A Maldição da Lua.

By JUNIOReLIANE

117K 7.6K 808

Amélia Johansson Stohl, é apenas mais uma adolescente norte-americana comum, bem, isso é o que todos pensam... More

Primeiro capítulo
Segundo capítulo
Terceiro Capítulo
Quarto capítulo
Sexto capítulo. - Voltando para Terra.
Sétimo capitulo. - Perdi minha avó.
Oitavo capitulo. - Eles também não!
Nono capítulo. - A minha morte.
Décimo capítulo. - Voltando a Cher Airns.
Décimo primeiro capítulo. - Desconfiança.
Décimo segundo capítulo. - Controle.
Décimo terceiro capítulo.-De novo.
Décimo quarto capítulo-O Resgate.
Décimo quinto capítulo.-O Resgate.-Part. 2
Décimo sexto capítulo.-Enfermagem.
Décimo sétimo capítulo.-A lenda da Maldição
Décimo oitavo capítulo. - Ele tem namorada!
Décimo nono Capítulo. - A aldeia.
Vigésimo capítulo.-A Bebedeira.
Encontro com Claus.
Vigésimo segundo capítulo. - Visão.
Vigésimo terceiro capítulo. - Eu matei ela!
Vigésimo quarto capítulo. - Briga de galinha?
Vigésimo quinto capítulo.-Lembranças.
Vigésimo sexto capítulo.
Vigésimo sétimo capítulo. - A Morte.
Vigésimo oitavo capítulo. - Você quer brincar?
Vigésimo nono capítulo. - Duelo.
Trigésimo capítulo. - Contagem regressiva.
Trigésimo primeiro capítulo.
Trigésimo segundo capítulo.
Trigésimo terceiro capitulo
Trigésimo quarto capítulo
Trigésimo Quinto Capítulo
Trigésimo Sexto Capitulo
Trigésimo sétimo capítulo
Trigésimo Oitavo Capitulo
Trigésimo nono capítulo
Quadragésimo capitulo
Quadragésimo primeiro capítulo
Quadragésimo segundo capítulo
Quadragésimo terceiro capítulo
Quadragésimo quarto capitulo

Quinto capítulo

4.3K 314 16
By JUNIOReLIANE

POV* Amélia.


Ótimo! Agora ficarei sem coração.


Fui levada novamente para dentro do palácio. O fato de saber que queriam meu coração me deixou em choque, então nem reparei que estava sendo carregada. Subimos uns dois lances de escadas interligadas. No andar superior havia um corredor com alguns quartos. Entramos em um. Era um cômodo amplo e praticamente vazio, havia apenas uma cama e uma cômoda com alguns objetos. Um desses objetos era uma foto minha com minha mãe, e meu pai.


Fui posta no chão, ainda em choque.


— Agora descanse! Amanhã se iniciará seu treinamento.O jovem saiu do quarto me deixando sozinha. Eu estava com medo, muito medo pra ser sincera, eu estava com tanto medo que minhas pernas estavam bambas. Pensei que a qualquer momento fosse cair. Já deu pra entender. Eu quase pedi para que o jovem ficasse, mas meu medo apenas aumentaria.


Eu estava cansada. Joguei-me na cama, e fechei os olhos.


'Quando acordar eu estarei em casa na minha cama quentinha!' — Pensei tapando o rosto com 

as mãos.

Peguei aquele quadro com a foto dos meus pais, o abracei fortemente. Fiquei quase a noite inteira pensando em minha família, em Lara, e no Joe. Eu estava começando a sentir falta das piadas sem graça do Joe, e da Lara querendo que eu arrume um namorado. Do cheiro das panquecas de minha mãe, e do meu pai me dando sermão por ter chegado tarde em casa. Será que um dia eu voltarei a Terra? E Taylor? Ele algum dia saberia que existo? Estou num mundo mágico e olha no que estou pensando. O capitão do time de basquete. E foi nisso que pensei durante horas a fio.

Quando consegui adormecer, eu tive um pesadelo, com aquele híbrido horroroso. Claus!

Senti algo tocar minha face. Uma gota d'água? A limpei e tentei voltar a dormir. Mais uma vez à água, mas não apenas uma gota, e sim várias. Limpei o rosto e recebi um litro de água na face.Me sentei na cama, molhada, assustada e enraivecida. Porque diabos o jovem me acordou com 

um jarro de água suja na cara? O que eu fiz a ele?

— Está maluco? — Perguntei me sentando na cama e enxugando meu rosto com a minha roupa.

— Teve bons sonhos, princesa? — Ele disse sorrindo. Se eu não estivesse toda molhada e com frio, ele teria levado um soco.

