Uma Vida Para Amar - Lia Jones

By MiauJones

20K 1.5K 313

Lauren Jauregui está prestes a realizar seu sonho de ser jogadora de futebol, porém um acidente muda toda a s... More

Uma Estranha Doutora
Profissionalidade a Parte
Aceitando a Cura
Temporais
Tudo Por Uma Família Unida
O Milagre
De Volta á Pista
Não Será Hoje
Um Novo Lar Para se Isolar
Vizinhos
O Intruso Do Natal
Peças Intímas
Noite De Mensagens
Professor
A Verdade Machuca
Pervertida
Ameaças
Uma Ajuda a Mais
(Não é Cap) Feliz Aniversário Amor
Judiar
Planos Românticos

Vampira

659 61 19
By MiauJones

Denver, Colorado.

Casa Da Lauren.

POV Lauren Jauregui.

Depois de uma semana tendo rotinas que para mim antes era uma das melhores coisas, agora estava mais que enjoada. Jogar nunca foi tão chato.

Estava experimentando algumas das minhas roupas no guarda roupa, minha mãe insistiu que preto era bonito mas não era a única cor do mundo.

Mas ainda assim, preferi experimentar as mais escuras, como marrom e azul marinho primeiro que as clara. Era o meu gosto.

Terminava de abotoar os botões de uma camisa feminina quando escutei um barulho de caminhão. Estranhando o som pelo fato dessa rua ser extremamente calma, caminhei até a janela, olhando o movimento suspeito da casa vizinha.

Não imaginei que alguém mudaria tão rápido para cá. As despesas são bastante caras, não que eu deveria me importar com a renda deles, mas quem poderia ser?

Analisei melhor cada coisa que os grandes homens levavam para dentro. Havia caixas com diversas decorações, desde quadros, bonecos de porcelana, livros e outras coisas.

Depois de algum tempo olhando – talvez por eu não ter muito o que fazer –, um carro se aproximou, estacionando perto do caminhão.

Forcei melhor minha visão, vendo duas garotas bonitas saírem de dentro, uma loira e uma com características latinas. Tive certeza quando ela se virou de costas.

" – Céus." Sorri maliciosa.

Cruzei meus braços analisando os movimentos da latina, ela parecia mais nova, talvez uns 20 ou menos. A pergunta que não me queria sair da mente era o que as duas eram, namoradas? Irmãs? Amigas?

Quando a menina se sentou no caminhão e abriu os braços eu sorri sem querer, pela felicidade que ela demonstrava ter.

Mas meu sorriso virou uma gargalhada quando a mesma caiu de cara no chão, sujando o fofo cachecol que estava em seu pescoço.

Ainda com o sorriso no rosto, continuei observando seu jeito engraçado e ainda assim, sexy. Mas infelizmente a mesma me encontrou, deixando uma marquinha em sua testa por franzir o rosto.

Ouvimos um grito e quando a latina olhou para saber de onde vinha, aproveitei para me afastar da janela, não queria ser bisbilhoteira, nunca fui de observar a vida dos outros, detestava.

Mas por um acaso eu me interessei por essa garota. Só tinha um problema, é muita ilusão imaginar que teria alguma chance com ela, não que eu esteja com a auto estima baixa, longe disso.

A questão é, como se namora alguém quando está isolada em uma casa com mais de sete ar condicionados para purificar o oxigênio que eu respiro, sou como um peixe em um aquário, uma raposa em um zoológico, um amor em um coração.

" – Eu deveria escrever isso." Pensei comigo mesmo quando pensei em algo tão filosófico.

Abri a porta do meu quarto, descendo as escadas depois de passar pelo corredor. Encontrei Normani mexendo no celular e me aproximei dela, me sentando no sofá da grande sala.

A lareira estava ligada, dando um ar bem gostoso no ambiente e eu aproveitei para relaxar um pouco até que minha amiga percebesse que eu estava aqui.

" – Laur?" Ela olhou para mim depois de uns três minutos. " – Eu não percebi você chegando."

" – Não faz muito tempo." Dei de ombros. " – Estou entediada Mani." Confessei respirando fundo.

" – Ah Laur, eu imaginei." Ela se levantou agachando ao meu lado no sofá. " – Olha só. Eu tive uma ideia, porque não desenha alguma coisa? Clara me falou que você era uma artista de primeira quando pequena, mas depois que descobriu o futebol parou de praticar."

" – Me pergunto o que a minha mãe não lhe contou." Olhei para Normani, rindo. " – Tudo bem, irei fazer, mas não deixarei você ver, está bem? Não quero que me zoe pela falta de prática."

