Olhos cor de Mell® #freeyourb...

By ugh95s

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'''A história que conquistou o 2° Lugar na categoria ROMANCE do projeto UMA DOSE A MAIS''' É incrível como... More

Prólogo
Capitulo 1 «A mais louca de todas»
Capítulo 2 «Um belo defeito genético»
Capítulo 3 «Tomando sermão de uma maluca»
Capítulo 4 « Ajudas são o melhor incentivo »
Capítulo 5 «No poço do tédio»
Capítulo 6 «Mentiras as vezes são sempre descobertas»
Capítulo 7 « Um grande vazio »
Capítulo 8 «5 chances»
Capítulo 9 « Nem tudo é perda de tempo»
Capítulo 10 « O universo nos olhos »
Capítulo 11« Até que tudo se resolva»
Capítulo 12«Era errado, mas talvez fosse a coisa certa»
Capítulo 13 «Uma boa companhia»
Capítulo 14 « I'm not done »
Capítulo 15 « Boneco torto »
Capítulo 17 « Não era um crime para haver penalidade»
Capítulo 18 « Uma boa lembrança»
Capítulo 19 « 50% »
Capítulo 20 « Ilegal »
Capítulo 21 « One »
Capítulo 22 « Two »
Capítulo 23 « Sweet »
Capítulo 24 « Perdido »
Capítulo 25 « Peça chave »
Capítulo 26 « Rain »
Capítulo 27 « Meu verdadeiro mundo »

Capítulo 16 « O que importava era sua felicidade»

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By ugh95s

Não amores, eu não ia voltar só em Maio.

Eu sumi por motivos de saúde!

Lembra que falei sobre o exame?

Então... eu tive q entrar com uma bosta de um medicamento q me deixava mais sonsa q tudo. Acabei ele essa semana graças a Deus e to voltando ao normal aos poucos( deixando de ser Maria preguiça, mas o coração n sei se ta bem n, 100% eu sei q n ta pq nem bater direito essa bosta bate, espero n ta morrendo agora pq Deus me livre morrer e vcs desenterrarem meu digníssimo corpo 6kg mais gordinho e me colocarem no PC pra escrever proces).

O capítulo era enorme, ai resolvi dividir( acho q dava nem uns 7K de palavras) se eu n atualizar na segunda-feira na terça eu atualizo.

Obg pelos 13,8K de views, 69 (

( ͡° ͜ʖ ͡°) ) votos do cap anterior e 70 comentários. Vou responder ta...

Boa leitura. (^_^)/

※※※※※※※※※※※※※※※※※※※※※※※※

— Brian… — Olhei para minha mãe que estava na minha frente também tomando café da manhã. — Está bem? — concordei comendo mais um pedaço da torrada. — Está disperso. — comentou.

— Não estou disperso. — tomei meu suco.

— Como foi a semana na clínica? — questionou tentando quebrar o gelo.

— Legal! — peguei mais uma torrada. — Fizemos mais alguns exercícios, mas não tive mais resultados, só na perna direita mesmo. A Mellanie disse que é normal  e demora mesmo. — suspirei — Ah… e a Mellanie tentou me colocar na esteira mas não deu certo. Estava sendo difícil. Pedi a ela para desistirmos e ela respeitou isso.

— Já estão te colocando na esteira? — concordei.

— Não andei nela, eu estava sentado e apenas fingia caminhar com a ajuda dela e da Keren, segundo ela talvez ajudasse a sentir algo na perna esquerda, mas não foi tão eficaz.

—Na próxima irá conseguir. Não fique desapontado.

— É. Mellanie me apoia muito.— terminei de tomar meu suco.

Minha mãe se levantou, recolheu meu prato e copo e o pós na pia, quando menos esperei a mesma me abraçou.

— Me orgulho muito de você querido. Sua resistência mostra sua força. — lhe abracei.

— Obrigado por ser a melhor mãe do mundo. — ela me olhou e sorriu.

— Mesmo depois de te dar uns esporros?

Rimos.

— Claro. — beijou minha testa.

