A Maldição da Lua.

By JUNIOReLIANE

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Amélia Johansson Stohl, é apenas mais uma adolescente norte-americana comum, bem, isso é o que todos pensam... More

Primeiro capítulo
Segundo capítulo
Terceiro Capítulo
Quarto capítulo
Quinto capítulo
Sexto capítulo. - Voltando para Terra.
Sétimo capitulo. - Perdi minha avó.
Oitavo capitulo. - Eles também não!
Nono capítulo. - A minha morte.
Décimo capítulo. - Voltando a Cher Airns.
Décimo primeiro capítulo. - Desconfiança.
Décimo segundo capítulo. - Controle.
Décimo terceiro capítulo.-De novo.
Décimo quarto capítulo-O Resgate.
Décimo quinto capítulo.-O Resgate.-Part. 2
Décimo sexto capítulo.-Enfermagem.
Décimo oitavo capítulo. - Ele tem namorada!
Décimo nono Capítulo. - A aldeia.
Vigésimo capítulo.-A Bebedeira.
Encontro com Claus.
Vigésimo segundo capítulo. - Visão.
Vigésimo terceiro capítulo. - Eu matei ela!
Vigésimo quarto capítulo. - Briga de galinha?
Vigésimo quinto capítulo.-Lembranças.
Vigésimo sexto capítulo.
Vigésimo sétimo capítulo. - A Morte.
Vigésimo oitavo capítulo. - Você quer brincar?
Vigésimo nono capítulo. - Duelo.
Trigésimo capítulo. - Contagem regressiva.
Trigésimo primeiro capítulo.
Trigésimo segundo capítulo.
Trigésimo terceiro capitulo
Trigésimo quarto capítulo
Trigésimo Quinto Capítulo
Trigésimo Sexto Capitulo
Trigésimo sétimo capítulo
Trigésimo Oitavo Capitulo
Trigésimo nono capítulo
Quadragésimo capitulo
Quadragésimo primeiro capítulo
Quadragésimo segundo capítulo
Quadragésimo terceiro capítulo
Quadragésimo quarto capitulo

Décimo sétimo capítulo.-A lenda da Maldição

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By JUNIOReLIANE

   Estou deitada em minha cama, ouço risadas vindo do lado de fora da porta, me levando e caminho até lá. O sol meio alaranjado reflete na parede, deve ser cinco da tarde! Giro a maçaneta e abro a porta lentamente.

  "Oi filha, que bom que acordou!" - Diz minha mãe colocando um pedaço de pizza em um prato.

  Minha mãe não come pizza!

  Não consigo decifrar se essa é realmente minha casa! Parece com ela, mas sinto que tem algo diferente.

  "Vem senta aqui!" - Diz Joe batendo a mão em uma cadeira ao seu lado.

  Sigo e me sento na cadeira. Olho para ver quem mais estava ali: Minha mãe, meu pai, Lara, Joe, vovó e Richard! O que? Richard? E minha avó? Ela morreu!

  Estamos feliz, muito feliz. Eu queria que fosse assim para sempre!

          **********************

     Acordo com Richard do meu lado.

"Como se sente?" - Ele pergunta ao me ver abrir os olhos.

   Sinto que fui esmagada por um trator, depois um caminhão tanque passou em cima de mim, aí me deram vários chutes, eu bati a cabeça e depois fizeram um laço com meu corpo. É assim que me sinto!

   "Bem! E você?"

   "Pode apostar que estou mil vezes melhor que você!" - Ele ri.

   Havia um curativo um pouco abaixo do ombro direito de Richard e seu braço estava preso a uma tiboia.

   Aí meu Deus ainda estou sem camisa! Tenho de agradeço a Angel por ter me colocado esse cobertor!

    "Não ri não!" - Digo rindo. - "Você também não está muito bem!"

   O que foi? É melhor eu calar a boca né?! Mesmo estando machucado ele continua lindo. Cala a boca Amélia!

   "Magoou!" - Ele passa a mão no peito como estivesse sentindo alguma dor. Nesse caso atuando.

   "Você sabe como está o garoto que estava preso com Joe?"

  "Ele está bem! Os únicos que não estão bem aqui, somos eu e você!"

  "Qual é o nome dele?"

  "Austin! Ele disse que tinha de procurar uma amiga que também foi levada pelos Airstens. Ele prometeu que a encontraria. Mas ele que vá sozinho, não volto lá nem pagando!"

   Egoísta! Tento lhe dar um soco no braço mas, como já sabem tudo em mim dói, e eu grito.

   Tenho gritado muito ultimamente!

  "Bem feito!" - Ele põe-se rir de minha cara de dor.

  Ele está querendo apanhar! Mas com certeza não serei eu a lhe bater. Não consigo respirar!

   Ele para de rir e fica me observando, como se quisesse me dizer algo, mas que não pode ou não quer! Ficamos em silêncio por um longo tempo.

  "Já que Angel não me deixa sair daqui e você não para de me encarar o que é muito estranho! Porque não me conta sobre a lenda?" - Digo.

