Por favor me chame de Profess...

Por PHMMoura

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Amane Yuuto era um excelente professor com um segredo. Ele era um dos melhores cosplayers. E esse não era o ú... Más

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4 - Parte 1
Capítulo 4 - Parte 2
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Informação (não é um cap... ainda)
Por Favor 2! 1 - Não acredito que você nunca...
Por Favor 2! 2 - Como pedir um favor
Por Favor 2! 3 - Era isso que queria?
Por Favor 2! 4 - Acessórios são importantes
Vida diária 1
Capítulo 5 - Verão é a estação daquilo
Por Favor 2! 6 - Não é mais um segredo
Vida diária 2
Por Favor 2! 8 - Quem está mais nervoso?
Por Favor 2! 9 - Cosplay é uma arte que precisa de espaço
Por Favor 2! 10 - A oportunidade dentro das cores
Por Favor 2! 11 - Por Favor me Chame de Professor

Capítulo 7 - Sempre arrume tempo para aquilo

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Por PHMMoura

Nossa... isso é muito... pra quem só era famoso no mundo otaku, ele com certeza anda recebendo muita atenção de fora, Seiji pensou enquanto organizava as revistas.

Todas essas revistas continham algo em comum: Yuuto.

Ou eram sessão de fotos do cosplayer travesti, ou artigos sobre ele, ou entrevistas com o professor. Seiji comprara tudo que envolvia Yuuto e guardou com o resto dos materiais que tinha.

Isso pode ser considerado stalkear? Pensou ele por um instante. Nada, está tudo bem. Só estou colecionando revistas em que meu namorado apareceu. É um acontecimento e tanto pra deixar passar batido, o pintor deixou a ideia para lá com um acenar de cabeça.

Após organizar a estante, Seiji cedeu à vontade de pegar uma das revistas. Não importa quantas vezes lesse, o artigo ainda fazia um sorriso brotar nele. Caramba, Yuuto... como você consegue dizer tantas coisas embaraçosas com um rosto desses?

Apesar de já ter decorado o texto, Seiji corou enquanto relia o artigo, parando em sua parte favorita.

S-Sim... aquele homem que fez cosplay comigo na foto é meu n-namorado, disse Yuuto para um dos entrevistadores.

Estamos juntos há meses e ainda e-estamos apaixonados um pelo outro... na verdade, é graças ao cosplay que nos conhecemos. Ele é um pintor e, quando ficou sabendo da minha situação, ele... ele fez pinturas de mim... de várias formas diferentes... ele costumava me chamar muito de sua musa... ele sabia que me deixava com vergonha...

Graças aos deuses pelos instintos do fotógrafo de incluir a foto, pensou Seiji, sorrindo. Quando Yuuto disse aquilo durante a entrevista, o fotógrafo tirou uma foto perfeita do momento exato. O professor estava com muita vergonha. Era óbvio pela cor de suas maçãs do rosto. Mas o grande sorriso nos lábios era lindo demais.

É uma foto perfeita... mas eu queria que só eu soubesse desse lado dele, pensou Seiji, sabendo que estava sendo egoísta.

Mas, não importa o quanto aqueles sentimentos de ciúmes ou infantilidade sentisse, o pintor estava verdadeiramente feliz por Yuuto e todas as oportunidades que se abriam para ele. Toda a atenção que ele vem ganhando é incrível. Ele merece tudo isso e muito mais, dado todo o esforço que coloca no cosplay. Quero que o mundo veja o quão arretado meu namorado é.

Ainda assim, não podia ignorar as partes ruins da atenção que Yuuto recebia. Ele está atrasado, pensou o pintor quando conferiu a hora no computador. Logo em seguida, pegou seu celular do bolso. E nem ligou ou mandou uma mensagem...

Ele está dando tudo de si. Se esforçando muito. Cosplay faz parte dele, ele disse para si mesmo, tentando ignorar como se sentia esquecido.

Sem nada melhor para fazer, Seiji continuou relendo o artigo.

Até escutar a porta de seu apartamento abrir.

— Yuuto! — exclamou Seiji, feliz demais ao ver o namorado.