Segui até meu quarto e após escovar os dentes fui para o lado de fora para esperar o carro. Fiquei de frente à porta distraído até que algo me chamou a atenção. Uma garota vinha correndo com fones de ouvido de cores chamativas. Usava uma camiseta branca e um short de tactel preto com linhas laterais rosa fluorescente.

Continuei quieto a observando até que ela percebeu que eu a olhava.

— Brian? — Perguntou surpresa tirandos os fones de ouvido. Ela me conhecia? Então provavelmente eu a conhecia...— É você? — seguiu até mim com um sorriso no rosto.

— Oi. — sorri para ela que parou a alguns centímetros de mim.

— Se lembra de mim? — me mantive calado tentando processar seu rosto que me era bastante familiar. — Sexto ano fomos para a sala do diretor por termos...

— colocado chiclete e cola na cadeira do professor. — ela concordou rindo.

Aquele dia havia sido sinistro. E ainda havíamos pulado o muro da escola, mas mesmo assim havíamos tomado suspensão.

A mesma tirou os óculos escuros mostrando o quanto castanho seus olhos ainda estavam. Estava com o  tom de pele bronzeado e o cabelo castanho escuro até a altura do ombro.

— É bom te ver — me abraçou. — Fiquei sabendo sobre o que aconteceu, mas como eu não estava na cidade nem deu tempo de vim te ver. — se explicou.

— Não estava recebendo visitas. — Contei a ela.

— Lhe respeito totalmente.  Deve estar sendo difícil. — me olhou triste.

— Não muito. Recebo muito apoio.

— Sei que vai ficar bem. — se escorou no corrimão da rampa. — Você tem muito o que aprontar ainda. Vai sair dessa.

— Obrigado. — Sorriu. — Disse que não estava na cidade…

— Ah… eu voltei tem uma semana. Estava em outro país. — guardou os fones. —  Intercâmbio.

— Uau! Ainda tem o sonho de ser veterinária?

— Não.— riu. — Curso relações internacionais. — suspirou. — E você? Continuou os estudos ou ficou por conta do motocross?

— É meio óbvio não? — apontei para a cadeira e ela riu.

— Não mudou nada Brian. — neguei.

Um carro parou de frente à minha casa. Era da clínica.

— Preciso ir.

— Ok. Depois marcamos de sair... sei lá… Precisamos colocar algumas coisas em dia.

— Claro. Ainda está morando no fim da rua?

— Sim. — respondeu enquanto descíamos a  rampa. — Estou quase o dia todo em casa.

— Ok… marcamos depois.Até mais. — acenou para mim assim que assenti.

— Amiga? — me assustei assim que olhei para cima e avistei Keren parada na porta me olhando sem entender.

— Sim, do ensino fundamental. Se chama Rayna. — respondi enquanto entrava.

— Hum… Bacana! — disse antes de fechar a porta. — Não é babacona como sua ex não, não é mesmo?

— Nem um pouco. — assumi.

Depois de alguns segundos as coisas pararam de fazer sentido.  Como ela sabia da minha ex namorada?

— Como sabe…

— Não conte a Mellanie, foi ela que me contou. Estava tão nervosa com o ocorrido que precisava desabafar. Só me contou o que aconteceu com vocês. — cochichou.

— O que?

— Que estavam no bar e aí sua ex chegou e começou a falar um monte de baboseira pra você. Mellanie disse que só não tacou uma cadeira nela em respeito a você.

— Ela ficou brava à esse ponto? — questionei surpreso.

—  Você não faz ideia. Ela pode não ter demonstrado no momento que tudo acontecia porque ela é até bem controlada. Mas depois que nos encontramos e começamos a conversar… — riu. — Quase taquei água na boca dela com medo de a qualquer momento ela cuspir fogo em mim. — rimos. — Ela ficou preocupada com você… Ela ficou com medo de você regressar com tudo.

— Sério? — me olhou sobre o espelho do carro.

Ouvir aquilo me causou algo bom e sensações boas. Mesmo que eu não quisesse que Mellanie se preocupasse com aquilo. Era estranho e ao mesmo tempo bom.

