para a cozinha. Passamos pela sala, encontramos minha mãe. Ela nos olha com curiosidade e surpresa. Achou que o Théo tinha ido embora ontem.
- Bom dia dona Edna. - diz ele.
- Bom dia Théo. Fiz banana assada. Sei que gosta no café da manhã. - ela diz a ele.
- A Luna já andou me entregando?. - fala me puxando para ele.
- Ela sempre falava o que tinha feito de café da manhã quando chegava. - ela diz e sorri. - Vão comer.
- Como a senhora sabia que o THéo estava aqui?
- Quando saí vi os homens de preto. - ela diz sorrindo.
Sentamos a mesa e ele começou a comer. Olhava para a porta para ver se minha mãe aparecia e me tocava.
- Pequena. Seus seios estão maiores. Ficaram ainda mais deliciosos. - diz e eu fico nervosa.
- Estão. Sempre ficam assim quando entro na tpm. - falo sem graça.
Ele olha para a porta mais uma vez e baixa a alça do meu vestido e dá um chupão em meu seio esquerdo. Depois que o deixa pronto parte para o outro. Eu arfo. Sei que minha mãe não vai entrar na cozinha porque ouvi a porta do quarto dela bater.
Ele mela os dedos de mel e me dá para lamber e passa nos bicos dos meus seios. Gemo baixinho quando ele os chupa novamente. Sua mão entra em minha calcinha e ele enfia o dedo em mim. Tampo a boca para evitar gemidos involuntário. Mais um pouuinho de movimentação e eu gozo. Ele retira os dedos e coloca em sua boca.
Tento me recuperar antes que minha mãe apareça. O mundo desmoronando em minha cabeça e eu aqui em êxtase depois de gozar na mão do Théo.
Depois do almoço saímos. Fomos a praia. Passamos 4h nos divertindo e conversando. Alguns homens me olhavam na praia e ele fechava a cara. E eu achando tão lindo quando ele fazia bico e me abraçava.
A noite fomos para um barzinho. Chamei a Ninna. Ela chega quase 1 hora depois. O Théo pediu para o Renan buscá-la.
- Oi gente. Saí tarde do trabalho. - diz
- Trabalha com o que Ninna? - Théo pergunta.
- Loja de shopping. Ai já viu a escravidão né? - fala desanimada.
- Realmente. É formada? - Ele continua.
- Sim. Em administração. Mas ainda não achei nada em minha área. - diz triste.
- Você é tão inteligente amiga. Vai achar. Com certeza. - digo.
- Tem coragem de ir morar no Rio? - Ele Pergunta.
- Se tiver um emprego já certo, tenho sim. - ela se anima.
- Tome meu cartão. Me ligue na segunda. Vou ver com meu pai ou com o Léo se tem alguma vaga no setor administrativo do hospital. - ele diz.
Eu fico boba olhando para ele. Tão legal. Se preocupa com o bem estar de todos.
- Jura? Ah! Se der certo quero sim. Ainda levo a Luna comigo. - ela fala.
- Nem posso amiga. Não deixo minha mãe por nada. - respondo.
- E quem disse que deixarei tia Edna para tras? - fala rindo.
- Ah sim. No dia que ela quiser ir, vou feliz.
- Você também Luna. Se for, vejo um lugar legal para você fazer um estágio enquanto volta para a faculdade. - Théo diz pegando em minha mão.
Não estou reconhecendo o Théo esses últimos dias. Está um fofo. Atencioso ao extremo e carinhoso. Nunca o vi assim. E estou amando.
Théo chama o Renan para sentar com a gente. Uma vez que além dele ainda tem mais quatro seguranças. Ninna e ele não param de conversar. Noto um clima quente entre os dois.
- Amiga. Tenho que ir. Amanhã trabalho. - se despede da gente.
- Te levo. Vamos! - diz Renan.- Théo, qualquer coisa, ligue.
Saíram e ficamos conversando sobre a Ninna. Depois sobre tudo.
- Quando pensa em apresentar a Isabella a sua mãe? - ele pergunta encostando a cadeira na minha.
- Não sei. Tenho que ver. Combinar tudo com a Bella. .
- Seria legal. Assim acabava com esse mal estar.
- Verdade Théo. Vou ver como faço. - digo.
Ficamos mais um pouco. Não bebi e ele também não questionou. Ainda bem. Porque teria que ser convincente na desculpa.
- Vamos pequena? Tenho coisas melhores para fazer com você. - Ele diz.
Ao sair fiquei surpresa. O Théo levantou e pegou em minha mão. Não acredito que estamos andando de mãos dadas. Meu coração dispara e me controlo para não demonstrar.
Tento prolongar esse momento ao máximo. E tudo isso me dá mais medo de falar sobre a gravidez. Tudo o que eu queria, está acontecendo agora, justo no momento que posso perdê-lo.
Depois de uma noite maravilhosa, acordo cedo e bem disposta. Vou fazer o café para minha mãe. Ela acorda em seguida.
- Filha. Viu passarinho verde? - pergunta ao me ver sorrindo sozinha.
- Vi um gatinho de olhos azuis mãe. - falo feliz.
- To vendo. Dois dias no maior amor. - diz.
- Sim. Até eu estou estranhando. Mas, vou cutir enquanto posso. - digo.
Théo acordou e logo depois do café levamos minha mãe para passear. Não saiu de dentro do carro, mas se divertiu. Almoçamos em um restaurante no centro.
As 15 horas, Théo se arruma para voltar ao Rio.
- Assim que chegar, me avisa. - falo.
- Aviso sim. Se cuida. Sexta eu retorno. - diz e me abraça.
O levo até a porta e nos despedimos com um beijo longo. Assim que ele sai fica uma sensação de vazio.
- Agora, senta aqui. A conversa vai ser longa. - diz minha mãe.
- O que houve mãe? O Théo falou da gente ir ficando para ver no que dá. - me antecipo.
- Não é isso Luna. Há dias que percebo você pálida. Mais magra e comendo demais. Então a Dolores vai e me coloca a cereja no bolo. Você está gravida.
Fico muda olhando para ela. Sem reação nenhuma. Ela me pegou de surpresa. As lágrimas descem e eu não me importo. Não sabia como contar. E ela desconfiando foi um alivio.
- Mãe. Me perdoa. - digo desesperada.
- Não tenho nada para lhe perdoar filha. Sempre te protegi ao extremo. E munca nem parei para conversar essas coisas com você. Claro que foi descuido eu sei. Mas não vou te julgar. Sou sua mãe e ficarei ao seu lado como sempre estive. - diz e eu soluço.
- Te amo tanto mãe. Desculpa. - ela me abraça.
Choramos juntas e rimos também. Ela beijou minha barriga e foi aí que me desmanchei em lágrimas.
- Nunca mais seremos só nós duas filha. Agora seremos três para sempre!