  "Eu não sei toda a lenda!"

  "Me diz o que sabe!"

   "Não me lembro de tudo!"

    "Me conta o que lembra!"

   Ele sorri torto. Sabe que não vou desistir.

   "Tá legal, então eu conto!"

  Ele pensa e começa.

   "Como você já sabe sua avó desafiou a morte por um grande amor! Mas antes disso uma mulher também desafiou a morte! Essa mulher não era qualquer mulher, ela era a rainha de Cher Airns!"

  "E porque ela desafiou a morte?"

   "Eu já ia contar! Ela desafiou a morte também por um grande amor. Mas não por um homem e sim por seus dois filhos, que nasceram doentes, não me lembro qual doença!" - Ele pausa. - "A morte disse que só poderia salvar um de seus filhos e que o outro teria de morrer! A rainha não aceitou que apenas um de seus filhos sobrevivesse, então ofereceu sua vida a morte. E assim como com sua avó, a morte recusou. A rainha desafiou a morte para uma batalha de espadas onde feriu gravemente a morte!"

  Isso é possível?

   "Isso é possível?"

    "Acho que sim! Voltando a lenda! A morte não gostou de ser ferida. E lançou uma maldição a este planeta. A maldição da lua de sangue. Onde uma vez por ano todas as crianças que nasceram no mesmo ano há de receber a doença dos príncipes. Uma doença mortal! Por isso não se vê crianças aqui, e por isso querem acabar com a maldição! Pois sem crianças a espécie irá se extinguir!"

  "Mas porque dos escolhidos e tal?"

  Ele ri.

   "Esse sempre foi um planeta de muito amor, mas com a maldição o amor virou ódio e quando sua avó chegou e a morte amaldiçoou novamente esse planeta os impedindo de amar. O amor aqui se acabou!"

   A essa altura eu já não estou entendendo quase nada.

  "A lua deste planeta é a Terra, antes da maldição da Lua de Sangue, a lua deles era azul, pela quantidade de água da Terra. Mas depois da maldição a lua se tornou vermelha aos olhos deles. A morte é justa e não quer que esse planeta se acabe, por isso ela escondeu algo na lua, algo que pode salvar esse planeta da extinção. Nós os escolhidos, estávamos escondidos ao lado obscuro da lua de Cher Airns, estávamos escondidos na América do Norte!"

  Respiro fundo e seguro o grito, da dor que sinto ao respirar.

  "Todas as pessoas que morrem, se matam na verdade, por amor a morte as trás para cá. E dá a elas uma segunda chance de viver. Viver sem amar!" - Ele para e ri. "Eu sei que você deve não estar entendendo nada, mas estou falando conforme me lembro!" - Ele ri novamente.

   "É não estou entendendo nada mesmo!" - Começo a rir. Paro por que dói.

   "Então eu vou parar, não está entendendo mesmo!"

   "Não, continue!" - Ele me encara. - "Por favor!"

    "Está bem. Vamos ver! Você queria saber qual é a missão dos escolhidos aqui não é? Pois bem, como nós somos a salvação desse planeta, somos o que a morte escondeu no lado obscuro da Lua barra Terra. Somos uma das poucas maneiras de salvar esse planeta, o coração da garota de sangue, o sacrifício, e o amor de seus amigos. São realmente a única maneira de quebrar a maldição. Somos o brinquedinho da morte!" - Ele faz careta e afina um pouco a voz na última frase o que me faz rir.

   "Aí, aí!" - Sugo o ar entre os dentes.

  "Calma!" - Ele para e espera um pouco. - "Foi a morte que nos deu os dons logo após nosso nascimento, como foi exatamente não sei! Mas como tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. Como já sabe, os Airnstens não querem nos usar apenas para acabar com a maldição, eles querem também se tornar mais fortes, mais poderosos que qualquer ser no universo. E se perdermos essa batalha eles ganham e nós seremos usados para torná-los mais e mais fortes. E se eles nos capturarem antes da batalha, a batalha para nós já está perdida!" - Ele abaixa a cabeça.

  Entendeu alguma coisa?

  Tá admito não entendi muita coisa, mas sei que não podemos perder essa batalha, nem deixar que os Airnstens nos capture!

  Meu peito começou a queimar, junto com meu ombro. Era como se algo pegasse fogo dentro de mim, era insuportável! Comecei a me controlar feito cobra na cama.

  "O que foi? O que houve?"

"Esta... Queimando!"

   A dor é insuportável, já estou gritando de tanta dor. Parece que me mutilaram e jogaram sal em seguida.

  "Richard me ajuda!" - Lágrimas me escorrem pela face até caírem ao lado na cama.

   "Espere eu já volto!"

   Isso me deixe aqui pegando fogo! Ou quase pegando fogo! A porta se abre e ele sai. Grito, grito o mais alto que posso. Não consigo mexer meu braço esquerdo, meu ombro dói e minhas costelas nem se fala! 