— Não faz ideia do quanto ela se importa com você. Faz o possível para te ver bem. Pelo visto até colocaria a mão no fogo por você. — me mantive calado. — Acho que você dá alguma segurança a ela. Nunca a vi ligada  a um paciente da mesma forma que está ligada a você, é estranho!

Assumo que me senti bem após ouvir aquilo, mesmo ficando um pouco sem graça. Era visível que ela se importava comigo, mas não fazia ideia de que era nesse nível. Não queria afeta-lá em nada, mas era bom saber que estava ao meu lado.

Permaneci calado pois eu não sabia o que dizer. Eu estava incrédulo.

Mellanie surtando por causa da minha ex. Era bom e ruim ao mesmo tempo.

— Nem sei por qual motivo sou útil a ela.

Keren apenas riu e depois disso não disse mais nada, fazendo a viagem prosseguir em um enorme silêncio.Quando chegamos segui para dentro da sala de espera enquanto Keren estacionava o carro.

Não demorou muito para encontrá-la. Olhei para Mellanie que estava deitada  no sofá de espera, com seu saco de jujubas quase se esparramando enquanto ela dormia de boca aberta.

— Hey. — a chamei e a mesma abriu os olhos vagarosamente — Eu cheguei. — suspirou me encarando com suas grandes nebulosas.

— Olá!  — se espreguiçou tirando seus cachos, que estavam molhados, do rosto e  o tirando de sua roupa branca que destacava cada vez mais seu lindo tom de pele chocolate.

— Dormiu bem? — questionei após notar o quanto ela estava sonolenta tentando amarrar seu longo cabelo.

— Sim. É que cheguei um pouco mais cedo hoje e ontem eu fiquei fazendo trabalho da faculdade até tarde. — explicou esfregando os olhos. — Não tenho aula em todos os horários hoje para a minha sorte. — comentou dando mais uma ajeitada no cabelo.

— Quando chegar em casa irá dormir?

— Com certeza. — riu.— Vamos lá. — guiou minha cadeira. — Está bem?

— Sim. — menti.

Eu estava louco para enchê-la de perguntas, mas não devia.

— E você?

— Estou bem. Comi pizza ontem. — me contou. — Matei minha vontade.

Ficou de frente para mim.

— Podíamos marcar de comermos uma pizza juntos. — me olhou.

— Duas. Eu como uma sozinha. — riu me fazendo a encarar surpreso.

— Você? Detonando uma pizza sozinha? Seu tamanho não diz a mesma coisa. — ela gargalhou.

— Então… não pague para ver. — disse a mim.— Ou melhor… pague sim uma pizza para mim e lhe mostrarei o meu poder de detonação de pizza.

—Como quiser... Mellanie detona pizzas — ela riu.

A mesma apoiou a mão na minha perna esquerda para travar minha cadeira e senti algo.

— Mellanie.

— Oi?— me olhou. — Quer algo? — questionou se levantando.

Coloquei sua mão novamente em minha perna esquerda.

— O que foi? — continuou encurvada.

— Estou sentindo. — cochichei.  

Mellanie me encarou assustada.

A mesma puxou a mão e logo depois colocou uma em cada perna e as senti, mas era como se fosse toques bem de leve.

Aquilo só poderia ser brincadeira!

— Sente? — concordei a fazendo pular pela sala. — É isso aí. — comemorou se ajoelhado no chão e abraçando minhas pernas. — Os exercícios do início da semana deram certo.

Olhei para ela que me encarou me fazendo mais uma vez fitar seus olhos que vibravam  de alegria. Nem eu mesmo estava acreditando. Depois de dois meses eu havia conseguido sentir as duas pernas.

— Não precisa segurar minhas pernas pois pode ter certeza que não irei fugir agora. — ela gargalhou se levantando.

— Tudo bem. — arrumou seu jaleco. — Vamos lá! Falta pouco. — ela estava elétrica.

—  Não tão pouco. — a lembrei.