— Oi, Seiji — disse Yuuto antes de soltar um grande bocejo.

O professor fechou os olhos antes de dar um selinho no namorado. Então, com o rosto sonolento, ele sentou na entrada e lutou para desfazer os cadarços.

Após finalmente conseguir tirar os sapatos, ele se levantou e quase tropeçou na entrada. Só não caiu porque Seiji estava lá para segurá-lo.

— Valeu — disse Yuuto, esfregando os olhos. Foi só então que ele realmente olhou para o namorado. — Por que você está todo vestido?

— O Quê? Você acha que eu fico andando pelado pelo apartamento? — brincou Seiji, mostrando um sorriso.

Yuuto soltou uma risada fraca.

— Na verdade, eu sei que você faz isso. Quantas vezes já cheguei aqui e dei de cara com você só de cuecas? — disse, sorrindo para o namorado.

— Mas não estava como vim ao mundo — respondeu Seiji. — Mas, falando sério, pela reação, acho que se esqueceu do nosso encontro.

O professor cerrou os olhos por um instante. Então seu rosto se iluminou enquanto se lembrava.

— Ah, é... é mesmo. Esqueci completamente. Desculpa, Seiji — disse Yuuto, soltando outro bocejo. — Vou compensar outro dia. Estou muito cansado hoje.

Seiji entendia. Entendia muito bem. Na realidade, ele encorajava o namorado a aceitar as oportunidades. E ainda assim, não conseguia impedir aquela sensação crescente de rejeição.

— Você quis dizer que muito cansado de novo — murmurou Seiji. No instante em que falou, percebeu o quão cruel estava sendo. — Desculpa. Eu não deveria ter dito isso, sei que você tem trabalhado bastante.

Yuuto mostrou um pequeno sorriso enquanto negava com a cabeça.

— Não. Eu quem devo pedir desculpas. Fui eu que cancelei nossos compromissos duas vezes. Sei que esta semana tem sido louca com todas as entrevistas e sessões de foto, mas eu não deveria deixar meu namorado em segundo lugar...

Foram as últimas palavras de Yuuto antes de cair no sono ainda na entrada do apartamento.

Ele está se esforçando tanto que pegou no sono ainda de pé, pensou Seiji, erguendo o corpo esbelto do namorado. Eu não deveria fazê-lo se sentir mal desse jeito... Mas, mesmo assim, ele está trabalhando demais...

***

Quando o cosplayer acordou, algumas horas depois, ele se sentia muito melhor. Abriu os olhos devagar, tentando se focar em qualquer coisa. Mas, sem os óculos e ainda com sono, tudo estava borrado à sua frente.

Enquanto a mente acordava, Yuuto se lembrou da conversa antes de cair no sono. Então ele se sentiu culpado na mesma hora.

O Seiji tem me apoiado tanto com todas essas novas oportunidades no mundo do cosplay...Eu vou compensar tudo pra ele nesse final de semana... Não acho que tenho nada marcado, o professor prometeu a si mesmo mentalmente.

Decidido, Yuuto queria pedir desculpas a Seiji. Mas, ao tentar sair da cama, descobriu que não podia mover os braços ou pernas.

O que...? Por um instante, sua mente ainda sonolenta pensou que era um kanashibari, a paralisia do sono. Espera, é besteira... ainda estou com sono, disse para si mesmo, negando. Ele fechou os olhos e respirou fundo.

Quando abriu os olhos e olhou para baixo, se virou envolto em um cobertor. Estava tão enrolado que parecia um sushi. Era tão estranho que ele não tinha ideia do que pensar.

— Que...?

No instante seguinte, Seiji entrou no quarto. Ao ver o professor acordado, ele mostrou um grande sorriso.

— Oi, Yuuto. Espero que esteja se sentindo melhor depois da soneca — disse, sentando perto de seu namorado sushi.

— Oi, Seiji... o que é isso? — Yuuto tentou gesticular, mas só conseguia apontar para o queixo.

— Hum? Ah... é sua punição — disse Seiji em voz baixa, com o sorriso ficando malicioso.

Apesar da situação, Yuuto sentiu o coração batendo mais rápido. Espera, estou ficando excitado com isso...?