  A porta se abre e Richard aparece seguido por Angel, Lara, Joe e o menino novo, Austin.

  Continuo a gritar. Esta realmente doendo muito!

  "Amy!" - Diz Lara.

  "O que está sentindo Amy?" - Diz Angel aplicando alguma coisa em meu braço.

   "Dor! Muita dor!" - Sussurro. Já não tenho forças nem para gritar.

  Meu corpo está imóvel, não consigo me mexer. Meu corpo não me obedece, mas ainda sinto a maldita dor! Meus olhos mal piscam.

  "Esta melhor?" - Pergunta Angel.

   Quero responder, tenho de responder. Mas não consigo, não consigo nem respirar! Não mesmo. É como se houvesse algo em minha garganta que não deixa o ar passar.

  "Claro que não está! Ela não está nem respirando!" - É a voz de Joe, que ouço bem distante.

   Sinto meu corpo começar a tremer. Pareço estar tendo algum tipo de convulsão.

  Sinto algum tipo de agulha atravessar a pele ao redor de meu pescoço. Isso arde. Estou gritando por dentro, mas por fora meu corpo está calmo. Me sinto parar de tremer.

   Minha vista está preta. Não vejo, apenas escuto. Quero gritar, mas não consigo.

  "A saliva dos cães estavam envenenadas!" - Ouço dizer, acho que é Angel.

  "Não consigo ver!" - Digo mais baixo que um sussurro.

  Acho que não me ouviram. Minha cabeça, começa a dor e sinto meu coração pulsar meu sangue nas veias. Minhas mãos estão dormentes, assim como meus pés.

  "Não consigo ver!" - Digo o mais alto que posso. O que continua sendo mais baixo que um sussurro.

  Eu diria que comecei a chorar agora, mas já estava fazendo isso a tempos.

  "Não consegue ver?" - Diz Richard. Reconheço sua voz.

  Não respondo, não consigo mexer os lábios.

   Abro e fecho os olhos várias vezes seguidas, mas não muda nada. Minha vista continua preta!

  "Ai meu Deus!" - Diz Lara.

  "Não!" - Sussurra Joe.

  "Faça alguma coisa Angel!" - Diz Richard. O imagino passando a mão entre seus curtos fios de cabelo, apesar dele não fazer isso.

   Sinto novamente algo pontiagudo atravessar minha pele, só que desta vez foi na minha perna esquerda. Logo após o que seja lá que for que aplicaram em mim, deve estar fazendo efeito. Sinto como se algo estivesse limpando minha perna por dentro. Como se um líquido passasse por minha perna e levasse consigo tudo de errado. Era como se estivesse me renovando. Concertando ossos fraturados, feridas, músculos, parecia estar multiplicando minhas células. Aquilo arde, arde e arde por onde passa. - Por onde sinto passar.

   "Espero que esteja fazendo efeito!" - Diz Angel.

  O líquido ou o que for aquilo, chega em minhas costelas. Sinto um ranger de ossos quando o líquido passa pelas minhas primeiras costelas. Agora ele está percorrendo a segunda, uma das que estão fraturadas. Sinto uma dor imensa, a mais insuportável de todas. Mesmo se eu pudesse eu não gritaria. Ouço um estalar de osso. Minha costela continua doendo muito, mas é como se já não estivesse mais fraturada. Sinto o líquido ir para a próxima costela e a dor na próxima é mais forte. Sinto mais uma vez à dor na última costela fraturado, depois o líquido percorre pelas que não estão fraturadas, mas sinto o líquido queimar por elas.

  O líquido continua a percorrer meu corpo. E chega em meu ombro. A dor é tão, mas tão grande que se eu pudesse falar eu pedira para que me matassem. É uma tortura! Não tem como eu descrever a dor que estou a sentir. Só posso dizer que dói muito mesmo!

  Agora o líquido está na minha garganta e subindo para minha cabeça. Sinto crescer o dente que eu havia quebrado, mas que nunca concertei por ter medo de dentistas.

  Está tudo muito silencioso. Agora além de ver eu não consigo ouvir? Eu não quero viver no escuro para o resto da minha vida, não quero!

  O líquido está em meu cérebro? Deve ser pois é nele que sinto o líquido queimar como fogo em combustível. Sinto o líquido ir para frente e voltar para trás igual ioiô. O líquido volta para minha garganta e para.

  Acho que vou vomitar. Começo a tossir. Meu corpo está se mexendo por conta própria. Tusso e me viro para o lado e é, eu vomito. Eca!

  Tomara que ninguém estivesse ali.

  Meu corpo volta aos meus comandos. Mas sinto que estou fraca, tremendo por dentro. Me deito, e espero passar. Minha vista continua preta. Mas posso ouvir.

   "Amy, Amy você está bem?" - É a voz de Lara.

   "Ela vai ficar!" - Ouço Angel dizer. E acho que ela sorriu.

  Alguém está segurando minha mão agora, e por mais estranho que pareça ou não! Eu acho que é o Richard!

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