— Por que você fez isso, seu maluco? — Pergunto cerrando os dentes.

— Já está na hora de começarmos o treinamento e se eu fosse você eu me arrumaria logo, Claus não gosta de atrasos. E você nem vai precisar tomar banho — ele estava rindo da minha situação? Caso ele não se lembre foi ele quem me molhou.

Levantei-me e fui até o banheiro me lavar, o banheiro era muito pequeno em comparação ao quarto. Tomei um banho rápido e sai, estava fazendo muito frio. Olhei na cômoda para ver se tinha algo que eu pudesse vestir, encontrei várias camisetas brancas e calças verdes com algumas partes pintadas. Que me fazia lembrar a roupa do exército americano. Vesti a roupa que encontrei, e uma bota um pouco velha, que me serviu perfeitamente. Sequei meu cabelo e o prendia em um rabo-de-cavalo. Pensei três vezes antes de por a mão na maçaneta pra sair.Nem foi necessário eu abrir a porta. O jovem a abriu e me deu uma portada na cara. Eu cai devido a pancada.

— Você é muito mole! — Ele riu.

— Queria ver se fosse você a ter levado uma portada na cara! — Indaguei e ele riu novamente.Continuei no chão com a mão onde a porta havia me acertado. Meu nariz.

— Levanta logo, vai! Não está doendo tanto assim — não, é?


Chutei a porta, e quem levou uma portada foi ele. Bem feito!

— Tá maluca? Isso dói — ele esfregou a testa onde a porta lhe acertou.Olhei pra ele com cara de 'é mesmo?'. Ele balançou a cabeça e me estendeu a mão me ajudando a levantar. Recusei sua ajuda, e me levantei sozinha. Ele saiu andando, depois parou e me esperou.

Qual seria o nome dele?


— Por que parou? — Pergunto.

— Acho que não sabes onde deves ir, ou sabes? — Ele responde, arqueando a sobrancelha e olhando a seu redor.

— Não! E você sabe onde posso comer algo? Estou com fome! — Abraço meu abdômem. Estou mesmo com fome.

— É melhor que não coma nada antes do treinamento. Dica de especialista — ele então se vira e continua caminhando.

Dei de ombros.

— Hum... não sei seu nome — disse enquanto descíamos às escadas.Ficamos em silêncio por um longo tempo, eu sem resposta.

— É Richard! — Ele sorriu.

— Hum... Não vai perguntar o meu? — Pergunto dando uma empurradinha em seu ombro.

— Eu já sei...é Amélia — ele disse o meu nome dando um sorrisinho. Como ele sabe meu nome?

O segui até uma enorme sala, na entrada acima da porta, havia alguma coisa escrita, mas eu não fazia ideia do que era, nem em que língua estava escrito, só sabia que não era em inglês.Entrei, mas parei na porta ao ver os seres que haviam dentro daquela sala. Seres estranhos, nojentos e assustadores. Que pareciam estar treinando. Obviamente estavam treinando! Alguns usavam roupas iguais a que eu estava usando. Outros usavam uma camiseta preta e uma calça de couro, igual a de Richard - Pelo jeito que Richard andava, parecia ser bem desconfortável aquelas calças de couro -. Na grande sala havia espadas e facas sobrepostas em uma enorme mesa. Vi uma espada passar bem rente a meus olhos e Richard a pegar. Pensei que queriam me 

decapitar! Nos aproximamos da mesa com as espadas e facas.

— Escolha uma! — Ele disse apontando para as espadas e facas.

Escolhi uma espada grande com detalhes em vermelho, que pareciam ser uma flor com linhas interligadas. Ela foi a única de que gostei. Uma luz vermelha ascendeu no lugar da flor assim que a empunhei. Parecia ter sido feita especialmente a mim. Senti como se já a tivesse empunhado alguma outra vez na vida. Me senti o Harry Potter segurando sua varinha pela primeira vez. Só faltou a luz embaixo de meus pés.

Richard me olhou com um olhar incrédulo, depois para a espada, eu mais uma vez, espada de novo. Claus se aproximou.

— Vejo que realmente eres a escolhida — sua voz sempre me deixava com mais medo do que o normal.

— Só porque essa espada acendeu umas luzinhas? — Tentei disfarçar o medo que estava sentindo dele.

— Vejo que você não percebe o quão eres importante neste planeta! — Disse Claus gritando. — Essa espada, não acende há mais de mil anos, desde quando a sua ancestral a empunhou pela última vez — Claus desvia o olhar para cima logo após concluir sua frase, parece pensativo.

Mil?

