Théo
Nem bem cheguei em casa para deixar a Luna e já tive que sair. Tenho uma reunião para tratar do meu caso.
Eles tem uma pista e realmente é referente ao caso que estou investigando. Já sabemos quem é o mandante da invasão ao meu apartamento.
Estou com Bejamin e Renan em uma sala que me cederam para continuar com meu trabalho.
- Théo! Os caras são barra pesada. Temos que tomar cuidado. - diz Ben.
- Tá com medo rapaz? Não vou desisti e vamos pegá-los. - falo.
- Ah! E quando pegarmos...- fala Renan.
Recebo relatórios diários da minha delegacia mesmo tendo um delegado substituto. Fico horas com os dois revendo todos os casos. Principalmente esse, o que vale minha cabeça. Mas eles não terão.
Retorno para casa no início da noite e encontro a Luna dormindo. A acordo e a levo comigo para casa dos meus pais. Desde que Léo disse que receberia os pais da Bella para um jantar que tive a ideia de levar ela sem combinar com ninguém.
Ela precisa ter alguém mais próximo ate porque não vai me ter por muito tempo. Assim que Luna se encontrou com o pai tudo ficou tenso, porém resolveram as pendências.
Já em casa, escuto a água do chuveiro cair. Tiro a roupa rápido e me enfio no chuveiro com ela. Vontade de foder essa mulher com força.
A abraço e a tranquilizo em relação a tudo. Nos beijamos loucamente. Proporcionei a ela uma gozada eletrizante e o que ela fez? Me deixou na mão de pau duro. Simplesmente tomou banho e foi deitar.
Fiquei puto. Nunca uma mulher me deixou na mão dessa forma. Elas nunca resistiram. Sempre pedem por mais. E essa maluca faz isso. Que raiva! Ela me paga.
Peço que saia do quarto e ameaço retornar com outra mulher. Ela espere para ver.
Entro no carro e antes que eu ligue Renan pára na frente.
- O que é? Não posso sair agora? - falo ríspido.
- Não. Só pode sair se me informar. Você sabe disso! - fala.
- Não enche Renan. Sai da frente. - falo estressado.
- Passa por cima delegado. - diz.
- Não me teste! Sai Renan! - grito.
- Sai você desse carro. Liberei a escolta. Só tenho dois homens aqui. Por tanto você não vai sair. - fala tranquilo.
- Vai procurar o que fazer. Eu lá preciso de babá. - digo.
- De babá não sei. Mas de proteção porque sua vida está em perigo, sim. Então, cala a boca e sai desse carro. - fala.
Respiro fundo e sei que ele esta coberto de razão. Por uma frustração e para descontar a raiva ia sair por ai sem me tocar das consequências.
- Precisava extravasar minha raiva. Nem pensei direito. - falo desanimado.
- Problemas no paraíso? - questiona.
- Ela me deixou na mão na hora H. - falo frustrado.
- O que? Uma mulher rejeitando o demolidor. Kkkkk - Renan se descontrola.
- Vai se lascar. É birra. Saí com uma colega de trabalho e ela se tocou que eu tava num motel. - explico.
- E você como um bom macho alfa quer sair e pegar a primeira gostosinha que aparecer. - diz.
- Eu disse a ela que ia sair e trazer alguém para transar na minha cama. - falo.
- Você é louco? Mesmo que não tenham um compromisso isso não se faz. - reclama.
- Foi da boca para fora Renan. Jamais faria isso. Fiquei mal quando ela percebeu que eu estive com outra. Mesmo não tendo um compromisso, ela está em minha casa. - explico.
- Alivio. Achei que teria coragem. - diz.
- Não. Falei na hora da raiva. - suspiro.
Sentei no capô do carro e ficamos conversando. Sobre a Luna e sobre tudo. Já era mais ou menos 4h manhã quando resolvemos subir para tomar uma cerveja.
Entramos fazendo silêncio. Luna deve esta dormindo.
- Entra aí que vou ligar a luz da varanda. - digo.
Nem bem acabei de falar e escuto algo se quebrar no chão. Bem em minha direção. Renan sacou a arma e ligou a luz.
A cena que se desenrola em minha frente é cômica, seria trágica se tivesse me acertado.
Luna está parada no meio da sala com a cara mais assustada do mundo depois de ter me atacado com uma vaso de vidro.
- É louca mulher? O que está acontecendo? - falo irritado.
- Nada. Foi só uma recepçãozinha para o caso de você ter tido a coragem de trazer alguém. Para sua sorte é o Renan. Divirtam-se .
Sai da sala rebolando a bunda mais deliciosa que existe. Que mulher do caralho.
- Está lascado Théo. Se você trouxesse ia ter samba. - fala rindo.
- Essa mulher é maluca. Se acerta na cabeça? - falo indo em direção ao quarto.
Ela está deitada de olhos fechados. Me aproximo e puxo a coberta. Ela senta assustada.
- Você enlouqueceu? - falo alto.