" – Eu não faria isto, mas se assim prefere, irei respeitar." Minha amiga se levantou, abaixando no armário do lado da lareira para pegar um caderno e um lápis.

Peguei da sua mão quando a mesma me entregou e comecei a pensar no que eu poderia desenhar.

" – Estarei na cozinha se precisar." Ela me avisou e eu a chamei. " – Sim?"

" – Não quero ser intrometida, mas com quem estava no celular?" Perguntei a olhando.

" – Minha tia me ligou, ela ficou com saudades, queria saber se estava tudo bem no meu emprego." Normani me contou, sorrindo no final.

" – Espero que eles não se importem de você ficar morando comigo." Confessei, balançando o lápis entre meus dedos.

" – Claro que não. Eu deixei de fazer importância a algum tempo para eles." Ela falou baixo, se afastando antes que eu pudesse falar algo.

Suspirando pelos problemas familiares de Normani, a imagem da latina se fez em minha mente e eu pensei porque não desenhar a própria.

Com o lápis no meio do caderno, fiz as linhas para delinear o rosto fino e delicado dela. Não demorou muito para eu colorir seus olhos castanhos e traçar sua boca bem desenhada com a ponta do lápis.

Minha mão soava e eu passava a minha língua para molhar minha boca a cada minuto, era como se um desenho pudesse me mostrar a intensidade que essa garota tinha.

Me distraí tão bem nesse ato de desenha-la que não percebi o tempo passar. Quando me dei por mim mesma, estava perfeito e eu tinha a imagem realista da latina em minhas mãos.

Escutei passos atrás de mim, e me ajeitei no sofá, abraçando a minha arte para que Mani não veja. Ela com certeza me zoaria por desenhar a vizinha, afinal o desenho ficou até bonito.

" – Onde está indo?" Perguntei estranhando ela não ter vindo até mim, pelo contrário, caminhado até a porta da entrada.

" – A campainha está tocando a horas, você não ouviu?" Ela questionou e eu neguei.

" – Eu irei guardar as outras folhas." Avisei saindo da sala para me abaixar no armário.

Coloquei o que estava usando de volta para o lugar na ordem, o que era algo que amava fazer. Organizar muito bem as minhas coisas.

Me levantei ajeitando minha camisa e escutando minha amiga conversar, voltei para a sala, querendo saber quem poderia ser a uma hora dessas ainda mais com a ventania.

Quando cruzei os olhos com quem estava na porta o meu coração parou por alguns segundos, eu tenho certeza. Minha boca nunca ficou tão seca e eu acredito que minhas pernas bambearam.

Mas isso não durou muito pois o corpo de Mani ficou na frente, tampando a minha visão da própria latina, que estava na minha porta.

O que ela estava fazendo aqui? Porque raios ela me visitaria? Será que ela se incomodou de eu a observar da janela?

Tantas perguntas e o que eu mais queria era ir até lá e deixar que ela mesma respondesse. Mas fazer isso seria loucura, ela pensaria que eu era alguém normal e eu não sou.

Eu talvez iludiria ela, e isso seria horrível pois eu não posso sequer ter mais alguém dentro de casa sem que a pessoa tome um banho de produtos antibacterianos.

Não irei dar chance para que a mesma possa conversar comigo. De jeito algum. Se tem alguma coisa que eu sei fazer é ignorar meninas que tentam ter relações comigo em busca de fama ou dinheiro.

Essa latina deve ter descoberto que sou filha da ministra da cidade e resolveu se oferecer, e a julgar por seu decote não devo estar errada.

Dei de costas, subindo as escadas até o meu quarto. Definitivamente, essa história acaba aqui. Bufei abrindo a gaveta do lado da minha cama para colocar o desenho dela dentro e fechar.

" – Como eu pude pensar que poderíamos ter alguma coisa? Detesto essas paixões de primeira vista." Suspirei tirando a minha camisa de botões, colocando no closet. " – Você deve ser mais uma dessas patricinhas oferecidas e eu sou apenas uma mulher com problemas imunológicos."

Denver, Colorado.

Casa da Lauren

POV Narrador

Enquanto Lauren se lamentava dentro de seu quarto. Normani cortava um pedaço de torta que até agora tentava entender o motivo de merecer tal comida.

Na sua mente ela imaginava que quem oferecia coisas do tipo era justamente a vizinhança para os novatos no bairro. Mas foi justamente o contrário.

Ignorando essa dúvida. Ela provou um pedaço, revirando os olhos de tão bom que estava. Por comer muito industrializado, Mani havia esquecido o gosto de algo natural e muito bem feito.

" – Essa bunduda tem talento." Ela disse acenando positivamente com a cabeça. " – Lauren." A morena gritou chamando sua amiga, mas a mesma pareceu não ter escutado.