Mell parou de frente para mim.e cruzou os braços.

— Quando menos esperar essa sala será um lugar que nunca mais voltará! — Disse a mim abaixando a cama.

Para mim talvez aquilo não seria tão bom.

— Posso voltar as vezes sim.

— Mas andando. — concordei.

—Que gritaria foi essa? — Keke apareceu com sua salada de verduras e legumes.

— Ele está sentindo a perna esquerda. — contou a ela que quase derrubou sua salada ao ser sacudida por Mellanie.

— Parabéns! Estão fazendo um ótimo trabalho. — falou à nós dois. — São uma ótima dupla. — piscou se retirando da sala.

Mais uma vez havia repetido aquilo. Sim! Eu e Mellanie nos dávamos super certo juntos, mas não era pra tanto.

— Por que ela nunca fica com a gente? Ela não deveria ficar aqui o tempo todo? — indaguei.

— Ela está nos vendo, mas não vemos ela. Ela gosta de me ver trabalhando sozinha quando estou com você. Acha que é melhor. Não entendo ela. — assumiu.  — Tudo bem, já enrolamos demais. Vamos fazer isso logo. — Me ajudou a sentar na cama.

Por ela estar bastante cansada acabamos não conversando muito e eu também estava sem assunto. A conversa com Keren havia me feito ficar pensativo e a única coisa que eu conseguia fazer era apenas observar Mellanie durante toda a sessão. Não queria que nada passasse despercebido, mas para mim ela  não estava diferente. Eu queria perguntá-la certas coisas, mas seria perigoso ela desconfiar de algo, talvez descobrir que Keke havia me contado algo. Continuei quieto e não fiz nenhuma pergunta. Me mantive curioso pelo bem de todos.

O tempo se arrastou, mas eu não me incomodava com aquilo. Ficar com Mellanie era confortante, era desestressante e parecia agir como um calmante para mim.

Eu realmente havia mudado depois que a conheci. Ela havia me feito perceber que tudo acontecia em seu tempo e que se eu precisasse de algo ela estaria lá, mesmo se estivesse distante.

Quando cheguei em casa,

quase fiz minha mãe infartar com a notícia. Estava mais feliz do que tudo! Na verdade todos estavam. Era mais uma parte do problema resolvido.

Após almoçar  acabei indo para meu quarto. Ainda estava incomodado com a conversa de mais cedo e nada conseguia me fazer distrair. Tudo parecia girar em torno daquilo. Olhei para os troféus na estante que refletiam um arco-íris. Puxei a cortina e tentei me concentrar em outra coisa, mas nada adiantava. Abri a nossa conversa, mas me segurei para não mandar nenhuma mensagem.

— Brian. — minha irmã abriu a porta. — Poderia me ajudar? — levantou o caderno.

— Sim.

Seria uma ótima distração!

E realmente acabou sendo! Passamos a tarde no quarto até um pouco antes da minha mãe nos chamar para jantar. Assim que ela me colocou em minha cadeira pediu para que eu escolhesse uma foto que tinha com meu irmão para poder guardar para ele, que a usaria na decoração do seu casamento.

Segui até meu guarda-roupa e peguei uma caixa de madeira. Peguei a chave debaixo do abajur e a abri. Vasculhei algumas coisas até que encontrei o envelope com fotos.

A primeira foto que vi foi uma decepção.Eu realmente não havia jogado fora!

Olhei para a foto onde eu estava em minha moto e Lully, minha ex namorada, estava ao meu lado. Olhei para a foto e a virei, lendo a pequena frase manuscrita por ela.

“Meu eterno campeão!

Lully ♡”

Respirei fundo e peguei as outras fotos que haviam ali. Eram apenas minhas e entre elas encontrei uma minha e do meu irmão, deveríamos ter 8 e 10 anos na época, estávamos em um sítio, ele em sua bicicleta e eu na mini moto do meu primo, onde surgiu meu amor por motos desde aquela primeira vez que a pilotei.

Tirei a foto, fechei a caixa e guardei a chave de volta aonde estava.