- Não! Estou muito lúcida. - diz cínica.
- O que foi aquilo? - pergunto.
Ela me olha por um momento e sorri balançando a cabeça negativamente.
- Pensei que tinha trazido mesmo uma mulher. Então, ia estragar sua festinha. - fala.
- Você é inacreditável. Luna, nós não temos um compromisso. Nossa relação se resume a sexo. Mas, jamais faria uma sacanagem dessa. - falo sério.
- Justamente. Pelo respeito. Não entenda isso como uma cena de ciúmes. - fala.
Volta a deitar e se cobre. Fica de costas para mim. Sei que ainda esta chateada. Mas esse é o meu jeito. Não quero me prender a ninguém e sempre deixei isso muito claro.
- Nem me esperou! - falo ao entrar na sala e ver o Renan bebendo.
- Pensei que você ia tentar a revanche. - diz sorrindo.
- Nada. A mulher só me tira do sério. O que eu fui arranjar Renan?
- Me tira desse bolo. - diz.
Ficamos bebendo e o dia amanheceu. Renan desceu para trocar o turno e descansar. Tomei um banho e deitei. Só deu tempo de me cobrir e o celular tocou. James.
Droga! Léo pegou a Bella com outro cara no quarto dela. Troco de roupa e saio sem escolta mesmo. Fazer o que? Um domingo de manhã e noite perdida. Que beleza.
Chego e encontro o Edu e o James com ele. Meu irmão está arrasado. Que raiva daquela mulher. Aquela carinha de anjo. Quem diria.
Passamos o dia com o Léo. No fim da tarde voltei para casa e encontrei a Luna na cozinha fazendo brigadeiro.
- Não acredito! Como você adivinhou que é meu doce preferido? - pergunto.
- Não sabia. Me deu vontade de comer. Estou salivando. Resta esperar esfriar. - diz.
- Luna! Passei o dia com o Léo! - falo.
- Théo. Não precisa me dar satisfação do que faz.
- Ele e a Bella terminaram. - falo.
- O que? Sério isso? Porque? Ontem estavam tão bem. - diz agoniada.
- Ele pegou a Bella com outro cara no quarto dela. - conto.
- Não. Ele te disse isso? Que loucura. A Bella parece amar seu irmão de verdade. - Diz estarrecida.
- Para você vê a irmãzinha cara de anjo que você tem. - digo com uma ponta de raiva.
- Não acredito! - ela diz.
- O que? Que sua irmã pode ser uma safada disfarçada? - falo irritado.
- Não fale assim dela. Não permito. - diz.
- Ela traiu meu irmão. O cara está lá acabado. Sofrendo. Chorando feito criança. - falo sentido.
- Pode ter sido um mal entendido.
- Mal entendido o caralho. No final, aquela pilantra só queria o dinheiro dele. - falo azedo.
- Não fale assim da minha irmã. Por favor. - pede nervosa.
- Realmente. Não vale a pena. - saio.
Tomo um banho ainda irritado com a Luna por defender a isabella. Mas vou tentar me controlar. Afinal ela não tem culpa da merda que a irmã fez.
Ligo para Maria para saber se o Léo está em casa. Ele não me atende. Ela diz que ele teve e saiu.
- Luna! Vamos para casa do Léo. Lara mandou mensagem. O pai saiu e elas não querem ficar sozinhas. Maria não vai poder ficar lá. - falo assim que ela entra no quarto.
Chegamos na casa do Léo por volta das 19h. As gêmeas estavam na cozinha. Acho que é o lugar que elas mais gostam.
- Cadê meus amores?? - elas pulam em mim.
Luna as cumprimenta e elas mal respondem. Comemos também. Maria ja havia saído. Fomos dormir cedo para compensar os outros dias.
Luna deitou e virou de costas. De novo isso. Já esta na hora dessa raivinha passar. Já deu.
- Morena, vira para cá! - peço.
- Quero dormir Théo. Faça o mesmo. - diz.
Respiro fundo e viro de lado tambem. Essa mulher não conhece limites. Me recuso a aliviar o demolidor com mão.
- Mulher teimosa!
Acordo e não vejo a Luna na cama. Escuto o chuveiro. Ela sai arrumada.
- Vou la embaixo ver a gêmeas. Como tem aula, vou vê se precisam de algo. Desce.
Quando estou vestindo a roupa escuto vozes alteradas. Visto a camisa rápido e desço as escada. Léo e Luna discutem. Ela sai correndo e vou atrás.
- Espera! - peço segurando seu braço.
- Seu irmão é um imbecil. Cretino. Idiota. - diz sem fôlego.
- Calma. Ele está de cabeça quente. Não leve o que ele disse em consideração.
- Ele disse que não sei ganhar dinheiro honestamente. - diz chorando.
- Ele está desorientado. Venha, vamos voltar. - peço.
- Não quero olhar para cara dele. Ontem falei com a Bella. Ela me contou. Pediu para se explicar e ele negou. - diz chateada.