Ainda querendo que Lauren experimentasse, Normani pegou um prato, colocando um pedaço da torta de chocolate, caminhando até o quarto da Jauregui.

Chegando no local ela encontrou a garota olhando pela janela, o que era suspeito, pois desse lado quem se encontrava era justamente a tal da vizinha estranha.

" – O que tanto olha?" Mani perguntou assustando-a.

" – Na...nada." Lauren engoliu a seco, se aproximando de Normani apenas de calça e top. " – O que é isso?"

" – Uma torta. A nossa nova vizinha trouxe, queria que experimentasse, é uma delícia."

" – Quer dizer que ela veio até aqui para nos dar uma torta?" A Jauregui estava confusa mas ao mesmo tempo admirada pela gentileza da latina. Talvez ela não seja tão oferecida assim como pensava.

" – Sim, estranho não é? Mas pelo menos ela salvou a nossa janta." Mani riu, entregando o prato para a Lauren, que segurou o garfo, comendo o primeiro pedaço.

" – Uau." A garota falou de boca cheia, balançando o corpo a cada mastigada. " – Isso é muito bom, Mani." Ela comeu mais, praticamente limpando o prato.

" – Sim, é excelente, a gente deveria chamar ela para cozinhar no final de semana conosco." Normani pensou alto assustando a Lauren, que queria distância da latina. " – Mas eu provavelmente seria demitida pela Dona Clara."

" – Sim. Você tem razão." Lauren falou receosa, com medo que sua amiga trouxesse a menina que tanto ocupava sua mente desde então. " – Melhor não arriscarmos."

" – Eu falei para ela que não tem mais ninguém que euzinha dentro dessa casa. Se por acaso ela aparecer na janela, se esconda. Não quero ter pinta de mentirosa pelo bairro."

Normani avisou, fazendo a Jauregui rir. As duas se entendiam perfeitamente, isso deixava ambas felizes, porém tanto Lauren quanto Normani estavam propensas a não cumprir suas palavras.

Afinal. Mani gostava de comida, e Laur estava com sentimentos estranhos e desconhecidos em relação a sua nova vizinha.

" – Eu não olho ela pela janela, e você não a deixa entrar. Fechado?" Lauren falou, olhando diretamente nos olhos da morena. " – Mani?"

" – Fechado." Sua amiga falou, tirando o prato que Lauren segurava para levar até a cozinha, deixando a Jauregui sozinha novamente no quarto.

" – Eu havia me esquecido de como chocolate era bom." Lauren falou consigo mesmo. " – Espera...chocolate?"

Pensando em todos os seus casos de quando a mesma comeu chocolate, o desespero bateu. A ficha de que ela tinha alergia finalmente havia caído.

" – Merda." E como se adivinhasse. Assim que olhou para a sua pele, seus braços estavam cheios de bolinhas vermelhas que a irritavam demais.

Começando a coçar seu corpo, ela gritou pela amiga. Que não tardou em vir correndo. Gritando junto com Lauren quando viu o estado que a garota estava.

" – O que aconteceu com você?" Mani gritava, ajudando sua amiga a coçar as costas.

" – Eu me esqueci que tenho alergia a chocolate. Porque raios Clara não falou isso para você?" A Jauregui brigou, com as bochechas rosadas.

" – As fofocas eram mais importantes." Normani riu, mas se calou depois de perceber como a sua amiga estava irritada. " – O que melhora isso?"

" – Eu não sei. A última vez que isso aconteceu foi a minha vó que me ajudou." Lauren se jogou na cama, tirando a calça e rolando na cama para sanar a coceira, ato que não adiantou.

" – Tenta lembrar Laur, eu nunca passei por isso." Normani apressava a menina, preocupada.

" – Ahm..." A Jauregui parou para lembrar, tendo a lembrança de um suco de acerola que sua vó fez para que as vitaminas pudesse combater junto com os anticorpos, algo que ela não tinha. " – Suco de acerola Mani. Muito suco. Pegue os que estão no freezer, não deve ser muito mas tem."

" – Não ranque sua pele até eu voltar. Eu quero ver isso." Normani avisou, correndo para preparar um suco o mais rápido que podia.

E ao mesmo tempo que Lauren se matava de coçar dentro do seu quarto. Na casa vizinha ao cair da noite, Camila acabava de tirar sua roupa que com muito custo escolheu para se bem vestir por causa de sua vizinha misteriosa, que além de tudo tinha uma companheira mentirosa.

Dinah havia rido mais do que quando via filme de comédia. Isso deixou a pobre menina triste. Ela queria um consolo, e aproveitando toda essa confusão, Camila resolveu ligar para seu namorado.

