Segundas Intenções. (Série Fa...

By UanisePereira2

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Quando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado p... More

Aviso!!!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Aviso!!
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capitulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 18
Capítulo 17
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capitulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 31
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 46
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 65
Capítulo 63
Capítulo 64
Aviso!!!!
Capítulo 67
Capitulo 66
Capítulo 68
Capítulo 69
Aviso!
Capítulo 70
Amores!
Capítulo 70 parte 2

Capítulo 16

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By UanisePereira2



Luna

Quanta coisa pode acontecer em um curto espaço de tempo? Há poucos meses nem conhecia o Théo e hoje estou esperando um filho dele.

Saio da clínica tão desesperada que só percebi que atravessei a rua quando me vi sentada no calçadão. Choro tudo que tenho direito.

Não sei nem quanto tempo fiquei sentada. O Théo chegou e me levou para casa. Cuidou de mim e eu só conseguia chorar. Desabei quando ele involuntariamente tocou minha barriga.

Foi uma noite que eu não dormi. Rolei na cama e levantei várias vezes a noite toda. As 6h resolvi que ficar deitada não iria resolver meus problemas.

Cheguei ao hospital e encontrei minha mãe sentada comendo. Que linda.

- Oi mãe! Dormiu bem?

- Oi meu amor. Dormi sim. Que carinha é essa? - pergunta preocupada.

- O de sempre. Théo.

- Filha. Será que não é hora de dar um ponto final nisso? - fala pegando em minha mão.

- Nós não temos nada sério mãe. Mas eu sou apaixonada por ele. Não consigo ficar longe. - digo.

- Você sabe o que faz. Só não engravide. - diz e gelo.

Ela dormiu e eu permaneci ao seu lado até o horário final. Ao sair do quarto encontrei Douglas.

- Oi! Tudo bem? - cumprimento.

- Oi sumida. Como está?

- Bem. Com minha mãe acordada, melhor ainda. - respondo.

- Tenho um tempo. Vamos tomar um sorvete? - ele convida.

- Não posso Douglas. Tenho uma reunião daqui a pouco. Vamos combinar outro dia. - digo.

- Quando quiser. Vou sempre estar por aqui. - diz.

Passei os primeiros dias da senana criando coragem para falar com a dona Lúcia. Mas todas as vezes que pegava o telefone, não conseguia.

Fui na reunião do Edu. Graças a Deus Bella e Leo reataram. Minha irmã está muito feliz. Comemoramos muito. Apesar de Léo e eu não nos darmos bem, a Bella o ama e está feliz.

Ainda não sei o que vou fazer. Não tenho emprego. Tive que deixar a loja de bijouterias para acompanhar minha mãe.

Não dá para passar uma borracha em cima de tudo e começar do zero. Há uma criança em jogo. A quem amar e proteger sem medidas.

Passo o dia no hospital conversando com minha mãe e só retorno para casa do Théo mais tarde. Estamos mais uma vez naquela fase, completos estranhos numa casa.

Acho que esse clima é por causa da discussão que tivemos no final de semana. Não queria que ele saisse sozinho pela segunda noite seguida. Mas efim, cada um por si.

Geralmente dia de hoje, sexta sempre fico um pouco mais com minha mãe. E conversamos bastante.

- Mãe, está perto de receber alta. Vamos para nossa casa e vou cuidar muito bem da senhora. - digo feliz.

- Não vejo a hora filha. Durmo e acordo pensando nisso. - fala.

- Também mãe. Preciso voltar para Saquarema. Dar um jeito em minha vida. Me organizar. - digo.

- Porque não me diz logo o que está acontecendo Luna? - fala.

- Nada mãe. Só estou impaciente querendo ir para casa. - desconverso.

- Luna! Te conheço. Sei que está com problemas. - fala.

- É só o Théo mãe. - respondo.

Saio e não vou para casa. Ainda são 16h. Atravesso a rua e vou olhar a praia. Preciso pensar muito. Afinal, são três vidas em jogo.

Estou com um biquíni por baixo e trouxe una saida na bolsa. Só vou dar um mergulho e relaxar por um momento.

- Luna! Coincidência você aqui. - fala Douglas se aproximando.

- Oi! Ja vim mal intencionada para um banho. O mar me ajuda a relaxar. - digo.

Ele sorri, faz sinal para o rapaz que traz duas águas de coco. Ficamos conversando em torno de 1 hora. Rimos de tantas histórias. Por um momento consegui esquecer os problemas. Acabamos não entrando na água.

- Preciso ir Douglas. - falo levantando.

- Te deixo em casa. - fala.

- Não precisa. O segurança está me aguardando. - falo sem jeito.