— A espada só se acenderá novamente na mão da verdadeira escolhida! — Disse Richard, com um tom de surpresa e olhando para sua bota preta.

— Acho melhor começarem o treinamento — disse Travor, o irmão híbrido bonzinho.

— Isso mesmo! — Digo decidida, enquanto balanço a espada. Eu me sentia forte e destemida enquanto a manuseava no ar. —O que devo fazer? — Eu estava perdida nesse Novo Mundo.

Richard e Travor riram e eu ri junto mesmo sem saber o motivo. Claus continuava com aquela cara emburrada de quem comeu e não gostou.

— Agora você irá apenas treinar — diz Travor, com sua voz forte e rouca. Dele eu não sentia medo algum.

Que eu iria treinar eu já sabia, queria mais detalhes.

— Com quem? — Por que eles não explicam tudo logo de uma vez?

— Com ele! — Disse Richard apontando para algo atrás de mim.Tive medo de me virar e ver um monstro com dez vezes o meu tamanho, e com uma super habilidade em manusear uma espada ou faca.Virei e me surpreendi. Era um pequeno monstro com uma enorme tatuagem tribal, que cobria todo seu corpo.

— Fala sério? — Perguntei sarcástica.

— Sim, falo sério! — Disse Richard com firmeza em sua voz.Aproximei-me do pequeno monstro, olhei em seus olhos, foi o que meu pai me ensinou quando era pequena - Sempre olho nos olhos de seu adversário, para ele saber que você não o teme! - O monstro sim parecia estar com medo, seus olhos lacrimejavam e seu corpo estava todo encolhido.

Ergui a espada, e olhei novamente em seus olhos. Virei-me para trás, e vi apenas Richard e Travor, eles riam de algo. Não sei do que era. Algo tocou meu braço direito, fazendo com que eu soltasse a espada.

— Ai! — Gritei e olhei para frente.

O monstrinho havia me atacado, ele cortou-me, um pequeno corte, mas que doía muito!

— Uma das coisas que deves aprender, nunca olhe para trás em uma batalha! — Disse Richard com aquele som sarcástico, que eu estava começando a odiar.

Eu estava ficando com raiva! Eu queria matar aquele pequeno monstro a minha frente.

Voltei a fitar o monstro, olhei novamente em seus olhos, e toda a vontade de atacá-lo que eu estava sentindo foi-se embora. Tudo o que eu queria era abraçá-lo e chorar.O monstrinho sorriu e me atacou novamente desta vez fazendo um corte em minha perna esquerda, que me fez cair ao chão. Esse corte doeu mais do que o do meu braço que ainda estava latejando.

— Outra coisa que acho que será necessário você saber. Nunca olhe nos olhos de um monstro! Seja ele bom ou mal, eles podem confundir seus sentimentos com apenas um olhar, fazendo você sentir pena deles, e não querer ferí-los — diz Richard, cruzando os braços.

— Não podia ter me dito isto antes?! — Grito e dou alguns gemidos de dor causado pelos cortes.Ele riu. Voltei a focar-me no monstro, mas desta vez sem olhar em seus olhos. Superando a enorme vontade de olhar só mais uma vez para aqueles olhos esbugalhados e lacrimejantes.

Não olhe!

Ele me ataca mais uma vez, consigo defender-me, colocando a espada em seu caminho.Aperto firme minha mão na espada, e a ergo novamente, como se fosse um taco de baseball - Meu esporte preferido. - Fingi estar com meu pai jogando baseball igual fazíamos quando eu era criança. Imaginei que aquele pequeno monstro a minha frente era uma bola, e que faltava apenas um ponto para o nosso time ganhar. Então ataquei o monstro com todas as minhas forças e esperanças de acertar esse golpe.

Acertei!

O acertei no braço esquerdo, e um pequeno corte surgiu no lugar da tatuagem. Um sangue preto escorreu da ferida, mesmo assim ele não parou. Volto a apertar fortemente a espada, que se acende novamente. O monstro me atacou com um golpe sem sucesso, desvio e lhe dou vários outros golpes, que o fez cair ao chão.

A espada não se desligou sequer um segundo, o brilho da espada estava mais forte. O monstro acerta mais uma vez minha perna. Mas eu não queria desistir, apesar da insuportável dor que estava sentindo, tudo o que eu queria era apenas acabar logo com isso.

Levanto-me ao mesmo instante que o pequeno monstro se levantou. Seguro agora com as duas mãos na espada, e me firmo em apenas uma das pernas a outra eu não conseguia mexer. Espero o monstro me atacar primeiramente, ele me ataca, sua espada quase me acerta no rosto, cortando minha franja. Ele me ataca mais uma vez, eu defendo com a espada e começamos realmente uma luta de espadas. Sinto meu corpo arrepiar com o som das espadas batendo uma 

na outra. Adrenalina corre por minhas veias.