— Brian. — minha mãe bateu à porta.

— Já estou indo. — peguei meu telefone e abri a porta.

Segui em direção a mesa da cozinha e após me servir me juntei a minha família que estavam bastante comunicativos, menos eu. Estava perturbado com a ocorrido de manhã.

— E então… quando iremos te inscrever para o próximo campeonato?

— Campeonato? — olhei assustado para meu pai. — Eu não estou andando ainda.

— Mas já que é em breve… poderíamos já lhe inscrever. — brincou e balancei  a cabeça.

— Não mesmo, tenho que treinar depois  que voltar a andar.

— Tudo bem.

Meu telefone vibrou em meu bolso assim que eu acabava de comer. O peguei e minha mãe o tomou da minha mão imediatamente.

— Nada de telefone durante as refeições. — o olhou. — A não ser que seja urgente. — me entregou de volta e quando olhei era uma ligação de Mellanie.

Será que sofríamos de telepatia?

— Com Licença. — pedi saindo da mesa.

Quando assumi uma distância deles o atendi.

— Alô?

— Ei Brian! Estou aqui na porta da sua casa, vim lhe trazer um presente. — me assustei. — Pode vim buscar? Não posso demorar, tenho compromisso.

— Ahm… Ok. — respondi automaticamente.

Desliguei o telefone e passei por meus pais e minha irmão que me olhavam sem dizer nada enquanto eu seguia até o lado de fora.

A ansiedade me consumiu. Eu gostava de vê-la, mas era estranho vê-la depois dd saber o que havia ocorrido. Era estranho, me causava algo estranho.

Antes de abrir a porta respirei fundo três vezes, tentando manter a calma. Era como se eu tivesse 17 anos novamente e Lully estivesse prestes  a sair pela porta de sua casa, no dia em que havíamos decidido ficar juntos.

Abri a porta Mellanie e estava junto a Keke e trazia uma caixinha.

Olhei para ela que usava um vestido com flores escuras, meia calça e bota.

— Oii… Não posso demorar. Só vim lhe trazer já que não nos veremos amanhã. — Sorriu.

Continuei a olhar para ela que estava com uma blusa de frio preta, já que a noite estava um pouco fria.

— Obrigado.— agradeci pegando a caixinha dourada.

Assim que abri  tirei um lindo colar com uma pedra colorida que estava coberto de papel manteiga.

— Aquele dia não ganhou meus olhos, mas achei algo viável para substituir. — riu. — Vi e me lembrei de você.

— É lindo! — sorriu. — Será meu amuleto da sorte.

— Sério? — olhou surpresa e concordei.  

A mesma pulou de alegria. Eu gostava de vê-la feliz.

— Ei Brian! Não quer ir com a gente? Vamos na casa do Baby mais tarde, te trazemos de volta ainda hoje. — Keke me chamou.

Mellanie foi para o lado para que eu a vê-se.

— É! Vai ser legal. Será só nós cinco, o irmão dela também vai.— Mell me motivou.

— Tudo bem. Quero ir sim. — Ela sorriu.

Na verdade, eu não precisava pensar 2 vezes. Sair com ela era bom e também… Eu já havia ficado anos dentro de casa e não conseguia sair com mais ninguém que não fosse ela ou minha família.

— Dessa vez te traremos de volta. — garantiu a mim.

Fui para dentro de casa e meus pais ainda estavam na mesa.

—Vou sair com a Mellanie. — peguei minha carteira que estava em cima do armário. — Volto ainda hoje.

—Hey. — Minha mãe se levantou rapidamente ficando na minha frente.

Só me faltava essa! Minha mãe forçar a barra.

— Vou pegar sua blusa de frio. Não queremos ninguém doente internado no hospital. — disse a mim seguindo pelo corredor.

Respirei aliviado. Seria estranho de sua parte não me deixa sair com ela. Após ela voltar e me entregar uma blusa de frio sai  e avistei Mellanie com Keke conversando encostada no carro.