- Esqueci da mania de perseguição desse povo. A gente se fala.

Chego em casa e vou fazer algo para comer. A alta da minha mãe está para sair. Vou para o quarto e depois de um banho, começo a arrumar minhas coisas. Pois, quero ter tudo pronto para quando puder levar minha mãe para casa. Não vejo a hora. Por diversos motivos.

A campanhia toca e me pergunto quem é. Deve ser alguém de confiança, pois não interfonaram. Atendo e dou de cara com dona Lúcia.

- Oi. Entra. O Théo ainda não chegou. - falo sem graça.

- Eu sei. Por isso vim. - diz entrando.

- A senhora quer alguma coisa? Um café?

- Quero! Mas não café. Quero saber sobre o exame e quando vai deixar meu filho ciente da responsabilidade dele? - fala se aproximando.

- Fiz o exame na segunda mesmo e deu positivo. - falo com um nó na garganta.

- Eu tinha certeza disso. E quando dirá ao Théo? - senta e eu a acompanho.

- Estou me preparando. Não vai ser fácil e estou com muito medo. - falo com a voz trêmula.

- Fácil não vai ser mesmo. Você sabe que Théo não quer ter filhos. Porém, se descuidou. A culpa não é só sua. Se ele não quer, tem que se proteger. - diz.

- Dona Lúcia. Eu juro que não foi proposital. Eu sei dos riscos, mas juntou a doença da minha mãe com tudo o que veio depois. - falo chorando.

- Eu sei minha filha. Não estou te julgando. Daqui a pouco a barriga cresce e o pai sem saber. - diz.

- Sei disso. Preciso conversar com minha mãe sobre a Bella e o meu pai. E isso também está me consumindo. - falo nervosa.

Peço a ela um pouco mais de tempo. É muita coisa junta. Estou ao ponto de enlouquecer. Minha mãe vai surtar quando souber do meu pai e da Bella e para fechar o pacote, uma gravidez.

- Eu entendo minha filha. Mas o Théo tem o direito de saber.

- O que é que eu tenho que saber? - fala Théo. - Me assusto

- Théo! - falo num sussurro!

Olho para dona Lúcia em súplica. O coração batendo a mil e o medo me paralisando.

- Não adianta implorar a minha mãe com os olhos para não falar. - Diz ríspido.

- Filho. Coisa dela. Quando ela se sentir a vontade, vocês conversam. - dona Lucia intervém.

- Agora Luna. Comece a falar do jeito fácil. - diz Théo pausadamente.

O olho com lágrimas a ponto de sair, mas tento me segurar. Não estou preparada para falar sobre um filho que ele não quer. Não agora.

- Me perdoa Luna. Preciso falar.- gelo.

- Por favor dona Lúcia. - imploro.

- Théo, ela queria ir embora daqui sem falar com você. - ela diz eu solto o ar devagar.

Ele me olha. Por um momento não diz nada. Passa a mão no cabelo e atravessa a sala. Pega um uísque vira de um gole. Me olha.

- Por que Luna? - pergunta.

- Já não estou me sentindo bem aqui e... - ele me interrompe.

- NÃO ESTÁ SE SENTINDO BEM? - Grita. - O que é que você quer? Que eu beije seus pés?

- Théo! Não vou admitir que você grite com a Luna. Eu vou sair para que vocês conversem. Se eu ficar, tenho certeza que vou dar em sua cara. - diz Dona Lúcia severamente.

Ela vem em minha direção me dá um abraço, olha feio para ele e sai.

O clima é de total tensão. Ele está olhando para o chão. Estou tão nervosa. Pensei realmente que ele saberia naquele momento.

- O que eu fiz com você, jamais fiz com outra mulher. - diz.

- Se vai passar em minha cara o dinheiro que você... - interrompe.

- Isso não tem nada a ver com dinheiro. Falo de ter você aqui comigo. De dedicar tempo a você, coisa que nem Mabel que foi minha namorada por cinco anos, teve. - dispara.

- Preciso mesmo voltar. Minha mãe receberá alta e preciso organizar umas coisas. - falo.

- Ir embora sem falar comigo? Estou te desconhecendo Luna. - diz irritado.

- Esquece. Vou deitar um pouco. Não estou me sentindo bem. - digo e ao me virar ele segura meu braço.

- Eu sei que você espera mais de mim. Mas entenda Luna. Não é nada com você. É linda, apaixonante. Mas, eu ainda quero um tempo só para mim. Estive num relacionamento por cinco anos e saí com a sensação de que só fiz perder tempo. Entende? - diz

- Tudo bem Théo. Estava chateada. Mas, não vou sair sem te avisar. Prometo. - Falo sorrindo.