— Minha punição...? — repetiu devagar.

— Sim. — Seiji o encarou enquanto assentia. — Já que tem estado tão ocupado a semana toda e não podia ter uma folga pra gente passar um tempo juntos, decidi que você precisa descansar, quer queira ou não.

Yuuto abriu a boca, mas, em vez de falar, soltou uma risada fraca. Depois sorriu.

— Você tem toda razão. Preciso descansar. Mas poderia me soltar?

— Não — disse Seiji, com um rosto sério.

— Não acha que isso é além da conta?

— Nem de perto. Já disse que é sua punição. Na verdade, é só parte dela.

— Tem mais?

Sem dizer nada, Seiji deitou na cama. Então abraçou o rolo de sushi que era seu namorado.

Enquanto os braços o envolviam, Yuuto percebeu o sorriso satisfeito do namorado.

Ah, então é isso... Não é nenhum brincadeira, percebeu o professor. É o máximo de tempo que passamos juntos essa semana... Eu estive tão ocupado... mas, mesmo assim, não deveria deixá-lo de lado...

— Ei, Seiji, sinto muito por deixá-lo de lado... Prometo que...

— Não me entenda mal. Estou feliz por você — interrompeu Seiji, abraçando o rolo com mais força. — Quer admita ou não, as entrevistas, sessões de foto, campanhas de publicidade... é parte da Yuuno agora. E eu entendo. Só não curto quando você esquece nossos encontros e tal por causa disso... Meio que sinto ciúmes que esteja dando mais atenção aos outros que pra mim...

Yuuto suspirou e mostrou um pequeno sorriso. Seiji tentou agir mais maduro que é, mas se chegou ao ponto em que ele tá agindo feito criança, então isso está afetando ele mais do que o próprio pode dar conta... ainda assim, ele não me disse pra esquecer das novas oportunidades aparecendo pra Yuuno...

Eu amo muito esse homem.

— Você tem razão — disse Yuuto, tentando beijar o topo da cabeça de Seiji. — Você tem sido um ótimo namorado, o qual eu não deveria tratar como ando tratando. Prometo que jamais esquecerei de nosso encontro novamente.

— Duvido. Apesar de tudo, você é mais esquecido do que imagina — disse Seiji. Mesmo escondendo o rosto, Yuuto sabia que o namorado sorria. — Mas hoje eu farei uma exceção e vou acreditar em você.

— Obrigado. — O cosplayer mostrou um grande sorriso ao ouvir aquilo.

— E, Yuuto? — chamou Seiji, com a voz baixa e séria do nada.

— Que foi?

— Estive pensando... você anda de esforçando muito... e ainda arruma tempo pra vir aqui...

— É... Eu sei. Mas não me importo.

— Não é isso... eu... você...

Ainda sem olhar para ele, Yuuto sabia que o rosto do namorado estava vermelho. O que ele quer?

Seiji respirou fundo.

— Vamos morar juntos! — gritou ele, abraçando o rolo de sushi com mais força, enterrando o rosto em Yuuto.

O professor ficou sem reação.

Depois seu sorriso foi de uma ponta a outra.

— Vamos! — disse, feliz demais. — Sim! Vamos morar juntos!

Não foi só ele. Seiji se sentia tão feliz quanto o professor.

O quarto ficou silencioso. Mas não foi um daqueles silêncios desconfortáveis. Não havia a necessidade de palavras entre dois homens que se amavam.

— Ainda não vou te soltar daí — disse Seiji de repente. — Você não foi punido o bastante.

O sorriso de Yuuto ficou malicioso.

— Não precisa. Não parece, mas até que é bem confortável — disse, se mexendo o máximo que podia. — E ainda tem muitas coisas que posso fazer só com a boca.

O professor sentiu o namorado congelar.

Houve um momento de silêncio, depois o artista olhou para Yuuto. O cosplayer o beijou antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.

Enquanto eles se beijavam, Yuuto conseguiu mudar sua posição.

Aindaamarrado, ele conseguiu mover os lábios para baixo, beijando todas as partesque alcançada do namorado. Até chegar entre as pernas de Seiji.    

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