- Esquece o Léo. Vem. - ela pega a mão que estendo.
A semana foi tranquila. Em partes. Desde que transei com a Amanda e cheguei em casa de cabelo molhado que a Luna não me deixa tocá-la. Estou para surtar.
Ela e a Isabella tem se falado todos os dias. Esse término as aproximou de alguma forma.
Hoje é aniversário das gêmeas. Me arrumo e espero a Luna. Chegamos na casa dos meus pais um pouco atrasados. Léo e Bella discutiram. Ela tentou uma aproximação e ele não quis.
- Seu irmão é idiota. Bella quer explicar e ele faz isso. - diz.
- Não se mete Luna. Ele está certo. Ele viu. Ela quer dizer o que? Que foi miragem? - falo irritado.
- Fique com o cretino do seu irmão que eu vou ficar com a minha irmã. - fala e me deixa só. Vai atrás da Isabella.
Acordei com uma dor de cabeça. Também, dei uma exgerada na bebida. Luna deve ter ido ao hospital. Não está aqui. Olho para o relógio e ja são 13h. Dormi demais.
Chego na cozinha e encontro uma macarronada de fazer inveja a qualquer italiano. Como com vontade.
Duas horas passam e nada de Luna. Ligo e ela atende. Mas não me diz onde está. Isso me deixou zangado. Peço para Renan rastrear e ele me manda uma localização de um restaurante na orla.
Chego em menos de 40 min. Encotnro as duas sentadas. Peço a conta e Luna me obriga a levar a ruiva traidora.
No camimho a Isabella se chateia comigo e desce do carro. A Luna acompanha. Sigo para casa espumando de raiva. Ela me paga.
Passo a noite assistindo. Nada daquela mulher que só sabe foder meu juizo. Mandou uma mensagem que vai dormir com a irmã. Ah! Que se dane.
Não sei que horas peguei no sono. Mas o fato de eu ter dormido na sala me causa uma estranheza sem tamanho. Não sou de fazer isso. Peguei no sono pesado.
- Bom dia! - Luna fala entrando.
- Não deveria nem te responder. - falo irritado.
- Se for ressaca, toma um comprimido que passa. Se for birra, ai só passa crescendo. - fala e vai para o quarto.
Por hora deixo passar toda essa rebeldia dela. Levanto e vou comer alguma coisa. Meu celular toca. Mensagem do James. Me chamando para sair. Está de folga já que o Léo está em Brasília.
No início da noite a Luna chega do hospital. Renan foi com ela e ficou esperando.
- Como está sua mãe? - pergunto.
- Melhorando. Mas ainda sem previsão de alta. - responde triste.
- O pior já passou. - digo.
- Verdade. E mais uma vez, obrigada por tudo Théo. Além do dinheiro da cirurgia você esta pagando as diárias. - ela diz.
- Não se preocupe com isso! - a tranquilizo.
- Vou tomar um banho. - diz.
- O James e o Edu vão sair com as meninas. Está afim? - pergunto.
- Não. Pode ir. Não precisa se incomodar comigo. - diz e sai.
Pego uma cerveja para iniciar de fato a minha sexta feira. Sento no sofá e abro meu email. Escuto um celular tocar. É o da Luna. Está em cima do aparador. Deve ter colocado ai quando entrou.
A curiosidade fala mais alto e me aproximo para ver quem é. "Douglas médico".
Ela não deu o número. Ele que praticamente enfiou um cartão na mão dela. E se ele está ligando porque ela entrou em contato.
Depois da chamada chegam mensagens de wattsapp. Nunca fiz isso mas não vou conseguir ficar sem olhar . Abro o aplicativo.
"Boa boite Luna. Gostei muito da nossa conversa a tarde. Vc é encatadora. Se resolver aceitar jantar comigo me retorne. Bjos linda!😘😘
Imbecil. E ela uma boa cínica. Por isso não quer sair. Jantar! Depois eu que não a respeito. Estamos quites agora. Vou responder esse filho da mãe. Da corda a ele.
Eu (Luna):.
Estou indisposta. Muito cansada.
Douglas médico:
Uma pena querida. Queria te ver fora do hospital. Esses dias de conversa com você me fez te olhar com outros olhos.
Eu (Luna):
Não diga! Jura?😎
Douglas médico:
Sim. Sério! Senti uma ironia ai?
Eu (Luna):
Imagina. Preciso ir. Tenho um compromisso.
Douglas médico:
Esquece esse compromisso. Me dê o prazer da sua companhia. Podemos jantar ou fazer outras coisas se quiser.
Ao ler isso meu sangue ferve. Quem ele pensa que é? Acha que está falando com quem? Não me contenho.
Eu (Luna):
Escuta aqui seu idiota...
- Théo! O que significa isso? Me dá meu celular. - fala alto e estica a mão. Não vai dá nem tempo de apagar.
Sabe qual a palavra que me define nesse momento? Fodeu!