Deitando em sua cama ao lado da janela grande mas não do tamanho da parede, ela ligou a tela do telefone, esperando que o rosto um pouco gordinho de Austin aparecesse do outro lado.

" – Mila!" Austin falou alegre por ver a sua namorada. " – Você me acordou, está tudo bem?"

" – Hey Austin, me perdoe eu me esqueci das diferenças de horário, precisamos combinar quando iremos nos falar." Virando o corpo para o lado, a latina se ajeitou melhor na cama macia.

" – Sim amor, ainda vamos combinar, mas então. Como chegou de viagem?" Ele coçou os olhos, bagunçando ainda mais seus cabelos não tão lisos.

" – Foi tranquila, acredita que Dinah se mudou justo quando cheguei? Era essa a surpresa que ela me contou." Camila riu e Austin também, eles sabiam que Dinah não era muito certa.

" – Eu não duvido, apesar de não ter me dado muito bem com ela, imagino como você deve sofrer por ter que suportar essas loucuras."

" – Não é bem assim...Eu gosto dela." A menina suspirou, sentindo frio. Seu rosto ergueu em busca da janela e percebeu que a mesma estava aberta, trazendo a ventania para dentro.

Conversando com o Austin sobre como a casa em que ela estava era grande, Camila aproveitou para fechar a janela, percebendo vários movimentos na sua vizinha, que tinha o quarto inteiro transparente.

" – O que..." A latina falou baixo, forçando sua visão para entender o que estava acontecendo.

Por mais distante que ela esteja da outra casa, se dava claramente para ver a tal garota misteriosa com a morena que a atendeu na entrada.

As duas discutiam algo e a morena segurava um pequeno saco com um líquido vermelho dentro, que lembrava bastante sangue humano.

" – Ai meu Deus." Camila literalmente ignorou seu namorado na outra linha e se pendurou na beirada da sua janela, curiosa até demais.

Quando a latina menos esperava, a mulher misteriosa pegou a sacolinha, engolindo todo o líquido vermelho de uma vez, ficando com uma marca no canto dos lábios.

Assustada e com o coração batendo rápido, a menina se abaixou, escondendo-se por baixo da janela. Lembrando que ainda estava na linha com Austin, ela recuperou seu celular.

" – Onde estava? Eu fiquei preocupado." Ele brigou.

" – Austin. Eu preciso desligar. Me desculpar ter te acordado, eu amo você Bananito." Camila mandou dois beijos para a tela e desligou antes mesmo que o garoto pudesse lhe questionar novamente.

" – Eu não sei o que raios eu vi, mas..." A latina entrou na internet pelo seu celular, digitando o que tinha em mente.

[Digite sua pesquisa] "Mulher misteriosa que se esconde em casa e observa meninas inocentes." (Buscar resultados)

Página um: Estupradores aumentam nos EUA 20% desde presidência...

Página dois: Meninas inocentes são mais propensas a serem procuradas por estupradores.

Bufando pelos resultados idiotas que o navegador propôs, ela resolveu mudar o jeito em que ela pesquisou. Talvez assim faria mais sentido.

[Digite sua pesquisa] "Pessoas misteriosas que bebem líquido vermelho e se esconde de pessoas." (Buscar resultados)

Página um: Você pode ter visto um vampiro uma vez em toda sua vida e sequer sabe disso...

Página dois: Mistério e sangue? A combinação perfeita para um vampiro. Saiba como identificar um deles...

Página três: Vampiros sexys, veja fotos em Pinterest...

" – Isso não é possível...." Camila tampou sua boca, se lembrando de como a mulher misteriosa bebia tal líquido...tão sedenta.

Sem contar de como era estranho todo esse mistério que a morena fazia. Porque não a deixar entrar? Porque mentir? E quando a latina viu a outra mulher de relance dentro da sala, com olhos tão intensos e pele alva.

" – É claro. Ela com certeza deve ser uma Vampira estupradora!"

Continue Reading

You'll Also Like

3.2M 250K 106
Ele é tão irritante. O ego dele não cabe nesta sala e me sinto sufocada com sua presença. É ano de Copa do mundo, sou contratada para conter danos e...
242K 16.5K 47
Richard Rios, um homem de vinte e três anos que atualmente atua no futebol brasileiro na equipe alviverde, também conhecida como Palmeiras. Vive sua...
99.6K 7.9K 44
Almas que não foram feitas para a paz, mas feitas a mão para a morte e assassinato, sangue e ossos... Almas gêmeas forjadas no fogo, sob o olhar aten...
784K 60K 53
Daniel e Gabriel era o sonho de qualquer mulher com idealizações românticos. Ambos eram educados, bem financeiramente e extremamente bonitos, qualque...