Chego ao quarto e percebo que ele entra junto. Olha para a mala na cama e me olha. Pego-a, fecho e coloco no lugar. Foi muita coincidência dona Lúcia inventar essa desculpa.

- Escute com bastante atenção. Você não é obrigada a ficar aqui se não quiser. Não é obrigada a ter nada comigo porque está em minha casa. Independente de qualquer coisa eu gosto de você. - diz.

Não posso me iludir. Ele disse que gosta. Meu coração acelera.

- Também gosto muito de você. Tem sido um bom amigo. Nunca vou esquecer o que fez por mim. - o abraço.

Ele corresponde meu abraço. Me dá um beijo na testa e sorri.

- Vou tomar um banho. To indo encontrar a turma da delegacia. Vai ficar bem sozinha? - pergunta.

- Vou sim. Pode ir. Vou deitar. - digo.

Não gosto quando o Théo sai assim. Me sinto mal. Assumo que é ciúmes. Mas não posso cobrar nada.

Estou tão aliviada que dona Lúcia não me entregou. Ela deve ser a sogra que qualquer mulher sonha em ter. Preciso pensar no que farei da minha vida para depois falar com o Théo.

Me assusto com uma movimentação na cama. Théo deita só de boxer. Respiro fundo.

- Théo. Não tem nem duas horas que você saiu daqui. - falo.

- Fiquei no bar apenas 1 hora. Só para o pessoal não ficar chateado. - me puxa para seus braços.

- Porque? Pensei que fosse demorar como das outras vezes.

- Fui nessa intenção. Mas não quis te deixar sozinha. Fiz hora e cá estou. - me abraça.

Sinto paz tão grande e tenho vontade de falar que ele será pai. Porém, preciso prolongar esse momento, pois não sei quando ou se terei novamente.

Ele acaricia meu corpo e como se fosse para sobreviver nossas bocas se procuram. Fizemos amor intensamente. Do jeito que gosto. Vendo o homem que amo delirar de prazer.

Chego ao hospital e recebo a melhor notícia de todos os tempos. Minha mãe está de alta. A abraço bem forte. Foi uma vitória.

Ligo para o Théo e dou a notícia. Ele na mesma hora se prontificou a buscar minha mãe.

- Filha. Quero ir logo para casa. Não aguento de ansiedade.

- Sei disso mãe. Ia passar no Théo para pegar minhas coisas. Mas, depois faço isso. Vou mandar uma mensagem avisando que prefiro ir direto.

Duas horas depois estamos na estrada de Saquarema. Ate então minha mãe não sabe quem é o Theo. Vou esclarecer tudo ao chegar.

Théo é um fofo. Me ajudou a colocar as coisas no lugar. Super atencioso com minha mãe.

Depois que jantamos, as 19h fomos para a sala.

- Mãe. Preciso te falar algo. Preciso que escute. - falo.

Théo aperta minha mão em sinal de apoio. Olho para ele e sorrio. Respiro fundo e começo.

- Mãe. Conheci a Isabella. Minha irmã. - disparo.

Ela me olha e nada diz. Olha para as mãos e continua muda. Olho para o Théo e através de gestos ele me incentiva a continuar.

- E através dela, conheci meu pai. - aguardo.

- Sabia que me escondia algo. Sabia também que você não ficaria sem eles por mais tempo. - fala.

Explico para ela como tudo começou. Sobre a chantagem e a recepção do meu pai. Digo quem é o Théo e porque ele mentiu ser outra pessoa.

- Nunca quis seu mal Luna. Só tinha medo de você ser rejeitada. - diz mamãe me abraçando.

- Te amo mãe. Sei que sempre quis o melhor para mim. - falo emocionada.

- E o senhor seu delegado. Se não quer nada com minha filha, dê o fora. Melhor assim. - ela diz seca.

- Mãe. - a repreendo.

Ela sai e deixa um Théo desconcertado na sala.

- Desculpa a minha mãe. Ela é assim.

- Isso é normal. As mães se preocupam ao extremo. Preciso ir Luna. Qualquer coisa me ligue a qualquer hora. - diz e me beija. Mas dessa vez foi no rosto.

Acompanhei o Théo até a porta totalmente frustrada.

- Obrigada por tudo. - digo.

- Estarei aqui sempre que precisar. Você é especial. Sabe disso. - diz acariciando meu rosto.

Eu o abraço forte como se não fosse soltar. Pode ser que não. Mas eu sinto que esse abraço é o último.

Ele sai e fico acompanhando até que o carro suma na rua. O vazio que se apossa de mim é imenso. Deixo as lágrimas caírem. Fico um tempo olhando para o nada.

-Luna!

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