Por fim o monstrinho cai e eu pego sua espada e aponto a minha para sua garganta - Igual aos filmes de ação que meu pai e Joe gostavam de assistir. - Ouço alguém bater palmas atrás de 

mim. Eram Richard e Travor, que estavam com um sorriso enorme no rosto.

— E não é que ela sabe lutar! — Diz Richard parando de bater palmas.

— Sendo bisneta de quem ela é! — Diz Travor aumentando seu sorriso.

Tiro minha espada de perto do pequeno monstro, ele se levanta e se curva.

— Foi uma honra poder batalhar com você! — Diz o pequeno monstro ainda curvado.

Meu queixo caiu sozinho com aquela cena. Travor e Richard continuavam a sorrir. O monstrinho 

se levantou e saiu.

— Vocês viram isso? — A euforia toma conta de mim por um instante. A adrenalina começa a se esgotar e a dor aumenta cada vez mais.

— Sim, para eles você é como um super-herói — diz Richard pegando as espadas de minhas mãos.

— E sou? — Arregalo os olhos. Eu não esperava por isso.

— De certo modo é! — Richard responde e sorri novamente. Uau, seu sorriso é lindo.

— Pera' aí, me explica melhor tudo isso — acelero os passos, mancando, e paro na frente de Richard em busca de mais respostas.

— Você será o item mais importante na batalha final. Isso é tudo o que sei! — Conclui Richard.

—Ai! — Gemo quando tento dar mais alguns passos.Minha perna estava doendo muito mais agora, sem falar no meu braço que eu mal conseguia movimentar.

— Deixe-me ver isso! — Richard se preocupa.

Ele olha as feridas em meu braço e depois em minha perna.

— Está doendo muito! — Exclamo choramingando.

— Pare de drama! Isso aqui não é nada. Venha, me siga! — Disse Richard quase que me 

empurrando.

— Para onde vamos? — Digo ainda parada.

— Você não disse que está doendo? Então vamos dar um jeito nisso — Richard responde e começa a caminhar.

Tentei segui-lo, mas minha perna não parava de doer.

— Está doendo muito! — Disse com voz de choro.

Ele voltou, me pegou nos braços e me levou até uma pequena sala, com enormes prateleiras e com potes transparentes, que me permitia ver o que continha dentro de cada um. Richard pegou um dos potes.

— Lembra quando eu disse que seria melhor que não comesse nada? — Ele pergunta.

—Sim...— respondo revirando os olhos.

—Então...Era por isso! — Finaliza Richard caminhando em direção às prateleiras.

Ele destampou o pote que pegou. E um cheiro horrível de vômito misturado com esgoto invadiu o ambiente. Aquele cheiro era horrível e estava me dando náuseas. Ele passou o que continha no pote em minha perna e em meu braço, um líquido esverdeado, e nojento. Aquilo fazia com que as feridas doessem mais, eu gritava a cada vez que ele passava aquilo nas feridas. Richard apenas ria daquela situação. Assim que ele terminou de passar, as feridas foram se cicatrizando, eu fiquei boquiaberta ao ver aquilo. Isso seria de grande uso na medicina da Terra.

— Como isso é possível? — Pergunto descendo da mesa em que estava sentada.

— Bem, estamos em outro planeta onde tudo é possível, já é de se esperar que haja coisas inexplicáveis aqui — Richard responde e devolve o pote pra prateleira.

— Mas como pode haver algo assim? — Ainda estou confusa com o que acabei de ver.

— Eu não sei! — Ele exclama logo após saindo do pequeno cômodo onde estávamos.

— Mas você não sabe de nada, em! — Dou uma alfinetada Richard, quero provocá-lo

— Não, não sei! — Exclamou ele subindo uma escada.

Continue Reading

You'll Also Like

178K 16.6K 37
🏆Vencedora do concurso Wattys 2016 Categoria Jóias escondidas🏆 Livro revisado e relançado (13/10/2020) Beliza Shonttely, vivia uma vida comum até...
13.5K 928 35
Meu suicídio, não foi algo esperado pela família, ninguém fazia ideia... Gente, a história quase não terá diálogos, sei que tem muitas nesse gênero...
8.3K 159 3
Lotus, uma jovem nascida na Esfera da Felicidade, onde a tristeza é desconhecida, tem sua realidade abalada ao ser banida de sua Esfera para sempre...