— Qualquer coisa ligue. — minha mãe avisou para mim enquanto eu descia a rampa. — Olá. — Mellanie e Keren acenaram para ela.

Assim que me virei minha mãe já entrava para dentro da casa. Olhei para o andar  de cima e minha irmã estava nos olhando. A ignorei e me virei para as duas.

— Vamos colocar ele no banco de trás, ele vai comigo. — Mellanie disse e então percebi que não era um carro adaptado.

— Tem certeza que querem…

— Brian… você está falando com duas fisioterapeutas — Mellanie disse a mim e me dei como vencido.

Para a minha surpresa o namorado de Keren estava no carro e saiu do banco do motorista.  

— Oi Brian.

— Oi. — Respondi assim que o mesmo se abaixou para ajudar as duas.

Realmente não tiveram dificuldade para me colocarem dentro do carro e acabaram guardando minha cadeira no porta-malas.

— A gente podia comprar as bebidas primeiro. — Heitor propôs.

— Só pensam em beber? — Mellanie arredou para o lado se sentando no meio enquanto eu estava na janela. — Não está com frio? — neguei.

— Volta pra cadeirinha. — Keren tapou seu rosto.

— Vocês fazem tanto bullying comigo.  — resmungou.

— Você é fofa sabia? Por ser desse tamanho. — Ela sorriu.  

— Obrigada. — acariciou o cabelo de Keren. — Eu não irei beber. Misericórdia! Última vez que bebi…

— Foi quando?

— Estava com o Brian. —  Os dois olharam para trás.

— Saíram para beber e nem me chamaram? — Nos encaramos.

— Talvez queriam privacidade. — Heitor disse a ela.

— Ah… o dia da foto dos dois na cama.

— É! — Concordamos.

Me senti novamente incomodado, mas Mellanie não esboçou nenhuma reação. Ela estava neutra. Não se importava com aquilo.

— Foi melhor não irmos mesmo. — riram.

— Vamos direto para a casa do Baby? Preciso tomar banho e trocar de roupa.— tentou trocar de assunto rapidamente.

— Mellanie, não iremos te esperar. Temos que comprar algumas coisas ainda e quando você está sozinha… se atrasa mais do que tudo e Baby odeia atrasos.

— Mas… poxa… eu só danço… — Se defendeu.

— Eu espero ela. — me pronunciei.

— Estão vendo? O Brian me espera. Não ficarei sozinha.

— Tudo bem. — Keren se deu como vencida.  — Deixamos vocês lá e Brian… — me olhou se virando para trás. — Não a deixe dançar enquanto estiver lá ou você voltará só amanhã de madrugada.

— Tudo bem. — ri.

Quando chegamos ao seu prédio me colocaram em minha cadeira de rodas e seguimos até o elevador.

— Prometo não demorar. — avisou a mim.

— Vou estar de olho em você. —  entramos no corredor e ela abriu sua porta.

Entramos em seu apartamento que estava impecavelmente limpo  e ela se jogou no sofá.

— Gosto daqui, é tão colorido.

— As cores trazem sensações boas. — disse a mim. — Quanto mais cores vibrantes mais você fica animado. — sorriu.

Enfiei a mão em meu bolso.

— Poderia colocar? — pedi a ela esticando o colar.  

— Claro. — se levantou.

Ergui o colar e a mesma não o tirou da minha mão e ficou apenas a encarando.

— Brian… — segurou em minha mão arregaçando a manga da minha blusa de frio. Puxei minha mão e arrumei minha blusa.

Mellanie permaneceu imóvel ainda me encarando assustada.

Droga! Ela havia visto.

— Brian… você… — ela parecia não acreditar.

— Só coloque o colar. — pedi.

— Brian…

Ela pelo visto não desistiria!

— Sim. —  sua expressão se tornou completamente. Me ohou assustada. — Eu já tentei me matar se quer saber — ela ficou imóvel mais uma vez. — Seis meses após o acidente. — respirei fundo. — Como pode ver… não deu certo. Foi só mais  um mês internado.

Mell não disse nada e apenas ficou me encarando assustada. Eu não contava aquilo a ninguém. Não gostava muito.

A fitei e ela ainda estava com a expressão de que a qualquer momento começaria a chorar.

— Eu estou bem agora. Não se preocupe. — tentei tranquiliza-lá.

— Tem certeza? Porque se não.... é… nós tentamos dar um jeito e… — ela gaguejava sem parar. — Eu não quero que…

Mellanie passou a mão pelo cabelo e respirou fundo. Ela estava preocupada. Preocupadíssima!

— Eu estou bem. Foi só uma fase muito difícil. Eu não aceitava isso. Não que eu tenha aceitado, mas só estou sendo mais compreensível.

Ela ainda estava imóvel.

— Mellanie.

— Me prometa que não fará mais isso. — pediu.

— Tudo bem. Não farei mais isso. — sorri para ela. — Poxa vida. Por qual motivo eu faria isso? Tenho você me apoiando o tempo todo e dando puxões de orelha.

Ela  continuou estática provavelmente tentando digerir a informação. Seus olhos estavam tristes e aquilo me amassagava o coração. Logo depois se sentou ainda me olhando chateada.

Eu precisava reverter aquilo, mas eu não possuía nenhuma idéia.  Era incômodo a ver tão parada. Parecia estar em choque.

Olhei para todo o cômodo até que avistei algo eficaz. Liguei o som e uma música animada tocava na rádio. Comecei a fazer movimentos com a mão, tentando não imaginar o quanto bizarro estaria sendo e logo depois ela riu. Ergui a mão para ela que segurou e se levantou dançando em volta da mim.

Pelo visto eu chegaria só amanhã de madrugada em casa.

Mellanie  aumentou o som do rádio e continuou a dançar. O que fez o clima mudar totalmente. Ela havia se transformado em outra pessoa.

A música fazia bem a ela, dançar fazia bem a ela. Não poderia tirar isso daquela garota.

Olhei para ela que rodopiava sem parar e cantava ao som da música que era bastante animada enquanto eu a segui com assobios. Seus cachos pulavam e seus pés cobertos pela fina meia calça tocavam levemente o chão.  Aquilo me causou uma grande alívio!

Poderia ficar horas a vendo dançar, aquilo a dava vida e a tornava cada vez mais única.

Outro som me chamou atenção e  olhei para seu telefone que estava com a luz acesa.

— Estão te ligando. —  avisei a ela que olhou o telefone e desligou o rádio.

— É a Keren. — gargalhou. —O que você fez Brian? Não me arrumei ainda.

Eu havia falhado em minha missão, mas aquilo não era perda de tempo. Nada valia mais do que a sua felicidade.

— Alô.Estou me arrumando sim.— por um momento sua expressão mudou. Tudo ficou tenso e ela pareceu entrar em choque novamente.— Não… — Mellanie  se sentou no sofá.— Por favor… isso é mentira. — colocou a mão na cabeça. — Você não está falando sério — começou a chorar.

Aquilo me causou confusão. Que merda poderia ter dado errado?

— Está tudo bem? — perguntei preocupado e ela negou.

Mellanie largou o telefone e abraçou a almofada. Segui até ela e peguei seu telefone.

— Deite-se no chão e tudo ficará bem. — cochichou me deixando ainda mais confuso. Em momentos de pânico… sempre a mesma frase... — Não…

— Alô?

— Ah… Oi Brian. — Keren me respondeu, mas sua voz estava estranha… Sua voz era de choro.

— O que aconteceu? — engoli um seco.

Ela demorou alguns segundos parecendo se recompor.

— É o Baby… o  pegaram e o machucaram de novo.


※※※※※※※※※※※※※※※

ACABEI ASSIM MESMO PQ ATÉ TERÇA-FEIRA TEM CAPÍTULO E NOS TEM GRUPO DO WHATSAPP PRA VCS ESTAPEAREM MINHA FACE E VEREM A VIDA CORRIDA DA TIA DOIDA AQUI.

ATÉ SEMANA Q VEM ( Agora é sério pq o cap ta prontinho lá!)

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